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PETRUS JOAQUIM DIQUE

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA POR ESTACAS DE Pterocarpus angolensis

DC. (UMBILA) USANDO SUBSTÂNCIAS NATURAIS ATIVADORAS DO

ENRAIZAMENTO

PROJECTO DE PESQUISA: ENGENHARIA FLORESTAL

FACULDADE DE ENGENHARIA AONÓMICA E GRFLORESTAL

CURSO DE ENGENHARIA FLORESTAL

MOCUBA

2013
PETRUS JOAQUIM DIQUE

PROPAGAÇÃO VEGETATIVA POR ESTACAS DE Pterocarpus angolensis

DC. (UMBILA) USANDO SUBSTÂNCIAS NATURAIS ATIVADORAS DO

ENRAIZAMENTO

Projecto de pesquisa apresentado à Faculdade

de Engenharia Agronómica e Florestal como requisito

parcial à obtenção do título de Mestre em Engenharia

Florestal.

Supervisora: Prof. Ilya María García Corona

Co - supervisor: Eng. Aurélio de Jesus R. Pais

MOCUBA – 2013
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4
1.1. Problema .................................................................................................................................. 4
1.2. Justificativa .............................................................................................................................. 4
1.3. Hipótese ................................................................................................................................... 5
1.4. Objectivos ................................................................................................................................ 5
1.4.1. Objectivo geral ..................................................................................................................... 5
1.4.2. Objectivos específicos .......................................................................................................... 5
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................. 6
2.1. Descrição da espécie ................................................................................................................ 6
2.2. Aspectos gerais sobre a propagação vegetativa ....................................................................... 7
2.2.1. Propagação por estacas ......................................................................................................... 7
2.3. Factores que afectam a propagação por estacas ...................................................................... 7
2.3.1. Factores internos................................................................................................................... 7
2.3.2. Factores externos .................................................................................................................. 8
2.4. Água de coco e sua composição química ................................................................................ 9
2.5. Sementes de milho ................................................................................................................. 10
III. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................. 11
3.1. Descrição da área de estudo................................................................................................... 11
3.2. Materiais ................................................................................................................................ 11
3.3. Metodologia ........................................................................................................................... 12
3.3.1. Preparo das estacas ............................................................................................................. 12
3.3.2. Preparação das substâncias estimulantes ............................................................................ 12
3.3.2.1. Preparo da água de coco (Cocos nucifera L.) .............................................................. 12
3.3.2.2. Preparo das sementes de milho (Zea mays L.) ............................................................. 12
3.3.3. Substrato ............................................................................................................................. 12
3.3.4. Delineamento experimental ................................................................................................ 12
3.3.5. Observações........................................................................................................................ 14
3.3.6. Análise de dados ................................................................................................................. 14
IV. CRONOGRAMA .................................................................................................................. 15
V. ORÇAMENTO ....................................................................................................................... 16
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................................. 17
VII. ANEXOS ............................................................................................................................... 19  
 
I. INTRODUÇÃO
Existe uma alta demanda por todo País de madeira de espécies nativas, destinada principalmente à
produção de lenha e carvão vegetal para uso doméstico e para pequenas indústrias como
panificadoras e outras. (SHIMIZU, 2006).

Gama de Produtos das Indústrias da Zambézia em 2003, mais de 99% da produção eram simples
pranchas serradas sendo o resto parquet (tacos para o chão) e barrotes, 35% da qual foi exportada.
Mais de 80% da produção de madeira serrada era Pterocarpus angolensis; (SPFFB 2003 citado por
MACKENZIE 2006)

Segundo MACKENZIE (2006), Pterocarpus angolensis é uma das sete espécies que actualmente
são comerciáveis internacionalmente, e estas são muito menos comuns nas florestas, além disso, são
poucas as árvores de diâmetros exploráveis.
Apesar dessa tendência, não existe iniciativa voltada ao plantio destas espécies exploradas afirma
(SHIMIZU, 2006).

Para espécies altamente demandadas como, Pterocarpus angolensis, e muitas outras, cujas
populações foram reduzidas a remanescentes isolados e dispersos pelo país, seria estratégico o
plantio e o maneio de populações de alta variabilidade genética para conservação. A dificuldade na
reposição da área explorada por sementes relaciona-se com as dificuldades na obtenção de mudas
incluindo, dificuldades relacionadas com a aquisição das sementes, período curto de viabilidade,
baixa floração e o fraco poder germinativo, (MASSANGO, citado por SALÊNCIA, 2005).

