Você está na página 1de 64

ANDREIA AYUMI KUBOYAMA CAMARGO

GABRIELA DOS SANTOS LIMA

JAQUELINE VICENTE DE SOUSA

JULIO HIROSHI NAKANO

THAYNÁ DA SILVA DE JESUS

ITEPDI
INSTITUTO TERAPÊUTICO E EDUCACIONAL PARA
PORTADORES DE DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL JÚLIO DE MESQUITA

SANTO ANDRÉ

2011
Andreia Ayumi Kubayama Camargo n° 05

Gabriela dos Santos Lima n°13

Jaqueline Vicente de Sousa n°16

Julio Hiroshi Nakano n°20

Thayná da Silva de Jesus n°25

ITEPDI

Instituto Educacional para Portadores de Deficiência Inte-


lectual

TCC- Trabalho de Conclusão de Curso sob a


orientação do professor Luciano Matias no cur-
so de Desenho de Construção Civil da Escola
Técnica Estadual Júlio de Mesquita.

Escola Técnica Estadual Júlio de Mesquita

Santo André

2011
Agradecimentos

Gostaríamos de
agradecer aos professores, especialmente à pro-
fessora Valéria Santos por seu empenho em nos
ajudar, a todos os nossos familiares e amigos
pela paciência, e ao grande apoio da Keren Lu-
ana.
Resumo

Nosso projeto é um Instituto Educacional para pessoas portadoras de deficiên-


cia intelectual. Nossa intenção é promover oportunidades a essas pessoas
dando-lhes atenção especial na educação e oferecendo como alternativa de
tratamento, a cinoterapia.
Pessoas portadoras de deficiência intelectual precisam ser inseridas na socie-
dade e a cinoterapia provoca melhorias em suas vidas.
Abstract

Our Project is an Educational Institute for people with intellectual disabilities.


Our intention is to promote opportunities to these people giving them a special
attention in education and offering an alternative cure, the zoo therapy. People
with intellectual disabilities need to be inserted in the society and the zoo thera-
py makes improves in their lives.
Sumário

1- Introdução......................................................................................................9

2- A Cidade........................................................................................................10

2.1-Dados sobre o município.........................................................................11

2.1.1-População e renda...............................................................................12

2.1.2-Saúde.................................................................................................12

2.1.3-Educação Infantil................................................................................12

2.2-O Bairro...................................................................................................12

2.2.1-Zoneamento Local...........................................................................13

3-Papel da Instituição.......................................................................................15

4- Diferença de doença mental para deficiência intelectual.............................17

4.1-Síndrome de Down..................................................................................18

5-Zooterapia………………………………………………..........................………21

5.1-Tipos…………………………………………………….........................…...22

5.1.1-Equoterapia……………………………………….........................…..22

5.1.2-Cinoterapia………………………………….............................……...23

5.1.3-Pet-terapia……………………………………….........................…....24

6-Fitoterapia e Aromaterapia............................................................................26

7-Estudo de casos............................................................................................27

7.1-APAE....................................................................................................27
7.1.1-Destaques.....................................................................................27

7.1.2-Ambulatório...................................................................................28

7.1.3 - Estimulação e Habilitação...........................................................28

71.4-Educação.......................................................................................29

7.1.5-Serviço Especializado de Educação.............................................29

7.1.6-Serviço de Apoio à Inclusão.........................................................30


7.1.7-Capacitação para o Trabalho.......................................................30
7.1.8-Inclusão nas empresas.................................................................31
7.2-ABADS.................................................................................................31
7.2.1-PROGRAMA DE AÇÕES..............................................................32
7.2.2-Educação......................................................................................34
7.2.3-Programas de enriquecimento curricular......................................35
7.2.3.1-Oficinas..................................................................................35
7.2.3.2-Capacitação Profissional.......................................................36
7.3-ATEAC...............................................................................................37

8-Memorial Descritivo.......................................................................................38
8.1-Parte Estrutural.........................................................................................38
8.2-Vedação...................................................................................................38
8.3-Piscinas....................................................................................................38
8.4-Revestimentos..........................................................................................39
8.4.1-Especificação dos Materiais de Acabamento por Ambientes............39
8.5-Revestimento-Área externa.......................................................................45
8.6-Detalhes Construtivos...............................................................................46
8.6.1-Local de armazenamento de lixo.........................................................46
8.6.2-Cisterna...............................................................................................46
8.6.3-Sistema de Aquecimento Solar para Piscina......................................47
8.6.4-Elevador..............................................................................................47
8.6.5-Brises Solei.........................................................................................48
9-Conclusão.....................................................................................................49
10- Referências Bibliográfica........................................................................... 50

11- Anexos.......................................................................................................54
1-Introdução

O projeto a ser realizado trata-se de um Instituto educacional e Terapêutico,


voltado para portadores de deficiência intelectual de intensidade leve e mode-
rada,de.diversas.idades.
O tratamento terapêutico terá como alternativa a cinoterapia, onde será utiliza-
do um animal de pequeno porte, no caso cachorro. Os pacientes serão atendi-
dos pelo instituto em meio período, como as recomendações governamentais
orientam, divididas entre atividades educativas, esportivas, culturais, tratamen-
to.cinoterapêutico.e.fitoterapêutico.
O.projeto.pretende.ser.implantado.na.Rua.Uruguai,.bairro.Parque.das.Nações,.
Santo.André-SP.
O intuito principal é proporcionar ensino especializado focando sempre na au-
tonomia, fazendo com que seja crescente a auto-estima e a confiança, ofere-
cendo-as qualidade de ensino de acordo com suas necessidades, ou seja, a-
tenção á saúde, educação e assistência social. Infelizmente não existem mui-
tas instituições com esse propósito, de modo que inúmeras pessoas acabam
sem tratamento adequado, sem a atenção necessária de forma que não de-
senvolve todo o seu potencial intelectual logo nos primeiros anos de vida, a
fase.mais.significativa.em.questão.de.aprendizado.
2-A Cidade

Para contar a história da região na qual Santo André está inserida, temos que
retomar, de maneira sucinta, parte da história do Brasil Colonial.
No início do século 16 os países que tivessem terras onde pudessem explorar
as riquezas minerais, em especial ouro e prata, estavam à frente dos demais,
pois essas eram as moedas correntes, indicadoras de riqueza. Dificuldades de
subsistência e de proteção fizeram com que a vila de Santo André fosse trans-
ferida para São Paulo de Piratininga em 1560, através de proposta do Padre
Manoel da Nóbrega ao Governador Geral Mem de Sá. Boa parte dessa sesma-
ria foi repassada, em 1637, à Ordem de São Bento, formando-se ali a Fazenda
São Bernardo, área atualmente ocupada em grande parte pelo município de
São Bernardo do Campo. Nesse período a atividade econômica ficou restrita à
subsistência e à locação de pastagens para as tropas. Antes disso, porém, ao
redor da fazenda São Bernardo foi se criando um pequeno núcleo urbano, que
mais tarde iria garantir a criação do município de São Bernardo.
Outro fator importante no contexto de modernização da região em meados do
século XIX foi a instalação da ferrovia nas proximidades do Rio Tamanduateí.
Esse empreendimento visava a melhoria do transporte de produtos agrícolas
do interior para o Porto de Santos, em especial o café que começava a ser
produzido em larga escala na Província de São Paulo. Este município abrangia
toda a região do Grande ABC. Nesse contexto ressurge o termo Santo André,
nomeando o distrito criado em 1910 e que compreendia áreas próximas à Es-
tação.
Em 1945 foi a vez de São Bernardo do Campo, em 1949 São Caetano do Sul e
em 1953 Mauá e Ribeirão Pires.
Santo André passou a abrigar várias indústrias de auto-peças.Na década de
1970 houve um momento de expansão e concentração da indústria na Grande
São Paulo. O ABC e, em especial Santo André, perdeu várias indústrias. Hoje
em dia, há um grande esforço do setor público e da sociedade para a manu-
tenção das indústrias existentes.
2.1-Dados sobre o município

O município de Santo André faz parte de um grupo seleto de municípios do


Brasil que desde o último século contribui ativamente para o crescimento e a
modernização da indústria paulista e brasileira, sendo uma potencia industrial
de destaque.
Com uma área de 174,38 Km², inserida na Região Metropolitana de São Paulo,
tem a população de 673.396 habitantes sendo 8.530 portadores de deficiência
mental. Territorialmente Santo André possui 66,45 Km² de área urbana, e mais
107,93 Km² de área de proteção ambiental.
Distante apenas 18 km da maior metrópole da América Latina, A cidade de
Santo André está localizada na Região do Grande ABC Paulista, região que faz
divisa com a capital do estado e abriga 07 (sete) cidades com um rico e produ-
tivo pólo industrial, comercial e de serviços. Santo André possui um dos maio-
res mercados consumidores do país. Com a chegada do Rodoanel Santo An-
dré destacar-se-á na próxima década como uma das cidades mais atraentes
para investimentos no cenário brasileiro.
Os principais eixos viários são a Avenida dos Estados, a Avenida Industrial, a
Avenida Pereira Barreto, o Anel Viário Metropolitano e a Estrada de Ferro San-
tos-Jundiaí, formando um centro regional que atende ao Grande ABC e parte
das zonas leste e sudeste da capital.

