Você está na página 1de 12

Escola Secundária de Songo

Trabalho da disciplina de Tecnologia

Tema: Projecto Social Educacional

Criação de um gabinete de aconselhamento aos estudantes em situação de risco na Escola


Secundária de Songo

Nome: Mateus Caetano Baera

Turma: B2

Número: 37

Tete

Songo, 2022
Índice
2.Identificado do Projecto.................................................................................................3

3.Introdução.......................................................................................................................4

3.1. Objectivo Geral.......................................................................................................4

3.2. Objectivos Específicos............................................................................................4

4.Enquadramento...............................................................................................................5

4.1. Análise situacional..................................................................................................7

5.Estrutura organizacional e processo de implementação do projecto..............................8

5.1. Metodologia............................................................................................................8

5.2. Cronograma de actividades.....................................................................................9

5.3. Recursos................................................................................................................10

5.4. Orçamento.............................................................................................................10

5.5. Avaliação e monitoria...........................................................................................10

6.Considerações finais.....................................................................................................11

7.Referencias bibliográficas............................................................................................12
3

2.Identificado do Projecto
 Criação de um gabinete de aconselhamento aos estudantes em situação de risco
na Escola Secundária de Songo.
 Localização: Zona Sul, bairro expo, Songo;
 Responsável do Projecto: Mateus Caetano Baera;
 Beneficiários Directos: Estudantes da Escola Secundária de Songo e
respectivos Pais encarregados da educação;
 Beneficiários Indirectos: População ao redor da escola e de Songo em geral;
 Implementação do Projecto: Ano Lectivo 2023.
4

3.Introdução
Visto que a maioria dos alunos da Escola se encontram numa situação considerada de
risco pessoal e social, uma vez que passam muito tempo na rua fazendo coisas inúteis e
desrespeitam os colegas e funcionários da instituição e membros da comunidade em
geral. Portanto, após uma análise das necessidades da referida escola, chegou-se à
conclusão de que a prioridade das prioridades seria elaborar um projecto que
respondesse a assistência às aulas e a diminuição do abandono escolar dos alunos dos
bairros arredores, que apresentam comportamentos considerados desviantes na escola.

Com este projecto, pretende-se, incentivar os possíveis parceiros, no sentido de


mobilizar os recursos disponíveis para tirar o maior proveito das potencialidades a favor
da resolução de um problema socioeducativo de forma a proporcionar esses alunos
melhores condições de aprendizagem. Este projecto estará focado à volta de três
aspectos essenciais, a saber: A resolução do problema identificado que espelha a
realidade actual; os objectivos que anseia a situação melhorada no futuro próximo; as
estratégias de implementação em conformidade com os objectivos traçados.

Portanto, a escola hoje em dia, não é vista como uma instituição que serve só para
instruir e ensinar, mas sim como uma instituição capaz de criar condições que favoreça
a equidade dos seus educandos e previna a marginalização social, para que todos
tenham sucessos na aprendizagem. Portanto, a elaboração de um projecto na escola
implica o desenvolvimento de competências, reflecte uma concepção de produção de
conhecimento colectivo. Assim sendo, este projecto envolverá a participação de todos
os docentes interessados e os seus educandos.

3.1. Objectivo Geral

 Com a implementação deste projecto pretende-se contribuir para a promoção da


integração socioeducativa dos estudantes ou então adolescentes em situação de
risco da Escola Secundária de Songo e suas respectivas famílias, contribuindo
para uma melhoria do processo ensino e aprendizagem.

3.2. Objectivos Específicos

 Criar um gabinete de apoio aos adolescentes em situação de risco na Escola


Secundária de Songo;
 Proporcionar a integração e socialização dos estudantes.
5

4.Enquadramento
As organizações de caris sociais desenvolvem sistematicamente Projectos de
Intervenção Socioeducativa com actividades no domínio da intervenção social visando
muito genericamente, a integração e desenvolvimento social do grupo-alvo a quem se
dirige o seu trabalho.

Costuma-se indicar como situação de risco a condição do despeito dos direitos à vida, à
saúde, à alimentação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência comunitária.

