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INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO RURAL

GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA

DISCIPLINA: PRÁTICAS AGRICOLAS IV

PROFESSORA: DRA. DANIELA QUEIRÓZ ZULIANI

RELATÓRIO

EDVALDO RENNER DA COSTA CARDOSO

ELIEUDA DE CASTRO DA SILVA

REDENÇÃO/CE
2013

1
UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃOINTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-
BRASILEIRA

Edvaldo Renner da Costa Cardoso

Elieuda de Castro da Silva

PRÁTICAS AGRÍCOLAS IV

Produção Animal

Relatório apresentado à disciplina de


Práticas Agrícolas IV, ministrada pelos
Professores Dra. Daniela Queiróz Zuliani, Dra.
Maria Gorete Flores Salles e Dr. Max César de
Araújo, como requisito obrigatório para a
obtenção de nota parcial da referida disciplina.

REDENÇÃO/CE
13/08/13
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 4
2. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 5
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................................ 6
3.1. ATIVIDADES REALIZADAS NA FAZENDA PIROÁS ............................................... 6
3.1.1. DIA 18/09/2013............................................................................................................. 6
3.1.2. DIA 25/09/2013............................................................................................................. 7
3.1.3. DIA 09/10/2013............................................................................................................. 8
3.1.4. DIA 16/10/2013............................................................................................................. 8
3.1.5. DIA 06/11/2013............................................................................................................. 9
3.2. VISITAS ......................................................................................................................... 10
3.2.1. VISITA A EXPOECE 2013 – PARQUE DE EXPOSIÇÕES (02/10/2013) ............... 10
3.2.2. VISITA A PISCICULTURA (09/10/2013) ................................................................ 10
3.2.3. VISITA A FAZENDA EXPERIMENTAL DA UECE (23/10/2013) ......................... 11
3.2.4. VISITA A SUINOCULTURA (30/10/2013) .............................................................. 12
3.2.5. VISITA A APICULTURA E MELIPONICULTURA (13/11/2013) ......................... 12
3.2.6. VISITA A FAZENDA AGROPECUÁRIA (20/11/2013) .......................................... 13
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................. 14
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................14

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1. INTRODUÇÃO

No dia 18 de Setembro de 2013, iniciaram-se as atividades referentes a


disciplina de Práticas Agrícolas IV, onde a mesma teve como foco principal a produção
animal. A aula inicial aconteceu na Fazenda Piroás, onde foram decididas as atividades
que seriam realizadas ao longo do trimestre.

Apesar do tema de Práticas Agrícolas IV, estar relacionado à produção animal,


foram realizadas algumas atividades, ainda referentes à produção vegetal que foi tema
do III trimestre, e que faltavam ser concluídas, como por exemplo, a colheita dos
produtos vegetais cultivados anteriormente. Apesar desse “retrocesso”, não tivemos
nosso foco desviado, uma vez que, algumas dessas culturas são utilizadas na
alimentação animal como o Solidago, a Leucena e o milho.

As práticas relacionadas a produção animal aconteceram em lugares distintos,


onde foram realizadas visitas a evento agropecuário e à criadores diversos, tudo isso
com o objetivo de mostrar aos alunos, as diversas formas de manejo nessa área e a
diversidade de . As visitas aconteceram respectivamente nos seguintes locais:

 Visita a Expoece 2013 (Exposição Agropecuária e Industrial do Ceará);


 Visita a Piscicultura (criação de peixes);
 Visita a Fazenda Experimental da UECE (Universidade Estadual do Ceará);
 Visita a Suinocultura (criação de suínos);
 Visita a Meliponicultura (criação de abelhas sem ferrão);
 Visita a Fazenda Bom Jesus de Ibiraipu (Agropecuária).

As demais aulas aconteceram na Fazenda Piroás, onde foram realizadas


atividades de rotina nos canteiros cultivados no III trimestre, além de palestras sobre
assuntos específicos da área de Agronomia. Nessas palestras foram abordados os temas
a seguir:

 Os Meliponíneos ou abelhas sem ferrão.


