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DISCIPLINA: ANÁLISE DE SEMENTES-PAG-508

TEMA: MATÉRIA SECA E MATÉRIA VERDE

ALUNO: RICHARD ALCIDES MOLINA ALVAREZ

ÁREA DE ESTUDO: MESTRADO EM FITOTECNIA

PROFESSORA: MARIA LAENE MOREIRA DE CARVALHO

PERÍODO: 2016 – 2

LAVRAS – MG
Conteúdo
1. MATÉRIA VERDE E MATÉRIA SECA DA PLANTA.......................................................................... 2
1.1. Introdução. ......................................................................................................................... 2
2. MARCO TEÓRICO ....................................................................................................................... 3
2.1. PESO DA MATERIA VERDE DA PLANTA, SEGUNDO (VIERA & CARVALHO, 1994)................ 3
2.1.1. Objetivo ........................................................................................................................... 3
2.1.2. Principio........................................................................................................................... 3
2.1.3. Descrição da metodologia ............................................................................................... 3
2.1.4. Precauções ...................................................................................................................... 4
2.2. PESO DA MATÉRIA SECA DA PLANTA ...................................................................................... 4
2.2.1. Objetivo ........................................................................................................................... 4
2.2.2. Principio........................................................................................................................... 4
2.2.3. Descrição da metodologia ............................................................................................... 4
2.2.4. Precauções ...................................................................................................................... 5
3. PESO DA MATÉRIA SECA DA PLÂNTULA, SEGUNDO (KRZYZANOWSKY, 1999). ......................... 5
3.1. Introdução .......................................................................................................................... 5
3.1.1 Materiais e Equipamentos................................................................................................ 5
3.1.2. Procedimento .................................................................................................................. 6
3.1.3. Interpretação dos Resultados .......................................................................................... 7
4. PESQUISAS DESENVOLVIDAS (ULTIMOS TRÊS ANOS) ................................................................ 8
4.1. ARTIGO 1: DESEMPENHO DE PLÂNTULAS E PRODUTIVIDADE DE SOJA SUBMETIDA A
DIFERENTES TRATAMENTOS QUÍMICOS NAS SEMENTES .............................................................. 8
4.1.1. Material e métodos ......................................................................................................... 8
4.2. ARTIGO 2: QUALIDADE FISIOLÓGICA INICIAL DE SEMENTES DE TRIGO TRATADAS COM
THIAMETHOXAM. .......................................................................................................................... 8
4.2.1. Material e métodos ......................................................................................................... 8
4.3. ARTIGO 3: RESPOSTA DE PLANTAS AO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO DE SEMENTES DE
GIRASSOL. ...................................................................................................................................... 9
4.3.1. Material e métodos ......................................................................................................... 9
4.4. ARTIGO 4: TESTES DE VIGOR EM SEMENTES BASEADOS NO DESEMPENHO DE PLÂNTULAS.9
4.4.1. Revisão bibliográfica........................................................................................................ 9
4.5. ARTIGO 5: TESTES DE VIGOR PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES
DE FEIJOEIRO. .............................................................................................................................. 10
4.5.1. Material e métodos ....................................................................................................... 10
4.6. ARTIGO 6: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE Amburana cearensis
(Allemão) A.C. Smith ................................................................................................................... 10
4.6.1. Material e métodos ....................................................................................................... 10
5. CONGRESSO: VIGOR DE PLÂNTULAS DE MILHO SUBMETIDAS AO TRATAMENTO DE
SEMENTES COM PRODUTO ENRAIZADOR................................................................................... 10
5.1. Material e métodos .......................................................................................................... 10
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 11
7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 12

1
1. MATÉRIA VERDE E MATÉRIA SECA DA PLANTA
1.1. Introdução.
Ressaltando que são testes diretos, para avaliar o vigor relativo do lote de sementes, é
preciso lembrar alguns dados históricos e conceitos sobre o tema.

Considerando-se o ano de 1916 como aquele a partir do qual o homem passou a,


oficialmente, a preocupar-se com a qualidade das sementes usadas para o plantio, pode-
se dizer que a primeira manifestação escrita sobre o vigor de sementes deu-se em um
prazo relativamente corto, foi em 1876 no livro “Handbuch der Samerkunde” de
Friederich Nobbe, idealizador e construtor do primeiro Laboratório de análise de
sementes do mundo (Vieira & Carvalho, 1994).

