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41100 20 11 Sociologia Geral - Apontamentos meus

Sociologia Geral (Universidade Aberta)

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Sociologia é a ciência que estuda o ser humano social.

Video 3

Sociologia é nova

Quando uma sociedade muda a sua forma de pensar, a sua história se altera

Houve alterações na Europa no sec 16, Revolução Francesa é um dos acontecimentos


históricos mais importantes, França era absolutista (um monarca mandava) a revolução
terminou com isso, trouxe novas possibilidades

A França era um dos países mais importantes do mundo

Houve mudanças no campo religioso, porque o Rei era escolhido por Deus, fez diminuir o
poder da religião.

A sociologia nasceu da critica à religião

Houve a revolução industrial, trouxe muitas transformações, aumento das cidades, deixaram
de viver no campo, para virem trabalhar na industria da cidade.

Trouxe mais contacto social, porque na cidade as pessoas relacionam-se mais, mudou a forma
das pessoas viverem

Houve trabalho infantil e feminino

Surgiram novas classes sociais, foi criado o proletariado (trabalhadores com salários)

Houve endurecimento das relações profissionais

Houve mudanças nas família patriarcal, as mulher ficaram mais independentes


financeiramente

A revolução francesa e a industrial, pois mudaram a maneira das pessoas pensarem, mudaram
a logica social da altura

A Sociologia nasceu de Augusto Conté e Durkein, a sociologia é filha das mudanças, é o estudo
e aprofundamento das relações sociais

Mudanças socioeconómicas – necessidade de entendimento - Nascimento da Sociologia

Sociologia usa a razão para observar, medir e comprovar as regras que tornassem possível a
previsão e controlar os fenómenos sociais

Usar a razão para explicar a sociedade, é a capacidade humana de entender o relacionamento


social do homem.

Resumo leitura Antonie Giddens, capitulo 1 e 2

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Caracterização do nosso mundo contemporâneo, mundo carregado de inquietações, e


promessas para o futuro, marcado por mudanças rápidas, conflitos profundos, tensões sociais
e divisões.

Temos crescimento das preocupações ambientais

Ao contrário das gerações anteriores temos maior controlo sobre o destino da nossa vida.

A Sociologia é o estudo da vida social humana, dos grupos sociais e das sociedades.

Tenta explicar porque os seres humanos agem como agem.

Somos produto dos acontecimentos históricos e dos processos sociais

A percepção desses processos é a base da sociologia, na medida em que são compreensão de


subtis, complexos e profundos contextos que refletem a nossa experiência enquanto
sociedade.

A Imaginação Sociológica

É aprender a pensar sociologicamente.

Um sociólogo é capaz de se libertar das suas experiências sociais e ter uma perspectiva mais
abrangente.

C. Wright Mills, é o pai da imaginação sociologica

Em todas as sociedades, beber e comer proporcionam ocasiões para interação social (exemplo
do café, as pessoas não se juntam para beber café, mas para socializarem).

Os sociólogos preocupam-se com as diferenças e as suas razões na sociedade, por exemplo,


porque numas sociedades o café e o álcool são “drogas aceites”, noutras “não se pode beber
álcool” e noutras nem álcool nem drogas. Nalgumas pode-se consumir drogas leves (Holanda)

No exemplo do café, o sociólogo pode analisar que o café está envolvido numa rede de
complicadas relações internacionais. É cultivado por países pobres e consumido por países
ricos, tem uma dimensão mundial. É a mercadoria mais valiosa a seguir ao petróleo e
representa a maior exportação de alguns países.

A produção, transporte e distribuição envolvem pessoas que estão a milhares de kms dos
consumidores.

Estudar transações globais é uma tarefa importante na sociologia, uma vez que muitos
aspectos das nossas vidas são afetados por influencias sociais e comunicações a nível global

Beber café era um ato de envolvimento social e económico, como também o açucar branco, o
chá, as bananas e as batatas. Só se tornou um produto de consumo generalizado no sec 19.

O legado de beber café foi importado das colónias para a dieta ocidental.

Atualmente encontra-se no debate mundial, por causa da globalização, comercio justo,


direitos humanos e destruição ambiental. Ganhou politização quando o consumo se tornou
generalizado.

O café tornou-se estilo de vida, onde bebem, onde o compram, tipo de café que consomem.

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Os sociólogos estão interessados em saber de que forma a globalização aumenta a


consciencialização das pessoas acerca das ocorrências em pontos remotos do planeta, e que
efeitos têm esse conhecimento nas nossas vidas.

Tentar aplicar a imaginação sociológica à observação da vida comum.

A nossa opinião privada reflecte a nossa posição na sociedade. Exemplo, porque decidi
escolher esta licenciatura

Os estudantes universitários não são uma amostra típica da população pois tendem a ser
oriundos de meios sociais mais privilegiados.

Os meios sociais onde nos encontramos tendem muito a reflectir as nossas atitudes e as
decisões que tomamos.

Embora todos sejamos influenciados pelo meio que nos rodeia, não temos o comportamento
determinado apenas pelo contexto, pois também temos a nossa individualidade. (Conceito
de estrutura social). A tarefa da sociologia é investigar entre a sociedade e o ser humano e
vice-versa

A estrutura social refere o facto de contextos sociais das nossa vidas, não consistirem em
acontecimentos ou acções aleatórias, mas sim, resultado de regularidades no modo como nos
comportamos, serem estruturadas e padronizadas.

As sociedades humanas nunca deixaram de estar em processo de estruturação, é uma


constante, estão sempre a mudar por causa do ser humano.

Os sociólogos debatem frequentemente a maneira de estudar o comportamento humano e a


interpretação dos resultados, porque não é uma ciência estática, estudar comportamentos
humanos é a coisa mais difícil que existe.

Teorias e perspectivas teóricas

A pesquisa factual mostram como as coisas ocorrem, , na sociologia querem saber também,
porque é que ocorrem.

Sem perspectiva teórica não sabemos o que procurar quando iniciamos um estudo ou quando
estamos interpretar dados no final de uma pesquisa.

O pensamento teórico devem responde às principais questões colocadas pelo estudo da vida
humana em sociedade, incluindo assuntos de natureza filosófica.

Revolução francesa e a revolução industrial foram a grande mudança que levaram a


surgimento da sociologia.

O recurso à ciência em vez da religião para entender o mundo

Auguste Compte, Francês teve lugar de destaque na criação da sociologia, por ter vivido logo a
seguir à revolução francesa, foi influenciado a procurar criar uma ciência que explicasse as leis
do mundo social, tal como a ciência natural explicava o mundo físico.

Acreditava que as sociedades estavam submetidas a leis invariáveis (universais e sublimes), tal
como o que sucede com as leis do mundo natural.

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Via a sociologia como uma ciência positiva, à semelhança dos positivistas, que defendem que a
ciência devem preocupar-se apenas com os factos observáveis, que resultam diretamente da
experiência.

Ao entender o relacionamento causal entre acontecimentos, os cientistas podem prever como


podem ocorrer acontecimentos futuros.