Palestrante: Professora Dra. Maria Gorete Flores Sales;
 Fitopatologia e Fitossanidade.
Palestrante: Professor Dr. Joaquim;
 Técnicas de Compostagem.
Palestrante: Professora Dra. Daniela Queiróz Zuliani
 Como retirar amostras de solo para análises.
Palestrante: Professora Dra. Daniela Queiróz Zuliani

A seguir, estão descritas cada uma das atividades citadas acima de acordo com o
período em que as mesmas aconteceram.

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2. MATERIAL E MÉTODOS

Ferramentas
(Utilizados na colheita e medição das inflorescências de Solidago, na capinagem
dos canteiros e na medição da temperatura e coleta de organismos do solo)
 Enxada;
 Pá;
 Instrumentos de jardinagem;
 Trena;
 Faca;
 Termômetro

Material utilizado na compostagem


 Palha de coqueiro (verde e seco);
 Tronco e folha de bananeira;
 Capim;
 Leucena;
 Esterco;
 Composto de peixe;
 Folhas de Helicônea;
 Bagaço de cana-de-açúcar;
 Palha de milho;

Procedimentos
 Atividades realizadas nos canteiros de Solidago e Bastão do Imperador
 Retiraram-se as ervas daninha dos canteiros com o auxílio de enxadas;
 Realizou-se a medição das plantas para comparar com os dados obtidos no
trimestre anterior;
 Mediu-se a temperatura do solo em três locais aleatórios por canteiro;
 Utilizando-se facas, foram coletadas as inflorescências de Solidago, que foram
divididas em três estágios, obedecendo a determinado critério, o qual será
explanado no item de resultados e discussões;
 Coletou-se organismos do solo, em três locais distintos de cada canteiro.

 Atividade de Compostagem
 Com as matérias orgânicas separadas para a compostagem, foram feitas duas
pilhas, onde foram colocadas camadas alternadas de cada material disponível.

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3. RESULTADOS E DISCUSSÕES

3.1. Atividades realizadas na Fazenda Piroás


As atividades que foram realizadas na Fazenda Piroás referiram-se a conclusão
dos experimentos relacionados a produção vegetal que foi tema do trimestre anterior.
Essas atividades foram desenvolvidas em três dias, de acordo com a descrição a seguir:

3.1.1. Dia 18/09/2013

No período da manhã, observou-se a situação de cada canteiro, tendo em vista


que, desde o encerramento do trimestre anterior, os mesmos ficaram praticamente sem a
manutenção necessária, exceto, nas vezes em que alguém se dispunha a fazer uma
capina, ou acompanhar o desenvolvimento das culturas, realizando as devidas medições.

Nessas condições, após duas semanas sem o acompanhamento necessário, as


atividades foram retomadas efetivamente nesse dia (18/09), onde foram retiradas as
ervas daninha, as medições de cada planta de Solidago e bastão do imperador, além de
ter sido feito o acompanhamento fitossanitário das mesmas, uma vez, que nessa ocasião
obteve-se a presença do Professor Joaquim que é especialista em Fitopatologia. A partir
desse acompanhamento, notou-se um caso de superbrotação e enrolamento foliar em
uma das plantas de Solidago do canteiro 2, onde de acordo com o Professor Joaquim, as
causas prováveis dessa ocorrência deve-se ao ataque de pulgões ou toxinas de mosca-
branca (Bemisia sp.).

Os danos diretos são causados pela sucção da seiva da planta e inoculação de


toxinas, provocando alterações no desenvolvimento vegetativo e reprodutivo da planta,
com redução na produtividade e na qualidade dos grãos. Além disso, grande parte do
alimento ingerido É excretado na forma de um líquido doce, que serve como meio de
crescimento para fungos saprófitas, de coloração negra (fumagina), que recobrem as
folhas e interferem no processo de fotossíntese e respiração da planta. Os danos
indiretos são causados pela transmissão do vírus do mosaico dourado, sendo sua
intensidade variável, de acordo com a cultivar plantada, com a percentagem de infecção
pelo vírus e com o estádio de desenvolvimento da planta na época da incidência da
doença (COSTA e CUPERTINO, 1976; ALMEIDA et al., 1984; BARBOSA et al.,
1989; BARBOSA et al., 2001 Apud BARBOSA, F. R.).