O impulso ao desenvolvimento de vários métodos para identificação de diferentes


aspectos do comportamento fisiológico das sementes ocorreu apenas após da iniciativa
de Franck (1950). A partir dessa época, concentraram-se esforços para criação ou
aprimoramento de métodos para a determinação do vigor e elucidação de efeitos que
afetam o desempenho das sementes; atualmente, os testes de vigor têm constituído
ferramentas de uso cada vez mais rotineiro, principalmente para as sementes de grandes
culturas. As empresas produtoras e as instituições oficiais têm procurado incluir esses
testes em programas internos de controle de qualidade e/ou para a garantia da qualidade
das sementes destinadas à comercialização (Marcos Filho, Julio, 2005).

Em relação ao termo vigor convém diferenciar dois aspectos, o genético e o fisiológico.


O vigor genético é observado na heterose ou nas diferenças entre duas linhagens,
enquanto que o fisiológico é observado entre os lotes de uma mesma linhagem genética,
cultivar ou espécie […], entre tanto deve-se lembrar que o valor fisiológico depende não
apenas do genético, mas também das condições a que são submetidas as plantas e as
sementes que essas irão produzir (Schuch, 2013).

Segundo a Association of Official Seed Analysts AOSA 2017, A alta qualidade


fisiológica das sementes é essencial para a obtenção de uma população vegetal aceitável
no campo ou na estufa. Os lotes de sementes de germinação elevada podem diferir
substancialmente em emergência de campo quando semeados ao mesmo tempo. Essas
diferenças são causadas por outra importante medida da qualidade das sementes, o vigor
das sementes. (www.aosaseed.com).

International Seed Testing Association – ISTA, 2017, O vigor de sementes é definido


como "a soma total das propriedades da semente que determinam o nível de atividade e
desempenho da semente ou do lote de sementes durante a germinação e emergência de
plântulas". Em qualquer lote de sementes, as perdas de vigor da semente estão
relacionadas com uma redução na capacidade das sementes para realizar todas as
funções fisiológicas que lhes permitem emergir. A diferença de vigor existem em lotes
de sementes de espécies agrícolas, hortícolas e silviculturais (www.seedtest.org).

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2. MARCO TEÓRICO

2.1. PESO DA MATERIA VERDE DA PLANTA, SEGUNDO (VIERA & CARVALHO,


1994).

2.1.1. Objetivo
Determinar o vigor relativo do lote de sementes avaliando se o peso médio da matéria
verde da parte aérea da planta, em teste conduzido em condições de campo.

2.1.2. Principio
Os lotes de sementes que produzem plantas, com os maiores pesos médios de matéria
verde da parte aérea ou em sua fase inicial de desenvolvimento em condições normais
de campo são considerados mais vigorosos.

2.1.3. Descrição da metodologia


A instalação do teste é idêntica à do teste para avaliação da porcentagem de emergência
de plântulas, sendo usual a utilização do mesmo para esta avaliação.

Após a instalação do teste com os cuidados descritos como segui:

Para este teste são empregados 400 sementes de cada lote, em quatro repetições de 100
sementes. Cada repetição é semeada em sulco, a profundidade uniforme e recomendada
para a cultura, em terreno bem preparado. Para espécies de grandes culturas, cujas
sementes são maiores, devem-se utilizar sulcos de 5 metros de comprimento, para
garantir a uniformidade de distribuição em um espaçamento adequado entre sementes e
evitar, com este procedimento, que a emergência de uma plântula interfira em outra
vizinha. Às vezes empregam-se quatro repetições de 50 sementes em vez de 4 x 100
sementes, em caso de pesquisa.

Após da semeadura e cobertura do sulco, faz-se a irrigação do sulco uniformemente, se


o solo estiver seco, para garantir a umidade. Esta operação é repetida sempre que
julgada necessária ou conveniente. Deve-se fazer controle de insetos para evitar que os
mesmos cortem as plântulas no período do teste e interfiram nos resultados.

A contagem das plantas emergidas é feita em uma única vez aos 14 ou 21 ou 28 dias
após a data de semeadura, em função da espécie, as plantas são cortadas rentes, ao nível
do solo, com tesoura ou lamina cortante (bisturi), as partes aéreas das plantas cortadas
(sem cotilédones, se estes ainda persistirem) são colocados em sacos plásticos para
evitar a perda de água, e levadas ao laboratório.