Compte com a leis dos 3 estádios, tentou aplicar o mesmo à sociologia, onde dizia que
atravessavam o estado teológico (religioso), o metafisico (época do Renascimento, deixou-se o
sobrenatural e passou-se para o natural), e o positivo (feitos de Copérnico, Newton e Galileo,
aplicação de técnicas cientificas ao nosso mundo).

Compte, no positivismo, considerava a sociologia a ultima a desenvolver-se, depois da física,


da química e da biologia.

Acreditava que se devia abandonar a fé e o dogma em favor de um fundamento cientifico.

Émelie Durkhein

Vi a sociologia como uma nova ciência, defendia, tal como Compte que a sociologia devia
estudar a vida social com a mesma objectividade que os cientistas estudam a ciência natural.

“Estudar os factos sociais como coisas”

Tês dos seus principais temas foram, importância da sociologia enquanto ciência empíric; a
emergência do individuo e a formação da ordem social; as fontes e o carater moral na
sociedade.

Principal preocupação de Durkheim era o estudo dos factos sociais.

Estudar aspectos da vida social que moldam a nossa acção enquanto indivíduos

Defendia que as sociedades têm realidade própria, esta não se resume a simples ações e
interesses dos seus membros individuais. Os factos sociais são formas de agir , pensar ou sentir
externos ao individuo e tem uma realidade própria.

Os factos sociais também tem a carateristica de exercerem pode coercivo perante o individuo,
no entanto normalmente as pessoas não o reconhecem como tal, pois de forma geral, estas
acreditam estar a “agir livremente”

Durkheim dizia que as pessoas seguem frequentemente padrões que são comuns na sociedade
onde se inserem. Estes factos sociais podem condicionar a ação humana de várias formas,
catigo puro e simples (crimes), rejeição social (no caso de comportamento “inaceitável”) ou a
simples mal-entendidos (no caso do uso incorrecto da linguagem).

Durkheim dizia que os factos sociais são dificieis de estudar por não puderem ser observados
de forma directa, são invisíveis e inatingíveis. As suas propriedades apenas podem reveladas
indirectamente, através da analise dos seus feitos ou tendo em consideração as tentativas
para as expressar, por exemplo, textos religiosos ou regras de conduta escritas.

Estava interessado naquilo que mantem a sociedade unida e que a impede de desintregar.

Na solidariedade social e moral, esta é mantida enquanto os indivíduos se integram com


sucesso em grupos sociais e se regem por um conjunto de valores e costumes partilhados.

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Dizia que na era industrial começou a haver solidariedade mecânica e orgânica; mecânica eram
culturas tradicionais com um nível reduzido de divisão do trabalho, uma vez que a maior parte
dos membros da sociedade estavam em ocupações similiares, eles estavam unidos pela
experiência comum e crenças partilhadas. É de natureza repressiva, a comunidade castiga
prontamente quem ponha em causa os modos de vida convencionais.

Com o evoluir do trabalho, houve o colapso desta forma de solidariedade.

A especialização de tarefas e diferenciação social levaram a uma nova ordem solidariedade, a


orgânica. Nesta, as pessoas estão unidas pelos laços da interdependência económica entre
pessoas e pelo reconhecimento da importância da contribuição dos outros.

A medida que a divisão do trabalho aumenta, as pessoas tornam-se mais dependentes umas
das outras, procura de bens e serviços.

As relações da reciprocidade económica e de dependência mútua vem substituir as crenças


partilhadas na função de criar o consenso social

A mudança rápida e intensa na sociedade (revoluções industriais e francesa), originou vários


problemas sociais. Dissolveu-se estilos de vida tradicionais, moral, crenças religiosas, que criou
a anomia, que é o sentimento de ausência de objectivos ou de desespero provocado pela vida
social moderna.

Debruçou-se sobre o suicídio, que apesar de ser uma escolha individual, mesmo assim é
influenciada pelo mundo social, seja pelo “motivo”.

É um facto social que apenas podia ser explicado por outros factores sociais. Existem forças
sociais externas ao individuo que influenciam as taxas de suicídio.

Associou com 2 tipos de laços na sociedade, a integração social e a regulação social.

As pessoas que estão solidariamente associadas a grupos sociais, cujos desejos e aspirações se
regem pelas regras sociais, estão menos propensas a suicidarem-se.

Identificou 4 tipos de suicídio:

• Egoista – fraca integração na sociedade e corrrem quando o individuo está sozinho,


quando os laços que o prendem a um grupo são fracos ou inexistentes
• Anómico – ausência de regulação social, as pessoas vêem-se sem normas em tempos
de mudanças súbditas ou de instabilidade na sociedade
• Altruísta – Individuo está excessivamente integrado, valoriza mais a sociedade que a si
próprio, é “um sacrifício pelo bem maior”, Kamikazes ou bombistas suicidas. É
característico das sociedades tradicionais, que dependem da solidariedade mecânica.
• Fatalista – A opressão de um individuo num sentimento de impotência perante o
destino ou a sociedade.

Karl Marx – concepção materialista da história – a mudança social ocorre por factores
económicos,

Tentou explicar as mudanças na Época da Revolução Industrial e suas desigualdades,


interessou-se pelo movimento operário europeu e suas ideias socialistas.

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Capitalismo e a luta de classes.

Capitalismo, um sistema de produção de bens e serviços para serem vendidos a uma grande
massa de consumidores.

2 elementos nas empresas capitalistas:

• O capital – Ativos, dinheiro, máquinas, fábricas usado ou (ou investido no futuro) para
produção de bens de consumo. (Patrões, Os Capitalistas, a classe dominante)
• Trabalho assalariado – conjunto de trabalhadores que trabalham em troca de salário
que lhes permita viver de modo autónomo na sociedade (empregados, classe operária,
grande massa da população)

Criou-se o proletariado, que é um grande numero de camponeses que viviam no campo,


vieram viver e trabalhar nas cidades e suas industrias. É a classe operária industrial urbana.

As relações são caraterizadas pelo conflito, embora o Capital dependa do trabalho assalariado
(e vice-versa), esta dependência é extremamente desequilibrada, pois baseia-se na exploração
do trabalho versus o lucro que origina para os patrões. Marx acreditava que o conflito de
classes em torno dos recursos económicos se iria acentuar com a passagem do tempo.

Segundo ele, os sistemas sociais transitam de um modo de produção para outro, uma vezes de
forma gradual, outras vezes em forma de revolução. Isto em resultado das contradições nos
sistemas económicos.

Para Marx, houve uma progressão evolutiva da humanidade através de etapas históricas.

O seu inicio seria nas sociedade comunistas dos caçadores-recolectores, passou pelos sistemas
esclavagistas e pelos sistemas feudais. Apareceram comerciantes e artesões marcou o inicio da
classe comercial ou capitalista que acabaria por substituir a nobreza fundiária.

Teorizava que, tal como os capitalistas se tinham unido para derrubar a ordem feudal, também
os capitalistas seriam suplantados por uma nova ordem, o comunismo.