Notou-se ainda a presença de percevejos nas plantas de bastão-do- imperador,


porém de acordo com o Professor Joaquim, isso não caracteriza um ataque em sí, ou
seja, esses percevejos não oferecem grandes riscos a essas plantas. No canteiro 5,
detectou-se em algumas plantas de Solidago, a presença de percevejos, pulgões,
joaninhas e gafanhotos e a presença de mosca-branca nas plantas de Bastão-do-
imperador. Quanto a presença de patógenos nas leguminosas que foram cultivadas para
posteriormente servirem de adubo aos demais cultivares, detectou-se ataque de
percevejos, pulgões e um inseto conhecido como vaquinha. Nos demais canteiros,
também foram detectados a presença destes patógenos, porém, em menor escala.

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No período da tarde, aconteceu uma palestra onde foram abordados dois temas:

I. Os meliponíneos ou abelhas sem ferrão. Nessa abordagem, a Professora


Dra. Mª Gorete F. sales, explanou sobre a importância ecológica, econômica
e medicinal desses pequenos animais e também falou um pouco sobre as
técnicas de criação de abelhas sem ferrões, tendo em vista o tema de práticas
agrícolas IV, que se refere a produção animal.
II. Fitopatologia e Fitossanidade. Ministrada pelo Professor Dr. Joaquim e
partindo dos problemas fitossanitários, detectados no período da manhã
durante visita aos canteiros, foram abordadas algumas dificuldades que são
enfrentadas pelos agricultores nesse sentido em seus cultivos, O Professor
Joaquim iniciou seu tema, tratando da Fitotecnia, quanto à relação solo-
água-planta-ambiente, depois falou um pouco sobre os materiais coletados
no campo para observação e por fim, focou nos problemas relacionados a
fitossanidade, bem como as possíveis maneiras de controlá-los ou evitá-los.

3.1.2. Dia 25/09/2013

Nesse dia, realizaram as atividades rotineiras de capinagem, além disso, foi


realizada a medição da temperatura em dois períodos: 9h00min. e 15h00mim. coletadas
amostras de solo em três locais escolhidos aleatoriamente, para detectar a presença e os
tipos de organismos em cada canteiro, como mostra o gráfico a seguir:

Gráfico 1: Organismos presentes nas amostras de solo coletadas/canteiro

120

100

80
canteiro 1
60 canteiro 2

40 Canteiro 3
canteiro 4
20
canteiro 5

7
3.1.3. Dia 09/10/2013

Pela manhã, houve visita à uma Piscicultura, que será relatada no item 3.2. No
período da tarde, já na Fazenda Piroás, aconteceu uma palestra sobre técnicas de
compostagem com a Professora Dra. Daniela Queiróz Zuliani. Nessa ocasião, a partir de
algumas perguntas como: O que fazer? Por que fazer? E como fazer? Foi explicado para
as duas turmas de Práticas Agrícolas (III e IV), as maneiras de fazer compostagem, que
vai desde a coleta de matéria orgânica até o produto final que é o húmus, quando o
mesmo será enfim, destinado à adubação de cultivos agrícolas. Esse processo
geralmente, é bastante demorado e em algumas situações podem ocorrer incêndios,
devido a alta pressão e temperatura durante a decomposição da matéria, o que existe
bastante no processo de compostagem.

A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos


transformam a matéria orgânica (...) O composto serve para enriquecer solos pobres,
melhorando a sua estrutura e permitindo uma boa fertilidade, também aumenta a
capacidade das plantas na absorção de nutrientes (macro e micro), fornecendo
substâncias que estimulam seu crescimento. Podem-se citar os macro nutrientes - N, P,
K, Ca e Mg e os micronutrientes - Bo, Cl, Cu, Co, Na, assim facilita a aeração do solo,
retêm a água e reduz a erosão provocada pelas chuvas. O adubo funciona como
inoculante para o solo, acumulando os macro e microrganismos (fungos, actinomicetos,
bactérias, minhocas e protozoários) que são formadores naturais do solo. (FERREIRA.
Aline Guterres et al.).

Após a palestra informativa, foram coletadas os materiais que seriam utilizados


na compostagem para que fosse dado início ao processo na semana seguinte (devido ao
horário), com a organização das camadas de cada tipo de material coletado.

