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CRIMINOLOGIA

EXPLIQUE COMO FUNCIONA O MÉTODO EXPERIMENTAL –


INDUTIVO NA CRIMINOLOGIA.

a.
CRIMINOLOGIA O método de estudo da criminologia é o EMPÍRICO, isto é,
ATRAVÉS DA ANÁLISE e OBSERVAÇÃO DA REALIDADE se
PROF. CARLOS MIRANDA chega a uma CONCLUSÃO. Tal conclusão se dará por MEIO DA
INDUÇÃO, ou seja, através de uma PREMISSA MENOR se busca
criar uma PREMISSA MAIOR, baseado NAQUILO QUE
NORMALMENTE ACONTECE, o criminólogo busca ANALISAR
DADOS FÁTICOS REAIS para obter suas conclusões.

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

I. CRIMINOLOGIA – MUNDO DO SER, REALIDADE FÁTICA – I. CRIMINOLOGIA – MUNDO DO SER, REALIDADE FÁTICA –

a a
1. Método EMPÍRICO, baseado na ANÁLISE E NA 1. Método EMPÍRICO, baseado na ANÁLISE E NA
OBSERVAÇÃO DA REALIDADE, EXPERIMENTAÇÃO E ERRO. OBSERVAÇÃO DA REALIDADE, EXPERIMENTAÇÃO E ERRO.

1. Ex. Criação de antibiótico (PENICILINA), descoberta DA LUZ 3. vem da OBSERVAÇÃO DO MUNDO REAL
ELÉTRICA (Thomas Edison), OBSERVAÇÃO DA CIDADE
(Escola de Chicago), OBSERVAÇÃO DOS PRESOS
(Lombroso). Ex2. Pedófilos A, B, C, D foram, na infância, 4. CRIMINÓLOGO – ANÁLISE DE DADOS – INDUZ
abusados sexualmente por familiares (observação), logo
CRIANÇAS ABUSADAS tem mais chance de se tornarem
abusadores (conclusão).
2. cria CONCEITOS, ANÁLISES SOBRE SERES HUMANOS,
sobre algo palpável.

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ii. DIREITO – MUNDO DO DEVER-SER, VALORATIVO, COMO SE DÁ A RELAÇÃO ENTRE AS CIÊNCIAS CRIMINAIS?
NORMATIVO, IRREAL FATICAMENTE – cria NORMAS, não EXPLIQUE
observa nada palpável
b. RELAÇÃO ENTRE A TRÍADE DAS CIÊNCIAS CRIMINAIS
1. Método LÓGICO-DEDUTIVO, ABSTRATO
c. Podemos dizer, então que A FUNÇÃO DA CRIMINOLOGIA É
a. Ex. decreto do executivo, código penal, todas as leis EXPLICAR E PREVENIR O CRIME, INTERVIR NA PESSOA DO
são abstratas. INFRATOR E AVALIAR OS MODELOS DE CONTROLE SOCIAL
2. Cria NORMAS, REGRAS, PARA A VIDA EM SOCIEDADE FORMAL E INFORMAL DE FORMA A SEREM MAIS ATUANTES E
EFICAZES.
3. Vem do ESTUDO DOGMÁTICO, DE DOGMAS (PREMISSAS
MAIORES - LEIS) aplicáveis aos FATOS PREVISTOS NA LEI d. MOMENTO EXPLICATIVO – EMPÍRICO – CRIMINOLOGIA
(PREMISSAS MENORES).

4. JUIZ – PREMISSAS – DEDUZ

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

b. RELAÇÃO ENTRE A TRÍADE DAS CIÊNCIAS CRIMINAIS Quais as duas grandes espécies de criminologia?

DUAS GRANDES ESPÉCIES DE CRIMINOLOGIA


e. MOMENTO DECISIONAL – POLÍTICA CRIMINAL – DECISÕES
DE COMBATE À CRIMINALIDADE Criminologia Geral Criminologia clínica
f. MOMENTO INSTRUMENTAL – DIREITO PENAL – CRIAÇÃO GERAL consiste na CLÍNICA consiste na aplicação
DE LEIS BASEADAS NAS DECISÕES TOMADAS PELA POLÍTICA sistematização, comparação e dos conhecimentos teóricos
CRIMINAL COM BASE NAS EXPLICAÇÕES DA CRIMINOLOGIA classificação dos resultados daquela para o tratamento dos
obtidos no âmbito das ciências criminosos. Também chamada
criminais acerca do crime, de
criminoso, vítima, controle MICROCRIMINOLOGIA.
social e criminalidade.

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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

Quais as duas grandes espécies de criminologia? Cite e discorra sobre três espécies de criminologia, segundo a
doutrina:
DUAS GRANDES ESPÉCIES DE CRIMINOLOGIA Outras espécies de Criminologia
Criminologia Geral Criminologia clínica • Criminologia Científica
GERAL consiste na MICROCRIMINOLOGIA. o É justamente a ciência autônoma, empírica e
sistematização, comparação e interdisciplinar, que tem por objeto o estudo do crime, do
classificação dos resultados A microcriminologia ou criminoso, da vítima e do controle social da conduta criminosa,
com o escopo de prevenção e controle da criminalidade.
obtidos no âmbito das ciências criminologia clínica consiste no
criminais acerca do crime, trabalho de prevenção • Criminologia aplicada
criminoso, vítima, controle TERCIÁRIA, e é feito através o Consiste na aplicação pelos operadores do Direito dos
social e criminalidade. de laboraterapia prisional, que conhecimentos auferidos pela Criminologia Científica.
é o ensinamento de um ofício
• Criminologia acadêmica
durante o cumprimento da
pena, voltado à ressocialização o Trata-se da sistematização do saber criminológico para
do preso. fins pedagógicos e didáticos.