Comunismo, sociedade onde não existissem classes, sem grandes divisões entre ricos e
pobres. Marx não dizia que todos as desigualdades iriam desaparecer, no entanto, as
sociedades deixariam de estar divididas entre uma pequena classe que monopoliza o poder
politico e económico e uma grande massa de indivíduos que pouco beneficio retiram da
riqueza gerada pelo seu trabalho. O sistema económico assentaria na posse comum,
estabelecendo-se uma mais justa. Acreditava que a produção nesta sociedade seria mais eficaz
do que na sociedade capitalista.

Max Weber

Deu atenção ao desenvolvimento do capitalismo moderno e à forma como era diferente dos
anteriores.

Foi influenciado por Marx, mas, foi fortemente critico dos seus pontos de vista, rejeitou a
concepção materialista da história e deu um significado menor à luta de classes.

Para Weber os fatores económicos eram importantes, mas as ideias e os valores tinham o
mesmo impacto na mudança social.

Defendeu que valores religiosos, especialmente o puritanismo, tiveram uma importância


fundamental na criação da visão capitalista.

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Weber, ao contrario dos restantes, defendeu que a sociologia devia centra-se na ação social e
não nas estruturas. As ideias e as motivações humanas eram a principal motivo de mudança.
Ideias, valores e crenças tinham um papel transformador.

Para Weber, as estruturas da sociedade eram formadas por uma complexa rede de ações
reciprocas dos indivíduos.

Pra ele existia a ideia de tipos ideais, modelos conceptuais ou analíticos podem ser utilizados
para compreender o mundo. Na vida real é raro ou inexistente que existam tipos ideais, mas
são uteis para pudermos comparar situações do mundo real com o mundo “ideal”. Estes tipos
de ideais servem de referências tipo.

Racionalização, para Weber, na era da industrialização, em que se tinham abandonado rituais


e hábitos enraizados para dar lugar a cálculos racionais e instrumentais, que tinham em conta
a eficácia e as consequência futuras das suas ações.

O desenvolvimento da ciência, da tecnologia moderna e da burocracia para Weber a


racionalização, ou seja, a organização da vida económica e social segundo os princípios da
eficiência e tendo por base o conhecimento técnico.

Para Weber o capitalismo não era dominado pelo conflito de classes, como Marx defendia,
mas sim pelo avanço da ciência e da burocracia. O caracter cientifico era um dos traços
predominantes no ocidente. A burocracia era o meio mais eficaz de organizar um grande
numero de pessoas, expandiu-se com o crescimento económico e politico.

Weber temia que o crescimento da burocracia em todos os domínios da vida pudesse “colocar-
nos numa jaula de ação”, que poderia em excesso, destruir o espirito humano. Tinha receio
que a burocracia em excesso desse cabo da democracia.

Todos os sociólogos procuram desenvolver formas de estudar o mundo social que pudessem
explicar o funcionamento das sociedades e as causas das suas mudanças.

O funcionalismo defende que a sociedade é um sistema complexo cujas partes se conjugam


par produzir estabilidade e solidariedade. Nesta, a sociologia deve analisar o relacionamento
das partes da sociedade em si e para a sociedade como um todo. Tem importância o consenso
moral para manutenção e ordem na sociedade.

O Consenso moral ocorre quando a maioria das pessoas nessa sociedade partilha os mesmos
valores.

Para os funcionalistas, a ordem e o equilibro (do consenso moral) são o estado normal da
sociedade.

Merton, funcionalista, fez distinção entre funções manifestas e as funções latentes, as


manifestas são as que o sujeito tem conhecimento e as latentes são “as indirectas”, que tem
consequências das atividades que são desconhecidas pelos participantes.

Para Merton, é importante para o estudo sociológico a revelação das funções latentes das
atividades e das instituições sociais.

Distinguio também as disfunções, que são para ele, aspectos disfuncionais de comportamento
social que coloquem em causa a ordem existente das coisas.

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A religião também é disfuncional, pois causa guerras nas sociedades, “porque o meu Deus é
melhor que o teu”

Teorias do Conflito

Sublinham a importância das divisões na sociedade, centram a analise nos centros de poder,
designadamente a luta. Vêem a sociedade como composto por diferentes grupos que lutam
pelos interesses próprios, que o potencial para o conflito está sempre presente e que certos
grupos irão sempre beneficiar mais que outros.

Os teóricos do conflito analisam as relações de conflito entre os poderosos e o desfavorecidos


da sociedade, para perceber como se estabelecem e perpetuam estas relações. Nem todas as
teorias do conflito seguem os pressupostos de Marx, da luta entre classes.

Dahrendorf dizia que em todas as sociedades há separação de interesses entre os que detêm a
autoridades e os restantes, entre Governantes e governados.

Interaccionismo simbólico

A linguagem permite que nos tornemos seres autoconscientes, utilizamos símbolos para
comunicar, por exemplo “colher”, também pode ser gestos não verbais (um gesto grosseiro
com um dedo).

Defendem que o seres humanos apoiam-se em símbolos e entendimentos partilhados para


socializarem e interagirem.

Estes sociólogos centram-se na importância das ações pessoais na criação da sociedade.

Leva ao “trabalho emocional”, onde o sujeito faz a gestão da suas próprias emoções para o
socialmente aceite (trabalhador com o público, pode apetecer mandar-los dar uma volta, mas
está de sorriso nos lábios).

O “trabalho emocional” leva a um distanciamento das suas emoções.

Os sociólogos debatem a importância a que se dediquem a teorias muito abrangentes (Por


exemplo Marx), Merton, defendia que se devem dedicar a “teorias de médio alcance”.

Estão são, suficientemente especificas para puderem ser empiricamente testadas, e


simultaneamente gerais quanto baste para abranger um conjunto de fenómenos diferentes.

Exemplo, teoria da privação relativa, as formas como as pessoas avaliam a sua situação
depende de com quem se comparam.

O comportamento humano é complexo e multifacetado, pelo que é improvável que uma


única perspetiva teórica possa abranger toda a sua complexidade.

Níveis de análise, microssociologia e macrossociologia.

Microssociologia é o estudo do comportamento quotidiano em situações de ação directa.

Macrossociologia é o estudo de sistemas sociais em grande escala, como o sistema político ou


a ordem económica. Engloba também processos de mudança a longo prazo, como o
desenvolvimento do industrialismo.

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A macro-analise é essencial para a base institucional da vida quotidiana. As formas como as


pessoas vivem o seu dia-à-dia são largamente afetados pelo enquadramento institucional mais
amplo em que se inserem.

Os estudos macrossociológicos são essenciais para entendermos patrões institucionais mais


amplos.

Interação face-a-face é a base de todas as formas de organização social.

A sociologia pode iluminar as nossas vidas, aumentando a nossa autocompreensão. Quanto


mais sabermos acerca das razões que nos levam a agira como agimos, e como funcional de
uma forma global, a nossa sociedade, tanto mais provável é de sermos capazes de influenciar o
nosso futuro.

Grupos conscientes podem, com frequência, beneficiar da investigação sociológica, para


poderem responder de uma forma mais eficaz às medidas políticas govermentais ou para
promover as suas próprias iniciativas políticas.

Resumo na página 31 – importante

Toda a investigação humana pode levantar problemas éticos.