3.1.4. Dia 16/10/2013

No período da manhã, além da capinagem dos canteiros, realizou-se a colheita


das inflorescências de Solidago. Essas inflorescências foram divididas em três estágios
de maturação, de acordo com a qualidade das mesmas para comercialização. No
canteiro 5, do total de 38 plantas de solidago, após a contabilidade e a medição das
inflorescências obteve-se a média de tamanho por estágio de maturação, conforme
mostra a tabela a seguir.

Média de tamanho das


Quantidade coletada
inflorescências (cm)
Estágio 1 (Apropriada à
6 30,9
comercialização)
Estágio 2 (Indicada para utilização no
11 30,5
mesmo dia de colheita)
Estágio 3 (Não apropriada para
4 39,4
comercialização)
Tabela 1: Demonstração de valores referentes a quantidade e a média de tamanho das
inflorescências de Solidago, por fase de maturação.

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A tarde, foram retomadas as atividades referentes a compostagem, onde foram
feitas duas pilhas de matéria orgânica com 22 camadas cada, na ordem a seguir:
CAMADA 1: Capim fino; CAMADA 12: Leucena;
CAMADA 2: Palha de coqueiro seca; CAMADA 13: Palha de coqueiro verde;
CAMADA 3: Esterco bovino/composto de peixe; CAMADA 14: Capim;
CAMADA 4: Folhas de helicônea; CAMADA 15: Esterco;
CAMADA 5: Bagaço de cana-de-açúcar; CAMADA 16: Tronco de bananeira;
CAMADA 6: Folhas de bananeira; CAMADA 17: Folha de bananeira
CAMADA 7: Capim; CAMADA 18: Capim;
CAMADA 8: Esterco; CAMADA 19: Palha de palmeira;
CAMADA 9: Folhas de bananeira; CAMADA 20: Esterco;
CAMADA 10: Palha de milho; CAMADA 21: Tronco de bananeira;
CAMADA 11: Capim; CAMADA 22: Palha de bastão.

3.1.5. Dia 06/11/2013

Nesse dia, no período da manhã, foi feita a capinagem nos canteiros e em


seguida, a última coleta de solo para identificar os organismos presentes nos canteiros.
Essa coleta seguiu o mesmo padrão das coletas anteriores (ver item 3.1.2) e o resultado
obtido no canteiro 5, está demonstrado no gráfico abaixo:

Gráfico 2: Organismos presentes nas amostras de solo coletadas/canteiro

50
45
40
35
30
25
Média
20
15
10
5
0
Minhoca Centopéia Baratinha Molusco Escorpião Cachorro de Tatuzinho
areia de jardim

Após essa atividade, foi realizada mais uma colheita de inflorescências de


Solidago e após, foi feito o revolvimento das compostagens.

A tarde, aconteceu mais uma palestra com a Professora Dra. Daniela Queiróz
Zuliani, onde desta feita, abordou-se o tema “Como retirar amostras de solo para
análises laboratoriais”. A partir de situações-problema, foi feita uma explanação sobre o
tema em questão, onde foram discutidos os motivos de se fazer esse tipo de análise, a
quantidade adequada de solo a ser coletado , os equipamentos necessários para a coleta,
como definir o tamanho da gleba/talhão e o número de amostras por gleba, dentre
outros.

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3.2. Visitas
As visitas realizadas, estiveram voltadas ao tema da disciplina de práticas
agrícolas IV que é a produção animal, tendo em vista que, a Fazenda Piroás ainda não
dispõe de material necessário nesse sentido. Foram realizadas visitas a eventos
agropecuários, a Fazenda experimental da UECE (Universidade Estadual do Ceará) e a
Fazendas de criadores/produtores rurais. Essas visitas estão descritas a seguir:

3.2.1. Visita a Expoece 2013 – Parque de Exposições (02/10/2013)

A Expoece (Exposição Agropecuária e Industrial do Ceará) é um evento


agropecuário que acontece anualmente no Estado do Ceará, onde são realizadas
exposições de animais e comercialização de produtos derivados dos mesmos. Esse
evento reúne criadores de bovinos, ovinos, caprinos e equinos, além de empresários e
agricultores familiares do Ceará e do Brasil. A feira é promovida pelo Governo do
Estado do Ceará, através da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA), e pela
Associação dos Criadores do Ceará (ACC).

Essa visita foi o pontapé inicial relacionado ao tema da prática em questão.


