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1.1.

A PALAVRA SOCIOLOGIA

A palavra sociologia foi criada pelo pensador francês Augusto Comte em 1839 em seu curso de filosofia positiva. A
palavra sociologia é híbrida, isto é, ela é formada por duas línguas diferentes: Sócio do latim significa social ou
sociedade, logia do grego significa estudo, formando assim, o “estudo do social” ou “estudo da sociedade”.

1.2. CONCEITOS DE SOCIOLOGIA

A sociologia possui uma infinidade de conceitos para identificá-la e explicá-la, diferenciando-a de outras ciências ou
tipos de conhecimentos. Vejamos alguns conceitos segundo alguns sociólogos: para Durkheim “a sociologia é a
ciência das instituições”; para F. H. Gilddings “a sociologia é a ciência dos fenômenos sociais”. Ela também já foi
definida por Robert Park como “ciência do comportamento coletivo”. Para Weber a “sociologia é a ciência que
procura uma compreensão interpretativa da ação social para a partir daí chegar à explicação causal do seu sentido e
dos seus efeitos”.

Para alguns sociólogos brasileiros como Carlos Benedito Martins a “sociologia é o resultado de uma tentativa de
compreensão de situações sociais radicalmente novas criada pela então sociedade capitalista”; para Costa Pinto a
“sociologia é o estudo científico da formação, organização e transformação da sociedade humana”.

1.3. OBJETIVO, OBJETO, CAMPO DE ESTUDO E IMPORTÂNCIA.

O objetivo: aumentar ao máximo o conhecimento do homem e da sociedade através da investigação científica.

O objeto de estudo: fenômenos sociais, isto é, tudo aquilo que se refere às relações entre as pessoas, suas questões
nos seus grupos sociais ou entre os grupos dinamizando a sociedade como um todo.

O campo de estudo da sociologia: a sociedade como um todo, envolvendo todas as suas particularidades, sejam em
características políticas, econômicas, sociais, culturais, históricas, etc.

A sociologia é importante porque nos permite compreender melhor a sociedade em que vivemos e
consequentemente, explicar e buscar soluções para a complexidade das questões sociais. Assim a sociologia vem se
tornando uma ciência imprescindível para o conhecimento do mundo atual.

1ª AULA DE SOCIOLOGIA

1) Professor Wagner Lucas, formado em Direito pela FDSM.


Também formado em Letras pela Claretiano.
Atuo na área do Direito há 10 anos, especializado em Direito Público/ Direito Administrativo.
Professor de Sociologia, temos uma aula por semana

2) Apresentação dos alunos.


Hoje é o primeiro dia de aula, gostaria de conhecê-los um pouco melhor pra planejar como será nosso trabalho
durante o ano.
O que aprenderam em Sociologia?
Algum conceito marcante?
Algum assunto específico que gostariam que fosse tratado em sala de aula?

Quais são as expectativas sobre este ano?

Desta forma, a sociologia do futuro seria pensada e orientada para um mundo social em constante mudança e
sujeito à intervenção do homem. Sendo um mecanismo dinâmico, criativo, crítico, espontâneo, ao mesmo tempo
em que traria uma carga de responsabilidade tanto para os cidadãos quanto para os sociólogos.

Como você está se sentindo hoje? Quais as suas expectativas para este ano? O que espera conquistar

CARTA PARA O EU DO FUTURO


1ª Etapa: Um exercício para entender a sociologia
Peça aos alunos para realizarem a ligação das duas colunas abaixo, indicando a partir de qual fato/ato deve se seguir
uma consequência social:

ATO/FATO CONSEQUÊNCIA
A – Uma pessoa cruza, em primeiro lugar, uma 1 – Deve ser punida em sua liberdade
linha de chegada em um torneio esportivo
B – Uma pessoa trabalha o mês inteiro em uma 2 – Realiza uma reza ou oração
empresa
C – Uma pessoa entrega dinheiro no caixa de um 3 – É aplaudida e recebe uma medalha
teatro
D – Um juiz decide um caso e emite uma ordem 4 – Deve receber algum dinheiro
E – Um homem mata o outro 5 – Tem direito a ver um espetáculo
F – Uma pessoa quer expressar sua fé 6 – Deve haver o cumprimento

Podemos ver com isso o estudo de nossa sociedade, a existência de regras sociais, costumes que mostram como
nós vivemos hoje em nossa época.
Causa – Efeito
Cientificidade da sociologia

Para contrapor estes exemplos com outros momentos, leia e comente com os alunos os textos sobre o jogo Pok-ta-
pok e sobre os gladiadores romanos (links 2 e 3). A partir deste texto mostre como as relações de causa e efeito
daquelas sociedades são diferentes e de como estudos sobre diferentes povos em diferentes momentos mostram
regras diversas. Neste sentido, trabalhe o papel da sociologia como compreensão científica de um determinado
momento e de uma determinada sociedade.

