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ENRAIZAMENTO
MOCUBA
2013
PETRUS JOAQUIM DIQUE
ENRAIZAMENTO
Florestal.
MOCUBA – 2013
SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4
1.1. Problema .................................................................................................................................. 4
1.2. Justificativa .............................................................................................................................. 4
1.3. Hipótese ................................................................................................................................... 5
1.4. Objectivos ................................................................................................................................ 5
1.4.1. Objectivo geral ..................................................................................................................... 5
1.4.2. Objectivos específicos .......................................................................................................... 5
II. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................................................................. 6
2.1. Descrição da espécie ................................................................................................................ 6
2.2. Aspectos gerais sobre a propagação vegetativa ....................................................................... 7
2.2.1. Propagação por estacas ......................................................................................................... 7
2.3. Factores que afectam a propagação por estacas ...................................................................... 7
2.3.1. Factores internos................................................................................................................... 7
2.3.2. Factores externos .................................................................................................................. 8
2.4. Água de coco e sua composição química ................................................................................ 9
2.5. Sementes de milho ................................................................................................................. 10
III. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................. 11
3.1. Descrição da área de estudo................................................................................................... 11
3.2. Materiais ................................................................................................................................ 11
3.3. Metodologia ........................................................................................................................... 12
3.3.1. Preparo das estacas ............................................................................................................. 12
3.3.2. Preparação das substâncias estimulantes ............................................................................ 12
3.3.2.1. Preparo da água de coco (Cocos nucifera L.) .............................................................. 12
3.3.2.2. Preparo das sementes de milho (Zea mays L.) ............................................................. 12
3.3.3. Substrato ............................................................................................................................. 12
3.3.4. Delineamento experimental ................................................................................................ 12
3.3.5. Observações........................................................................................................................ 14
3.3.6. Análise de dados ................................................................................................................. 14
IV. CRONOGRAMA .................................................................................................................. 15
V. ORÇAMENTO ....................................................................................................................... 16
VI. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS .................................................................................. 17
VII. ANEXOS ............................................................................................................................... 19
I. INTRODUÇÃO
Existe uma alta demanda por todo País de madeira de espécies nativas, destinada principalmente à
produção de lenha e carvão vegetal para uso doméstico e para pequenas indústrias como
panificadoras e outras. (SHIMIZU, 2006).
Gama de Produtos das Indústrias da Zambézia em 2003, mais de 99% da produção eram simples
pranchas serradas sendo o resto parquet (tacos para o chão) e barrotes, 35% da qual foi exportada.
Mais de 80% da produção de madeira serrada era Pterocarpus angolensis; (SPFFB 2003 citado por
MACKENZIE 2006)
Segundo MACKENZIE (2006), Pterocarpus angolensis é uma das sete espécies que actualmente
são comerciáveis internacionalmente, e estas são muito menos comuns nas florestas, além disso, são
poucas as árvores de diâmetros exploráveis.
Apesar dessa tendência, não existe iniciativa voltada ao plantio destas espécies exploradas afirma
(SHIMIZU, 2006).
Para espécies altamente demandadas como, Pterocarpus angolensis, e muitas outras, cujas
populações foram reduzidas a remanescentes isolados e dispersos pelo país, seria estratégico o
plantio e o maneio de populações de alta variabilidade genética para conservação. A dificuldade na
reposição da área explorada por sementes relaciona-se com as dificuldades na obtenção de mudas
incluindo, dificuldades relacionadas com a aquisição das sementes, período curto de viabilidade,
baixa floração e o fraco poder germinativo, (MASSANGO, citado por SALÊNCIA, 2005).
Segundo T.M. CARO et al. (2005) o problema que tem ocorrido na propagação de Pterocarpus
angolensis por sementes, incluem dificuldades na abertura de vagens, sem danificar sementes,
baixas taxas de germinação, baixas taxas de crescimento das árvores, e atraso na produção de
sementes.
1.1. Problema
A propagação de Pterocarpus angolensis por sementes, esta limitada pela dificuldade na abertura de
vagens, sem danificar sementes e baixas taxas de germinação.