Configuram-se situações de risco pessoal/social na infância e adolescência, casos de:

 Abandono e negligência;
 Abuso e maus-tratos na família e nas instituições;
 Exploração e abuso sexual;
 Trabalho abusivo e explorador;
 Tráfico de crianças e adolescentes;
 Uso e tráfico de drogas;
 Conflito com a lei, em razão de cometimento de acto infraccional.

A Protecção Integral da criança e do adolescente, requer um conjunto articulado de


acções por parte do Estado e da sociedade que vão desde a concepção de Políticas
Sociais até a realização de Programas e projectos locais de atendimento implementados
pelo governo ou pelas escolas sob pena de entregarmos a tutela dessas crianças ao
desespero e ao crime e sermos nós mesmos suas vítimas. O abandono de crianças e
adolescentes à própria sorte pelos pais/ responsáveis, pela sociedade e pelo Estado e
pela própria escola é considerado violação aos direitos e garantias constitucionais.

Actualmente as crianças e adolescentes em situação de risco pessoal/social constituem


objecto de muitos estudos e pesquisas e uma certa urgência na análise critica
alternativas de actuação das instituições à medida que aumenta a preocupação social em
torno desta problemática, considerada mundial. Apontar caminhos para a diminuição
das desigualdades socioeducativas, poderá levar a uma melhoria na qualidade de vida
desses alunos, diminuindo os desvios de comportamentos, o que garantiria, no futuro,
uma sã convivência social dos que habitam neste país. Segundo especialistas, os pais
que trabalham fora de casa, as mães que educam sozinhas os seus filhos, as famílias
6

com um filho único, a competitividade entre outros são factores condicionantes sociais
que marcam a vida de muitas crianças e que as levam a ter comportamentos menos
desejados na sociedade.

A escola tem sido a instituição escolhida para ajudar a família e o estado a resolver os
problemas sociais, ensinando valores de modo a cumprir a sua finalidade de educação
para a vida na sociedade, para além do preparar o indivíduo para o mundo de trabalho.
À escola é confiada o cuidado de transmitir às crianças, os valores culturais, sociais e
morais, considerados indispensáveis à formação para a integração do indivíduo no seu
meio social. Ela não só transmite conhecimentos, como também possibilita o
crescimento, o desenvolvimento e a construção de um lugar na sociedade a que
pertence.

A promoção de actividades que visem o estreitamento de ligação escola -comunidade,


actividades estas que envolvem a participação directa dos pais, ajudará bastante na
diminuição do abandono escolar, da repetência, redução da taxa de absentismo ás aulas
enfim, resolverá uma série de problemas da comunidade escolar. As rápidas mudanças
que o mundo hoje enfrenta exigem que os profissionais da educação prestem mais
atenção a outros aspectos do desenvolvimento pessoal dos alunos, no sentido de
incorporarem nas suas práticas, responsabilidades e respostas a essas mudanças.

Para Maria de Fátima Nunes Molaib (1999), a adolescência desassistida perturba a


constituição da identidade do indivíduo. Sabe-se que o homem, como ser cultural, é
influenciado pelo seu meio social, especialmente, durante a formação de sua identidade.
É certo que tanto os aspectos considerados socialmente positivos, como os negativos,
participam da determinação da identidade própria de cada ser humano.

Cada um pertencente a seu grupo social, em alguma medida influencia na identidade


dos outros membros, ao mesmo tempo em que incorpora características do grupo. As
conversas e o vestuário dos adolescentes mostram claramente a busca de uma identidade
grupal. Por isso, a infância e a adolescência, vividas nas ruas, merecem especial atenção
das políticas sociais, enquanto etapas do ciclo de vida que deveriam ser destinadas
primordialmente à educação e à formação dos indivíduos.

Segundo Rita Melissa Lepre (2002), na adolescência a construção da identidade é o


resultado da interacção entre o indivíduo e o meio e, utilizando o referencial teórico de
Erick Erikson, esclarece: No adolescente dos 13 aos 18 anos a qualidade do ego a ser
7

desenvolvida é a identidade, sendo a principal tarefa adaptar o sentido do eu às


mudanças físicas da puberdade, além de desenvolver uma identidade sexual madura,
buscar novos valores e fazer uma escolha ocupacional".