No laboratório, as partes aéreas, por repetição são pesadas em balança com precisão de
0,1 g ou de maior sensibilidade se o volume do material for pequeno. O peso obtido é
dividido pelo numero de plantas da repetição, calculando-se, assim, o peso médio por
planta. A media das quatro repetições é o peso médio da matéria verde da planta do lote.

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2.1.4. Precauções
Se as plantas estiveram com terra aderida à parte aérea, estas devem ser limpas ou
lavadas, tomando-se cuidado de eliminar a água, enxugando-as com papel toalha para, a
seguir, realizar a pesagem. A coleta do material será feito em período sem chuva, pois o
solo seco torna a avaliação mais facilitada.

O controle das pragas necessita ser realizado sempre que necessário, para evitar que
estas, alimentando-se da parte aérea das plantas, interfiram no resultado do teste.

A utilização de um número definido de plantas para a avaliação (por exemplo, 25


plantas por repetição), em vez de todas, poderá mascarar os resultados, se a amostragem
não for bem representativa.

De forma semelhante à dos testes anteriores, a comparação de resultados entre testes


realizados em épocas distintas de instalação fica prejudicada, devido ao efeito das
condições ambientais no desenvolvimento das plantas.

2.2. PESO DA MATÉRIA SECA DA PLANTA

2.2.1. Objetivo
Determinar o vigor relativo do lote de sementes avaliando o peso médio da matéria seca
da parte aérea da planta, em teste conduzido em condições de campo.

2.2.2. Principio
Os lotes de sementes que produzem plantas, com os maiores pesos médios de matéria
seca da parte aérea em sua fase inicial de desenvolvimento, em condições normais de
campo, são considerados mais vigorosos. As sementes mais vigorosas, mesmo em
condições não favoráveis de ambiente, apresentam melhor capacidade de originar
plantas com maior desenvolvimento inicial, refletindo-se em maior translocação e
acumulo de matéria seca em suas partes.

2.2.3. Descrição da metodologia


O teste é instalado e conduzido à semelhança do teste de peso de matéria verde da
planta, sendo comum usar-se o mesmo teste para realizar estas avaliações. Desta forma,
seja após ter-se obtido o peso da matéria verde da parte aérea das plantas ou logo após
terem sido cortadas, as plantas da repetição são colocadas em sacos de papel e levadas
para a estufa com circulação de ar forçado, mantida à temperatura de 60 a 65º C, onde
permanecem até atingir peso constante.

O material seco é pesado, por repetição, em balança com precisão de 0,01 g ou de maior
sensibilidade em função da amostra. O peso obtido é divido pelo número de plantas que
compõem a repetição, obtendo-se o peso médio da matéria seca por planta. A media,
aritmética das quatro repetições avaliadas constitui o peso médio da matéria seca da
planta do lote.

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2.2.4. Precauções
Os mesmos cuidados adotados para o teste de avaliação de matéria verde da planta
quanto à aderência da terra às plantas e ao controle de pragas, necessitam ser tomadas, e
com maior rigor, tendo em vista a sensibilidade da balança empregada. Face a, esta
sensibilidade, o emprego de um número definido de plantas por repetição, para
avaliação, em vez de todas, poderá comprometer os resultados, se a amostragem não for
bem feita ou representativa.

Neste teste fica também prejudicada a comparação entre os resultados, para os mesmos
lotes, obtidos em testes instalados em épocas distintas, face ao efeito do ambiente no
desenvolvimento das plantas.

Comparando com o teste anterior, este relata melhor o acumulo de matéria translocada
ou sintetizada na planta, pois no peso da matéria verde da planta há a interferência do
conteúdo da água nas plantas que pode ser diferente de uma para outra.

3. PESO DA MATÉRIA SECA DA PLÂNTULA, SEGUNDO (KRZYZANOWSKY,


1999).
3.1. Introdução
A determinação da matéria seca da plântula é uma maneira de avaliar o crescimento da
planta, onde se consegui determinar, com certa precisão, a transferência da matéria seca
dos tecidos de reserva para o eixo embrionário.

