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Teorias não psicológicas

As teorias não psicológicas descrevem o processo de inserção do indivíduo no mercado de


trabalho e não lhe atribuem um papel ativo. São factores, como por exemplo o mercado de
trabalho (oferta e procura), ou padrão cultural das famílias, que determinam o futuro
profissional como a posição do indivíduo na sociedade. Segundo Pimenta (1979) cit. in
Bock (2002), essas teorias provocam um sociologismo, e um economicismo, na orientação
vocacional, uma vez que, tentam opor ao fenómeno da decisão, o esquema da economia e
da sociologia de uma forma arbitrária sem permitir ao indivíduo decidir lidar com os
referidos esquemas. Essas forças que agem sobre o indivíduo, são tomadas como
explicação da escolha do indivíduo, mas não são, no entanto, operadas pelos mesmos.

As teorias não-psicológicas da escolha vocacional centram-se em fatores externos ao


indivíduo, fatores esses que são considerados como os principais determinantes de sua
escolha.

Existem três tipos de fatores ambientais que podem determinar o curso de ação do
individuo:

a) fatores casuais ou fortuitos;


b) as leis da oferta e da procura e
c) os costumes e instituições da sociedade.

São as teorias acidental, econômica e sociológica da escolha vocacional, respetivamente,


nelas, o indivíduo é visto como um sistema "linear passivo", que tem pouca ou nenhuma
influência na relação entre os estímulos e o produto.

As teorias econômicas sobre a escolha vocacional dizem que o indivíduo responde


diretamente a totalidade de "circunstâncias favoráveis ou desfavoráveis" do mercado de
trabalho. As teorias cultural e sociológica da escolha ocupacional afirmam que, ao escolher
uma ocupação, o indivíduo é influenciado mais ou menos diretamente por diversos níveis
da cultura e da sociedade: a cultura, a subcultura, a comunidade, a escola, a família etc. A
teoria do acidente insiste em que ninguém se propõe deliberadamente a ingressar numa
ocupação; hã somente uma série de circunstâncias ou fatos imprevistos.
Essas teorias descrevem as escolhas profissionais com produto de vários elementos
externos a ele, entre os quais:

 Teoria do acidente
 Teoria cultural e sociológica
 Teoria económica

Teoria do Acidente

Este enfoque sustenta que trajetória de carreira é determinada de forma acidental.


Acontecimentos na vida da pessoa, como uma palestra, um programa de rádio ou TV, a
leitura de um livro ou revista, uma oferta de estudo ou de trabalho podem despertar o seu
interesse, influenciando-a a seguir este ou aquele caminho.

Esses acontecimentos ocorrem mais ou menos ao acaso, mas admite-se que sua
probabilidade pode ser influenciada por variáveis intervenientes individuais, culturais e
socioeconômicas.

A teoria do acidente analisa a escolha de ocupação como sendo um processo causal,


resultado de um conjunto de episódios inesperados.

Em relação à teoria do acidente, as pessoas optam por uma profissão por acaso, a partir das
circunstâncias inesperadas

A Teoria do Acidente estabelece que a escolha ocupacional é devida em grande parte a


acidentes, assim entendida eventos ou condições fora do controle do indivíduo (SUPER;
BOHN JR., 1980, p. 171).

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