Segundo Erikson (1972), citado por Molaib “em termos psicológicos, a formação da
identidade emprega um processo de reflexão e observação simultâneas, um processo
que ocorre em todos os níveis do funcionamento mental, pelo qual o indivíduo se julga
a si próprio à luz daquilo que percebe ser a maneira como os outros o julgam, em
comparação com eles próprios e com uma tipologia que é significativa para eles.

Portanto, esta citação leva-nos a concluir que a construção da identidade é pessoal e


social, e deve acontecer de forma interactiva, através de trocas entre o indivíduo e o
meio em que está inserido. E desta forma aconselha-se que a escola em conformidade
com a família sejam principais autores promotores desta personalidade, proporcionando
aos adolescentes e crianças uma identidade que seja benéfica para todos.

A elaboração de um projecto na Escola e sua implementação proporciona o


desenvolvimento. Sendo o projecto uma “expressão e factor de progresso”, exprime
também a atitude do profissional, a sua perspectiva, diante de uma situação que o
ultrapassa.

Este projecto envolverá a participação de todos os docentes interessados e os seus


educandos, já que vai funcionar em regime autónomo, coordenado por um responsável
do projecto.

4.1. Análise situacional

Atendendo ao desenvolvimento acelerado das sociedades que infelizmente traz consigo


os males sociais (droga, prostituição, alcoolismo, entre outros) os pré-adolescentes da
referida escola, convivem diariamente na localidade onde moram, com grupos formados
de jovens delinquentes e desta forma transportam alguns comportamentos indesejados
para a escola. É do nosso conhecimento que os alunos levam para a escola, os seus
hábitos, seus costumes, seus valores, suas crenças, seus desejos, seus modelos e
aspirações.

Contudo têm que apreender as normas de convivência com os outros na escola, muitas
vezes com ideologias diferentes. O presente projecto ajudará na resolução do problema
das crianças e adolescentes em situação de risco na Escola Secundária de Songo,
8

levando em conta sua condição social e o contexto escolar e familiar em que vivem. À
semelhança do que acontece em quase todas as outras escolas do país, esta enfrenta
vários problemas sociais que afecta e compromete o desenvolvimento saudável do
processo ensino aprendizagem dos seus educandos.

O problema desses alunos está associado à pobreza, à desigualdade e à exclusão social.


Nos bairros onde eles vivem as suas famílias são carenciadas e por isso os pais passam o
dia fora de casa à procura de sobrevivência fazendo com que estes materializem nas
ruas, as suas situações de risco. Com este projecto pretende-se apoiar as crianças em
situação de risco na Escola Secundária de Songo e proporcionando-lhes melhores
condições para o sucesso no ensino e aprendizagem.

Com este projecto estamos cientes de que, considerando que a sensibilização, a


informação e a mobilização para a problemática que afectam a infância e a adolescência
possamos contribuir para a redução das situações de risco apoiando as crianças em
situação de risco e as respectivas famílias a combater as situações de abandono escolar e
exclusão social.

5.Estrutura organizacional e processo de implementação do projecto


Coordenador do Projecto

Director da Escola Secundária de Songo.

Parceiros

Este projecto contará com os seguintes parceiros:

 Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano;


 Pais e Encarregados de Educação, Escola Beneficiaria e outras instituições com
sensibilidade sobre a matéria.

O presente projecto será implementado durante o ano lectivo 2023.

5.1. Metodologia

Para o arranque deste projecto far-se-á um encontro com a direcção da escola, com os
professores, com os pais e encarregados de educação a reflexão sobre os problemas
identificados, nalguns estudantes. Foram identificadas várias situações relacionadas com
o comportamento, dos alunos durante o funcionamento normal das aulas e nas
actividades diárias dos professores e dos alunos que, junto dos vários intervenientes,
9

directos e indirectos do projecto, a direcção da escola, os professores e alunos e pais e


encarregados de educação elegemos, como problema prioritário, a dificuldades que
alguns alunos estão enfrentando de integração na comunidade escolar devido de
comportamento o que dificulta o aproveitamento das actividades lectivas.

O problema identificado levou a elaboração deste projecto. Como metodologia para a


sua implementação e na expectativa de transformar esta triste realidade numa situação
melhorada, recorrer-se-á a recolha de dados que levam a identificação dos alunos
vulneráveis, os dados serão qualitativos baseados na técnica de entrevista dos alunos,
pais e encarregados de educação, professores, e observação naturalista do
comportamento desses alunos.