Inicialmente foi explicado sobre a criação de pequenos ruminantes (ovinos e caprinos),
bem como as diferenças existentes entre essas duas categorias. Um exemplo dessa
diferença, está na inserção da cauda de cada espécie.

Outro fator que foi possível compreender a partir das explicações da professora
Dra. Mª Gorete F. Sales, foram as diferenças existentes entre as diversas raças, além do
melhoramento genético que é feito a partir das mesmas. Por exemplo, se determinada
raça, não é adaptável a outros ambientes diferente do seu de origem, é feito um
melhoramento que atenda a necessidade do produtor a partir do cruzamento entre raças
distintas, onde são priorizados nesse melhoramento, as características favoráveis aquela
região e que satisfaça ao produtor.

Outro tópico explanado nessa ocasião, refere-se as características adaptativas


dos animais de acordo com a região de origem, por exemplo, animais com orelhas
maiores e pouca pelagem são adaptadas a climas tropicais e são melhores para
reprodução.
Para os animais homeotérmicos manterem a temperatura corporal relativamente
constante, eles necessitam, através de variações fisiológicas, comportamentais e
metabólicas, produzir calor (para aumentar a temperatura corporal quando a temperatura
diminui) ou perder calor para o meio (diminuir a temperatura corporal no estresse
calórico) (SILVA, 2000; Apud BIANCHINI, E. et al.).

3.2.2. Visita a Piscicultura (09/10/2013)

Essa visita aconteceu em uma Cooperativa de Piscicultura (criação de peixes),


localizada em Vazantes no município de Aracoiaba/Ce. Nessa ocasião, o Sr. André,
presidente da cooperativa, falou sobre o funcionamento da mesma e como são
desenvolvidas as atividades referentes a esse tipo de produção.

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Além dos 25 cooperados, a Cooperativa conta com assistência técnica de um
Engenheiro de pesca. A mesma possui atualmente 200 gaiolas e 10 berçários. O peixe
que criam é do gênero Tilápia. Os Alevinos (peixe no estágio larval), são adquiridos de
Orós/Ce de uma Empresa parceira e ficam no açude da propriedade. São alimentados
com ração, sendo uma específica para cada estágio de desenvolvimento; com 28
gramas, os peixes são vacinados preventivamente e são abatidos normalmente quando
atingem 1,100 kg. Antes de serem vendidos esses animais passam 24 h sem
alimentação. De acordo com o Sr. André, em uma situação normal do açude (em relação
a sua quantidade de água), cada malha comporta até 5.000 peixes. Em cada estágio do
peixe, ele é colocado em uma malha diferente: 1 g (Alevinos), 10 g e 25 – 30 g.

3.2.3. Visita a Fazenda experimental da UECE (23/10/2013)

A Fazenda da UECE, está localizada no município de Guaiúba/Ce e conta com


criação experimental de caprinos, ovinos e bovinos. Nessa visita contou-se com as
explicações do Doutorando da referida Universidade ,César, auxiliado da Professora
Dra. Mª Gorete F. Sales.

Nessa ocasião obteve-se informações referentes ao tipo de pelagem, onde


observou-se que os caprinos e ovinos da referida Fazenda são propositalmente SPRD
(Sem Padrão Racial Disponível), para simular o caso de pequenos produtores. Outra
informação obtida foi no que se refere a coleta de sangue dos animais que são
destinados a exames e análises, além disso, eles são submetidos a exames de
ultrassonografia para mensuração da involução e da parede uterina

Na alimentação desses animais (fase adulta), são utilizados bagaço de caju e


raspa de mandioca. Os ovinos se alimentam geralmente de gramíneas e consomem em
média 900 g/dia, já os caprinos preferem leguminosas (folhas largas) e consomem 400
g/dia de feno. Na Fazenda é realizado um teste para avaliar a condição de score
corporal, onde são atribuídas notas de 1 – 5 (N1 = muito magro e N5= muito gordo),
dependendo da situação física do animal (quanto ao seu peso); esse teste é realizado por
ultrassom, ou por toque. A nota que indica um animal com peso normal é 3.