2.1.1-População e Renda

A população de Santo André é de 671.696 habitantes, estando sua maioria na


faixa dos 20 aos 40 anos. Sua PEA - População Economicamente Ativa é de
360.345 e 169.789 estavam formalmente empregados em 1º de janeiro de
2009, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. A renda per capita anual
de Santo Andre é de R$ 17.375,00 superior à nacional. Segundo os dados da
Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2007, a renda média do tra-
balho formal no município, em dezembro de 2007, foi de R$ 16.704,00.
- IDH-M: 0, 836 - 23º lugar no ranking do Estado de São Paulo.

2.1.2-Saúde

Com 8 (oito) centros de saúde mental o município chega a atender 137.463


portadores de necessidades especiais segundo a secretária de saúde do muni-
cípio.

2.1.3-Educação infantil

O município dispõe de 22 unidades de creches públicas que atendem 9.513


crianças do município. Além de 145 escolas entre ensino fundamental e médio,
onde cerca de 80 alunos são beneficiados

2.2-O Bairro

O Parque das Nações foi escolhido para abrigar a instituição por diversos moti-
vos. Primeiramente foi feito um estudo, e com base em consultas em dados
cedidos pela prefeitura da cidade, pode- se observar que é grande o número de
portadores de deficiência mental e intelectual, não só no Parque das Nações,
mas.também.em.bairro.vizinhos.e.próximos.
A população estimada de ser portadora de deficiência mental e intelectual no
bairro é de 248 pessoas e na cidade inteira essa estimativa é de 8.530, ou seja,
um número grande de pessoas que necessitam de tratamento especial.
Outro fator que acarretou para a escolha do Parque das Nações para o nosso
projeto foi a sua boa localização. Além de ser um bairro tranquilo, perfeito para
a implantação de uma instituição do porte que estamos propondo, é de fácil
acesso, tanto de transporte privado como público, podendo assim, atender
pessoas de diversas regiões.
2.2.1-Zoneamento local

O projeto pretende ser implantado na Rua Uruguai, bairro Parque das Nações,
em Santo André – São Paulo. O zoneamento desta região encontra-se na Zona
de Qualificação Urbana/Recuperação Urbana, conforme apresentado nos Ane-
xos I e II.
O projeto é classificado como não-residencial, e seus parâmetros urbanísticos
para a ocupação do solo atendem aos seguintes dados:
Coeficiente de aproveitamento: Básico: 1,34
Taxa de ocupação: 67%
Taxa de permeabilidade (2): 15%
Recuos mínimos obrigatórios (m):
Frente:5,00
Fundo: 4,00 COE
Lateral: COE
Número máximo de pavimentos: 4 (9)(10)(11)
Gabarito máximo (3)(4): 9m
Área do lote máxima m² : -
Número mínimo de vagas (5): 1/unidade DTC
Reserva de área (6): -
Notas:
1. Mediante Outorga Onerosa do Direito de Construir
2. A área será de uso comum e deverá ser contínua e ajardinada
3. G= Gabarito, r = recuo e L= largura da via.
4. Em lote lindeiro ao Centro Cívico o Gabarito máximo é de 9 pavimentos.
5. A circulação interna, de veículos e pedestres, deverá observar o estabeleci-
do no COE (Código de Obras e Edificações, Lei nº 8.065/00).
6. Lote com área até 2.000m² estará isento da doação. Lote com área de
2.000m² até 15.000m² poderá efetuar a reserva de área ou doação do valor em
espécie ao Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, a critério do CMPU.
7. Quando misto, o uso não-residencial deverá ser não incômodo, voltado para
a via oficial e com acesso independente: no multifamiliar vertical, o uso não-
residencial deverá estar limitado aos dois primeiros pavimentos e nas demais
categorias do uso residencial, ele estará limitado ao pavimento térreo.
8. Para o uso residencial unifamiliar e multifamiliar de pequeno porte e para o
uso não-residencial e misto que se utilizarem dos mesmos índices do residen-
cial unifamiliar poderão ter um dos recuos de frente reduzidos para 2,00m (dois
metros) nos lotes de esquina.
9. São permitidos 3 pavimentos acima do ponto mais alto do nível da rua, sen-
do que a garagem, quando aflorada no máximo até 1,50m, não será computa-
da nesse total. Nesse caso, deverá observar o recuo frontal.
10. Garagem (no subsolo ou alforada até 1,50m do ponto mais alto do alinha-
mento) é considerada no número de pavimentos, mas não é computada no cál-
culo da Taxa de Ocupação nem no Coeficiente de Aproveitamento.
11. A vaga poderá estar situada no subsolo, no pilotis, no primeiro pavimento
da edificação ou no bolsão de estacionamento, e não será computada na Taxa
de Ocupação nem no Coeficiente de Aproveitamento. Quando estiver coberta
em bolsão deverá observar os recuos estabelecidos para a zona.
12. Será necessária a solicitação de diretrizes para lote maior que 2.000m².
13. As unidades podem estar geminadas no máximo até 8 e deverá observar o
recuo de 1,50m entre os grupamentos.
14. A edificação poderá ser licenciada concomitante ao parcelamento do solo.
15. Será considerado combinado quando tiver, no mínimo, 30% do total de uni-
dades de uma das tipologias (horizontal ou vertical). O uso misto é caracteriza-
do quando o Coeficiente de Aproveitamento do uso residencial for superior ao
Coeficiente de Aproveitamento Mínimo estabelecido para a zona em que se.
situar.
3-Papel da instituição

O projeto proposto é a construção de uma instituição, que pretende atender


pessoas com deficiência intelectual, de modo que sejam atendidas por meio
período, matutino ou vespertino. Durante este período, os pacientes poderão
receber tratamentos terapêuticos de acordo com suas necessidades, e/ou re-
ceber apoio educacional para que sejam auxiliados na aprendizagem do ensi-
no.regular.
A instituição receberá pessoas de todas as idades, sendo que serão divididas
em pequenas turmas com pessoas que possuem dificuldades e necessidades
semelhantes, para que tenham o mesmo tratamento e haja uma interação com
outros.pacientes.
O tratamento terapêutico terá a função de estimular e melhorar a habilidade
dos pacientes, para que possam adquirir autonomia nas tarefas diárias e terem
um melhor convívio social, tendo participação mais ativa na sociedade. Esse
processo será realizado através de terapias que estimulem a coordenação mo-
tora, com a prática de atividades que aprimoram a agilidade e movimentos que
o.paciente.não.está.habituado.a.executá-los.
Uma alternativa para o tratamento é a utilização da cinoterapia. Neste método,
os pacientes irão interagir com o cachorro. Os pacientes terão contato frequen-
te com os animais, que serão cuidados.e.criados.pela.própria.instituição.
Esta é uma prática recente, mas estudos e testes para saber da eficácia do
tratamento comprovam as grandes melhoras que os pacientes apresentam.
Pacientes que recebem contato com animais demonstram mais facilidade no
convívio social, melhoram a capacidade de aprendizagem e mais disposição
para.realizar.atividades.físicas.e.terapêuticas.
Além do tratamento terapêutico, os pacientes podem receber auxílio educacio-
nal, de forma que seja um reforço na vida escolar, sem que abandone a escola
regular, para não perder contato com pessoas que não possuem deficiência
intelectual. Sendo assim, o ensino na instituição tem a função de ajudar e esti-
mular a aprendizagem do paciente das mais variadas maneiras, por meio de
atividades.culturais,.esportivas.e.acadêmicas.
4 - Diferenças de doença mental para deficiência intelectual

Muitas pessoas confundiam a diferença entre deficiência mental e doença men-


tal, ou simplesmente achavam que ambas possuem a mesma designação. Este
pensamento podia ocorrer porque as doenças recebiam nomes parecidos, e,
para leigos, as situações envolvidas também são parecidas.
Por este motivo, a Organização das Nações Unidas (ONU), recomendou, em
2004, que fosse substituído o antigo termo “deficiência mental”, para “deficiên-
cia intelectual”, com a finalidade de facilitar as pessoas a diferir as doenças e
suas consequências, que apesar dos nomes semelhantes, são duas coisas
bem distintas.
A doença mental é um estado patológico de pessoas que tem o intelecto igual
ao da média, mas que por algum problema ficam temporariamente sem usá-lo
em sua capacidade plena. Isso ocorre por uma série de condições, e afeta o
desempenho da pessoa na sociedade, com a alteração do seu comportamento,
influenciando no seu humor, bom-senso, concentração e outras características
pessoais.
As doenças mentais podem ser divididas em dois grupos: neurose e psicose. É
chamada neurose toda a psicopatologia leve, onde a pessoa tem a noção
(mesmo que vaga) do seu problema. Ele tem contato com a realidade, porém
há manifestações psicossomáticas, que são notadas por este, e que servem de
aviso para a pessoa procurar um tratamento psicológico, ou psiquiátrico. Nes-
tes casos, as pessoas possuem os sentimentos normais, mas com intensida-
des maiores, como excesso de raiva, excesso de medo e excesso de ansieda-
de por exemplo. A psicose é um fenômeno psíquico anormal, caracterizado
como uma “fuga” da realidade, em que a pessoa sofre transtornos mentais,
perseguição e delírios. Algumas doenças que possuem estas causas são a
esquizofrenia e o transtorno de afeto bipolar.
A deficiência intelectual é caracterizada por um funcionamento intelectual signi-
ficativamente inferior à média, acompanhado de limitações significativas no
funcionamento em pelo menos duas das seguintes áreas de habilidade: comu-
nicação, auto-cuidado, vida doméstica, adaptação social, saúde e segurança,
funções acadêmicas, lazer e trabalho. O início desta, deve ocorrer antes dos 18
anos.
Desta forma, as pessoas com deficiência intelectual não apresentam simples-
mente um QI baixo, mas também dificuldade nas tarefas diárias em todos os
ambientes de vivência, desde a interação com outras pessoas, até a execução
de tarefas que muitos podem considerar “simples”. Um deficiente intelectual
apresenta dificuldades no aprendizado, limitações para executar tarefas do dia-
a-dia como pentear o cabelo, escovar os dentes, se alimentar, e várias outras
funções.