Após o tratamento das informações recolhidas tanto das entrevistas como das
observações será feita a análise de conteúdos para a identificação dos alunos em
situação de risco. A medida que se vai detectando problemas, os técnicos, resolvem o
problema de acordo com a orientação e o referencial que mais se adapta a realidade e o
contexto em que decorre cada situação. O sucesso da implementação deste projecto,
traduz em grande parte no sucesso dos alunos e a sociedade num futuro próximo.
Dependerá dos recursos humanos que estão disponíveis no seio da classe docente que
certamente contribuirão com empenho na sua implementação respondendo ao objectivo
macro da promoção de uma escola inclusiva.

5.2. Cronograma de actividades

Actividades F M A M J J A S O
Encontro para apresentação do projecto
X
aos parceiros
Negociação com MINEDH para a
X X X
disponibilização dos técnicos
Encontros e discussão com os parceiros
e definição das modalidades de X X
financiamento.
Aquisição de equipamentos X
Equipamento da sala de atendimento X X
10

5.3. Recursos

1. Humanos: Dois psicólogos, assistente social e professores;


2. Materiais: Uma sala, uma secretaria, mesas e cadeiras, um televisor, um
computador.

5.4. Orçamento

N Materiais ou Equipamentos Unidade Preço Unitário Preço Total


° (MT) (MT)
1 Computador 1 30 000 30 000
2 Televisor 1 15 000 15 000

3 Mesa e cadeiras 7 1000 7000


4 Internet 1 1000 1000

Total 53 000

5.5. Avaliação e monitoria

a) Relatórios trimestrais intermédios: a cada três meses será elaborado um


relatório técnico sobre o andamento do projecto que descreverá as actividades
realizadas e permitirá a apreciação dos progressos verificados na realização dos
objectivos imediatos do projecto.
O relatório compreenderá igualmente um resumo dos constrangimentos
encontrados, e uma nota sobre a situação do projecto, acompanhará ainda o
relatório as fichas de presença dos alunos assistidos e suas respectivas famílias,
os demais documentos que se mostrarem necessários para a justificação das
actividades realizadas.

b) b) Relatório final: um relatório final será preparado no fim da implementação


do projecto pela equipa de técnicos responsáveis pela implementação. O
projecto será avaliado sistematicamente, indicando em que medida as
actividades programadas foram executadas.
11

6.Considerações finais
A educação de hoje requer uma busca constante da qualidade, da produtividade e
competitividade. Este novo desafio das escolas requer capacidades técnicas e
profissionais da instituição educativa por forma a reajustar o sistema na busca de
melhoria da qualidade do serviço prestado.

Portanto, será preciso, que as organizações educativas dediquem, ao máximo, as suas


atenções, de forma a eliminarem, ou reduzirem ao mínimo, os efeitos danosos que
resultam das distorções, originadas pela ausência ou presença de factores que podem
influenciar a integração social dos cidadãos. Certamente este projecto conjunto dos
intervenientes educativos servirá de estímulo à escola e aos pais encarregados de
educação, tendo em vista os resultados positivos e satisfatórios para os educandos e toda
a comunidade educativa.

No entanto é importante realçar que existe uma elevada expectativa em relação à


implementação deste projecto. Espera-se que este projecto venha proporcionar o
desenvolvimento de actividades que visem prevenir os comportamentos de risco e a
violência na escola e na comunidade promovendo um ambiente de solidariedade entre
as crianças/adolescentes e toda a comunidade educativa.
12

7.Referencias bibliográficas
BARBIER, Jean-Marie, Elaboração de Projectos de Acção e Planificação, Porto, Porto
Editora, 1993.

EINSENSTEIN, Evelyn; SOUZA, Ronald P. (1993). Situações de Risco à Saúde de


Crianças e Adolescentes. Petrópolis: Cenespa.

QUIVY, Raymond; CAMPENHOUDT, Luc Van, Manual de Investigação em Ciências


Sociais, Lisboa, Gradiva, 1992.

VASCONCELOS, Fernando Nuno, Projecto Educativo – Teoria e Prática nas Escolas,


Lisboa, Texto Editora, 1999.

Pesquisas na internet.

Você também pode gostar