Deve-se saber se a investigação “coloca maiores riscos ao sujeito do que aqueles que estão
sujeitos à sua vida quotidiana”.

Os sujeitos de investigação estão actualmente muito mais envolvidos no processo de


investigação, podendo ajudar a colocar questões, comentar as interpretações dos autores do
seu ponto de vista e nalguns casos, esperam receber o relatório da investigação no final.

Alguns dos dados mais valiosos obtidos pelos sociólogos nunca poderiam ter sido reunidos se o
investigador estivesse explicado inicialmente o projecto a cada uma das pessoas que
encontrou no processo de investigação.

“Porque as pessoas mudam automaticamente o comportamento quando sabem que estão a


ser observadas”. (ideia minha)

Para compreender a natureza do mundo moderno, temos de olhar para as formas anteriores
de sociedade e de analisar a direção principal seguida pelos processos de mudança. – Olhar
para o passado e ver como viemos aqui parar enquanto sociedade.

Investigações empíricas preocupam-se em saber como ocorrem as coisas. Não é só recolher


dados, mas analisá-los e interpretar o resultados dos factos, temos de aprender a colocar
questões teóricas preocupadas com o porquê.

A Natureza Cientifica da Sociologia

Existem muitas vezes contrastes entre a definição ideal sobre como a investigação deve
ocorrer e os estudos reais.

A investigação sociológica, como as outras investigações cientificas, são a arte do possível.

A ciência consiste na utilização de métodos científicos sistemáticos de investigação empírica,


na análise de dados, no pensamento teórico e na avaliação lógica de argumentos para
desenvolver um corpo de conhecimento acerca de um objecto particular.

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Assim, a sociologia é um empreendimento cientifico, pois utiliza investigação empírica, análise


de dados e a avaliação das teorias à luz da evidência e da argumentação lógica.

A problemática da investigação

• Definir o problema
• Revisão dos conhecimentos - Verificar bibliografias e artigos da especialidade para
tentar descobrir se existiram investigações anteriores
• Definição do problema a investigar – formulação precisa, formular hipóteses, que são
suposição acerca da relação entre os fenómenos em que o investigador está
interessado.
• Elaboração de um plano – decidir exatamente como vão ser recolhidos os materiais de
investigação.
• Realização da investigação – nesta fase por haver enviesamento de resultados, ou seja,
os investigados não querem participar na investigação. Por exemplo uma empresa não
querer dizer se as mulheres ganham menos que os homens. Eliminar este
enviesamento é muito difícil ou impossível. Não podemos obrigar as pessoas ou
entidades a participar.
• Interpretação dos resultados – Nem sempre é fácil avaliar as informações recolhidas e
relacioná-las com o problema em questão
• Elaboração do relatório final – normalmente publicado sobre a forma de um livro ou
artigo, fornece uma descrição da natureza da investigação e justifica as conclusões
extraídas. – a maioria fornece questões que ficam sem resposta e que darão origem a
novos e adicionais estudos. Todas as investigações individuais fazem parte dum
processo de pesquisa continuo que se desenvolve na comunidade sociológica.

Atenção que seguir esquemas fixos de investigação pode levar a ser muito restritivo o que faz
com que muitas investigações sociológicas famosas não se ajustarem aos mesmos.

Um das principais coisas a termos atenção nos métodos de investigação é a análise entre a
causa e o efeito.

Uma relação causal entre dois acontecimentos ou situações, é uma associação que um leva ao
outro. Têm causa

Todos os acontecimentos têm causas.

Uma das principais tarefas da investigação sociológica (conjugada com pensamento teórico)
é identificar as causas e os efeitos.

Correlação é a existência de uma relação regular entre dois conjuntos de variáveis ou


ocorrências.

A Variável é uma qualquer dimensão onde variam indivíduos ou grupos.

Existem muitas correlações sem nenhuma relação causal entre as variáveis.

Variaveis independentes – é uma variável que produz efeito noutra (a dependente)

Variavel dependente – é a valorizável afetada

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Variavéis de controlo são as que utilizamos para descobrir se a correlação entre variáveis é
uma relação causal (são para verificar se as variáveis estão relacionadas e se uma depende da
outra)

Métodos de pesquisa quantitativos (funcionalismo e positivismo, tentam medir os fenómenos


e utilizam modelos matemáticos) e qualitativos (interaccionismo, procura de sentidos e
compreensão profunda da ação individual no contexto da vida social, através de dados
detalhados e ricos).

Normalmente os sociólogos tendem a escolher um desses dois métodos de pesquisa. Hoje em


dia, muitas investigações utilizam os dois métodos, para ter uma explicação mais abrangente.

Etnografia tipo de trabalho de campo ou estudo direto de pessoas, utilizando a observação


participante e/ou entrevistas. (O investigador interage, trabalha ou vive com o grupo,
organização ou comunidade, envolvendo-se talvez diretamente nas suas atividades. Exemplo
do Humphreys no estudo das casas de chá gays)

A etnografia permite obter informações sobre o comportamento das pessoas em grupos,


organizações ou comunidades e também o modo como essas pessoas entendem o seu próprio
comportamento. É observar a realidade de um grupo a partir de dentro.

Normalmente são grupos relativamente pequenos.

Inquéritos (método de investigação quantitativo + utilizado)

Produzem informação menos detalhada que a Etnografia, mas chegam a muitos mais
participantes

Podem ser feitos por telefone, pelo correio, presenciais, online ou correio electronico.

Podem ser utilizados programas para verificar se existem correlações entre variáveis.

População, independente do número, corresponde ao grupo selecionado de pessoas que se


entrevista ou faz inquéritos.

Estou na Página 53

Inquéritos podem ser:

• Padronizados (escolha fixa), mais fáceis de analisar, mas com respostas fechadas (sim,
não, talvez, não sei, etc…) podem levar a enganos facilmente
• Resposta aberta – são mais detalhados que os fechados, pois a população pode
responder livremente, o que é melhor para o investigador conhecer o investigado, mas
são mais difíceis de interpretar estatisticamente.
• Semi-estruturado – Tem perguntas padronizadas e também de resposta aberta

Pode utilizar-se um estudo-piloto, com poucas pessoas, para detetar problemas antes de se
submeter o questionário à população. Se necessário corrige-se o inquérito e depois entrega-se
à população.

Amostragem – desde que correctamente definida, pode-se concentrar a investigação numa


pequena parte do grupo total. Para isso utiliza-se a amostragem representativa (usar regras e
normas das estatísticas).

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Para garantir a representividade da amostra utiliza-se a amostragem aleatória, em que se


escolhe de forma a que todos os membros da população tenham a mesma probabilidade de
serem incluídos.

Pode ser utilizado um computador para o efeito, numerar os participantes e pedir ao


computador para escolher.

Líderes de opinião – tendem a moldar as opiniões politicas daqueles que os rodeiam. Os


pontos de vista da população não se constroem apenas de forma directa, mas seguem um
processo de “duas etapas”. Na primeira etapa, os lideres de opinião reagem aos
acontecimentos políticos e interpretam-nos; numa segunda etapa, esses lideres influenciam os
outros – os seus familiares, amigos ou colegas. As opiniões expressas pelos líderes de opinião
influenciam as respostas dos outros indivíduos sobre os temas políticos da atualidade.