4.1-Síndrome de Down

A Síndrome de Down também conhecida como trissomia do cromossomo 21, é


a deficiência intelectual mais freqüente, é causa por um erro na hora da união
dos cromossomos durante a formação do feto, a qual ocorre a formação de três
cromossomos 21 (trissomia 21), e não apenas dois como na graduação corre-
ta.
A maioria das pessoas com trissomia do 21 (91%) possuem três cópias do
cromossomos 21; em 5% uma das cópias é transportada para outro cromos-
somo (14, 21 ou 22); e entre 2 a 4 % ocorre o mosaicismo,ou seja, duas linha-
gens diferentes, uma de células com trissomia e outra com células normais.
Sabe-se que essa síndrome existe há muito tempo na humanidade, e foi des-
coberta por meio de historiadores, eles acreditam que nos antigos quadros de
artistas do Renascimento havia características físicas de portadores nas ima-
gens angelicais e do menino Jesus. Virgin with Child, do artista italiano Andrea
Mantegna, é um exemplo, nessa obra o menino Jesus apresenta traços co-
muns em crianças com síndrome de down, o formato dos olhos, tamanho do
pescoço, a posição das orelhas e, principalmente, a distância maior entre o
dedão.do.pé.dos.demais.dedos.
Através de características como: a parte posterior da cabeça achatada; inclina-
ção das fendas palpebrais; a distância dos dedos do pé e da mão; dobras pe-
quenas no canto dos olhos; língua saliente; ponta nasal achatada; orelhas e
boca menores; ligamentos soltos; mãos e pés pequenos e excesso de pele na
nuca, que estudiosos descobriram, pois são características centradas nessa
síndrome.
Seu condicionamento físico e mental desenvolve-se mais vagarosamente que
de uma pessoa sem a síndrome. O nível de retardo mental predominante é o
leve (pessoa consegue atingir um nível de leitura de uma criança da 4ª à 6ª
série; aprendem habilidades básicas do dia-a-dia; seus pensamentos são muito
específicos, com pouca capacidade de generalizar; dificuldade para se intera-
ção socialmente e enfrentar novas situações) ou o moderado (maior lentidão
para aprender a ler, falar e sentar, mas se receberem um bom treinamento
quando adultos conseguem uma pequena independência, porém a necessida-
de.de.apoio.continua,.mesmo.que.seja.a.menor.possível).
Além desses há também mais dois graus que são: o retardo mental grave (cri-
ança não consegue ter uma aprendizagem mesmo sendo comparado com uma
criança com o retardo menos intenso, o que é aprendido não dá para avaliar,
um bom profissional especializado sempre precisará estar perto) e o agudo
(pessoa fica no estado vegetativo). Quanto maior o grau de retardo, menor ex-
pectativa.de.vida.
Por isso que enquanto uma criança normal aprende a andar entre os 12 a 14
meses, uma portadora só adquira esse conhecimento dos 15 aos 36 meses. O
processo.para.saber.falar.é.igualmente.cadenciado.
Doenças como leucemia e problemas cardíacos têm uma maior proporção em
portadores, por exemplo, a leucemia comum é 20 vezes maior o risco de uma
pessoa portadora tê-la do que uma pessoa sem a trissomia 21 , e já a leucemia
megacariocítica aguda tem entre 200 a 400 chances a mais.
Dentro de 80% a 90% dessas pessoas há a perda auditiva. E a doença de Al-
zheimer.chega.mais.precocemente.
A probabilidade de um casal que já teve um filho com a síndrome ter outro com
essa tem um risco maior, calcula-se que o risco de ter outra criança portadora
da síndrome de down e no mosaicismo é de 1 para 100.
Também é possível saber, que quanto mais idade a mulher estiver, maior a
chance de ter uma criança com Down, uma mãe de 30 anos tem um risco de
um para mil, enquanto uma mãe de 40 o risco é de nove para mil. Sua freqüên-
cia na população é de 1 nascido com trissomia 21 para cada 650 a 1.000 re-
cém-nascidos e desses 85% ocorre com mães com menos de 35 anos de ida-
de.
5-Zooterapia

Acredita-se que a zooterapia tenha sido descoberta em 1982, quando profis-


sionais do Instituto Médico Educativo de Sablettes (que tratava 90 jovens defi-
cientes mentais), resolveram levar seus pacientes a uma visita em um parque
que possuía animais.
Surpresos, notaram a aproximação e alegria e o equilibro resultantes que os
jovens demonstraram no parque, e com essa experiência descobriu-se um no-
vo modo de terapia, a zooterapia, que visa à melhoria do quadro clínico do pa-
ciente, mediante a utilização dos animais.
De um modo geral, a zooterapia pode ser definida como terapia assistida ou
realizada com a presença de animais, com técnicas de reabilitação ou reedu-
cação física, psíquica, sensorial, social ou comportamental.
Os animais são utilizados como catalisadores, estimuladores e inspiradores
para os mais diferentes tipos de atividades, podendo ser até mesmo conside-
rados co-terapeutas e co-educadores. Através destes programas, os animais
podem atuar como facilitadores da inclusão social e do processo ensino-
aprendizagem.
Utilizando esse novo recurso, especialistas puderam estabelecer contato com
seus pacientes com Autismo que através do convívio com os animais, desper-
taram de seu estado de recolhimento.
Entre os tratamentos que os animais podem realizar, está o do Alzheimer e
Parkinson, de distúrbios Mentais, deficiência auditiva e visual, transtorno do
déficit de atenção ou de hiperatividade, reabilitação da linguagem e socializa-
ção.
Hoje, várias instituições utilizam do recurso da zooterapia, para o trabalho com
os deficientes mentais e físicos.
Os benefícios proporcionados são inúmeros e, apesar de não trazer a cura, a
zooterapia oferece a melhoria das habilidades comunicativas e coordenação
motora, recuperação da função dos membros, aumento da auto-estima e auto
confiança, melhora no aprendizado, autonomia ao paciente, desenvolvimento
emocional, motivação de pensar e aprender, bem como participação em ativi-
dades, afasta sentimentos errados de frustração, medo, solidão, ansiedade e
tristeza.
Todos esses benefícios encorajam o paciente a desfrutar de uma vida mais
livre, com autonomia e confiança em explorar o mundo.

5.1-Tipos

A zooterapia – terapia assistida por animais-, é divida em algumas categorias,


de acordo com o tipo e porte de animal usado.

5.1.1-Equoterapia

A Equoterapia é uma categoria de método terapêutico e educacional, em que


consiste na utilização de cavalos dentro das áreas da saúde, educação e equi-
tação. Além de facilitar a habilitação ou reabilitação motora, a interação cavalo
com paciente permite trabalhar aspectos da afetividade, autoconfiança, sociali-
zação e dificuldades de aprendizagem. O método ganhou reconhecimento te-
rapêutico em 1997 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Sociedade
Brasileira de Medicina Física e Reabilitacional, e tem mostrado eficácia no tra-
tamento de crianças com paralisia cerebral no ganho das funções motoras logo
num primeiro encontro com o animal.
A execução de exercícios psicomotores e de recuperação e interação, realiza-
dos principalmente ao ar livre devido à ligação do paciente com a natureza,
completa os tratamentos tradicionais realizados em consultórios e clinicas.
Nesta terapia, a área da psicologia não realiza aquilo que costuma chamar de
psicoterapia “clássica”, as realizadas dentro de consultórios, ou seja, na Equo-
terapia há maior diretividade do trabalho, isto porque o ambiente em que a te-
rapia se desenvolve possui espaço físico, as atividades pré-programadas, o
cavalo,.os.terapeutas.e.os.acompanhantes.do.praticante.
A Equoterapia baseia-se na relação de integração triangular entre terapeuta-
praticante-cavalo, o que poderá possibilitar ao indivíduo o acesso entre seu
mundo imaginário e a realidade. Ao mesmo tempo, o cavalo emprega uma fun-
ção de intermediário entre o mundo interior psíquico do praticante, composto
de desejos, fantasmas, angústias, e o mundo externo, ocupando o espaço lúdi-
co do praticante.
Na equoterapia o paciente participa da sua própria reabilitação, e tem como
amigo o cavalo que possui uma grande sensibilidade de carinho com a pessoa
com deficiência, permitindo o manuseio e montaria. O cavalo atua na equote-
rapia como agente facilitador da aprendizagem, de inserção, de reinserção so-
cial,.e.cinésioterapêutico.
Na prática desse método consegue-se atingir vários objetivos, entre eles, a
segurança, auto-estima, afeto, aprendizagem, equilíbrio, socialização, fala, co-
ordenação motora, ritmo, e a autoconfiança.