Assim, por este teste, as amostras que apresentam maiores pesos médios de matéria seca
de plântulas normais são consideradas mais vigorosas. As sementes vigorosas
proporcionam maior transferência de matéria seca de seus tecidos de reserva para o eixo
embrionário, na fase da germinação, originando plântulas com maior peso, em função
com maior acumulo de matéria seca.

O objetivo do teste é determinar o vigor relativo do lote de sementes, avaliando a peso


médio da matéria seca das plântulas normais, provenientes de sementes que foram
postas a germinar sob condições controladas de ambiente em laboratório, em geral
idênticas às utilizadas no teste padrão de germinação.

As condições necessitam ser bem controladas, como já ressaltado no teste de


comprimento da planta.

3.1.1 Materiais e Equipamentos


Os materiais e o equipamentos necessários são os mesmos empregados para o teste de
germinação, constantes nas regras para análise de sementes (Brasil, 1992). Necessita
ainda, para avaliar o peso da matéria seca, lamina de barbear ou bisturi para extrair o
eixo embrionário na plântula; recipientes para secagem das plântulas (latas de alumínio,
placas de petri, sacos de papel); estufa termoelétrica de secagem, podendo ser de tipo
convenção gravitacional ou mecânica de ar forçado, com regulagem para 80o C;

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dessecador, preferivelmente com suporte de metal espesso para favorecer o esfriamento
dos recipientes; sílica gel, pentóxido de fosforo ou alumina ativa como dessecantes para
serem colocados no dessecador e balança mecânica ou eletrônica com precisão de 0,001
g ou 0,0001 g em função das plântulas.

São validas as considerações feitas para determinação de comprimento da plântula


(Materiais e equipamentos).

3.1.2. Procedimento
Este teste é instalado com a mesma metodologia descrita para comprimento de
plântulas, diferindo apenas na avaliação. Pode-se, deste modo, utilizar o mesmo teste
para obtenção dos dados de peso médio da matéria seca e de comprimento médio da
plântula, como segui:

“Este teste pode ser realizado em (RP) ou (SP) ou Gerbox, empregando no mínimo 4
repetições por amostra. Deve-se lembrar que quanto maior o numero das repetições há
maior representatividade da amostra.

Para confeccionar o rolo, empregam-se três folhas de papel toalha de 28 x 38 cm, duas
debaixo das sementes e uma cobrindo-as. No gerbox, utiliza-se uma folha de papel
mata-borrão ou duas de papel filtro.

A umidade do papel substrato deve ser padronizada, devendo-se empregar de duas a três
vezes o peso de papel em função da espécie. No teste de germinação recomenda-se de
duas a duas e meia vezes o peso do substrato para as sementes de gramíneas e de duas a
três vezes para as leguminosas (Brasil, 1992) […]

Por repetição ou subamostra são empregadas de 10 a 20 sementes, que são semeadas no


papel substrato pre-umedecido, sobre uma linha traçada no terço superior, sentido
longitudinal […]. As sementes podem ser distribuídas e duas fileiras no papel toalha
[…] em vez de uma, tomando sempre cuidado no espaçamento entre as mesmas.

Ao colocar as sementes no substrato, deve-se direcionar a ponta da radícula para baixo


[…] todos estes procedimentos visam orientar o crescimento das plântulas de forma
mais retilínea possível, para favorecer a avaliação de plântulas […].

Os rolos são preparados normalmente como no teste de germinação. As repetições em


subamostras de cada teste são, agrupados com atilhos de borrachas e colocados de pé no
interior do germinador, fechadas com saco plástico […], visando manter a umidade dos
rolos. A distancia entre a extremidade superior dos rolos e o fundo do saco plástico deve
ser de pelo menos, 15 cm, para permitir o desenvolvimento normal das plântulas.

[…] Ao empregar gerbox, este deve ser colocado formando um ângulo de 45o (ou
maior) com a bandeja do germinador.

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É importante fazer um escalonamento das amostras a serem colocadas no germinador,
de modo que no haja um intervalo de tempo muito grande entre a primeira e ultima
amostra avaliada.

O germinador deve ser regulado para a temperatura de 25+/- 1o C, e ausência de luz


(AOSA, 1983), para evitar que o calor extra, gerado pela fonte de luz, venha afetar a
temperatura. Quando a recomendação existente para a espécie for apenas de
temperaturas alternadas, deve-se adotar sempre a mesma temperatura para iniciar o
teste, e de preferência, no mesmo horário.