Também se pode fazer amostragem por conveniência, contruindo a amostra de onde for
possível.

Existe também amostragem “em bola de neve”, onde a população é utilizada para recrutar
mais participantes. É utilizado para se conseguir uma amostra mais ampla do que seria à
partida possível.

As respostas a questionários podem ser mais facilmente quantificadas e analisadas do que a


maioria do material produzido dos outros métodos de investigação.

O método cientifico é o modelo para este tipo de investigação, os inquéritos, pois dão uma
medida estatística aos investigadores.

Experiência tentativa de testar uma hipótese em condições altamente controladas pelos


investigador.

Investigação Biográfica é um método que faz parte apenas da sociologia e outras ciências
sociais. Inclui histórias orais, narrativas, autobiografias, biografias e histórias de vida. As
histórias de vida são um bom exemplo destes métodos.

A pesquisa comparada é de importância central em sociologia, porque o estabelecimento de


relações permite-nos clarificar o que se está a passar numa área particular de pesquisa.

Utiliza-se a análise histórica, pois necessita-se frequentemente de ter uma perspetiva


temporal para que o material recolhido faça sentido.

Pode-se investigar acontecimentos passados de modo directo. Por exemplo, entrevistas a


sobreviventes do Holocausto.

Para períodos mais antigos, é utilizado a pesquisa documental, através de registos escritos
antigos, como em bibliotecas ou diários, fontes oficiais como documentos políticos, registos de
nascimentos, de mortes, de impostos, etc. Este tipo de documentos são fontes primárias.

As fontes secundárias são registos de eventos históricos escritos posteriormente.

Este tipo de investigação coloca dúvidas, quão autênticos serão os documentos, a informação
que contêm é fiável? Será um ponto de vista parcial?

Segundo Skocpol, as revoluções ocorrem porque, as estruturas do estado, assim que se


começam a desmoronar, cria-se um vazio de poder e os estados perdem a sua legitimidade,
permitindo que as força revolucionárias tomem o poder.

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No livro de introdução às ciências políticas:

Passamos a definir o objecto da sociologia segundo os vários autores:

• Auguste Comte – para este, o “pai do positivismo” e da lei dos 3 estados (estádios) a
sociologia seria o estudo dos fenómenos sociais.
• Herbert Spencer – A sociologia é o estudo do desenvolvimento, da evolução, da
estrutura e da função dos agregados sociais.
• Émile Durkheim – A sociologia era o estudo das instituições sociais
• Max Weber – A Sociologia é compreensão e interpretação dos factos sociais,
explicando as suas causas e efeitos
• René Worms – A Sociologia estuda a sociedade humana, na base da competição e do
conflito
• Fréderic Le Play – A sociologia é a ciência da reforma social através do método
monográfico

Tema 2

Na Europa, após o séc 16, existiram mudanças económicas, políticas e sociais, com as
correntes de pensamento que estabeleceram os alicerces da modernidade europeia – o
racionalismo, empirismo e o iluminismo.

A marca da europa foi sem dúvida a instabilidade, expressa na forma de crises. Foi no meio das
revoluções (industrial e Francesa) e das mudanças que originaram, que nasceu a sociologia.

Tema 3 - Crime e Desvio_Cap.8_6ediçao.pdf

A Vida social humana é governada por normas e regras. As nossas atividades desmoronar-se-
iam se não cumpríssemos as regras que definem certos tipos de comportamentos como
corretos em determinados contextos e outros como inapropriados.

Quando se começa a estudar o comportamento desviante, é necessário ter em conta as regras


que as pessoas respeitam e aquelas a que desobedecem. Ninguém quebras todas as regras,
assim como ninguém as respeita todas. Criamos e quebramos regras.

Podemos definir o desvio como o que não está em conformidade com determinado conjunto
de regras aceite por um numero significativo de uma comunidade ou sociedade.

Desvio e crime não são sinónimos, embora muitas vezes se sobreponham. O âmbito do
conceito do desvio é muito mais vasto do que o do conceito de crime, que se refere apenas à
conduta inconformista que viola uma lei.

O conceito de desvio pode aplicar-se tanto ao comportamento do individuo, como as


atividades de um grupo.

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A Criminologia trata das formas de comportamento sancionadas pela lei (crimes).

A Sociologia do desvio interessa-se pela pesquisa criminológica, mas também investiga a


conduta que está fora do âmbito do direito penal. Os sociólogos que estudam o
comportamento desviante procuram entender porque determinados comportamentos são
vistos como desviantes, e como varia a aplicação da noção de desvio a pessoas diferentes no
interior da mesma sociedade.

O estudo do desvio dirige a nossa atenção para o poder social, bem como para a influência da
classe social – as divisões entre ricos e pobres. Quando olhamos para o desvio ou para a
conformidade com as normas ou regras sociais, temos sempre de ter presente a questão:
«quem dita as regras?»

Todas as normas sociais são acompanhadas por sanções que promovem a conformidade e
castigam a não conformidade. Chamamos sanção a qualquer reação por parte de outros em
relação ao comportamento de um individuo ou grupo, a fim de assegurar que determinada
norma seja cumprida. As sanções podem ser positivas (ofertas de recompensas no caso de
conformidade) ou negativas (punição por comportamento inadequado).

Podem ser divididas por formais ou informais. As formais nas sociedades modernas são as que
fazem parte do sistema de punição (tribunais e cadeias). As leis são sanções formais definidas
pelos governos como regras ou princípios que o seu cidadão tem de seguir. São usadas contra
as pessoas que não se conformam com esses mesmos princípios.

As sanções informais são reações menos organizadas e mais espontâneas em relação à


inconformidade.

4 teorias que continuam a influenciar a sociologia do desvio: as teorias funcionalistas, o


interaccionismo simbólico, as teorias do conflito e as teorias do controlo social.

As primeiras explicações tentaram explicar o delito pelas carateristicas biológicas, ou seja


certos indivíduos teriam traços inatos que seriam a fonte do crime e do desvio. Cesare
Lombroso, criminologista italiano investigou aparência e anatomia de criminosos, concluindo
que apresentavam traços que remontavam aos primeiros estádios da evolução humana.

Embora aceitasse que a aprendizagem social podia influenciar o desenvolvimento do


comportamento criminoso, para Lombroso a maioria dos criminosos eram seres
biologicamente degenerados ou patológicos.

Como ainda não se tinham desenvolvido inteiramente como seres humanos, tendiam a agir
através de formas que não estavam em conformidade com as da sociedade humana.

Explicações psicológicas – os estados mentais anormais, estas incidem sobre na maior


predisposição para o delito, concentram-se no tipo de personalidade.

Hans Eysenck sugeriu que estes estados mentais anormais eram herdados e que poderiam
predispor o individuo a cometer actos criminosos ou a criar problemas no processo do
socialização.

As teorias psicológicas da pernsonalidade podem apenas em parte explicar certos aspectos dos
crimes.

