Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Efeito da Concentração do Ácido Sulfúrico e Hipoclorito de Sódio na quebra de
Dormência das Sementes de Feijão Manteiga (Phaseolus vulgaris)
Universidade Rovuma
Extensão de Niassa
2022
Índice
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
1.1. Contextualização.........................................................................................................................3
1.2. Delimitação do Tema..................................................................................................................4
1.3. Problematização..........................................................................................................................5
1.4. Justificativas................................................................................................................................5
1.5. Objectivos...................................................................................................................................6
1.5.1. Geral....................................................................................................................................6
1.5.2. Objectivos Específicos..........................................................................................................6
1.7. Enquadramento do Tema.............................................................................................................7
CAPÍTULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................................8
2.1. Conceito de Dormência..........................................................................................................8
2.1.1. Classificação da Dormência............................................................................................9
2.1.2. Causas da Dormência...................................................................................................10
2.2. Métodos de Superação da Dormência...................................................................................11
2.2.1. Escarificação Química..................................................................................................11
2.2.2. Escarificação Mecânica................................................................................................11
2.2.3. Imersão em Água..........................................................................................................12
2.3. Feijão Manteiga (Pheseolus vulgaris L.)..............................................................................12
2.3.1. Origem e Caracterização Morfológica..........................................................................13
CAPÍTULO III: METODOLOGIA......................................................................................................15
3.1. Tipo de Pesquisa........................................................................................................................15
3.1.1. Quanto a Natureza..............................................................................................................15
3.1.2. Quanto aos Objectivos........................................................................................................15
3.1.3. Quanto a Abordagem..........................................................................................................15
3.1.4. Quanto aos Procedimentos Técnicos..................................................................................15
3.2. Parte Experimental................................................................................................................16
3.2.1. Colecta das Sementes de Feijão Manteiga (Phaseolus vulgaris)........................................16
3.2.2. Esterilização das Sementes de Feijão..................................................................................16
3.2.3. Verificação da Quebra de Dormência.................................................................................16
3.3. Técnicas de Análise de Dados...................................................................................................18
4. Referências Bibliográficas................................................................................................................19
3
CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO
1.1. Contextualização
O feijão é um dos alimentos encontrados em maior quantidade em todo o território nacional,
em particular na província de Niassa e é cultivado em quase todos países. Sendo os feijões
mais consumidos pertencem à família Fabaceae e à espécie Phaseolus vulgaris L.
Para realizar a quebra desta dormência, podem ser utilizados diversos métodos como a
manipulação da luz ou o uso de substâncias que causem este resultado (Silva et al., 2018). A
superação da dormência se dá por métodos diferentes para cada espécie, sendo estes
relacionados ao tipo de dormência. No caso de dormência promovida devido a
impermeabilidade do tegumento, utiliza-se métodos como a imersão em solventes,
escarificação química (ácido sulfúrico), resfriamento ou exposição a altas temperaturas ou
escarificação mecânica, pois é necessário alterar alguns constituintes visando promover
modificações no eixo embrionário. Já quando o embrião se encontra dormente os métodos
geralmente são a escarificação a baixa temperatura ou tratamento com hormônios. Quando as
duas características apresentam-se combinadas o método utilizado é a escarificação mecânica
4
Diante do exposto, o trabalho foi elaborado com objectivo de avaliar o efeito do uso de
hipoclorito de sódio e acido sulfúrico na emergência das sementes Phaseolus vulgaris
popularmente conhecida por feijão manteiga.
Quanto a delimitação do conteúdo, vale ressaltar que serão analisados apenas os efeitos dos
factores referentes a alternância da concentração do ácido sulfúrico, hipoclorito de sódio e o
tempo de imersão em relação ao índice de velocidade de emergência das sementes de feijão
manteiga. Este processo será assistido por um planejamento experimental.
5
1.3. Problematização
As sementes das espécies da família Fabaceae (a que pertence o feijão manteiga) apresentam
o fenómeno de dormência, que é causada pela impermeabilidade do tegumento à água é um
tipo de dormência bastante comum e está associada a espécies de diversas famílias botânicas.
Uma das técnicas muito usadas para a superação da dormência é a escarificação acida com o
emprego do acido sulfúrico. Porem, existem condições que devem ser levadas a cabo de modo
a permitir que este processo germinativo seja eficaz. Dentre elas podemos destacar a
concentração da solução, a temperatura e o tempo de imersão por exemplo.