É possível, como alternativa, neste momento realizar a divisão das ciências sociais em sociologia, antropologia e
ciência política, mostrando que os estudos sociais trabalham fenômenos diversos.
A sociologia estuda o comportamento humano devido ao meio e aos processos relacionados aos indivíduos como
grupo social. as relações sociais!

A ciência política estuda a estrutura e os processos de governo. E a antropologia estuda o homem e a humanidade
abarcando todas as dimensões... tem o foco no homem e sua formação, seja biológica, social ou cultural.

A sociologia é uma ciência. Isso quer dizer que possui:

OBJETO – Realidade social

MÉTODO – método científico – observação de problemas, recolhe dados e analisa, levantando HIPÓTESES
explicativas, até chegar a uma

CONCLUSÃO – tendências comportamentais.

A sociologia é uma ciência porque tem um objeto de estudo, estuda a realidade social. A sociologia tem um método
de estudo: método científico, na observação de problemas, recolha de dados e analisá-los, colocar hipóteses
explicativas, testar as hipóteses e chega-se á conclusão – tendências comportamentais.

Como surgiu?

A sociologia surgiu no século XVIII como disciplina de estudo sobre as consequências de dois grandes
acontecimentos, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa, que causaram profundas transformações
econômicas, políticas e culturais na sociedade daquele período.

A Sociologia como ciência é relativamente recente. Ela está relacionada ao conjunto de transformações ocorridas nos
séculos XVIII e XIX na Europa: especialmente a Revolução Francesa e a Revolução Industrial.

O Positivismo é uma corrente de pensamento filosófico que surgiu na Europa, mais precisamente na França, entre os
séculos XIX e XX.  Desenvolvida pelo pensador Auguste Comte, defendia que o conhecimento científico era a única
forma de conhecimento válido. 
Com isso, as superstições, religiões e demais ensinos teológicos não são levados em consideração, pois não
contribuem para o desenvolvimento da humanidade. Portanto, o Positivismo valoriza a ciência, o materialismo e o
mundo humano, em detrimento da metafísica e do mundo espiritual. 

De onde veio?

Quais os objetivos?

Principais sociólogos?

A SOCIOLOGIA E O HOMEM COMO SER SOCIAL

O homem, no contexto humano, homo sapiens, é um animal (ser) social, que precisa de
outros seres humanos para viver. Para as ciências humanas, o homem se constitui humano nas
relações desenvolvidas em sociedade. Ou seja, o homem se torna um cidadão quando participa
efetivamente da comunidade.

O homem como ser social é aquele que vive em sociedade, produz cultura e estabelece
laços de solidariedade.

Segundo Aristóteles, “O homem é um ser social porque é um animal que precisa dos outros
membros da espécie.”

Exemplo: gato quando nasce, tem instintos de sobrevivência, buscar alimentos, viver na rua.
Diferente de um bebê que necessita de cuidados, alimentação, etc. Se você colocar um bebê no meio
da sala e deixa-lo ali, vai morrer. O único instinto que o bebê tem é o da sucção. A partir dali, todo o
resto é aprendido pela vivência em sociedade: falar, andar... etc, reparem nas diferenças das falas. A
forma como movimentamos a língua, a boca, é cultural. Pessoas de fora do país falam diferente. Até
mesmo dentro do Brasil. Aprendemos a falar a partir de nossas relações sociais.

Aristóteles ainda vai dizer que: “o homem precisa de outras pessoas porque é um ser
dependente. Assim, precisa de outras pessoas para se sentir pleno e feliz.”

(processos de socialização. Primária = família/ Secundária = escola, colegas da rua)

O homem se torna um ser social quando ele fala, articula e necessita de coisas e de outros
para alcançar seus objetivos e sobreviver. A comunidade em que o homem (como um ser social)
está inserido é que vai acabar ditando sua conduta, seu modo de pensar e viver.

O homem é um “animal político” – o homem é um sujeito social, que por natureza, precisa
pertencer a uma coletividade.”

...não menos estranho seria fazer do homem feliz um solitário, pois ninguém
escolheria a posse do mundo inteiro sob a condição de viver só, já que o homem é um ser
político e está em sua natureza o viver em sociedade. Por isso, mesmo o homem bom viverá
em companhia de outros, visto possuir ele as coisas que são boas por natureza” (Aristóteles,
1973, IX, 9, 1169 b 18/20)
Segundo o pensador, a partilha social é essencial para espécie humana, e a felicidade está
intimamente ligada à convivência com os outros homens.

Sociedade e homem mantêm, portanto, relações indissociáveis: o homem precisa da


sociedade e a sociedade precisa do homem.

Sociologia é um estudo dos fenômenos sociais. Destarte, considerando que estes fenômenos
sociais estão em permanente transformação, este estudo é dinâmico, em busca de se encontrar
formas de compreender a sociedade.