5.1.2-Cinoterapia

É um método que utiliza cachorros no tratamento psicológico de crianças, ado-


lescentes e idosos. O contato com os cães facilita a comunicação entre o pro-
fissional e o paciente. Aumento da auto-estima e interação social são alcança-
dos com a utilização da cinoterapia nas áreas da psicologia, psiquiatria, fono-
audiologia e fisioterapia. Pastores alemães e labradores são os animais mais
utilizados visto seu temperamento ser adequado às necessidades de cada pa-
ciente.

5.1.3-Pet- terapia

A Pet Terapia é um tipo de tratamento zooterapêutico, baseado no contato com


animais para fins terapêuticos. Por realizar atividades como brincar ou cuidar
dos animais, o paciente esquece os incômodos do tratamento.
Esse tratamento oferece um grande contato com a natureza e o animal, e des-
perta nas pessoas o instinto e a lealdade, além de estabelecer uma relação
confiança e amor.
Alguns benefícios dessa terapia já foram comprovados, como a diminuição da
pressão sanguínea e cardíaca, e melhora do sistema imunológico, da capaci-
dade motora, da auto-estima e autoconfiança. Além de estimular a interação
social, tem ação calmante e antidepressiva, o que diminui, em alguns casos, a
quantidade de medicamentos.
Dentre as doenças que podem ser tratadas por utilização da Pet Terapia, estão
as cardíacas, alergias, artrite, depressão, ansiedade, síndrome do pânico, cân-
cer, autismo, Alzheimer, esquizofrenia, paralisia, AVC, ou seja, tudo o que for
relacionado ao aumento de auto-estima e qualidade de vida. Por esse motivo, é
necessário que o paciente se sinta à vontade com o animal e não demonstre
medo..
Para entender como funciona a Pet Terapia, é necessário conhecer suas três
formas distintas:
1. Terapia Assistida por Animais (TAA) é definida como uma intervenção reali-
zada por profissionais especializados (fisioterapeuta, psicólogo, fonoaudiólogo,
terapeuta ocupacional) que têm objetivos definidos para o paciente, com um
animal selecionado e treinado, que obedece a critérios de comportamento.
2. Atividade Assistida por Animais (AAA) também é realizada com o auxílio de
um animal bem selecionado e treinado, porém nesse caso o que se busca é o
bem-estar geral do público alvo e não apenas o tratamento
3. Educação Assistida por Animais (EAA) é uma modalidade que busca a parti-
cipação do animal treinado e selecionado como um recurso pedagógico junto a
um plano de atuação na relação ensino-aprendizagem.
Para que o tratamento seja eficaz é necessário saber qual é a necessidade da
pessoa em especial e um animal selecionado e treinado é fundamental, mas o
principal.é.a.qualidade.do.vínculo.humano.ali.presente.
6- Fitoterapia e aromaterapia

A palavra Fitoterapia deriva dos termos “Phyton” = vegetal e “Therapeia” = te-


rapia e, segundo o Dicionário Aurélio da língua portuguesa, significa “Trata-
mento de doença mediante o uso de plantas”. Conjugado com a aromaterapia,
que é um tratamento que visa a cura de uma indisposição mental ou física utili-
zando o cheiro das plantas aromáticas em forma de óleos. Os óleos essenciais
penetram no corpo por inalação e por absorção, pelos poros. Eles afetam de
três maneiras: farmacológica, fisiológica e psicologicamente.
Após inalados, os sinais aromáticos são enviados ao sistema límbico, no cére-
bro, e exercem um efeito direto no pensamento e nas emoções. Seus compo-
nentes químicos naturais são levados pela corrente sanguínea a todas as regi-
ões do corpo.
A massagem é considerada como o modo mais eficaz de aplicá-los ao corpo,
aumentando o potencial de cura da aromaterapia. Quando não for possível in-
cluir uma massagem em seus tratamentos aromáticos em casa, use um dos
outros métodos, como, inalações a vapor, banhos, compressas, cremes , lo-
ções, gel, gargarejo, bochechos e escalda pés.
No caso do ITEPDI, os pacientes podem caminhar entre de uma plantação de
hortelã, que é uma erva extremamente aromática, que poderá também ser utili-
zada na cozinha.
Já foi comprovado que esses dois ramos da medicina holística trazem resulta-
dos positivos e melhoras na qualidade de vida.
7-Estudo de casos

Estudo de caso é um dos vários modos de realizar uma pesquisa sólida. Esses
estudos são importantes para se obter informações durante uma pesquisa. Se
espelhar em instituições que já dão certo é um bom princípio, e a visitação de-
las agrega ainda mais conhecimento.

7.1-APAE

A APAE de São Paulo - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de


São Paulo foi fundada no dia 4 de abril de 1961, por iniciativa de um pequeno
grupo de pais de pessoas com deficiência intelectual em um sobrado localizado
na Zona Sul da capital paulista.
No início das atividades, os próprios pais e voluntários visitavam postos de sa-
úde e cadastravam pessoas que possuíam familiares com deficiência intelectu-
al buscando atender o maior número possível de crianças.
Em 2008, a APAE de São Paulo completou 47 anos de história, marcados pelo
pioneirismo na prevenção, investimento em tecnologia e pesquisas, e na inclu-
são da pessoa com deficiência intelectual na sociedade.

7.1.1-Destaques

A APAE de São Paulo é referência nacional e internacional em preven-


ção, tecnologia e inclusão de pessoas com deficiência intelectual, do nascimen-
to à fase de envelhecimento.
Introduziu o Teste do Pezinho (Triagem Neonatal) no Brasil, na
época, inédito na América Latina. Sua mobilização colaborou para que o exame
tornasse lei Federal, evitando o desenvolvimento da deficiência intelectual em
milhares de brasileiros.
Recebeu o Prêmio Reina Sofía de Prevención de la
Discapacidade, na Espanha, destacando o trabalho de prevenção desenvolvido
com recém-nascidos realizado pelo Ambulatório e Laboratório APAE de São
Paulo. O Laboratório é credenciado pelo Ministério da Saúde como Serviço de
Referência Nacional em Triagem Neonatal no Brasil.
Respondeu por mais de 22% das contratações de pessoas com
deficiência intelectual por empresas no município de São Paulo, nos últimos
cinco anos.

7.1.2-Ambulatório

O Ambulatório da APAE de São Paulo realiza atendimento especializado na


área da deficiência intelectual. O diagnóstico, terapias individualizadas e orien-
tação às famílias são desenvolvidos por uma equipe interdisciplinar, composta
por assistente social, psicólogas, neurologistas, fonoaudiólogas, terapeuta ocu-
pacional, pediatra, geneticista, psiquiatra, cardiologista e oftalmologistas, além
de nutricionista, endocrinologistas e hematologista para acompanhamento e
tratamento dos casos provenientes do Teste do Pezinho (Hipotireoidismo, Fe-
nilcetonúria e Anemia Falciforme).

7.1.3- Estimulação e Habilitação

Promove o desenvolvimento integral e a inclusão social da criança com defici-


ência intelectual com idade entre zero e sete anos. Oferece atendimento à po-
pulação de regiões de maior vulnerabilidade social do município, por meio de
unidades descentralizadas de atendimento.
O Centro de Estimulação e Habilitação da APAE de São Paulo possui progra-
ma de sensibilização de profissionais da saúde sobre a deficiência intelectual e
fornece orientação e acolhimento aos pais com filhos com deficiência.
Atua em parceria com a Prefeitura Municipal na capacitação de profissionais da
educação que trabalham nos Centros de Educação Infantil do município de São
Paulo.
Os serviços são realizados por uma equipe interdisciplinar composta por fisiote-
rapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogas, pedagogas, psicólogas,
assistentes sociais e educador físico, com a presença e a participação ativa
dos pais. São atendimentos individuais ou em grupos de até
três.crianças,.de.acordo.com.a.necessidade.e.fase.do.desenvolvimento.de.
cada.uma.

7.1.4-Educação

Realiza atendimento educacional para crianças e adolescentes com idade en-


tre quatro e 15 anos que apresentam deficiência intelectual e/ou outras defici-
ências e quadros psiquiátricos controlados.
Sob a diretriz da educação inclusiva, a APAE de São Paulo oferece atendimen-
to educacional especializado para alunos com deficiência intelectual matricula-
dos em classe comum da rede regular de ensino e atendimento contínuo às
escolas, alunos e famílias, com o objetivo de criar condições mais favoráveis
para a aprendizagem formal dos estudantes em ambientes inclusivos e/ou es-
colas comuns.