1.2. Justificativa
1.3. Hipótese
A Propagação vegetativa de Pterocarpus angolensis por estacas usando substâncias enraizantes
naturais como água de coco e sementes de milho em germinação pode ser uma alternativa para
produção de mudas dessa espécie a custos reduzidos, podendo ser levada a cabo várias vezes ao ano,
produzindo mudas de alta qualidade visando maior vantagem competitiva no campo e eliminando a
dependência de sementes disponíveis sazonalmente.
1.4. Objectivos
Pterocarpus angolensis começa a produzir frutos com cerca de 20 anos de idade e as árvores
continuam a produzir frutos até morrerem. A árvore tem uma rotação de 40-70 anos e uma
expectativa de vida de 60-90 anos. Sob condições favoráveis, a taxa de crescimento é de 500-700
mm / ano (ORWA, et al. 2009).
Ocorrência
África Tropical, em Moçambique ocorre em floresta aberta tanto do litoral como dos planaltos, do
rio Limpopo para o norte, em solos argilo- arenosos, avermelhados. Tornou-se rara ou desapareceu
nalgumas regiões devido a intensa exploração, (GOMES E SOUSA, 1967).
Importância
Madeira: O cerne faz móveis de alta qualidade, fácil de trabalhar e aceita bem a parafusos e colas, é
particularmente adequado para construção de barcos, canoas e pisos de banheiro. Faz mobiliário
mais bonito e estantes, painéis, portas e janelas.
Medicina: A casca tem vários usos; aquecida em água e misturado com figos é massageado no peito
para estimular lactação, uma infusão a frio da casca sozinho fornece um remédio para urticária e
uma infusão fria feita a partir da casca é feita para aliviar desordens do estômago, dores de cabeça,
urina no sangue, dor de ouvido e úlceras na boca. Casca ou raízes, fervido com carne fresca, é
utilizada como um acelerador na preliminar tratamento da gonorreia etc... (ORWA et al. 2009).
2.2. Aspectos gerais sobre a propagação vegetativa
A estaquia assegura maior ganho genético e permite uma produção ilimitada de plantas
seleccionadas. Normalmente, as mudas produzidas por enraizamento de estacas estão aptas a serem
plantadas quando atingem de 90 a 120 dias de idade. (FERRARI, et al. 2004).
Aplicação de substâncias que aceleram a formação de raízes para estacas de difícil enraizamento é
de grande importância, pois aumenta a velocidade de formação de raízes, o número e a qualidade
das raízes formadas e a uniformidade de enraizamento, (MALAVASI, 1994, citado por
WENDLING, 2004).
A capacidade das plantas em emitirem raízes adventícias em segmentos de ramos é variável entre as
espécies, portanto para espécies que apresentam facilidade de formar raízes não há necessidade de
cuidados especiais, porém naquelas de difícil enraizamento deve se ter atenção em outros factores
que afectam o processo de estaquia, (JÚNIOR, 2010).
Condição fisiológica da planta mãe
Estacas de plantas jovens enraízam melhor que as de plantas velhas, em plantas adulta é
recomendável a obtenção de brotações novas, o que facilita o enraizamento. O problema
apresentado por material adulto é o aparecimento ou a produção de substâncias inibidoras do
enraizamento. (XAVIER, 2002. FACHINELLO, 2005. citado por FRANZON, et al. 2010).
Época do ano
A época do ano em que são colectadas as estacas pode ser um factor decisivo para o sucesso de
enraizamento, a época do ano está directamente relacionada com a consistência das estacas, quando
colectadas no período vegetativo intenso (primavera ou verão), as estacas apresentam se mais
herbáceas e, quando colectadas durante o período de repouso (inverno), apresentam-se mais
lenhosas e tendem a enraizar menos, (XAVIER, 2002. FACHINELLO, 2005, citado por
FRANZON, et al. 2010).
Temperatura
As temperaturas entre 21ºC e 27ºC diurnos e 15º C nocturno, favorecem o aumento de carbohidratos
e o enraizamento das plantas. A estratificação das estacas a baixa temperatura inibe a formação de
raízes e impede a brotação, e as temperaturas elevadas induzem ao desenvolvimento precoce em
relação as raízes, causando aumento na perda de água pelas folhas, (JÚNIOR, 2010).