Os machos são criados em locais diferentes das fêmeas. Para iniciar o ciclo
reprodutivo, as fêmeas devem estar com 8 meses de idade e pesando de 27 – 30 Kg, se
nessas condições, elas ainda não estiverem no período de Cio, são utilizados vários
artifícios para que isso ocorra, como por exemplo, o “efeito macho”, onde o macho é
levado para passear entre as fêmeas e libera o ferormônio (hormônio relacionado a
reprodução), além disso, pode-se utilizar o SIDER, progesterona que é introduzido no
órgão reprodutor feminino para estimular a ovulação. A partir daí, com até 2 dias, as
fêmeas estão prontas a serem cobertas pelo macho. O período de gestação dos pequenos
ruminantes é de 5 meses

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3.2.4. Visita a Suinocultura (30/10/2013)

A visita aconteceu a duas pequenas propriedades de suinocultura localizadas no


Distrito de Antônio Diogo em Redenção/Ce. A primeira propriedade visitada pertence
ao Sr. José Flávio e tem como atividade principal, a produção de leitões.

Essa atividade é desenvolvida pela família há mais de 20 anos. De acordo com a


Professora Gorete, o período de gestação de suínos é de três meses, três semanas e três
dias, onde normalmente nascem um total de filhotes que variam de 8 – 17. Ainda nas
informações repassadas pela referida Professora, todo animal nasce anêmico,
principalmente os suínos que necessitam de Ferro, Assim ao nascerem os mesmos
recebem vitaminas A, D e E.

Com 7 dias de vida, é oferecida ração aos filhotes para que eles acostumem-se
com o novo hábito e nesse mesmo período a mãe já entra novamente em Cio. Antes do
desmame, os machos que não serão utilizados para reprodução devem ser castrados e
após serem desmamados, os leitões (fêmeas e machos) são colocados em uma “creche.”
Ao completarem 45 dias de nascidos, os leitões são vendidos por valores que variam de
R$ 100,00 – R$120,00 e geralmente são abatidos quando estão pesando de 100 – 120
kg, o que ocorre normalmente com 6 meses de idade.

A ração oferecida aos animais varia de acordo com o ciclo de vida, e é


proveniente do milho, soja, mandioca, além de um pré-mix (contém vitaminas e
minerais) para complementar a alimentação, além disso, quando está no período de
frutificação dos cajueiros, colocam 10% de caju na ração, porque contém ferro, tendo
em vista a necessidade que esses animais tem desse complemento.

Na propriedade do Sr. Castelo, é realizado a terminação de leitões (abate).


Segundo ele, economicamente, a melhor época para isso é o período de novembro a
dezembro, devido a cultura brasileira de consumir leitões nas festas de final de ano.
Uma técnica utilizada nas duas propriedades para amenizar o estresse dos suínos e que
foi cientificamente comprovada, é a utilização de música nas pocilgas.

3.2.5. Visita a Apicultura e Meliponicultura (13/11/2013)

Nesse dia, foi realizada a visita ao Sítio da D. Océlia, situado no município de


Barreira. O Objetivo da mesma foi conhecer a criação de Apicultura (abelhas com
ferrão) e meliponicultura (abelhas sem ferrão). O responsável por essa atividade, é o Sr.
Edilson (filho da D. Océlia).

Segundo seu relato, ele se interessou por essa atividade e buscou conhecimento
nessa área para começar essa cultura. Atualmente ele possui 25 colméias e procura criá-
las de forma ecológia, embora encontre alguma dificuldade nesse sentido.

A captura das Abelhas da espécie Apis meliífera, requer todo um cuidado


especial, já que as mesmas apresentam ferrão. Nessa atividade, são utilizadas roupas
especiais, e fumaça para afastar as abelhas da colmeia original. A captura do enxame se
dá de duas formas: Ou com a captura da rainha, após a sua identificação, ou por atração

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do enxame completo. Já a captura de abelhas meliponíneas se dá apenas com a captura
da rainha.

Com base na experiência do Sr. Edilson e de acordo com as explanações da


Professora Gorete sobre o assunto, soube-se que ao fecundar a rainha, o zangão morre,
isso acontece porque o seu órgão copulador fica próximo ao sistema digestivo do
mesmo e acaba perdendo-o.

A alimentação utilizada por Sr. Edilson em sua criação é Jatobá com mel. As
abelhas estão associadas intimamente com a preservação ambiental, uma vez que elas
são uma das principais responsáveis pelo processo de polinização, além de fabricarem
produtos de grande importância medicinal.