7.1.5-Serviço Especializado de Educação

O Serviço Especializado de Educação é responsável por promover atividades


focadas nas necessidades e possibilidades de cada criança ou adolescente
com idade entre seis e 14 anos. Entre as prioridades estão o desenvolvimento
da autonomia (independência) na vida diária e estudantil; a aprendizagem de
atitudes e comportamentos facilitadores da convivência social, e o avanço cog-
nitivo aliado ao acesso ao conhecimento e à cultura.
O objetivo deste serviço é efetivar a inclusão desses estudantes em classe co-
mum de escola regular num curto espaço de tempo. Para outros, ocorre de
forma complementar.ao.trabalho.que.é.desenvolvido.na.escola.comum.
7.1.6-Serviço de Apoio à Inclusão

O Serviço de Apoio à Inclusão oferece atendimento contínuo a escolas, alunos


e suas famílias, com o objetivo de criar melhores condições de aprendizagem
formal aos estudantes com deficiência intelectual matriculados em escola regu-
lar. As crianças atendidas têm de quatro a 11 anos de idade e são encaminha-
das pelo Setor de Estimulação e Habilitação da APAE de São Paulo ou pela
comunidade.
A partir do resultado de avaliações pedagógicas e psicopedagógicas, as crian-
ças são encaminhadas a atendimentos especializados – Psicopedagogia, Psi-
comotricidade, Fonoaudiologia e Pedagogia – de acordo com sua necessidade.
O objetivo da equipe multidisciplinar é dar suporte às atividades curriculares e
extracurriculares de cada aluno, assegurando a permanência em classe co-
mum no sistema regular de ensino.
O Serviço de Apoio também oferece suporte pedagógico aos alunos que ne-
cessitam desenvolver seu repertório acadêmico. Importante lembrar que estes
alunos, apesar das limitações relacionadas à deficiência intelectual, lêem, es-
crevem e se comunicam oralmente. Participam desse grupo alunos entre sete e
15 anos de idade.

7.1.7-Capacitação para o Trabalho

Capacita para o mercado de trabalho jovens e adultos a partir de 16 anos com


deficiência intelectual, e oferece assessoria profissional a empresas nos pro-
cessos de inclusão e no cumprimento à legislação (Lei 8.213 de 24/07/91).
A APAE de São Paulo promove sensibilização de colaboradores, identificação
de postos de trabalho compatíveis com o perfil das pessoas capacitadas, e rea-
liza monitoramento na empresa dos casos de inclusão no primeiro ano de tra-
balho.
A capacitação profissional vem obtendo resultados significativos na inclusão de
pessoas com deficiência intelectual no mercado de trabalho, com um índice de
adaptação de 97%. Foi registrada ampliação no orçamento familiar dos profis-
sionais capacitados, referente aos honorários recebidos, contribuindo para a
melhoria da qualidade de vida familiar.

7.1.8-Inclusão nas empresas

O Serviço de Capacitação e Orientação prepara a pessoa com deficiência inte-


lectual para o mercado de trabalho e oferece suporte para a inclusão por meio
da sensibilização dos colaboradores das empresas. Somente em 2008, 57 em-
presas foram sensibilizadas sobre a deficiência intelectual, o que atingiu um
corpo de funcionários composto por 1.389 pessoas.
Além disso, o serviço também identifica postos de trabalho que sejam compatí-
veis com o perfil da pessoa com deficiência já capacitada e monitora todos os
casos para inclusão nas empresas durante o primeiro ano de trabalho.

7.2-ABADS

A Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social - ABADS (an-


tiga Pestalozzi de São Paulo) é uma Instituição Beneficente, de Utilidade Públi-
ca, que há 58 anos dá assistência, nas áreas: da saúde, educação e capacita-
ção profissional para crianças e jovens, de 0 a 22 anos, com deficiência intelec-
tual. Teve sua razão social trocada, pelo fato de estar ampliando o seu leque
de atuação, atendendo também, aos autistas.
As ações desenvolvidas pela - ABADS - são referência para a construção de
uma sociedade inclusiva (mostrando sua importância no cenário do terceiro
setor), pois promovem disseminação de informações, suporte às famílias e
formação de profissionais. Mais de 110 jovens com deficiência intelectual já
foram inseridos no mercado de trabalho. Sucesso na inclusão social!
A Instituição, ao longo desses 58 anos tem recebido diversas premiações, a
mais recente, foi recebida em dezembro do ano passado - Premio TOP Quali-
dade Brasil - concedido pela excelência de qualidade em suas ações.
Na Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social (ABADS),
profissionalismo e comprometimento são as molas propulsoras à saúde.
O Centro de Diagnóstico e Tratamento (CDT) desenvolve recursos e apoios
especializados na área da saúde às crianças e aos jovens com deficiência
intelectual, com idade entre 0 e 22 anos, que se beneficiam com as ações
voltadas à estimulação e à reabilitação terapêutica. O objetivo dessas
intervenções é o de minimizar possíveis atrasos relacionados ao
funcionamento cognitivo e às habilidades sociais, em prol da melhoria na
qualidade de vida e do favorecimento à participação.ativa.na.comunidade.

7.2.1-Programa de ações

A) PROJETOS

O Centro de Diagnóstico e Tratamento desenvolve ações (projetos), tais como:

PPI – Projeto Prevençaõ na Primeira Infância


•Público:bebês/crianças.de.0.a.03.anos;
• Objetivo: Promover aos bebês que tiveram intercorrências no período
gestacional, perinatal e pós natal e suas famílias acesso à saúde preventiva.

PAC – Projeto Aprender a Conviver


• Público: crianças de 02 a 17 anos com Autismo e Deficiência
Intelectual associada;
• Objetivo: Compor com a rede de atendimento para favorecer o
processo de desenvolvimento global de crianças e adolescentes com autismo e
deficiência intelectual.associada.

O setor desenvolve também projeto de avaliação diagnóstica:


PDAI – Projeto de Diagnóstico com Apoio e Prevenção: Tem como
proposta desenvolver uma Metodologia de Diagnóstico, de forma participativa,
com objetivo de contribuir para o fortalecimento do paradigma da inclusão
social em todas as áreas de atuação da Instituição.

B) AÇÃO DE INTERVENÇÃO COMUNITARIA

UMO – Unidade Móvel Odontológica: A Unidade Móvel Odontológica é


um veículo utilitário, modelo van, adaptado com consultório odontológico que
se propõe realizar ações promotoras à saúde e à higiene bucal da população
em situação de risco e de vulnerabilidade.

C) PROGRAMA DE DIAGNÓSTICO

O Programa de Diagnóstico visa colaborar e aprimorar o processo


avaliativo, no intuito de considerar a multidimensionalidade da pessoa. Este
programa é de fundamental importância, visto que possibilita traçar um
planejamento de apoio focado na pessoa, com ênfase na busca da melhoria na
qualidade de vida desta clientela.

D) PROGRAMAS DE INTERVENÇÕES

O CDT oferece serviço de ordem ambulatorial estruturado em programas.


* Programas Interdisciplinares – são realizados por duplas de terapeutas em
atendimentos.grupais:
- Grupo intermediário – crianças de 03 a 05 anos com deficiência intelectual.
- Grupo de estimulação para aprendizagem (GEA) – crianças de 05 a 07 anos
com deficiência.intelectual.
- Regras e limites com famílias e crianças – crianças e adolescentes e suas
famílias.
- Pedagogia funcional – jovens de 12 a 16 anos com deficiência intelectual.

* Atendimento terapêutico nas áreas de:

*Fisioterapia
*Fonoaudiologia
*Musicoterapia
*Pedagogia
*Psicologia
*Terapia Familiar
*Terapia Ocupacional
* Consultas com especialidades médicas:
*Neuropediatria
*Psiquiatria

7.2.2-Educação

A Escola de Educação Especial da Associação Brasileira de Assistência e


Desenvolvimento Social - ABADS (antiga Pestalozzi de São Paulo) oferece o
Ensino Fundamental I (1º ao 4º ano) a crianças e jovens com deficiência
intelectual e autismo.
A princípio houve uma reestruturação na instituição e setor escolar para o
trabalho com os autistas, a fim de suprir as necessidades específicas de cada
um. Além da metodologia de Projetos, utilizamos ainda o Método Teacch -
Tratamento e Educação para crianças autistas e com distúrbios correlatos da
comunicação. *(Treatment and Education of Autistic and Related
Communication Handicapped Children), Ensino Estruturado que possibilita a
previsibilidade de atividades, favorecendo a auto confiança do aluno e o
sistema de comunicação PEC´S - Sistema de comunicação através da troca de
figuras – foi desenvolvido para ajudar crianças e adultos com autismo e outros
distúrbios de desenvolvimento a adquirir habilidades de comunicação, aliado a
programas complementares.
Nossa escola se baseia nos princípios da educação inclusiva, no
reconhecimento da diversidade e na construção do conhecimento pelos
próprios alunos através das diferentes linguagens.
Apresentamos um currículo amplo, que tem por objetivo iniciar o processo de
independência de cada aluno para a vida prática e social, contribuindo assim,
para a formação de cidadãos solidários e responsáveis de seus direitos e
deveres e, ainda, promovendo o desenvolvimento das habilidades para que
possam atuar nas diversas situações do cotidiano. É o que chamamos de
“educação para a vida”.
Nossa proposta de ensino é levar um trabalho escolar progressivo que
possibilite ao aluno construir seu próprio aprendizado, sendo ele próprio o
sujeito de seu conhecimento. Para isso, levamos em conta a realidade sócio-
cultural de cada aluno, pois é a partir de sua história que daremos origem aos
temas para a elaboração dos projetos pedagógicos.