O primeiro futebol americano


Em diversas nações do mundo, o esporte ocupa um lugar bastante privilegiado entre os
integrantes de uma determinada cultura. Tal nível de importância chega a integrar aquele seleto
grupo de manifestações que explicam a identidade cultural de uma coletividade. Para os
estadunidenses, o futebol americano grifa uma dessas importantes manifestações capazes de
paralisar milhares de pessoas. Contudo, poucos sabem das origens dessa atividade tão apreciada
nos EUA.
A cerca de mais de três mil anos atrás, algumas civilizações das Américas Central e do Norte
inventaram um jogo que variava de acordo com a região e o período em que fora praticado. Para
os astecas, a modalidade ganhou o nome de “tlachtli”, já os maias o definiram como o “pok-ta-
pok”. Nesse jogo pré-colombiano, eram organizadas duas equipes de sete jogadores que
deveriam atingir um pequeno círculo de concreto afixado em duas extremidades do campo com
uma pesada bola de borracha.
Durante o jogo, os participantes não poderiam fazer uso dos pés, das mãos ou da cabeça. Para
conduzir a bola ao objetivo desejado, era permitido somente fazer uso dos joelhos, quadris e
cotovelos. Como a pelota de borracha era pesada e a disputa muito acirrada, os jogadores
costumavam utilizar uma série de artifícios que serviam para proteger as partes mais sensíveis do
corpo. Por meio dessas regras, a partida tinha início sob os olhares atentos de vários
expectadores.
Contudo, se distanciando do sentido esportivo, esse tipo de competição era dotado de uma forte
orientação religiosa para a cultura maia. Segundo a mitologia deste povo, foi em uma partida de
“pok-ta-pok” que os deuses deram origem ao universo. Dessa forma, temos de salientar que os
maias compreendiam que essa prática tinha um sentido religioso-ritualístico bastante diferente da
que as competições esportivas ganham na atualidade.
Segundo aponta algumas pesquisas, existem fortes indícios sobre o sacrifício de uma parcela dos
participantes do jogo. O que ainda não foi esclarecido é se o time vencedor ou perdedor que
deveria que sofrer o abatimento. Diversos antropólogos não conseguem entrar em um acordo
sobre se os vencedores viviam pelo prestígio que alcançavam ou se os perdedores não poderiam
ser sacrificados, já que não poderiam agradar aos deuses.
Outro ponto que descarta a função esportiva desse jogo é a própria composição de elementos e o
formato da arena utilizada para o “pok-ta-pok”. Boa parte das quadras destinadas ao jogo tinha
grandes dimensões e os arcos eram geralmente colocados a uma distância de 10 metros do
chão. Levando-se em conta a baixa estatura dos povos pré-colombianos, podemos notar que a
jogabilidade não era de grande importância. Sem dúvida, o sentido do jogo não era o mesmo que
hoje empolga os fãs norte-americanos.

Os jogadores
Imagens pintadas em vasos de cerâmica, relevos e estatuetas revelam detalhes sobre os
jogadores. Eles usavam proteções acolchoadas feitas de algodão nos quadris, joelhos, pernas e
antebraços. Peles de jaguar ou de veado pintadas em cores fortes e colocadas no quadril davam
uma proteção adicional. Em algumas ocasiões, os jogadores do jogo de bola mesoamericano
usavam máscaras e ornamentos na cabeça feitos de penas de pássaro. Era um jogo
extremamente violento. Eram comuns contusões, ferimentos graves e até mortes causadas pela
força e velocidade com que a pesada bola era arremessada.

Quem eram os gladiadores?


Os gladiadores são alguns dos personagens mais marcantes da história de Roma. Homens que
lutavam até a morte para entreter uma plateia sedenta por sangue, que lotava as arenas
espalhadas por todo o Império Romano. Mas, afinal, quem eram esses homens, por que lutavam
e por que despertavam tanto interesse das multidões romanas? É sobre esses instigantes
lutadores da Antiguidade que vamos conhecer um pouco mais agora.

Representação de uma luta entre gladiadores na Roma Antiga

Os gladiadores eram escravos normalmente capturados entre os prisioneiros de guerra, que eram
treinados para lutar nas arenas do Império Romano. Esses escravos recebiam esse nome devido
ao gládio, uma espada curta de dois gumes utilizada por esses lutadores. Esses escravos, em
geral, recebiam um melhor tratamento em relação aos demais escravos de Roma, porque
recebiam uma boa alimentação - vale ressaltar que sua dieta era basicamente vegetariana, afinal,
eram escravos, e a carne era muito cara na época! -, cuidados com sua saúde, além de outros
cuidados para garantir sua integridade física. Tudo isso porque os gladiadores eram escravos que
proporcionavam muitos rendimentos aos seus senhores, empresários especializados em alugar
esses lutadores para os espetáculos. Vale lembrar que, apesar de a maioria dos gladiadores
serem homens, várias mulheres também entraram na arena para lutar até a morte.

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