Após permanência de 5 a 7 dias no germinador (com alguma variação mais ou menos


em função da espécie), as plantas normais obtidas são avaliadas […].

Após a permanência prevista no germinador, as plantas normais de cada repetição são


retiradas do substrato e contadas. Com auxilio de uma lamina de barbear ou bisturi são
removidos os cotilédones, nas leguminosas e em outras sementes de reserva cotiledonar,
ou o restante da semente (pericarpo, tegumento e resíduo do tecido de reserva) nas
gramíneas e em outras com reserva endospérmica, para obter os eixos embrionários.
Estes são colocados em recipientes de alumínio previamente tarados ou em sacos de
papel, separados por repetição, e a seguir, colocadas secar em estufa termoelétrica
regulada a 80o C, durante 24 horas. Após esse período, as amostras são retiradas da
estufa para esfriar em dessecador. As repetições uma vez esfriadas são pesadas em
balança com precisão de 0,001 g ou 0,0001 g e determinado o peso total da matéria seca
das plântulas normais da repetição. O peso obtido é dividido pelo numero de plântulas
normais componentes, resultando no peso médio da matéria seca por plântula, expresso
em mg/plântula.

O valor do peso médio da matéria seca da plântula da amostra, será a media aritmética
das repetições.

3.1.3. Interpretação dos Resultados


As amostras que apresentam os maiores pesos médios de matéria seca de plântula
(mg/plântula) são as mais vigorosas, ou seja são oriundas de lotes de sementes mais
vigorosas. Devem-se interpretar os resultados dentro de cada genótipo.

É um teste de vigor com capacidade de selecionar pequenas diferencias em vigor de


sementes devidas ao genótipo, tamanho da semente, local de produção e outros fatores
(AOSA, 1983). À semelhança do comentado no teste de comprimento de plântula, para
se ter uma interpretação correta, é importante que, na comparação de vigor entre lotes
por este teste, seja sempre considerada a porcentagem de germinação, pois pode-se ter
lotes com alta germinação e baixo peso médio de matéria seca por plântula normal,
assim como lote com baixa germinação e alto peso médio de matéria seca por plântula
normal.

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4. PESQUISAS DESENVOLVIDAS (ULTIMOS TRÊS ANOS)

4.1. ARTIGO 1: DESEMPENHO DE PLÂNTULAS E PRODUTIVIDADE DE SOJA


SUBMETIDA A DIFERENTES TRATAMENTOS QUÍMICOS NAS SEMENTES

4.1.1. Material e métodos


[...] Comprimento de Plântulas: para a avaliação do comprimento de plântulas foram
utilizadas 20 sementes por repetição. As sementes foram colocadas para germinar a
temperatura de 25 °C, utilizando como substrato rolos de papel umedecido. As
avaliações foram realizadas aos sete dias após a semeadura, medindo-se o comprimento
(parte aérea, raiz e total) em 15 plântulas normais por repetição retiradas aleatoriamente.
Os resultados foram expressos em comprimento médio por plântula em centímetros; d)
Massa Seca de Plântulas: as plântulas resultantes da avaliação do comprimento de
plântulas foram separadas com auxílio de um bisturi a fim de remover os cotilédones.
Em seguida, as plântulas foram acondicionadas em sacos de papel e colocadas para
secar em estufa com circulação de ar a 80 ºC, durante 24 horas. Após este período, as
amostras foram retiradas da estufa, colocadas em dessecador e em seguida pesadas,
determinando-se a massa seca total das plântulas, sendo os resultados expressos em mg
plântula-1 (CONCEIÇÃO et al., 2014).

4.2. ARTIGO 2: QUALIDADE FISIOLÓGICA INICIAL DE SEMENTES DE TRIGO


TRATADAS COM THIAMETHOXAM.

4.2.1. Material e métodos


[...] Emergência a campo: conduzido a campo, sem controle de temperatura e umidade
relativa do ar. Quatro subamostras de 50 sementes foram distribuídas em sulcos
longitudinais de 2 cm de profundidade distanciados 5 cm entre si. A avaliação foi
realizada aos 21 dias após a semeadura, computando-se a porcentagem de plântulas
emergidas [...] (GEWEHR et al., 2014).