Segundo T.M. CARO et al. (2005) o problema que tem ocorrido na propagação de Pterocarpus
angolensis por sementes, incluem dificuldades na abertura de vagens, sem danificar sementes,
baixas taxas de germinação, baixas taxas de crescimento das árvores, e atraso na produção de
sementes.

1.1. Problema

A propagação de Pterocarpus angolensis por sementes, esta limitada pela dificuldade na abertura de
vagens, sem danificar sementes e baixas taxas de germinação.
1.2. Justificativa

A baixa percentagem de enraizamento em estacas leva a aplicação exógena de substâncias que


acelerem a formação de raízes e aumentem a percentagem de enraizamento (HARTMANN, 1997
citado por SALÊNCIA 2005).
Aplicação de reguladores de crescimento sintéticos para aumentar o enraizamento têm sido
amplamente adoptada. No entanto, as restrições de custos elevados, técnicas envolvidas na aplicação
adequada e disponibilidade, exigem a precisa encontrar - se meios alternativos de estimulantes de
estacas para aumentar a percentagem de enraizamento.

1.3. Hipótese
A Propagação vegetativa de Pterocarpus angolensis por estacas usando substâncias enraizantes
naturais como água de coco e sementes de milho em germinação pode ser uma alternativa para
produção de mudas dessa espécie a custos reduzidos, podendo ser levada a cabo várias vezes ao ano,
produzindo mudas de alta qualidade visando maior vantagem competitiva no campo e eliminando a
dependência de sementes disponíveis sazonalmente.

1.4. Objectivos

1.4.1. Objectivo geral

Ø Avaliar o potencial da propagação vegetativa por estacas de Pterocarpus angolensis usando


a água de coco e sementes de milho em germinação.

1.4.2. Objectivos específicos

Ø Determinar a capacidade da água de coco e das sementes de milho em germinação em


promover o enraizamento de estacas de Pterocarpus angolensis;
Ø Identificar o efeito de diferentes níveis de concentração da água de coco e das sementes de
milho em germinação no enraizamento de estacas de Pterocarpus angolensis;
Ø Comparar o efeito da água de coco e das sementes de milho em germinação e seus níveis de
concentração na regeneração de Pterocarpus angolensis.
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Descrição da espécie


Pterocarpus angolensis

Segundo PALGRAVE, (1983), Pterocarpus angolensis, pertence a família Leguminosae, subfamília


Papilionoideae. Comummente conhecida como Umbila ou Gulombila em ronga, (Gomes e Sousa,
1967). Espécie de grande valor económico e pertencente a primeira classe segundo o Regulamento
da Lei de Florestas e Fauna Bravia, Decreto Nº 12/2002.

Pterocarpus angolensis começa a produzir frutos com cerca de 20 anos de idade e as árvores
continuam a produzir frutos até morrerem. A árvore tem uma rotação de 40-70 anos e uma
expectativa de vida de 60-90 anos. Sob condições favoráveis, a taxa de crescimento é de 500-700
mm / ano (ORWA, et al. 2009).

A floração é em Outubro e frutificação em Maio e Junho, (GOMES E SOUSA, 1967).

Ocorrência

África Tropical, em Moçambique ocorre em floresta aberta tanto do litoral como dos planaltos, do
rio Limpopo para o norte, em solos argilo- arenosos, avermelhados. Tornou-se rara ou desapareceu
nalgumas regiões devido a intensa exploração, (GOMES E SOUSA, 1967).

Importância

Apicultura: boa fonte de pólen para as abelhas.

Madeira: O cerne faz móveis de alta qualidade, fácil de trabalhar e aceita bem a parafusos e colas, é
particularmente adequado para construção de barcos, canoas e pisos de banheiro. Faz mobiliário
mais bonito e estantes, painéis, portas e janelas.

Medicina: A casca tem vários usos; aquecida em água e misturado com figos é massageado no peito
para estimular lactação, uma infusão a frio da casca sozinho fornece um remédio para urticária e
uma infusão fria feita a partir da casca é feita para aliviar desordens do estômago, dores de cabeça,
urina no sangue, dor de ouvido e úlceras na boca. Casca ou raízes, fervido com carne fresca, é
utilizada como um acelerador na preliminar tratamento da gonorreia etc... (ORWA et al. 2009).
2.2. Aspectos gerais sobre a propagação vegetativa

A propagação vegetativa também designada de clonagem á a multiplicação assexuada de partes da


planta tais como (células, tecidos, estacas, folhas, raízes, etc...), para gerar indivíduos com as
mesmas características (florescimento, crescimento, forma, produção, etc...), da planta-mãe,
(DUTRA, et al. 2006).