7.2.3-Programas de enriquecimento curricular

Tem o objetivo de potencializar e complementar o ensino-


aprendizagem formal, através das diferentes formas de linguagens,
incentivando novos conhecimentos e experiências, respeitando às diferenças
individuais.

7.2.3.1-Oficinas

* Brinquedoteca,
* Sala de Leitura,
* Artes,
* AVD (Atividade de Vida Diária),
* Dança,
* Informática,
* Musicoterapia
* Arteterapia

7.2.3.2-Capacitação Profissional

A Unidade de Educação Profissional – UEP – da Associação Brasileira de


Assistência e Desenvolvimento Social - ABADS (antiga Pestalozzi SP) atende
adolescentes com deficiência intelectual com idade entre 16 e 22 anos,
oferecendo Oficinas e Cursos de Capacitação Profissional.
Um dos principais objetivos desta unidade é promover a qualificação
profissional e colocação no mercado de trabalho de jovens com deficiência
intelectual, através da metodologia do emprego apoiado, visando promover
efetiva inclusão e autonomia deste jovem.
O programa da UEP conta com os seguintes cursos:
Auxiliar de Serviços Administrativos
Noções Básicas de Atacado e varejo
Auxiliar de Cozinha
Os cursos tem duração de 12 meses e funcionam em dois períodos: manhã e
tarde, de segunda a sexta-feira. Trabalham simultaneamente atividades que
possibilitam interações de ser e conviver na instituição e na sociedade, visando
a inclusão no mercado de trabalho.
Os cursos cumprem o papel de complementar a formação educacional de
preparar o aprendiz para o mundo do trabalho: com treinamento através de
situações reais e vivenciadas.
Através desta dinâmica a Unidade de Educação Profissional da Associação
Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social - ABADS (antiga Pestalozzi
SP) visa proporcionar a Inclusão Social dos adolescentes com deficiência
intelectual, no mercado de trabalho formal ou informal. Assim, tem contribuído
para a formação do adolescente-cidadão, por meio de vivências em grupo,
relacionamentos inter-pessoais, auto-cuidado e auto-estima, responsabilidade,
assiduidade, cidadania e respeito ao meio-ambiente.
7.3-ATEAC

Instituto para Atividades, Terapias e Educação Assistida por Animais de Cam-


pinas

A ATEAC é uma instituição sem fins lucrativos que, por meio do trabalho volun-
tário, utiliza a interação homem e animal para prestar atendimento terapêutico
e educacional assistido por cães, visando proteção e bem-estar animal.
Tem como missão promover através da interação Homem-Animal a melhoria
da saúde física, emocional e mental de crianças e adultos. Incentivar a defesa
dos animais e seus direitos, mostrando os benefícios, para animais e para o
homem, dos trabalhos.de.Atividade,.Educação.e.Terapia.Assistida.por.Animais.
Tem como visão promover o desenvolvimento humano em seus mais diferen-
tes aspectos a partir do contato entre pessoas e cães. Transformar-se em um
modelo nacional na área de Atividade, Educação e Terapia Assistida por Ani-
mais com reconhecimento internacional.
Possui como princípios o trabalho com conceitos éticos; valorização do ser
humano e do animal, em suas necessidades, respeitando-os em qualquer situ-
ação; proporcionar o bem-estar dos indivíduos e animais na interação homem-
animal; manter a privacidade e a confidencialidade de informações e assuntos
relativos à vida pessoal de pessoas atendidas e colaboradores; desenvolver a
prática de Atividade, Educação e Terapia Assistida por Animais sempre em
hospitais, clínicas, instituições, entidades assistenciais, escolas, casas de re-
pouso, abrigos e centros de recuperação, ou em qualquer outro local que pos-
sibilite e permita sua aplicação; promover campanhas de educação e conscien-
tização de respeito aos animais e incentivar a ação do voluntariado em todos
os programas a serem desenvolvidos.
8-Memorial Descritivo

O projeto desenvolvido se situará na Rua Uruguai, s/n°, Parque das


Nações(ver anexos III e IV), Santo André – SP. O terreno é confrontante à
esquerda com o lote n°534 e à direita com o lote n°57 e atrás com os lotes n°17
e n°65 na Avenida Estados Unidos. Parte do lado esquerdo do terreno se
encontra e área de APP(Área de Preservação Permanente)como pode ser
observado nos anexos V e VI e não pode haver nenhuma edificação nesse
lugar.

8.1-Parte estrutural

A estrutura escolhida foi a convencional onde os elementos estruturais serão


de concreto armado. A fundação mais apropriada é a de estacas moldadas in
loco.

8.2-Vedação

A vedação será feita de blocos de concreto no tamanho 39x19x14.


As paredes hidráulicas serão de DryWall "RU", resistente à umidade p/ áreas
internas molháveis.

8.3-Piscinas

As piscinas serão feitas de concreto e cada uma delas terá uma profundidade
diferente. Uma terá 1m de profundidade e a outra 1,5m. Ambas terão as
dimensões de 5,70m x 3,50m e receberão o mesmo revestimento.
8.4-Revestimentos – Parte interna

Especificações gerais

Paredes

Todas as paredes de alvenaria de concreto receberão camadas de chapisco,


emboço, reboco, gesso, fundo preparador de parede e tinta; salvo as áreas
molhadas que receberão revestimento cerâmico.

Pisos

Todos os pisos terão contrapiso, argamassa colante de acordo com a peça


cerâmica que será definida abaixo, salvo o piso do auditório, que receberá
revestimento de madeira.

Tetos

Todos os tetos receberão camadas de chapisco,emboço, reboco, gesso, fundo


preparador de parede e tinta Suvinil acrílica Premium fosca na cor branco gelo.

8.4.1-Especificação dos materiais de acabamento por ambientes

Parte interna das piscinas

Azulejo Eliane Branco Piscina 10x10cm, junta de assentamento 3.00mm;


Azulejo Eliane Azul Naval 10x10cm, junta de assentamento 3.00mm; Canaleta
interna Azul Naval 2,5x10cm, junta de assentamento 0.00mm; Caneleta externa
Azul Naval 2,5x10cm, junta de assentamento 0.00mm; todos os azulejos e
canaletas com superfície brilhante.
Área ao redor das piscinas

Piso: Piso Atérmico 100x100cm cor Marfim. Revestimento cimentício


desenvolvido para ser usado como piso de piscina e de áreas de lazer. O piso
não esquenta mesmo exposto ao sol intenso e tem textura antiderrapante. É
um piso ecológico pois seu processo de secagem é natural, sem uso de fornos.
Paredes: Azulejo Eliane Colortrend Coral 22x88cm, superfície brilhante e junta
de assentamento 2.00mm.

Vestiários

Piso: Piso Eliane Quartizite Bianco AC 45x 45cm, superfície mate e junta de
assentamento 3.00mm.
Paredes: Azulejo Eliane Corsário Branco Piscina 10x10cm, junta de
assentamento de 0.00mm; Azulejo Eliane Navegantes A 10x10cm, junta de
assentamento 0.00mm; Azulejo Eliane Navegantes B 10x10cm, junta de
assentamento 0.00mm; Azulejo Eliane Navegantes C 10x10cm, junta de
assentamento 0.00mm; todos com superfície brilhante.

Salas de aula

Piso: Granilite 1x1m


Paredes: Revestimento de madeira Lambrix 9mm x 19,6cm x 2,7m com
acabamento de top o Sálix do rodapé até a altura do rodameio. Do rodameio
até o teto pintura, tinta Suvinil Acrílico Limpa Fácil cor Camaleão.

Salas de fisioterapia, terapia ocupacional e Enfermaria

Piso: Piso Eliane Quartizite Bianco AC 45x 45cm, superfície mate e junta de
assentamento 3.00mm.
Paredes: Tinta Suvinil acrílica Premium fosca na cor branco gelo.

Brinquedoteca e Sala de Arte

Piso: Piso Eliane Chanel Nude AC 45x45cm, superfície acetinada e junta de


assentamento 3.00mm.
Paredes: Tinta Coral Super Lavável Zero Odor cor Oásis Azul.

Auditório

Piso: Assoalho de madeira de jatobá Madipê, com dimensões de 15x550x2cm.


Paredes: Tinta acrílica Suvinil Premium Limpa Fácil cor Mel

Sanitários de alunos

Piso: Piso Eliane Horus Beige 45x45cm, superfície acetinada e junta de


assentamento 3.00mm.
Paredes: Azulejo Eliane Chic Fluo 32,5x57cm, superfície brilhante, junta de
assentamento 2.00mm; azulejo Viva! Perla 32,5x57cm, superfície brilhante e
junta de assentamento 2.00mm.

Sanitários de funcionários

Piso: Piso Eliane Avallon Branco 45x45cm, superfície acetinada e junta de


assentamento 3.00mm.
Paredes: Azulejo Kit Romantic Branco BR 44x88cm, superfície brilhante junta
de assentamento 2.00mm.
Secretária, Sala de Coordenação, Diretoria e Sala dos Professores

Piso: Piso Eliane Avallon Bege 45x45cm, superfície acetinada, junta de


assentamento 3.00mm; Avallon Bege Rodapé 8,5x45cm, superfície acetinada e
junta de assentamento 3.00mm.

Paredes: Tinta acrílica Suvinil Premium Limpa Fácil cor Mel.