1.4. Justificativas
A cultura de feijão assume um papel bastante importante na alimentação das famílias
moçambicanas, para além de servir como uma das principais fontes de renda para alguns
agricultores em diferentes províncias com maior destaque para a província de Niassa.
O estudo ira fornecer ao ramo das ciências as condições optimizadas de superar a dormência
da cultura do feijão manteiga, possibilitando desta maneira o uso minimizado de reagentes
para o efeito em estudo pois o conhecimento dos processos responsáveis pela germinação
destas sementes é indispensável visando a optimização do manejo. A pesquisa poderá
fornecer uma previsão do período com maior fluxo de emergência de desta espécie e
consequentemente auxiliar na tomada de decisão para a realização do manejo adequado.
1.5. Objectivos
1.5.1. Geral
Analisar o Efeito do Ácido Sulfúrico e Hipoclorito de Sódio na quebra de dormência
do feijão manteiga (Phaseolus vulgaris)
1.5.2. Objectivos Específicos
Quest. 1: Como devem ser processadas as soluções para o seu uso na quebra de dormências
das sementes de feijão?
Quest. 4: Quais são as condição óptimas para a quebra de dormência de das sementes de
Phaseolus vulgaris?
Geralmente considera-se dormência o facto da semente não germinar, mas essa definição é
um tanto inadequada, pois factores externos como meio ambiente podem afectar o
desenvolvimento da semente assim como factores associados a mesma, diante esse fenómeno
a explicação que se encaixa adequadamente é o fato das sementes estarem viáveis, com local
favorável para sua propagação e não germinar.
Causada primariamente pelo tegumento, pelo endocarpo, pelo pericarpo ou por órgãos
extraflorais, em geral por pouca ou nenhuma participação direta do embrião na sua superação.
Os mecanismos responsáveis por essa modalidade de dormência estão relacionados à
impermeabilidade, ao efeito mecânico, ou à presença de substâncias inibidoras dos tecidos.
(Cardoso, 2004).
10
A germinação nesse caso pode ser bloqueada por factores como: - Interferência na absorção
de água, característica de espécies das famílias Malvaceae, Fabaceae, Convolvulaceae e
Chenopodiaceae; - Impedimento mecânico, tecidos ao redor do embrião são resistentes; -
Impedimento de trocas gasosas, os tecidos limitam as trocas gasosas entre o embrião e o
meio; e Presença de inibidores, impedimento químico presente na semente (Fowler;
Bianchetti, 2000).
Caracterizada pela não germinação das sementes, ocorrendo de forma secundária, causada por
alterações fisiológicas quando expostas a condições ambientais desfavoráveis para à
germinação após sua colheita.
Os cotilédones estão intimamente ligados a essa categoria, estudos foram feitos retirando o
cotilédone do embrião dormente, permitindo assim o desenvolvimento do mesmo. Eles
exercem efeito inibidor sobre o eixo embrionário fazendo com que atrase ou não ocorra a
germina (Bewley; Black, 1994).
Recomenda-se para escarificação química que as sementes sejam imersas em acido sulfúrico
em tempo determinado, que varia para cada espécie, à temperatura alternada de 19º C a 25º C,
logo após estas são lavadas em água corrente e disposta para germinar (Souza, 2019).
Para que se obtenham resultados positivos na utilização do processo, são necessárias algumas
precauções, como o tempo de exposição das sementes à escarificação e a pureza do lote, pois
sementes com impurezas comprometem a eficiência do tratamento (Fowler & Bianchetti,
2000).
A segundo Souza (2019), escarificação mecânica é a abrasão das sementes sobre superfície
áspera, podendo ser lixa, piso áspero, entre outros, que faça com que o tegumento seja
rompido facilitando a absorção de água pelo embrião. A escarificação deve ocorrer ao lado
oposto do hilo, evitando que a radícula seja danificada.
A dormência pode ser superada realizando incisões superficiais no tegumento, que é o método
de escarificação, ela ocorre na natureza através da ingestão da semente por animais passando
pelo trato intestinal, por queimadas, acidez do solo ou por acção de microorganimos (Souza,
2019).
Imersão em água fria: sementes de algumas espécies apresentam dificuldades para germinar,
sem contudo estarem dormentes. A simples imersão das sementes em água, à temperatura
ambiente (25ºC) por 24 horas, elimina o problema, que normalmente é decorrente de longos
períodos de armazenamento, e que causa a secagem excessiva das sementes, impedindo-as de
absorver água e iniciar o processo germinativo (Fowler & Bianchetti, 2000).