2.2.1. Propagação por estacas


A propagação por estacas consiste em cortar brotos, ramos ou raízes das plantas, as quais se
colocam em um meio enraizador, com o fim de lograr a emissão de raízes e brotações da parte aérea,
até obter uma nova planta, (GONZÁLEZ et al. 2004).

A estaquia assegura maior ganho genético e permite uma produção ilimitada de plantas
seleccionadas. Normalmente, as mudas produzidas por enraizamento de estacas estão aptas a serem
plantadas quando atingem de 90 a 120 dias de idade. (FERRARI, et al. 2004).

Aplicação de substâncias que aceleram a formação de raízes para estacas de difícil enraizamento é
de grande importância, pois aumenta a velocidade de formação de raízes, o número e a qualidade
das raízes formadas e a uniformidade de enraizamento, (MALAVASI, 1994, citado por
WENDLING, 2004).

2.3. Factores que afectam a propagação por estacas

O sucesso na propagação vegetativa por estacas, depende de factores internos e externos.

2.3.1. Factores internos


Espécie

A capacidade das plantas em emitirem raízes adventícias em segmentos de ramos é variável entre as
espécies, portanto para espécies que apresentam facilidade de formar raízes não há necessidade de
cuidados especiais, porém naquelas de difícil enraizamento deve se ter atenção em outros factores
que afectam o processo de estaquia, (JÚNIOR, 2010).
Condição fisiológica da planta mãe

Há consideráveis evidências de que a nutrição da planta-mãe exerce forte influência sobre o


desenvolvimento de raízes, de um modo geral o enraizamento é prejudicado quando a planta mãe
apresenta elevado teor de Nitrogénio. (XAVIER, 2002. FACHINELLO, 2005, citado por
FRANZON, et al. 2010).

Idade da planta mãe

Estacas de plantas jovens enraízam melhor que as de plantas velhas, em plantas adulta é
recomendável a obtenção de brotações novas, o que facilita o enraizamento. O problema
apresentado por material adulto é o aparecimento ou a produção de substâncias inibidoras do
enraizamento. (XAVIER, 2002. FACHINELLO, 2005. citado por FRANZON, et al. 2010).

Época do ano

A época do ano em que são colectadas as estacas pode ser um factor decisivo para o sucesso de
enraizamento, a época do ano está directamente relacionada com a consistência das estacas, quando
colectadas no período vegetativo intenso (primavera ou verão), as estacas apresentam se mais
herbáceas e, quando colectadas durante o período de repouso (inverno), apresentam-se mais
lenhosas e tendem a enraizar menos, (XAVIER, 2002. FACHINELLO, 2005, citado por
FRANZON, et al. 2010).

2.3.2. Factores externos


Humidade
É factor de grande importância para o sucesso de um programa de propagação vegetativa por meio
de enraizamento de estacas. A retirada das estacas deve ser feita sempre que possível pela manhã,
quando estão ainda túrgidas e com maior teor de ácido abscísico e de etileno. O ambiente seco
favorece o dessecamento das estacas, reduzindo sua possibilidade de enraizamento, (JÚNIOR,
2010).

Deve-se manter a humidade relativa do ar na região das estacas em torno de 80 a 100%,


conservando-se assim a turgescência dos tecidos. Pode-se obter esta humidade relativa com o uso de
um sistema de nebulização, que proporciona a formação de uma fina película de água na superfície
da folha, reduzindo assim, a transpiração das estacas, tendo cuidado pois o excesso de humidade
pode favorecer o desenvolvimento de patógenos, (HARTMANN, et al., 2002, citado por
FRANZON, et al. 2010).

Temperatura

As temperaturas entre 21ºC e 27ºC diurnos e 15º C nocturno, favorecem o aumento de carbohidratos
e o enraizamento das plantas. A estratificação das estacas a baixa temperatura inibe a formação de
raízes e impede a brotação, e as temperaturas elevadas induzem ao desenvolvimento precoce em
relação as raízes, causando aumento na perda de água pelas folhas, (JÚNIOR, 2010).