Comprimento de parte aérea, radicular e total: foram utilizadas 60 sementes (quatro


subamostras de 15 sementes) para cada amostra, semeadas no terço superior do papel
germitest umedecido com quantidade de água equivalente a 2,5 vezes a sua massa seca,
permanecendo em germinador a 20°C (NAKAGAWA, 1999). A mensuração de 10
plântulas foi realizada no quinto dia após a semeadura, com régua milimétrica e o
resultado foi expresso em centímetros. Matéria seca: após a mensuração da parte aérea e
raiz, as mesmas foram acondicionadas em sacos de papel separadamente, previamente
identificados e colocadas para secar em estufa a 60 ºC por 48 horas, depois foram
pesadas, onde a massa foi obtida em miligramas (GEWEHR et al., 2014).

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4.3. ARTIGO 3: RESPOSTA DE PLANTAS AO CONDICIONAMENTO OSMÓTICO
DE SEMENTES DE GIRASSOL.

4.3.1. Material e métodos


[...] Também foi realizada a determinação da massa de matéria seca da parte área total
das plantas, após secagem em estufa de circulação de ar a 65 ºC até atingir massa
constante, e os dados expressos em g m-². A avaliação da população inicial e final foi
realizada aos 20 e 97 DAS, através da contagem do número de plantas em um metro
linear. Também aos 97 DAS, foi realizada a avaliação dos componentes de produção. As
plantas contínuas em um metro linear foram cortadas manualmente ao nível do solo
(MORAIS et al., 2014).

4.4. ARTIGO 4: TESTES DE VIGOR EM SEMENTES BASEADOS NO DESEMPENHO


DE PLÂNTULAS.

4.4.1. Revisão bibliográfica


Peso da Matéria Seca da Plântula Para esta determinação, as amostras que apresentam
maiores pesos médios de matéria seca de plântulas normais são consideradas mais
vigorosas. As sementes vigorosas proporcionam maior transferência de massa seca de
seus tecidos de reserva para o eixo embrionário, na fase de germinação, originando
plântulas com maior peso, em função do maior acúmulo de matéria (NAKAGAWA,
1999).

A instalação deste teste pode tanto ser realizada da mesma forma que a do teste anterior,
como no campo, sulcos ou em bandejas, seguindo a metodologia utilizada para o teste
porcentagem de emergência de plântulas. Além disto, o peso da matéria seca da plântula
pode ser obtido após a realização da determinação do peso da massa fresca da plântula.

Para obtenção do peso da matéria seca da plântula, são retiradas as plântulas normais do
substrato e removidos os cotilédones, restante de sementes e/ou qualquer tipo de
reserva, obtendo apenas as plântulas, que são colocadas em estufa a 80ºC por 24 horas,
logo após, são colocadas para resfriar em dessecador e pesadas em uma balança de
precisão 0,001g ou 0,0001g, depois de determinado o peso da matéria seca total divide-
se pelo numero de plântulas para se ter o peso médio da matéria seca (mg/plântula).

Vários autores utilizam essa metodologia, para diferentes culturas, como Bezerra et al.
(2004) para sementes de moringa, Moraes & Menezes (2003), para sementes de soja e
Faria et al. (2003) para algodão. Contudo existem variações da metodologia, como
Balbinot & Lopes (2006) com sementes de cenoura onde utilizaram temperatura de
70ºC, Posse et al. (2004) em sementes de pimentão utilizaram 70ºC por 48 horas,
Catunda (2001) em sementes de maracujá utilizou 70ºC por 48 horas, Bias et al. (1999)
em feijão vigna, utilizaram 75ºC por 72 horas e Muniz et al. (2004) utilizaram a
temperatura de 70ºC (OLIVEIRA et al., 2009).

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4.5. ARTIGO 5: TESTES DE VIGOR PARA AVALIAÇÃO DA QUALIDADE
FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE FEIJOEIRO.

4.5.1. Material e métodos


Comprimento de plântulas: No final do teste de emergência foi determinado, com o
auxílio de uma régua milimetrada, o comprimento médio das plântulas consideradas
normais, sendo os resultados expressos em centímetros (cm) por plântula.