Luz
Deve-se fornecer às estacas com folhas luminosidade máxima, de forma a propiciar um máximo de
fotossíntese, para que haja acúmulo de substâncias indutoras do enraizamento, (XAVIER, 2002.
FACHINELLO, 2005 citado por FRANZON, et al. 2010).
Substrato
O meio pode influir muito não só na percentagem de enraizamento, como também na qualidade do
sistema radicular que se forma, um bom substrato deve sustentar as estacas durante o enraizamento,
manter o equilíbrio entre a humidade e aeração, e ser poroso para favorecer a presença de oxigénio e
permitir a percolação do excesso de água, livre de plantas daninhas, patógenos e nemátodos,
(XAVIER, 2002. FACHINELLO, 2005 citado por FRANZON, et al. 2010).
O estudo será realizado no Centro Experimental Florestal do IIAM (Centro Zonal Centro) localizado
no distrito de Sussundenga, província de Manica.
3.2. Materiais
• Regador
Substâncias estimulantes
• Pá
• Sementes de milho • Enxada
As estacas de Pterocarpus angolensis, serão obtidas das plantas matrizes de Pterocarpus angolensis,
após a colecta a base das estacas permanecerá em água até a preparação das mesmas.
As sementes de milho serão colocadas para germinar em placas de Petri com algodão humedecido
durante 48 horas antes do experimento, depois serão colocadas em recipientes contendo 200 ml de
água destilada, serão estudadas as seguintes doses de sementes de milho em germinação: 0
sementes, 100 sementes, 200 sementes e 300 sementes.
3.3.3. Substrato
O solo que será usado como substrato, será colectado no local de origem das estacas de modo a
fornecer as estacas um ambiente do solo similar ao de ambiente natural de crescimento.
Layout do experimento
Bloco I
Bloco II
Bloco II
3.3.5. Observações
As observações serão efectuadas todos os dias e a colecta de dados será, em termos de parâmetros
de enraizamento e brotamento.
Parâmetros de enraizamento que serão avaliadas serão os seguintes: percentagem de enraizamento,
número de raízes por estaca e comprimento da maior raiz, serão consideradas enraizadas as estacas
que apresentarem pelo menos uma raiz principal maior que 1 mm de comprimento.
Parâmetros de brotamento: percentagem de estacas brotadas e percentagem de estacas
sobreviventes. Avaliação de ambos parâmetros de enraizamento e de brotamento serão feitas cento
e vinte (120) dias após o plantio.
A análise dos dados será feita utilizando o software estatístico ASSISTAT 7.6 beta. (SILVA &
AZEVEDO, 2009).
A análise de variância (ANOVA) será usada para testar a efeito significativo entre os tratamentos e
as comparações múltiplas das médias dos tratamentos será pelo teste de Tukey a 5% de
probabilidade. Também serão determinados os coeficientes de correlação de Pearson de modo a
conhecer a força da relação linear entre parâmetros de enraizamento e brotamento como variáveis
dependentes.
IV. CRONOGRAMA
V. ORÇAMENTO
Pá 150 1 150
Régua 10 2 20
ASMA, N. et al. (2008). An optimized and improved method for the in vitro propagation of
kiwifruit (Actinidia deliciosa) using coconut water. Pak. J. Bot., 40(6): 2355-2360.
CARO T.M. et al. (2005). Forest ecology and management 219 - 169, disponível em:
(www.elsevier.com / locate / foreco).
DUTRA, L. F., GROSSI, F., et al. (2006). Produção de mudas de espécies lenhosas, Colombo, PR.
Ministério da Administração Estatal Série: Perfis Distritais Edição: 2005: disponível em:
http://www.metier.co.mz
WENDLING, I., (2004). Propagação vegetativa de erva-mate (Ilex paraguariensis Saint Hilaire):
estado da arte e tendências futuras. Colombo.
VII. ANEXOS
Anexo 1: Ficha para colecta das estacas
Província________________________________
Dstrito_________________________________________________________________________
Localidade______________________________________________________________________
Observações
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________
Nome do colector:
__________________________________________
Anexo 2: Ficha de controlo das estacas brotadas por tratamento
a1 (água de coco)
a2 (sementes de milho)
Total
Média
Percentagem
a1 (água de coco)
a2 (sementes de milho)
Total
Média
Percentagem