Luz

Deve-se fornecer às estacas com folhas luminosidade máxima, de forma a propiciar um máximo de
fotossíntese, para que haja acúmulo de substâncias indutoras do enraizamento, (XAVIER, 2002.
FACHINELLO, 2005 citado por FRANZON, et al. 2010).

Substrato

O meio pode influir muito não só na percentagem de enraizamento, como também na qualidade do
sistema radicular que se forma, um bom substrato deve sustentar as estacas durante o enraizamento,
manter o equilíbrio entre a humidade e aeração, e ser poroso para favorecer a presença de oxigénio e
permitir a percolação do excesso de água, livre de plantas daninhas, patógenos e nemátodos,
(XAVIER, 2002. FACHINELLO, 2005 citado por FRANZON, et al. 2010).

2.4. Água de coco e sua composição química


Coco pertence à família de Palmea e gênero Cocos. Cocos nucifera L. Possui um endosperma
líquido popularmente chamada água de coco, que é usado como um suplemento em suportes para o
crescimento de culturas de tecidos de plantas (ASMA et al. 2008).
Segundo OGUNWA, (2011). A utilização de água de coco como um componente de promoção de
crescimento pode ser atribuída a mais do que metade de um século quando Overbeek et al.
introduziu-a como um novo componente do meio nutriente para calos em 1941.
A água de coco serve como um reservatório natural de nutrientes para promover crescimento do
tecido, a sua composição nutricional é rica em proteínas, aminoácidos, açúcares, vitaminas e
hormonas essenciais para promover o crescimento do tecido, (OGUNWA, 2011).
2.5. Sementes de milho
O Milho pertence a família Gramineae, género Zea e espécie Zea mays L.
Segundo DA COSTA, (2012), a biossíntese do AIA está associada com os locais de divisão celular
rápida, especialmente no meristema apical do caule, folhas jovens, frutos em desenvolvimento e em
sementes. Esses locais são considerados os centros primários de produção do AIA. O sistema mais
estudado é o de grãos de milho (Zea mays L.) em germinação. No endosperma, a forma mais
comum armazenada é O AIA-inositol, que é a forma que libera o AIA livre que induzirá o
crescimento do eixo caulinar da plântula em formação. A forma AIA-inositol além da forma de
armazenamento nas sementes de milho, também é a forma de transporte do endosperma para a
plântula.
III. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Descrição da área de estudo

O estudo será realizado no Centro Experimental Florestal do IIAM (Centro Zonal Centro) localizado
no distrito de Sussundenga, província de Manica.

Segundo o Ministério da Administração Estatal, (2005). O distrito de Sussundenga, localiza-se no


Centro da Província de Manica, sendo limitado a Norte pelos Distritos de Gondola e Manica, a
Oeste pela República do Zimbabwe, a Sul o Distrito de Mossurize e a Este pelo Distrito de Búzi
(Sofala). Com uma superfície1 de 7.057 km2. O clima do distrito é predominantemente do tipo
“Tropical Chuvoso de Savana - Aw” (classificação de Kóppen), com duas estações distintas, a
estação chuvosa e a seca. A precipitação média anual na estação mais próxima (Messambuzi) é
cerca de 1.171 mm, enquanto que a evapotranspiração potencial média anual está na ordem dos
1.271 mm, a temperatura média está na ordem dos 23.0ºC. As médias anuais máxima e mínima são
de 29.5 e 17.6ºC, respectivamente.

3.2. Materiais
• Regador
Substâncias estimulantes
• Pá
• Sementes de milho • Enxada

• Água de coco • Marcador


• Etiquetas
Material e equipamento • Balança electrónica
• Placas de Petri
• Sacos plásticos (bolsas)
• Algodão
• Tesoura de poda
Outro material
• Réguas
• Água destilada
• Canivetes
• Solo orgânico.
• Baldes plásticos de 10 litros
3.3. Metodologia

3.3.1. Preparo das estacas

As estacas de Pterocarpus angolensis, serão obtidas das plantas matrizes de Pterocarpus angolensis,
após a colecta a base das estacas permanecerá em água até a preparação das mesmas.