Massa fresca e massa seca de plântulas: As plântulas normais obtidas no teste de


emergência foram previamente pesadas para obtenção da massa fresca de plântulas. Em
seguida, as plântulas de cada repetição foram colocadas em sacos de papel e levadas
para secar em estufa com circulação forçada de ar, a 65º C constante, durante 72h. Após
este período, as amostras foram colocadas para resfriar em dessecadores e pesadas em
balança de precisão, sendo os resultados expressos em g/plântula (GARCIA; CESAR,
2009).

4.6. ARTIGO 6: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FISIOLÓGICO DE SEMENTES DE


Amburana cearensis (Allemão) A.C. Smith

4.6.1. Material e métodos


[...] No final do teste de germinação (18 dias) e de emergência em campo (30 dias), as
plântulas normais de cada repetição foram medidas da raiz até a parte aérea, usando-se
uma régua graduada (cm), sendo os resultados expressos em cm/plântula. As mesmas
plântulas da avaliação anterior foram colocadas em sacos de papel kraft e secadas em
estufa regulada a 65 °C até atingir peso constante (48 horas) e, decorrido esse período,
as amostras foram pesadas em balança analítica com precisão de 0,001 g, sendo os
resultados expressos em g/plântula. Os tratamentos consistiram dos quatro lotes de
sementes e o delineamento experimental adotado foi inteiramente ao acaso, em quatro
repetições de 25 sementes cada (GUEDES et al., 2013).

5. CONGRESSO: VIGOR DE PLÂNTULAS DE MILHO SUBMETIDAS AO


TRATAMENTO DE SEMENTES COM PRODUTO ENRAIZADOR
5.1. Material e métodos
Os testes de avaliação de plântulas foram realizados de acordo com Vieira e Carvalho
(1994), em rolo de papel toalha Germitest à semelhança do teste padrão de germinação
(BRASIL, 2009). O substrato foi umedecido com volume (mL) de água equivalente a
três vezes a massa (g) do substrato seco. Os testes foram conduzidos à temperatura de
25 ºC. Foram utilizadas quatro repetições de 10 sementes. Após permanência por sete
dias no germinador, as plântulas normais de cada repetição foram retiradas do substrato
e contadas. Com o auxílio de uma lâmina removeu-se o resíduo do tecido de reserva das
sementes, sendo que as raízes e a parte aérea foram separadas por repetição, em sacos
de papel. Determinou-se a massa fresca em balança de precisão de três casas decimais,
separando-se as raízes e a parte aérea, e logo após foram postas para secar em estufa
10
termoelétrica regulada a 70°C até peso constante (durante 48 horas). As repetições uma
vez esfriadas em dessecador foram pesadas, determinando-se assim o peso da massa
seca das plântulas da repetição. A massa foi dividida pelo número de plântulas da
repetição, a fim de se determinar a massa em g plântula-1 (FERREIRA; JUNIOR,
2010).

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
• Este teste é utilizado nas diferentes pesquisas para avaliar o vigor relativa do lote de
sementes mediante peso médio da matéria fresca e seca da plântula, apresenta duas
formas de desenvolver este teste:

• Peso de matéria verde e matéria seca, em campo segundo a metodologia de


apresentada em (Vieira & Carvalho 1994) descrita nesta revisão.

• Em condições controladas, segundo a metodologia de (Krzyzanowski, 1999),


também descrita nesta revisão.

• É importante ressaltar que a metodologia mais utilizada nas pesquisas


desenvolvidas, relaciona-se a (Krzyzanowski, 1999), já que aproveita os testes de
germinação para avaliar o peso médio da matéria seca das plântulas normais.

• E uma maneira rápida e econômica de avaliar o vigor relativo do lote de sementes,


além de aproveitar a avaliação de testes iniciais, como germinação, comprimento de
plântula, etc.

• E possível padronizar com algumas mudanças no teste dependendo da


disponibilidade de pessoal e dos equipamentos disponíveis no laboratório e da
resposta que apresente as amostras de trabalho, podendo ser testadas tanto de forma
direta no campo ou indireta em condições controladas de laboratório.

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7. REFERÊNCIAS
1. CONCEIÇÃO, G. M. et al. Desempenho de plântulas e produtividade de soja
submetida a diferentes tratamentos qu??micos nas sementes. Bioscience
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