2016). Trata-se da espécie mais importante, dentro das cinco mais cultivadas do género, por
ser a mais antiga e a mais cultivada nos cinco continentes. Teve origem na América Central e
na América do Sul, de onde surgiu grande variedade de grãos de diferentes cores, formas e
tamanhos sendo tais características visuais a base para a classificação das actuais classes
comerciais de feijão.
Esta planta consiste em caule; folhas que são compostas por três folíolos ovais; flores que se
reúnem em cachos e podem ser brancas, amarelas, azuis ou vermelhas, conforme a variedade
do feijão; e fruto que é denominado vagem que, quando apresenta-se madura e bem seca abre-
se, liberando os grãos de feijão (Pinto, 2016).
O ciclo vegetativo dessa leguminosa varia de 75 a 110 dias, e nesse período a planta deve ser
abastecida de água e nutrientes. Os períodos de semeadura-colheita do feijão apresentam
variações de ano para ano, com isso, a produção do feijão, embora distribuída ao longo do
ano, necessita do armazenamento para garantir a oferta deste produto em todas as regiões do
país, evitando a escassez na entressafra e diminuindo a oscilação de preços no mercado (Faria,
2012).
O feijão teve sua origem na Europa, resultando de mutações genéticas do feijão comum
introduzido da América. Sua evolução e seu melhoramento ocorreram na França e nos Países
Baixos, entre outros. As primeiras cultivares apropriadas para colheita de vagens verdes
foram obtidas em princípios do século XIX, através de cruzamentos entre feijões cultivados
na Europa e material genético procedente da América Central. Posteriormente, essas
cultivares foram introduzidas na América do Norte, onde cruzamentos subsequentes foram
realizados com feijões da região, obtendo-se novas cultivares de maior potencial produtivo
(Faria, 2012).
Em seguida, todos os tratamentos serão levados a estufa com circulação forçada de ar por 12
horas a 30ºC, para retirada da água superficial com o objectivo de atingirem um teor de água
compatível com o armazenamento e comercialização (aproximadamente 10%).
De acordo com os factores em estudo, serão realizados 8 ensaios em triplicata (com três
repetições) variando-se os seus parâmetros com base na variação dos factores de estudo em
seus níveis altos e baixos, como descreve a tabela a baixo:
1 49 2,5 30
2 98 2,5 30
3 49 10 30
4 98 10 30
5 49 2,5 60
6 98 2,5 60
7 49 10 60
8 98 10 60
Fonte: Elaborada pela Autora (2022).
Nos experimentos, serão contabilizadas plântulas normais as quais possuíam parte aérea com
tamanho superior a 1,5 cm e raiz primária bem desenvolvida, por um período de 14 dias. O
índice de velocidade de germinação será realizado em conjunto com o teste de germinação,
para o cálculo deverão ser realizadas contagens diariamente a partir do surgimento da
primeira plântula normal até que o número de plântulas se torne constante.
4. Referências Bibliográficas
Baccin, L. C., Albrecht, A. J. P., Reis, F., Albrecht, L. P., & Filho, R. V. (2019).
SUPERAÇÃO DE DORMÊNCIA E ÍNDICE DE VELOCIDADE DE GERMINAÇÃO
DE SEMENTES DE Sida glaziovii K. Schum. Jornal of Agronomic Sciences, November.
Cardoso, C. R. G., Pontim, B. C. A., Silva, B. N. P. da, & Masetto, T. E. (2020). Tratamentos
pré-germinativos para a superação de dormência de sementes de Crotalaria grahamiana.
Congresso Online Internacional de Sementes Crioulas e Agrobiodiversidade.
Mantoan, P., Souza-Leal, T., Pessa, H., Marteline, M. A., & Pedroso-de-Moraes, C. (2012).
Escarificação mecânica e química na superação de dormência de Adenanthera pavonina
L . ( Fabaceae : Mimosoideae ). Scientia Plena, 8, 1–8.
Silva, T. R. da, Silva, L. P. da, Rodrigues, F. L., Collares, B. B., Lopes, G. F., Luedke, F. E.,
Skrebsky, E. C., & Santos, S. I. dos. (2018). Efeito de Diferentes Métodos de Quebra da
Dormência em Sementes de Avena sativa L. Sociedade Brasileira de Zootecnia.