As estacas deverão possuir 15 cm de comprimento e a base afiada em bíssel, as folhas removidas


completamente de modo a evitar o excesso de transpiração, depois serão tratadas com água de coco
e sementes de milho em germinação em diferentes doses durante 6 horas para água de coco e 24
horas para sementes de milho em germinação..

3.3.2. Preparação das substâncias estimulantes

3.3.2.1. Preparo da água de coco (Cocos nucifera L.)


Isolamento de água de coco: A água de coco será simplesmente drenada através de furos de cocos
imaturos descascados visto que nesta fase de crescimento o fruto contém elevadas quantidades de
água e com abundância de nutrientes que são responsáveis pela formação do endosperma sólido
(OGUNWA, 2011). O extracto de água de cada fruto separadamente será correctamente verificado
para assegurar que não esteja fermentado, serão avaliadas as seguintes doses da água de coco: 0%,
40%, 60% e 100% essas doses serão obtidas mediante a adição de água destilada e água de coco.

3.3.2.2. Preparo das sementes de milho (Zea mays L.)

As sementes de milho serão colocadas para germinar em placas de Petri com algodão humedecido
durante 48 horas antes do experimento, depois serão colocadas em recipientes contendo 200 ml de
água destilada, serão estudadas as seguintes doses de sementes de milho em germinação: 0
sementes, 100 sementes, 200 sementes e 300 sementes.

3.3.3. Substrato

O solo que será usado como substrato, será colectado no local de origem das estacas de modo a
fornecer as estacas um ambiente do solo similar ao de ambiente natural de crescimento.

3.3.4. Delineamento experimental


Será usado o delineamento experimental dos talhões subdivididos, pois o experimento envolve dois
factores: o primeiro factor são as Substâncias com dois níveis (água de coco e sementes de milho em
germinação), e o segundo factor são as doses (4 níveis de concentração para cada substância).
Seja: a = 2 (dois níveis do primeiro factor), b = 4 (quatro níveis do segundo factor) e r =3 (número
de repetições ou blocos.
Os tratamentos serão as substâncias (água de coco e sementes de milho em germinação), e serão
alocados nos talhões principais, enquanto as concentrações das substâncias serão alocadas nos sub –
talhões. Cada repetição consistirá de 10 estacas de tal forma que com os três repetições sejam usadas
um total de 240, (isto é, 10 estacas x 3 repetições x 2 substâncias x 4 concentrações).

Layout do experimento
Bloco I

Bloco II

Bloco II
3.3.5. Observações
As observações serão efectuadas todos os dias e a colecta de dados será, em termos de parâmetros
de enraizamento e brotamento.
Parâmetros de enraizamento que serão avaliadas serão os seguintes: percentagem de enraizamento,
número de raízes por estaca e comprimento da maior raiz, serão consideradas enraizadas as estacas
que apresentarem pelo menos uma raiz principal maior que 1 mm de comprimento.
Parâmetros de brotamento: percentagem de estacas brotadas e percentagem de estacas
sobreviventes. Avaliação de ambos parâmetros de enraizamento e de brotamento serão feitas cento
e vinte (120) dias após o plantio.

3.3.6. Análise de dados

A análise dos dados será feita utilizando o software estatístico ASSISTAT 7.6 beta. (SILVA &
AZEVEDO, 2009).

A análise de variância (ANOVA) será usada para testar a efeito significativo entre os tratamentos e
as comparações múltiplas das médias dos tratamentos será pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade. Também serão determinados os coeficientes de correlação de Pearson de modo a
conhecer a força da relação linear entre parâmetros de enraizamento e brotamento como variáveis
dependentes.
IV. CRONOGRAMA
V. ORÇAMENTO

Material Unidade Custo unitário Quantidade Custo total


(Mt) (Mt)

Coco (Cocos nucifera L.) 10 20 200

Sementes de milho (Zea mays L.) Kg 100 1 100

Copo graduado 100 4 400

Tesoura de poda 350 2 700

Água destilada Litro 45 5 225

Pá 150 1 150

Bolsas 5 240 1200

Balde plasticos de 10 litros 75 6 450

Regador 275 2 550

Régua 10 2 20

Enxada 120 2 240

Acesso a inernet 5000 1 5000

Cópias e impressões 5000 1 5000

Deslocamento 10000 1 10000

Custo total 24235


VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

ASMA, N. et al. (2008). An optimized and improved method for the in vitro propagation of
kiwifruit (Actinidia deliciosa) using coconut water. Pak. J. Bot., 40(6): 2355-2360.

