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Aula 03 | Dia 26/03/2021

Prof: Marcos Pinheiro


Tema: Classe Sociais e Estratificação Social (Principais Teorias Sociais)

2° Ano do Ensino Médio


Acesse em: https://youtu.be/_BQ1s1CiEnY

Classes Sociais e Estratificação Social

Karl Marx foi um importante sociólogo e filósofo


alemão, seus pensamentos e ideias acabaram
influenciando diversas áreas de estudo, e hoje, é
considerado um dos maiores intelectuais da história.

Suas principais obras são:


 O Manifesto Comunista (1848) (Marx e Engels)
 O Trabalho Assalariado (1849
 Os 18 Brumários de Luiz Bonaparte (1852)
 Contribuição à Crítica da Economia Política
(1859)
 O Capital (1867)

Conceitos difundidos por Karl Marx

Classes Sociais: Classe social pode ser definido como um grupo de agentes sociais nas mesmas
condições no processo de produção, e que possuem afinidades políticas e ideológicas.
Segundo Marx, a divisão da sociedade em classe é consequência dos papeis desiguais que os
grupos sociais tem no processo de produção. De acordo com a teoria marxista, em todas as
sociedades existe uma classe dominante, que controla direta ou indiretamente o estado e as
classes dominadas por esta. A classe dominante seria aquela que impõe a estrutura social mais

adequada para a exploração da força de trabalho.


Luta de classes: O conceito de luta de classes está bastante relacionado ao conceito de classes
sociais. Para Marx, entre as classes de cada sociedade, há uma luta constante por interesses
opostos, na sociedade capitalista, a divisão social ocorreu devido a apropriação dos meios de
produção para um grupo de pessoas (burgueses) e outro grupo explorado devido à ua
capacidade e força de trabalho (proletariado).

Mais Valia: Segundo a lógica marxista para definir as lutas de classes, os trabalhadores são
economicamente explorados e os patrões obtém o lucro a partir da chamada mais valia. Este
conceito, de acordo com a perspectiva marxista, pode ser compreendido da seguinte forma:
Imagine que um funcionário demore cerca de duas horas para terminar um determinado
produto. Neste período, ele produz o suficiente para pagar todo o seu trabalho; entretanto,
este funcionário permanece mais tempo na fábrica e recebe o equivalente à produção de

apenas um destes produtos. O custo da produção continua o mesmo, assim como o slário do
funcionário, que receberá menos para gerar mais lucro.

Alienação: Alienação para Marx seria uma espécie de aprisionamento, Para ele, o trabalho, ao
invés de realizar o homem, o escraviza. Sua vida passa a ser o que ele possui, e não o que ele é.
Para Marx, existe diferentes formas de alienação, como a religião e o Estado, mas seria a
alienação econômica a principal.
Consciência de Classe: O conceito de consciência de classe diz respeito ao sentimento de
pertencimento que um indivíduo tem pela classe social específica a que pertence.
Desta forma, um indivíduo com consciência de classe irá agir de forma solidária com os
restantes membros desta classe, na defesa dos interesses coletivos. A consciência de
classe é determinada pela luta de classes.

Proletariado: Karl Marx entendia que a única riqueza que um trabalhador poderia
possuir e multiplicar era sua prole (filhos). No processo das primeiras Revoluções
Industriais, os trabalhadores buscavam ter muitos filhos para que eles se tornassem os
novos “braços trabalhadores” para o mercado de trabalho. O termo proletariado surge
para designar essa massa de trabalhadores prontos para venderem suas forças de
trabalho. O proletariado é o oposto à burguesia dentro da teoria marxista, é o que
possui apenas a força de trabalho como propriedade.

Força de trabalho: Marx diz que não é o trabalho que é explorado pela sociedade
capitalista, mas sim a “força de trabalho” ou a capacidade de trabalho que um
operário tem. Segundo as normas da economia capitalista, esta força de trabalho é
paga pelo seu “valor”, e o salário é o que permite manter e reproduzir a força de
trabalho.

“Na produção social que os homens realizam, eles entram em determinadas relações indispensáveis e
independentes de sua vontade; tais relações de produção correspondem a um estágio definido de
desenvolvimento das suas forças materiais de produção. A totalidade dessas relações constitui a
estrutura econômica da sociedade – fundamento real, sobre o qual se erguem as superestruturas política
e jurídica, e ao qual correspondem determinadas formas de consciência social. MARX, K. Prefácio à
Crítica da economia política. In. MARX, K. ENGELS F. Textos 3. São Paulo. Edições Sociais, 1977
(adaptado)”
Estratificação Social: estratificação social é o nome que damos a desigualdade social entre as
pessoas dentro de uma sociedade.

Para entender melhor, observe a pirâmide: de algum modo, todas as sociedades se encaixam
em um modelo piramidal, na qual a base possui bem menos privilégios do que aqueles que se
encontram no seu topo. Na nossa sociedade (que é capitalista), essa pirâmide se divide da
seguinte forma:

 Classe alta: é a menor parte da população; formada por pessoas privilegiadas que
possuem maior renda, bens, prestígio e poder do que os demais – constituem o topo
da pirâmide.
 Classe média: formada por pessoas que possuem algum privilégio, algumas vantagens
e qualificação profissional, no entanto, ainda estão longe de fazer parte da classe alta.
Integram o meio da pirâmide.
 Classe baixa: a classe baixa é formada pelos trabalhadores que, em geral, possuem
poucos ou nenhum privilégio, vantagem ou prestígio. Possuem baixa escolaridade e,
por isso, trabalhos menos remunerados. Muitas vezes trabalham apenas para a
própria subsistência. Formam a base da pirâmide.

Infraestrutura: a infraestrutura trata-se das forças de produção, compostas pelo conjunto


formado pela matéria-prima, pelos meios de produção e pelos próprios trabalhadores (onde
se dá as relações de produção: empregados-empregados, patrões-empregados). Trata-se da
base econômica da sociedade, onde se dão, segundo Marx, as relações de trabalho, estas
marcadas pela exploração da força de trabalho no interior do processo de acumulação
capitalista.

Superestrutura: A superestrutura é fruto de estratégias dos grupos dominantes para a


consolidação e perpetuação de seu domínio. Trata-se da estrutura jurídico-política e a
estrutura ideológica (Estado, Religião, Artes, meios de comunicação, etc.). Para essa
consolidação e perpetuação da dominação das classes dominantes estes utilizam de estratégias
que demandam ora uso da força, ora da ideologia (MARX, 1993). Um exemplo de um
instrumento de uso da força é o Estado, o qual possui o uso da força legitimado pela ideologia.
Para Marx, o Estado está sempre à serviço da classe dominante, buscando manter o status
quo.

Materialismo Histórico Dialético: Na concepção marxista, a dialética é uma ferramenta


utilizada para compreender a história. A dialética marxista considera o movimento natural da
história e não admite sua maneira estática e definitiva. Sendo assim, a história quando é
analisada como algo em movimento torna-se transitória, que por sua vez, pode ser
transformada pelas ações humanas. Nesse caso, a matéria possui uma relação dialética com os
âmbitos psicológico e social. E assim, os fenômenos sociais são interpretados através da
dialética. Por meio dessa relação dialética entre o ambiente, o organismo e os fenômenos
físicos, os seres humanos, a cultura e a sociedade criam o mundo, ao mesmo tempo que são
modelados por ele.

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