Sala de Funcionários

Piso: Piso Eliane Maxigres Dense Fendi 60x60cm, superfície brilhante e junta
de assentamento de 3.00mm.
Paredes: Tinta acrílica Suvinil Premium Limpa Fácil cor Mel.

Copa da Sala dos Funcionários

Piso: Piso Eliane Maxigres Dense Fendi 60x60cm, superfície brilhante e junta
de assentamento de 3.00mm.
Paredes: Azulejo Eliane Estilo L-2 Alpe MA 7,5x20cm, superfície acetinada e
junta de assentamento de 0.00mm.

Cozinha

Piso: Piso Eliane Cargo Plus White 41x41cm, superfície acetinada e junta de
assentamento de 3.00mm; Cargo Plus White Rodapé 8,5x41cm, superfície
acetinada e junta de assentamento de 5.00mm.

Parede: Azulejo Pitanga Branco Br 25x41cm, superfície brilhante e junta de as-


sentamento de 3.00mm; azulejo Pitanga Amêndoa Vermelho 5x25cm, superfí-
cie brilhante e junta de assentamento 3.00mm.
Dispensa

Piso: Piso Eliane Cargo Plus White 41x41cm, superfície acetinada e junta de
assentamento de 3.00mm; Cargo Plus White Rodapé 8,5x41cm, superfície
acetinada e junta de assentamento de 5.00mm.

Paredes: Tinta Suvinil acrílica Premium fosca na cor branco gelo.

Refeitório

Piso: Piso Eliane Nimes Branco 45x45cm, superfície acetinada e junta de as-
sentamento de 3.00mm.

Paredes: Pastilhas Eliane Branco Neve 30x30cm, superfície brilhante e junta


de assentamento 2.00mm; Pastilhas Eliane Block Cereja 30x30cm, superfície
brilhante e junta de assentamento 2.00mm.

Pátio

Piso: Piso de pedra serrada Pasinato da linha Easy Stone cor Quartizito
/Vulcano 50x50cm.

Paredes: Revestimento de pedra serrado Petit Pave Branco e Preto da Piso de


Pedra.

Corredores e Áreas de circulação

Piso: Piso Eliane Cargo Plus Gray 45x41cm, superfície acetinada e junta de
dilatação de 3.00mm; Cargo Plus Gray Rodapé 8.5,41cm, superfície acetinada
e junta de assentamento 5.00mm.
Paredes: Revestimento de madeira Lambrix 9mm x 19,6cm x 2,7m com aca-
bamento de top o Sálix do rodapé até a altura do rodameio.Tinta acrílica Suvinil
Premium Limpa Fácil cor Damasco.

Almoxarifados

Piso: Piso Eliane Summer Crema 33,5x33,5cm, superfície acetinada e junta de


assentamento de 3.00mm.

Paredes: Tinta Suvinil acrílica Premium fosca na cor branco gelo.

Dormitório canino

Piso: Piso Eliane Avallon Branco 45x45cm, superfície acetinada e junta de as-
sentamento 3.00mm.

Paredes: Azulejo Gyotoku Ártico Branco Retificado 30x41cm.

Lavatório canino

Piso: Piso Eliane Avallon Branco 45x45cm, superfície acetinada e junta de as-
sentamento 3.00mm.

Paredes: Azulejo Kit Romantic Branco BR 44x88cm, superfície brilhante junta


de assentamento 2.00mm.
8.5-Revestimento- Área externa

Estacionamento

Piso:Concregrama modelo Pavi-Grama da Ecopisos.

Especificações técnicas:

Dimensões : 60 x 45cm
Espessuras: 9 cm / 7,5 cm
Consumo: 3,7 pç/m2
Pesos: 28 kg/pç / 22 kg/pç
Área verde aproximada: 64%

Caminho

Piso: Piso serrado Lousa 100x30cm da Piso de Pedra.

Telhado

Telhas de fibra vegetal da Onduline, linha Clássica na cor vermelha.

(Ver características Técnicas no anexo VII)

Telhado do pátio

Persianas de teto pivotantes. Cinco placas de1,30m x 6,85m x 6,35m

Parede da edificação

Tinta acrílica Suvinil Premium Limpa Fácil cor Damasco.


8.6-Detalhes Construtivos

Buscando funcionalidade, foram feitos alguns detalhes e projetos paralelos.


Umas das maiores preocupações foram a captação de águas pluviais e o
aquecimento da piscina com placas de aquecimento solar.

8.6.1-Local de armazenamento de lixo

(Ver anexo VIII)


Localizado no lado direito do muro externo, esse depósito funciona como se
fosse um armário. O funcionário deposita o lixo pelo lardo interno, e ele é reco-
lhido do outro lado, através de uma porta que também existe do lado de dentro.
E esse depósito é dividido em 2 compartimentos: um para material reciclável e
outro para o lixo orgânico.

8.6.2-Cisterna

(Ver corte no anexo IX)


Para que fosse possível utilizar a água proveniente da chuva na edificação em
questão, foi projetada uma cisterna com capacidade equivalente a 5.000lt (cin-
co.mil.litros).
Devido à necessidade de reduzir os gastos com eletricidade, que seria utilizada
pela bomba responsável por levar a água da cisterna para o segundo pavimen-
to, faremos com que água consiga alimentar os dois pavimentos sem o auxilio
de elementos elétricos e sim de maneira gravitacional, isso só será possível
graças a localização da cisterna, que irá inovar situando-se no segundo pavi-
mento, de forma que a vazão e o nível sejam capazes de suprir
os.vasos.sanitários.tanto.superior.quanto.inferior.
Através de calhas com inclinação de 1% virá a água da chuva, que antes de
chegar a cisterna passará por um tratamento que conta com grelhas em pri-
meira plano para que resíduos maiores sejam descartados e posteriormente
um por filtro de areia que deterá os resíduos de menor granulometria .
A área onde estará a cisterna receberá um reforço estrutural. Abaixo do reser-
vatório haverá uma caixa de concreto maciço e a laje onde esta estará posicio-
nada também será de concreto maciço. Os pilares e as vigas serão mais robus-
tos e as fundações estarão preparadas para receber essa grande carga.

8.6.3-Sistema de Aquecimento Solar para Piscina

(Ver anexo X)
O sistema de aquecimento Alo Solar para piscinas é constituído de uma bateria
de placas coletoras, as quais são interligadas a uma bomba. A maioria das
bombas utilizadas para filtragem e recirculação de água da piscina possui
potência suficiente papa permitir a circulação de água através do sistema, que
normalmente fica sobre um telhado próximo.
Dimensionamento do sistema
O dimensionamento é efetuado considerando a proporção entre a área da
piscina e o n° de coletores.
Para cada 10% do n° de coletores em relação à área da piscina, asseguramos
acréscimo 1°C acima de temperatura da piscina (sem aquecimento), desde que
todas as outras conduções ideais estejam presentes:
Orientação face norte
Inclinação dos coletores
Uso de capa térmica
A organização mundial da saúde recomenda que para piscinas para fisioterapia
a.temperatura.da.água.seja.de.32°C.
O cálculo para dimensionamento do sistema vai depender do seu objetivo de
aquecimento. No caso do ITEPDI,foram utilizadas 57 placas coletoras para
aquecer 2 piscinas, no total de 49,87 m³.

8.6.4-Elevador

(ver imagem em anexo XI)


O sistema Gen2 substitui o convencional utilizando cintas de poliuretano. Esta
tecnologia patenteada pela Otis elimina as vibrações do equipamento,
proporcionando aos passageiros uma viagem tranqüila.
Esta tecnologia permite um sistema de elevador mais compacto eliminando a
necessidade de uma casa de máquinas. Arquitetos e designers tem maior
flexibilidade na elaboração do design do edifício.
Rápida instalação Com componentes integrados, a Otis tem otimizado o
processo de instalação, de forma a beneficiar os construtores com uma
instalação mais controlada e com o mínimo de interferência possível ao
edifício.
Ambientalmente responsável O sistema é 50% mais eficiente do que os
sistemas convencionais, permitindo aos proprietários a gerir o edifício de forma
mais economica, assim como beneficiar a construção com custos mais baixos.