Tanto a teoria biológica como a psicológica pressupõem que o desvio é um sinal de que algo
errado se passa com o individuo, em vez de se passar algo com a sociedade.

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No que diz respeito às teorias dos crimes desenvolvidas pela biologia e a psicologia, elas são de
natureza positivista.

A explicação do crime deve ser sociológica, já que o que se entende por crime depende das
instituições sociais de uma determinada sociedade.

Ao longo do tempo a ênfase foi sendo deslocada em teorias individualistas do delito para
teorias onde o contexto cultural e social em que o mesmo ocorre.

As teorias funcionalistas vêm o crime e o desvio como o resultado de tensões estruturais e da


ausência de regulação moral no seio da sociedade.

O desvio é necessário para a sociedade, de acordo com Durkheim, porque desempenha duas
funções importantes. Em primeiro lugar, o desvio tem uma função adaptiva. O desvio é uma
força inovadora, que impulsiona a mudança através da introdução de novas ideias e desafios
na sociedade. Em segundo lugar, o desvio promove a manutenção dos limites entre
comportamentos maus e bons na sociedade.

Robert Merton, influenciado por Durkheim, mudou o conceito de anomia de Durkheim para
referir a tensão a que o comportamento dos indivíduos é sujeito quando as normas aceites
entram em conflito com a realidade social.

O desvio para Merton é consequência das desigualdades económicas e da ausência de iguais


oportunidades.

Nas sociedades modernas ocidentais, os valores em geral aceites, enfatizam o valor do sucesso
material. As formas para o atingir são supostamente o trabalho árduo e a autodisciplina. Na
verdade isto não é válido, pois os desfavorecidos têm pouca ou nenhuma oportunidade de
melhorar substancialmente de vida. Contudo, aqueles que não têm “sucesso” sentem-se
condenados pela aparente incapacidade para alcançar progressos materiais.

A perspetiva de Merton contrasta com um dos grandes enigmas do estudo da criminologia,


porque é que os índices de crime continuam a subir no momento em que a sociedade se torna
mais abastada?

O contraste entre os desejos crescentes e as desigualdades persistentes, Merton aponta o


sentimento de privação relativa, como um elemento importante do comportamento
desviante.

As teorias funcionalistas enfatizam correctamente as ligações conformidade e desvio em


diferentes contextos sociais. A falta de oportunidades para ter sucesso, segundo os termos
estabelecidos pela sociedade mais ampla, é o grande fator diferenciador entre aqueles que
optam por um comportamento criminoso e aqueles que não o fazem.

No entanto é necessário pensar com cautela na ideia que as pessoas das comunidades mais
desfavorecidas aspiram ao mesmo nível de sucesso material que as pessoas mais abastadas. A
maioria das primeiras tende a ajustar as suas aspirações ao que consideram ser a realidade da
sua situação.

As teorias interaccionistas, vem o desvio como um fenómenos socialmente construído.

Edwin Sutherland dizia que o desvio pode ser aprendido através das interação com os outros.

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Dizia que a associação diferencial, era numa sociedade onde existem muitas subculturas
diferentes, alguns ambientes sociais tendem a encorajar atividades ilegais, ao passo que
outros não. Os indivíduos tornam-se delinquentes ou criminosos através da sua associação
com outros que são portadores de normas criminais.

O comportamento criminoso é aprendido nos grupos primários, particularmente nos grupos


de pares. Esta teoria contraria a ideia de que existem diferenças psicológicas que distinguem
os criminosos de outras pessoas.

Os ladrões tentam ganhar dinheiro, tal como as pessoas normais, só que escolhem formas
ilegais para o fazer.

Teoria da rotulagem, interpretam o desvio, não como um conjunto de características de um


individuo ou grupo, mas como um processo de interação entre aqueles que se desviam e os
que não o fazem.

Segundo estes para perceber a natureza do próprio desvio é necessário descobrir a razão
porque determinadas pessoas ficam marcadas com um rótulo de “desvio”.

Os que representam a força da lei e da ordem, ou os que são capazes de impor definições de
moralidade convencional a outros, constituem os principais agentes de rotulagem.

De um modo geral, as regras que definem o desvio e os contextos em que são aplicadas são
estabelecidas pelos ricos para os pobres, pelos homens para as mulheres, pelos mais velhos
para os mais novos e pela maioria étnica para a minoria étnica.

Muitas crianças, por exemplo, envolvem-se em certas atividades, como correr nos jardins de
outras pessoas, partir vidros de janelas, roubar fruta ou andar na vadiagem. Nos bairros
abastados, estes comportamentos seriam considerados “relativamente inocentes” pelos pais,
pelos professores, pela policia.

Em contrapartida, num bairro pobre, as mesmas crianças seriam vistas como provas de
tendências para a delinquência juvenil. Uma vez rotulada de deliquente, a criança é
estigmatizada como criminosa e é provável que seja estigmatizada como criminosa e é
provável que seja considerada como indigna de confiança pelos professores e possíveis
patrões. Nos dois casos referidos os actos são os mesmos, mas associados a significados
diferentes.

Howard Becket, adepto da rotulagem, tentou demonstrar como as identidades desviantes são
produzidas através da rotulagem, em vez de o serem por motivações ou comportamentos
desviantes.

Para este autor, o comportamento desviante não é o fator determinante no processo de se


tornar “desviante”, pois existem processos que não estão relacionados com o comportamento
em si que exercem uma grande influência no rotular ou não uma dada pessoa como desviante.
O modo de vestir de uma pessoa, a maneira de falar, o seu pais ou religião de origem, são
factores-chave que podem determinar se se aplica ou não o rótulo de desviante.

A rotulagem não afecta só a forma como os outros vêm o individuo, como influencia a ideia
que o individuo tem da sua própria identidade.

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Pânico moral, um termo usado pelos sociólogos para descrever uma reação exagerada para
com determinados grupos ou tipos de comportamento, inspirada pelos meios de
comunicação.

As diferenças na socialização, atitudes e oportunidades influenciam a forma como as pessoas


se comprometem com um comportamento particularmente suscetível de ser rotulado como
desviante. Por exemplo, há maior propensão entre as crianças de meios mais desfavorecidos a
roubar em lojas do que entre crianças ricas. Não é tanto a rotulagem que leva as crianças a
roubarem, mas sim os meios de onde provêm.

As teorias do conflito, os indivíduos optam ativamente por enveredar por um comportamento


desviante, sem resposta às desigualdades do sistema capitalista. Nesta teoria é rejeitado que o
desvio é determinado por motivos biológicos, pela personalidade, a anomia, a desorganização
social ou rótulos.

Defendem que as leis são ferramentas utilizadas pelos mais poderosos para poderem manter
as suas posições privilegiadas. Rejeitam a ideia de as leis serem neutras e aplicadas
imparcialmente a toda a população. Pelo contrario, quando mais aumentarem as
desigualdades entre a classe dominante e a classe trabalhadora, mais importante se torna a lei
para os poderosos manterem a ordem social que pretendem conservar.