CARO T.M. et al. (2005). Forest ecology and management 219 - 169, disponível em:
(www.elsevier.com / locate / foreco).

DA COSTA, R. C. L. (2012). Auxinas: o hormônio de crescimento dos vegetais.

DUTRA, L. F., GROSSI, F., et al. (2006). Produção de mudas de espécies lenhosas, Colombo, PR.

FERRARI, M. P., GROSSI, F., WENDLING, I. (2004). Propagação vegetativa de espécies


florestais, Colombo, PR.

FRANZON, R. C., CARPENEDO, S., SILVA, J. C. S. (2010). Produção de mudas: principais


técnicas utilizadas na propagação de fruteiras. Embrapa cerrados, Planaltina, DF.

GOMES A., SOUZA, (1967). Dendrologia de Moçambique.

GONZÁLEZ S. R., LOZANO J. G. ROJAS M. A. (2004). Propagación asexual de plantas:


Conceptos básicos y experiencias con especies amazónicas. Produmedios, Bogotá, DC
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HARTMANN, H. T., KESTER, D. E., DAVIES JUNIOR, F. T. GENEVE, R. L. (2009). Principles


and techniques of propagation by cutting in: Plant propagation: principles and practices. 8th ed. New
Jersey: Prentice-Hall.

JÚNIOR, J. L. P. (2010). Propagação do rambutanzeiro (Nephelium lapacceum L.). Jaboticabal São


Paulo, Brasil.

MACKENZIE, C.,(2006). Administração da floresta na Zambézia, Moçambique: Um take-away


chinês! Relatório final para fongza.

Ministério da Administração Estatal Série: Perfis Distritais Edição: 2005: disponível em:
http://www.metier.co.mz

OGUNWA, O. B. (2011). Stimulation of rooting in bougainvillea spectabilis and b. Glabra using


coconut water, MATRIC NO: 2006/1610.

ORWA, C. M. A. KINDT R, JAMNADASS R, SIMONS A. (2009). Agroforestree Database: a tree


reference and selection guide version 4.0 (http://www.worldagroforestry.org/af/treedb/).
PALGRAVE, K.C., (1983). Trees of Southern Africa, 2nd edition, 959 pp. Cape Town. Struik
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SALÊNCIA, H.R. (2005). Indução da radiciação e avaliação do potencial de propagação vegetativa


em estacas semilenhosas de Litchi chinensis (Litchi) e Afzelia quanzensis (Chanfuta). UEM.
Maputo.

SHIMIZU, J. Y. (2006). Pesquisa e desenvolvimento florestal em Moçambique, Colombo. PR.

SILVA, F. de A. S. & AZEVEDO, C. A. V. de. (2009. Principal Components Analysis in the


Software Assistat-Statistical Attendance. In: WORLD CONGRESS ON COMPUTERS IN
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VALENTINI, C. M. A., ALMEIDA, J. D. et al. (2011). Propagação de Siparuna guianensis Aublet


(Siparunaceae) por estaquia caulinar.

WENDLING, I., (2004). Propagação vegetativa de erva-mate (Ilex paraguariensis Saint Hilaire):
estado da arte e tendências futuras. Colombo.
VII. ANEXOS
Anexo 1: Ficha para colecta das estacas

Província________________________________

Dstrito_________________________________________________________________________

Localidade______________________________________________________________________

Nome científico da espécie_________________________________________________________

Nome local da espécie__________________________ outros nomes _______________________

Data da colecta ______/_______/________

Tamanho das estacas: comprimento_________ (cm), diâmetro_________(cm)

Tipo de estaca: basal _____, apical______ ou broto ______________________________________

Observações

________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________

Nome do colector:

__________________________________________
Anexo 2: Ficha de controlo das estacas brotadas por tratamento

Factor B (níveis de concentração das substâncias Média   Percent


Factor A (substâncias total agem  
estimulantes)
estimulantes)
b1 b2 b3 b4    

a1 (água de coco)    

a2 (sementes de milho)    

Total
Média
Percentagem

Anexo 3: Ficha de controlo de estacas enraizadas

Factor B (níveis de concentração das substâncias Média   Percent


Factor A (substâncias total agem  
estimulantes)
estimulantes)
b1 b2 b3 b4    

a1 (água de coco)    

a2 (sementes de milho)    

Total
Média
Percentagem

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