8.6.4-Brises Solei

(Ver representação gráfica no anexo XII)


Brises são dispositivos arquitetônicos com a função de diminuir ou até mesmo
eliminar a incidência de radiação solar nas edificações. Geralmente, são
instalados na parte exterior do prédio, pois além de simplesmente quebrar o
sol, também protegem a fachada de intempéries e dão um bom visual estético.
Há duas variedades de brises: os móveis e os fixos. Os móveis são
semelhantes a persianas e proporcionam maior flexibilidade, pois os painéis
podem ter suas inclinações mudadas de acordo com o horário e com as
estações do ano.
Os fixos por sua vez também são funcionais, mas antes da instalação é
necessário fazer u cálculo para se descobrir a distância ente um painel e outro
e a.inclinação.
No caso do ITEPDI, Foi escolhido para ser aplicado na fachada norte brise
verticais móveis do tipo asa de avião nas dimensões de 150 mm x 3.000 mm.
Ele pode ser recheado com material termo acústico proporcionando conforto
térmico, redução de ruído e economia de energia, visto que dispensa o uso de
ar-condicionado para refrescar o ambiente.
9-Conclusão

O projeto proposto, ITEPDI (Instituto Educacional para portadores de


Deficiência Intelectual) traz uma idéia inovadora em métodos de tratamento,
pois além de realizar os procedimentos padrão como a fonoaudiologia e a
terapia ocupacional, trará também a cinoterapa. Esse Instituto beneficiará a
todos os portadores de deficiência intelectual da região e sendo assim, causará
grandes progressos na vida de muitas pessoas.
Com o desenvolvimento do trabalho, surgiu também uma grande preocupação
em relação ao meio ambiente. Foi usado no projeto vários materiais e técnicas
ecologicamente corretas e também sustentáveis, pois o grupo tem plena
convicção que realizar construções que agridam menos possível o meio
ambiente é algo de suma importância.
Uma outra preocupação que pode ser observada é o cuidado em baratear o
máximo possível a manutenção da edificação, com o reaproveitamento de
água pluvial e tecnologias que economizam o consumo de energia elétrica.
Em suma, o trabalho proporcionou ao grupo a oportunidade de realizar um
projeto que visa o bem da comunidade e maior conhecimento a respeito de
deficiências mentais e intelectuais, assim como seus respectivos tratamentos e
noções de sustentabilidade. Esse projeto nos fez ter uma ampla visão das
necessidades de uma parcela da população que não recebe muita atenção
governamental, e em um país onde se busca o desenvolvimento é necessário
buscar o bem-estar e qualidade.de.vida.a.todos..
Pudemos notar também que hoje me dia não há como fugir da
responsabilidade com as próximas gerações e degradar ainda mais o nosso
planeta, principalmente com a construção civil que causa 30% de todos os
danos ambientais.
Ter.a.oportunidade.de.realizar.algo.que.ajudará.muitas.pessoas.e que ao
mesmo tempo tem preocupações ecológicas, para.o.grupo.é.de.grande-valia e
esse 1 ano de pesquisa e desenvolvimento do projeto foi um grande de
aprendizado e uma esperiência engrandecedora.
10-Referências Bibliográficas

Sites da internet:

http://sindromedownpuc.blogspot.com/2007/05/sndrome-de-down-e-histria.html
17/09/2010, acessado às 14h30min

http://www.tuasaude.com/retardo-mental-leve/
17/09/2010, acessado às 14h55min

http://www.abcdasaude.com.br/artigo. php?393
25/10/2010, acessado ás 19h15min

http://www.brasilescola.com/doencas/sindrome-de-down.htm
26/10/2010, acessado ás 20h40min

http://www.apaesp.org.br
27/10/2010, acessado às 14h40min

http://www.pestalozzisp.org.br
27/10/2010, acessado às 15h20min

http://www.mundodastribos.com/sindrome-de-down-tratamento-de-
reabilitacao.html
30/10/2010, acessado ás 21h15min

http://www.malhatlantica.pt/ecae-cm/Down.htm#13
01/11/2010, acessado ás 10h25min
http://www2.santoandre.sp.gov.br/sites/default/files/Anuario_de_Santo_Andre_-
_Edicao_2009_Parte_I_1.pdf
03/11/2010, acessado ás 14h25min

http://www2.santoandre.sp.gov.br/sites/default/files/Anuario_de_Santo_Andre_-
_Edicao_2009_Parte_II_v2_0.pdf
03/11/2010, acessado ás 14h35min

http://recep.linkway.com.br/download/estudo.pdf
03/11/2010, acessado ás 15h20min

http://www.ateac.org.br/ateac. php
03/11/2010, acessado ás 15h00min

http://novaprojeto.blog.terra.com.br
03/11/2010,.acessado.às.15h30min

http://revistaescola.abril.com.br
13/10/2010, acessado às 16h00min

http://www.refax.com.br/
01/05/11, acessado às 13h13min

http://www.infibra.com.br/
02/05/11, acessado às 17h50min

http://www.otis.com/site/br/Pages/default.aspx
09/05/11, acessado às 15h30min

http://www.alosolar.com.br/
13/05/11, acessado às 16h40min
http://www.eliane.com/produtos
14/06/11, acessado às 15h30min

http://www.suvinil.com.br/
15/06/11, acessado às 19h16min

http://www.tintascoral.com.br/
15/06/11, acessado às 20h40min

http://www.gyotoku.com.br/
1/06/11 acessado às 20h50min

http://www.madipe.com.br/
15/06/11, acessado às 10h20min

http://www.pisodepedra.com.br/
16/06/11, acessado às 14h15min

http://www.pisoatermico.com.br/
16/06/11, acessado às 14h25min

http://www.onduline.com.br/produto_tradicional.asp
16/05/11, acessado às 17h31min

http://www.fitoterapia.com.br/portal/index.php
18/06/11, acessado às 14h00min

http://www.bioessencia.com.br/o-que-e-aromaterapia/como-funciona/
18/06/11, acessado às 14h10min
Arquivos em PDF:

Acessibilidade: NBR 9050


Bombeiros:.INSTRUCAO_TECNICA_22-2011.pdf
11-Anexos

Anexo I
Anexo II
Anexo III

Vista aérea do terrneo

Anexo IV

Foto da vista frontal do terreno


Anexo V
Anexo VI
Anexo VII

Características Técnicas das Telhas

Comprimento da Telha 2m

Largura da Telha 0,95 m

Espessura 0,003 m

Comprimento útil da te-


1,8 m
lha acima de 10º

Largura útil 0,85 m

Número de Ondas 10 ondas

Altura da Onda 0,38 m

Largura da Onda (passo) 0,95 m

Recobrimento Longitu-
0,2 m
dinal acima de 10º

Recobrimento Transver-
1 onda
sal

Recobrimento Transver-
sal (Local sujeito a ven- 2 ondas
tos)

Raio Mínimo permitido 5m

Peso por telha 6,4 kg

Peso para efeito de cál-


3,9 kg/m²
culo estrutural

Área útil de cobertura


1,53 m²
por telha

Anexo VIII
Detalhe da planta baixa do terreno –Depósito de Lixo

Anexo IX

Corte.da.Cisterna
Anexo X

Sistema de Piscina com Bomba Auxiliar Automatizado

Detalhe da instalação na casa de


máquinas, com utlização de bomba
auxiliar e automatização:

1. Piscina
2. Moto Bomba
3. Filtro
4. Linha de subida de água fria para
as placas
5. Válvula de retenção
6. Registro de drenagem da bateria
7. Placas Coletoras
8. Linha de descida de água quente
9. Retorno da piscina
10. Bomba auxiliar
11. Termostato diferencial
12. Sensor do termostato
13. Tubo calibrador
14. Registro regulador de vazão de
descida
15 - Registro regulador de vazão da
bateria
Anexo XI

Representação gráfica do elevador

Anexo XII

Representação gráfica dos brises


Anexo XII

Cronograma de desenvolvimento do TCC


Anexo XIV

Fluxograma da edificação-Pavimento térreo


Anexo XV

Fluxograma da edificação-Pavimento superior


Anexo XVI

Tabela de iluminação e ventilação das janelas- Primeiro pavimento

QUADRO DE ÁREA

PAVIMENTO TÉRREO

Ambientes Área total Iluminação/ Ventilação

Vestiário masculino 27.40 3.10 / 3.10


Piscinas 95.42 1.86 / 1.86

Vestiário funcionários masculino 9.51 0.90 / 0.90

Vestiário feminino 27.40 3.10 / 3.10

Vestiário funcionários feminino 9.51 0.90 / 0.90

Enfermaria 10.69 2.00 / 2.00

Almoxarifado limpeza 8.37 0.80 / 0.80

Almoxarifado piscina 9.14 1.42 / 1.42

Sanitário funcionários masculino 4.50 0.72 / 0.72

Sanitário funcionários feminino 4.50 0.72 / 0.72

Refeitório 117.53 16.40 / 16.40

Diretoria/ Coordenação 13.80 5.00 / 5.00

Sala dos funcionários 18.00 6.84 / 3.42

Secretaria 15.00 3.43 / 1.81

Sala dos professores 15.00 3.43 / 1.81

Sanitário feminino 11.55 0.72 / 0.72

Cozinha 31.50 4.14/ 2.20

Dispensa 16.50 1.88 / 1.88

Dormitório canino 4.50 2.05 / 2.05

Sanitário masculino 11.55 0.72 / 0.72


Anexo XVII

Tabela de iluminação e ventilação das janelas-Segundo pavimento

QUADRO DE ÁREAS

PAVIMENTO SUPERIOR

Ambientes Área total Iluminação/ Ventilação


Sanitário masculino 19.60 1.55 / 1.55

Auditório 94.00 13.84 / 5.86

Sala de Informática 24.00 4.14 / 2.79

Oficina de Arte 51.55 12.00/ 7.95

Sanitário feminino 19.60 1.90 / 1.90

Sala de Aula 1 28.00 5.00 / 3.00

Sala de Aula 2 25.75 6.02/ 3.68

Sala de Aula 3 28.00 5.00 / 3.00

Sala de Aula 4 25.75 5.00 / 3.00

Sala de Aula 5 28.00 5.00 / 3.00

Brinquedoteca 52.29 9.60 / 4.80

Sala de fisioterapia 47.10 10.92 /7.56

Sala de terapia ocupacional 42.00 6.68 /4.44

Você também pode gostar