Pode apreciar-se esta dinâmica nos procedimentos do sistema judicial penal, que se tem
tornado mais opressivo para os réus da classe trabalhadora; ou na legislação fiscal que
favorece desproporcionalmente os mais abastados.

Contudo, esta desigualdade em termos de poder não está confinada à criação de leis. Os
poderosos também quebram as leis, mas raramente são apanhados. No entanto, estes crimes
são mais significativos do que os crimes e a delinquência quotidiana, que atraem a maior para
da atenção.

Contudo, com medo das implicações decorrentes de perseguir estes “crimes de colarinho
branco” a força policial concentra os seus esforços nos membros menos poderosos da
sociedade, como as prostituas, os toxicodependentes ou ladrões de pouca montra.

Os autores da nova criminologia sublinharam que o crime ocorre em todos os níveis da


sociedade, e tem de ser compreendido no contexto das desigualdades e dos interesses
contrapostos que existem entrei os grupos sociais.

O realismo da nova esquerda chamou a atenção para as vitimas do crime, e defendeu que os
inquéritos às vitimas fornecem um retrato mais válido da amplitude do crime do que as
estatísticas oficiais.

Ao concentrar a sua atenção nas vitimas, o realismo da nova esquerda pode não ter prestado
suficiente atenção aos motivos subjacentes ao comportamento criminoso.

A teoria dos vidos partidos, defende que existe uma relação direta entre a aparência da
desordem e o aparecimento da delinquência. Se uma janela partida permanece sem ser
reparada num dado bairro, tal constitui uma mensagem ao potencias delinquentes de que
nem a policia nem os residentes se preocupam em manter a comunidade em boas condições.

Com o tempo irão ser acrescentados outros sinais de desordem à janela partida, grafitis, lixo,
vandalismo, e veículos abandonados. A Área começará deste modo um processo gradual de
decadência, os residentes respeitáveis começam a abandonar o espaço, e são substituídos por

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recém-chegados “desviantes”, como os traficantes de droga, os sem-abrigo, ou indivíduos em


liberdade condicionada.

A teoria dos vidros partidos serviu de base para a chamada policiamento de tolerância zero,
uma abordagem que defende que o processo permanente de manutenção da ordem é o
conceito fundamental para reduzir o crime.

Acredita-se que rusgas policiais relativamente a desvios de pequena montra produzem um


efeito positivo na redução das formas mais sérias de crimes.

As teorias do controlo social, considera que o crime ocorre como resultado do conflito entre os
impulsos que conduzem à actividade criminal e os dispositivos físicos e sociais que a detêm.
Esta teoria assume que as pessoas agem racionalmente e que dada a oportunidade, todos
podem enveredar por atos desviantes. Afirma-se que muitos tipos de delitos são o resultado
de “decisões situacionais” – uma pessoa tem uma dada oportunidade e é motivada a agir.

Travis Hirschi defendeu que todos os seres humanos são fundamentalmente seres egoístas
que toma decisões calculadas sobre envolver-se, ou não, na atividade criminal, pesando todos
os riscos e benefícios envolvidos nessa ação.

Nos anos mais recentes têm-se vindo a tentar limitar as oportunidades para que o crime
ocorra. Como por exemplo, a lei obriga a que todos os novos carros tenham bloqueio de
direção para tentar reduzir os assaltos. A instalação de circuitos fechados de televisão nos
centros urbanos e nos espaços públicos é outra tentativa de impedir a atividade criminal.

Os autores defendem que a teoria do controlo social, em vez de tentar alterar o criminoso, a
melhor política é tomar medidas pragmáticas para controlar a sua capacidade para cometer
delitos.

O controlo do crime e da delinquência tem sido das principais tarefas da politica social no
estados modernos. No entanto, se num dado momento os estados procuram garantir
segurança aos cidadãos, agora as politicas estão centradas cada vez mais na “gestão” da
insegurança.

A teoria dos vidros partidos descobriu a relação directa entre o declínio da civilidade
quotidiana e a criminalidade.

Policiamento comunitário, a policia deveria trabalhar mais em conjunto com os cidadãos, para
melhorar a qualidade de vida da comunidade e os padrões de comportamento civil, através da
educação e do aconselhamento, em vez do encarceramento.

Crime empresarial, são os tipos de ofensas feitas por grandes empresa e que têm um impacto
muito maior que o pequeno crime, por exemplo, a poluição, a rotulagem enganadora, as
violações de regulamentos de saúde e de segurança.

Socialização, Conformismo e Desvio.pdf

Por socialização entende-se o processo mediante o qual os indivíduos e os grupos aprendem e


interiorizam as normas culturais e os valores próprios do contexto social de pertença.

Trata-se de um processo elaborativo que, desde a primeira infância, se estende à idade adulta,
segundo fases e modalidades diferentes.

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A socialização distingue-se em primária (ligada à infância e ao desenvolvimento psicofísico e


em estreita relação com a família) e secundária (dependente sobretudo da aceitação de um
papel laboral).

A assimilação das modalidades culturais do próprio horizonte social por vezes falha, dando
origem a fenómenos de desvio.

O conceito de cultura veicula normas de comportamento, conhecimentos, valores,


significados, comuns a uma pluralidade de indivíduos.

Indivíduos diferentes devem adquirir habilidades complexas, uma linguagem comum, um


comum modo de se relacionarem, de comunicar e de se comportar, caso contrário, tornava-se
impossível a vida em sociedade.

Cultura e Socialização – os modelos culturais apresentam a caraterística essencial de não


pertencerem ao património genético do ser humano, pelo que tem de ser aprendidos por cada
recém-nascido.

Os estudos de Freud evidenciaram a importância dos processos pelos quais as normas sociais
são interiorizadas pela criança de modo a tornarem-se parte da sua vida psíquica.

Por meio da educação e ao longo de toda a sua existência, o ser humano desenvolve hábitos,
tendências e necessidades, cuja conformidade com as normas constitui a resposta desejada.

A sua aprendizagem depende das suas relações com os outros, isto porque também as
componentes não sociais da experiência infantil são medidas pelos outros indivíduos e, através
deles, pela experiência social.

Quase todas as experiências do recém-nascido implicam outros seres humanos, a sua


experiência dos outros é determinante para toda a sua existência. São os outros que criam os
modelos pelo quais o recém-nascido percepciona o mundo. E é graças a estes modelos que
consegue estabelecer uma relação estável com o mundo externo.

A sociedade não só impõe os seus modelos de comportamento infantil, mas consegue


organizar as suas necessidades orgânicas primárias. Exemplo, se a criança é alimentada a
certa hora, o seu organismo é obrigado a adaptar-se a tal horário e é justamente essa
adaptação que determina as suas mudanças de funcionamento.

Culturas diferentes fornecerão condicionamentos diferentes e diversos modelos sociais. O


processo pelo qual a criança se torna gradualmente uma pessoa consciente de si mesma,
capaz de utilizar eficazmente as capacidades especificas de cultura em que nasceu, é a
socialização.

