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Complexidade da Realidade Social - à medida que o ser humano muda, o ambiente também se
altera, estabelecendo-se Relações de Interdependência, entre ele e o meio. ---> Processo de
mudança (processos que alteram as nossas práticas sociais).
Fenómeno Social = a Prática social/Realidade social, é a interação entre o meio natural e o meio
social, condicionada pelos Processos de Mudança, e o objeto de estudo de todas as ciências sociais.
Exemplo: família, divórcio, educação, etc, (realidades que ocorrem na nossa vida coletiva).
Interdisciplinaridade - Realidade Social pertence à vida social que, resulta da multiplicidade dos
fenômenos sociais, podendo ser estudado por várias ciências sociais, com o objetivo de encontrar
uma explicação e entendimento mais profundo da mesma (una, complexa e pluridimensional).
Cronologia
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Revolução Democrática - período de mudança social, de Monarquia para Democracia, o que
justificou o surgimento da sociologia.
Revolução Industrial - integrou nos processos industriais, transportes, minas e agricultura, as
descobertas científicas/tecnológicas.
Alterou de forma significativa as condições de vida das pessoas e a organização das sociedades,
originando o nascimento da Sociologia, que compreenderá a vida social, a sua ordem, os seus
mecanismos de equilíbrio e a sua dinâmica.
Objeto de Estudo - factos sociais, segundo Emile Durkheim, e ação social, segundo Max Weber.
Biografia de Emile Durkheim - tem nacionalidade francesa, nasceu a 1858 e morreu a 1917, foi o
Fundador da Sociologia Moderna e o primeiro professor de Sociologia, defende a Objetividade do
Conhecimento Científico e criou o Método de Abordagem.
Características
Assim, conhecemos os factos sociais, dado que refletem a sociedade e o seu funcionamento,
definindo o objeto da Sociologia.
Biografia de Max Weber - tem nacionalidade alemã, nasceu a 1864 e morreu a 1920, foi um
sociólogo experiente nas temáticas Direito, Economia, História e Política, criou a teoria da Ação
Social, em que estudou as mudanças sociais durante a Revolução Industrial e escreveu o livro “Ética
Protestante e o Espírito do Capitalismo”.
Definição - estuda a forma de organização da sociedade, isto é, a estrutura social, bem como o modo
em que os indivíduos atuam no interior da mesma (ação social). Podendo ser interna, externa ou
coletiva (ação de uma classe social, como um partido político).
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Sociedade para Weber - representada como uma teia de interações, que não pesa sobre os
indivíduos, afirma o carácter único e singular dos fenómenos sociais, empenhada a compreender e
interpretar o sentido de ação social. --> Visão Ativa dos Sujeitos
Sociologia para Durkheim - estuda os factos sociais, aqueles que resultam da interação dos
indivíduos no espaço e tempo e levam a comportamentos tipificados.
Sociologia para Weber - estuda a ação social, a organização social e a mudança social.
Sociologia em Portugal
Século XIX - com o desenvolvimento do Capitalismo, sentiu-se uma necessidade de olhar para a
sociedade como um estudo (1870). --> dificuldades para a Sociologia
Século XX
Anos 80 até Hoje - criação da Associação Portuguesa de Sociologia (1985) e realização do primeiro
Congresso português de Sociologia (1988). --> estabilização da Sociologia
Conhecimento Científico
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Epistemologia, a teoria do conhecimento ou a teoria sobre os procedimentos para construir o
conhecimento científico.
Senso Comum - por ser pessoal e baseado em opiniões, preconceitos, tradições, ..., gera uma
generalização do conhecimento científico face aos fenómenos sociais, impedindo o mesmo.
Exemplo: “sempre foi assim” ou “não é assim”.
Familiaridade com o Social - quanto mais próximo está o sociólogo da realidade que pretende
analisar, mais é o risco de enviesamento da pesquisa e mais difícil fica o processo de rutura das
crenças, ideias, ..., do senso comum visto que, pensamos que já possuímos todo o conhecimento
necessário.
Exemplo: divórcio.
Naturalismo - por vezes, explicamos os fenómenos sociais recorrendo a explicações naturais (fatores
biológicos ou físicos), como se a sociedade fosse Natureza. Porém, não há nada mais antinatural que
o social, em que assumimos as explicações inquestionáveis/inevitáveis pela Natureza sem influência
do social.
Exemplo: Mulheres conduzem pior que os homens porque “é natural”.
Individualismo - reconhece que o indivíduo é o único elemento de decisão na ação social, explicando
assim os seus comportamentos e dos outros através das suas ações pessoais. Porém, os factos
sociais, segundo Durkheim, são “coisas” externas ao indivíduo, logo a ação social não é determinada
pelas ações individuais, mas sim pela sociedade e os seus modelos.
Exemplo: usar umas calças porque “eu gosto”, não é uma decisão individual, mas sim social porque
nos foi incutido que usá-las é giro.
Socialização - o indivíduo fazia parte de um grupo social, em que aprendia a viver em coletividade
com uma consciência coletiva, ao contrário de ter a sua consciência individual a transitar sozinha.
Regulação social;
Integração.
Deficiências do Processo
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Excesso de Integração Social – Fatalismo e Altruísmo;
Falta de Integração Social – Anomia e Egoísmo.
Suicídio Fatalista - o indivíduo sente-se controlado, regulado e pressionado pela sociedade, como
por exemplo a pressão de entrar numa boa faculdade. Face a esta pressão em excesso, o indivíduo
não encontra nenhuma alternativa, exceto acabar com a sua existência social.
Suicídio Altruísta - os laços do indivíduo com o grupo social não existem, existe então a moralidade
de grupo, ou seja, os valores e opiniões que o grupo detém sobre o indivíduo. O seu suicídio torna-se
quase uma necessidade ou obrigação.
Suicídio Anómico - os indivíduos cometem suicídio, devido ao seu estado de anomia social, ou seja,
as normas sociais que antes conduziam a sua vida deixaram de existir ou perderam simplesmente
significado, devido a uma mudança brusca na sociedade.
Suicídio Egoísta - quando um indivíduo sente que os seus laços com os grupos sociais se
enfraquecem, deste modo, as normas morais que antes o dirigiam já não o fazem mais. O indivíduo
fica a sentir-se sozinho e desorientado com o seu ego individual, como por exemplo quando perde o
seu emprego.