A revisão das colmeias deve ser feitas com toda a cautela, apenas quando
necessário e de forma a interferir o mínimo possível na atividade das abelhas, evitando
causar desgaste ao enxame, uma vez que, durante as revisões, geralmente ocorre um
consumo exagerado de mel, mortalidade de abelhas adultas na tentativa de defender a
colônia, mortalidade de crias em razão da exposição dos quadros ao meio ambiente e
interrupção da postura da rainha, além de interferir na comunicação com a fonte de
alimento (PEREIRA, Fábia de Melo et al).

3.2.6. Visita a Fazenda agropecuária (20/11/2013)

Essa visita se deu na Fazenda Agropecuária Bom Jesus de Ibiraipu, localizada no


município de Itapiúna/Ce, pertencente ao Sr. Aragão e onde teve-se a participação do
filho do mesmo que é Zootecnista, Sr. Arturo.

A fazenda é destinada a produção e criação de Gado leiteiro. Ao lado da


Professora Gorete, o Sr. Arturo, falou sobre o manejo do rebanho, e outros assuntos
pertinentes. As raças utilizadas na fazenda são: Girolanda, Gersolanada, Gir leiteiro,
Guzerá e Holandesa (essa última em menor quantidade). A alimentação dos bovinos
consiste em 70% de milho e 30% de soja, além de capim elefante.

A produção de leite chega a 800 l/dia e fornecem para a Empresa Danone. De


acordo com o Sr. Arturo, a qualidade na reprodução e na produção de alimentos
depende de três pilares principais: Alimentação, sanidade e genética.

Na ordenha é feito todo um processo de higienização para evitar algum tipo de


contaminação. As tetas são higienizadas com uma solução de Cloro (10%), depois são
enxugadas com papel toalha, para em seguida, realizarem a ordenha; após a ordenha,
passa-se uma solução de Iodo para fechar o esfíctero e assim, evitar a mamite
(inflamação da glândula mamária), depois são levadas para alimentarem-se e o esfíctero
se fecha durante esse período de alimentação.

A ordenha acontece 2 vezes/dia, as 4 h da manhã e as 13 h da tarde (esse último


horário depende do horário de trabalho dos funcionários que vai até as 17 h). Ainda em
relação a sanidade, é feito um controle em parceria com a Danone, onde é coletado

13
amostras de leite de cada animal, e são levados ao laboratório, onde através das células
somáticas, detecta-se o potencial dos mesmos a desenvolverem doenças, em caso
positivo, é feito rapidamente, o tratamento adequado.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Embora a disciplina de Práticas Agrícolas IV tenha sido voltada principalmente
para a criação animal, pode-se dizer que, além das visitas realizadas aos produtores
essas aulas serviram também para concluir as atividades do trimestre anterior onde
avaliou-se o efeito de diferentes coberturas no cultivo de plantas ornamentais, sendo
que, foi possível colher as inflorescências de solidago, por ser uma planta de ciclo curto,
fato que não foi possível em relação ao Bastão do Imperador que é uma planta de cilco
mais longo.

Quanto ao tema da práticas agrícola IV (Produção animal), ainda que a fazenda


Piroás pertencente a UNILAB não usufrua da criação de animais, os professores através
dos seus devidos esforços tentaram suprir essa dificuldade/necessidade por meio de
visitas a pequenos e médios criadores, fato que de certa forma foi muito bem
aproveitado pelos alunos. Em cada visita foi possível explorar bastante os assuntos
abordados, despertando assim cada vez mais curiosidade nos alunos como foi no caso
da diferença entre os caprinos e os ovinos.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BARBOSA, Flávia Rabelo. Desafios ao controle de pragas na cultura do


feijoeiro (Phaseolus vulgaris): região nordeste. Disponível em
http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CPATSA/33857/1/OPB669.pdf,
Acesso em 03/12/13
 FERREIRA, Aline Guterres et al. A prática da compostagem para a adubação
orgânica pelos agricultores familiares de santa rosa/rs. Revista Eletrônica do
Curso de Direito da UFSM. Disponível em www.ufsm.br/redevistadireito,
Acesso 03/12/13
 BIANCHINI, Eliandra et al. Características corporais associadas com a
adaptação ao calor em bovinos naturalizados brasileiros. Pesq. agropec. bras.,
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