Para F. Ferrarroti, a socialização primária seria, por sua própria natureza, não utilitária,
constituindo um valor em si e por si. A socialização secundária, pelo contrário, teria um
carater instrumental, dizendo respeito aos papeis e às funções que o individuo é chamado a
cumprir ou a desempenhar na sociedade. A socialização secundária tenderia, mediante as
instituições, a favorecer o desenvolvimento do individuo como realidade autónoma e
autossuficiente.

As normas

A socialização é o processo que permite a transmissão de normas sociais de uma geração


para outra.

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As normas são um dos mais importante elementos de coesão e de reprodução cultural do ser
humano. A sua transmissão pode ser tradicional (família e escola) como socialização politica ou
religiosa.

A socialização pode desenvolver-se como interiorização de regras e princípios, suscitando ao


individuo o desejo de se conformar com os modelos, os valores ou ao próprio estilo de vida do
grupo ao qual pertence.

A socialização primária é a relação com o outro no que respeita à primeira socialização, onde
o individuo empreende na infância e através da qual se tornar num membro da sociedade.

A socialização primária é fundamental, uma vez que que constitui a estrutura fundamental de
toda a ulterior socialização, é a base.

Cada individuo nasce, de facto, no seio de uma determina estrutura social, onde encontra as
pessoas que velam pela sua socialização e mediante as quais ele acolhe um determinado
mundo cultural.

Uma caraterística típica da socialização primária é a influencia da vida emotiva. Como foi
realçado por Freud, a criança identifica-se com as pessoas que a influenciam, segundo
modalidades emocionais.

Graças à identificação com as pessoas que cuidam dela e das atitudes que têm na sua
presença, a criança torna-se capaz de adquirir uma identidade subjetivamente coerente e ter
consciência de si.

Graças a esta e através dela, vários esquemas motivacionais e interpretativos são adquiridos
como institucionalmente adquiridos. Por meio da vinculação de palavras, o sujeito interioriza
os significados partilhados pela sua coletividade.

Socialização Secundária consiste em indicar um conjunto de socializações particulares


(profissional, religiosa, politica, associativa, etc..) que têm especificidades e contribuem para a
formação complexa da personalidade social do individuo.

Um processo de socialização secundária pode ser mais ou menos complexo, pode


compreender ainda o processo mediante o qual um individuo estranho à cultura de uma
determinada sociedade apreende as suas características fundamentais ao nível dos valores e
das normas, da linguagem, dos estilos de vida, das habilidades e competências exigidas.

Em nível de intensidades menores, pode verificar-se a socialização secundária em âmbitos de


experiências diferentes, como no caso de mudança de estatuto social, variação de lugar de
residência , introdução de um novo circulo de amizades, etc…

As diferentes noções de socialização podem combinar-se num modelo de desenvolvimento no


tempo. Distingue-se uma socialização da primeira infância (sobretudo em núcleo familiar),
uma socialização escolar, e por fim, uma socialização na idade adulta, para se acostumar a
papeis culturalmente definidos.

Nas complexas sociedades contemporâneas, desenvolvem-se agentes de socialização cada vez


mais diferenciados e especializados. Sedes de formação politica ou sindical, instancias de
preparação técnico-funcionais para determinadas funções, mas também socialização através
dos media, que acabam também por impor modelos de consumo e representações culturais.
(de Aspirações, de autoridade, de prestigio, etc.)

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Nos anos 50 e 60, estudiosos começaram a contrapor as teses, indicando que a socialização
apenas influencia, mais do que determina, os comportamentos individuais.

A escola interaccionista realçou o caracter não unidirecional da relação entre os sujeitos e os


agentes de socialização (família, escola, grupo de iguais), ou seja, a personalidade, as
convicções e os comportamentos individuais, já não são entendidos como o produto pré-
ordenado e absolutamente coerente de uma estratégia de socialização.

Na analise da formação da personalidade social, a investigação sociológica recorre, portanto,


constantemente às outras disciplinas, e em particular às psicológicas.

Deve-se ter presente que personalidade não é um produto acabado, mas sim um crescente em
constante evolução.

Para o psicanalista Erik Erikson, é o ambiente, sobretudo o ambiente social, ou seja a relação
com os outros, eu pode reforçar ou inibir os comportamentos; a personalidade, portanto, é
sempre o resultado de um controlo-desencontro com o ambiente.

As escolhas de vida fundamentais influenciam, mas não determinam o modo como as pessoas
enfrentam e tentam resolver cada crise singular.

A personalidade começa a formar-se desde o momento em que a criança nasce, onde


abandona o bem-estar da vida uterina, é obrigada a passar por uma longa e complexa série de
aprendizagens para tentar restabelecer, ao menos parcialmente o equibrio perdido.

Deve aprender a inibir e a controlar a urgência das pulsões instintivas. Deve adquirir a
capacidade de transferir a energia pulsional de uma meta imediata e socialmente não
desejável, e muitas vezes proibida, para um substituto que a sociedade considere útil.

O Eu assume uma estrutura pessoal estável quando consegue converter a energia pulsional em
estruturas psicossociais.

A primeira estrutura psicossocial que a criança aprende é a confiança, pois a primeira tarefa do
“eu” é a busca de um modelo duradoiro para a resolução do conflito fundamental entre a
confiança e a desconfiança.

A criança está segura e tem confiança em si e nos outros pela quantidade e qualidade de
segurança que receber. A carência de confiança, vice-versa, gera insegurança e medo, com
todas as consequências afins.

A segunda estrutura psicossocial é a autonomia. A crise a enfrentar a nesta frase é o conflito


entre a autonomia, a vergonha e a dúvida e coincide com o ponto máximo de teimosia e de
desafio da autoridade.

A terceira estrutura psicossocial é a iniciativa, que é a capacidade de produzir uma coisa de seu
e também no plano da imaginação. Com a aquisição da linguagem e com a capacidade de se
separar dos objetos reais e de os substituir com a imaginação.

A quarta estrutura psicossocial é a atividade e coincide com a atividade escolar. Trata-se de um


período onde a sexualidade adormece (entre os 6 e os 10 anos) pois é distraída pela
socialização. A escola é vivida pelo aluno como uma organização social institucionalizada, onde
a aprendizagem tende a assumir, uma função socializante e não apenas cognitiva e mental. A
necessidade de se socializar e de se tornar parte integrante do corpo social constitui uma

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grande força motivacional. A falta de êxito, deixa a criança com um sentimento de


inadequação do seu papel.

A quinta etapa psicossocial é a identidade e a dispersão, abarca o período da pré-adolescencia


e a adolescência.

No adolescente, a busca do “si mesmo” encontra o seu caminho no grupo. Sob o nível físico, as
pulsões sexuais organizam-se de modo adulto e do ponto de vista social parte-se para o
processo de busca de uma colocação socioprofissional. O adolescente deve definir o sentido da
sua própria individualidade e encontrar um lugar na sociedade. Um fiasco nesta fase pode
comprometer as sucessivas tentativas de escolha de trabalho, de amigos e de parceiros.

A sexta etapa psicossocial é a intimidade, é a exploração da sexualidade.

A Sétima etapa psicossocial é a generatividade, ter filhos e cuidar deles. E a oitava etapa
psicossocial é caracterizado pela integridade do “Eu”

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