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Outras espécies de Criminologia Outras espécies de Criminologia

• Criminologia analítica • Criminologia Organizacional


o Verifica o cumprimento do papel das ciências criminais e o Além do processo de criação das leis, compreende a
da política criminal. violação a tais normais e as formas de reação.
• Criminologia crítica, dialética ou radical • Criminologia Verde
o É a criminologia de base marxista, que nega o capitalismo, o Estuda a responsabilidade penal das pessoas jurídicas
haja vista implicar em um processo de estigmatização da
por crimes ambientais, visando a tutela da biodiversidade,
população marginalizada, em que a classe trabalhadora figura
como alvo preferencial do sistema punitivo. sendo umas das manifestações da criminologia crítica (marxista),
relacionado aos movimentos de ecofeminismo, antirracismo
• Criminologia da reação social ambiental e ecologismo vermelho ou de esquerda, que
o Estuda os processos de criação das normas penais e sustentam, basicamente, que as mulheres e as minorias
sociais relacionadas ao comportamento desviante. sociais e raciais são excluídos das decisões relevantes de
questões ambientais

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Outras espécies de Criminologia Outras espécies de Criminologia

• Criminologia Verde • Criminologia do Desenvolvimento


o Mulheres o Propõe estudar o comportamento criminoso do indivíduo ao
longo de sua vida e do seu desenvolvimento, levando em
o Negros
consideração suas experiências pessoais, idade em que iniciou a
o Pobres vida criminosa etc, tudo com vistas À PREVENÇÃO CRIMINAL.
 não tem voz ativa em decisões ambientais relevantes o Distingue a partir disso duas categorias de delinquentes:
o delitos verdes – são os delitos de colarinho branco num  Delinquentes cuja atividade delitiva se limita à adolescência
contexto ambiental •Causa da delinquência é próxima ou especifica da
o Essa corrente criminológica ataca as grandes corporações, adolescência, relacionado a comportamentos de
afirma que tais corporações praticam lavagem de capitais com mimetismo, reafirmação da independência pessoal do
utilização negativa do meio ambiente, que faz com que pareçam adolescente, imaturidade etc
respeitosas e preocupadas com CAUSA AMBIENTAL, mas na •Curva de idade tem ápice aos 20 anos, depois cai, com
verdade estão apenas interessadas em LAVAR DINHEIRO e são aquisição da maturidade
extremamente nocivas (greenwashing) •Pessoa passa a ver como prejudicial seu comportamento
anterior.

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Outras espécies de Criminologia Outras espécies de Criminologia

• Criminologia do Desenvolvimento • Criminologia Midiática


Delinquentes cuja atividade delitiva se limita à adolescência o É a criminologia do “especialista em segurança pública” (sem
 Delinquentes persistentes, cuja atividade delitiva perdura críticas aos verdadeiros especialistas).
ao longo da vida o Despida de cientificidade
•Causa da delinquência surge na infância, de ordem o Sem base em estudos acadêmicos
neuropsicológica, processos fisiológicos que atuam no o Cria uma realidade com base em crenças e preconceitos,
comportamento, como temperamento, habilidades subinformação, desinformação veiculada por mídia e em
cognitivas etc. “verdades absolutas”.
•Se viver em determinados ambientes, como lares, escolas o Enxerga a mídia como grande instrumento da seletividade
e bairros menos favorecidos, as interações podem ser penal, difundindo a crença na prisão como principal instrumento
agravadas. para o estabelecimento da ordem e da segurança pública.

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QUAIS AS FORMAS DE CONTROLE SOCIAL ? QUAIS AS FORMAS DE CONTROLE SOCIAL ?

I. FORMAS DE CONTROLE SOCIAL I. FORMAS DE CONTROLE SOCIAL

1. SANÇÕES FORMAIS E INFORMAIS 2. CONTROLE POSITIVO E NEGATIVO

a. FORMAIS – aplicadas pelo Estado, de natureza a. MEIOS POSITIVOS são INCENTIVOS, PRÊMIOS,
administrativa, cível e penal, dotadas de OFERECIDOS a alunos, a funcionários, a motoristas que
COERCIBILIDADE. não tomam multa pagam menos impostos

b.INFORMAIS – aplicadas pela comunidade, amigos, b. MEIOS NEGATIVOS são as reprovações de alunos,
família, NÃO POSSUEM COERCIBILIDADE, mas são perda do direito de dirigir por motoristas, demissões por
igualmente sentidas. SEGREGAÇÃO SOCIAL. justa causa de funcionário, efeitos extrapenais da sentença
criminal etc.

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QUAIS AS FORMAS DE CONTROLE SOCIAL ? O QUE É A TEORIA DOS TESTÍCULOS


DESPEDAÇADOS E ONDE ELA SE ENCAIXA?
I. FORMAS DE CONTROLE SOCIAL
• Originária dos Estados Unidos
3. CONTROLE INTERNO E EXTERNO • Pautada na ideia de combate às pequenas infrações
penais, apresentando correlação direta com a Teoria das
a. INTERNO – AUTODISCIPLINA, aprendida desde Janelas Quebradas
infância → FREIOS INIBITÓRIOS – sentimento de retidão • Funda-se na experiência policial, na ideia que os
incutido pela educação criminosos, ao serem PERSEGUIDOS DE FORMA
EFICAZ, em razão de pequenos delitos, são
b. EXTERNO – AÇÃO DO ESTADO, quando a AFUGENTADOS para outras LOCALIDADES MAIS
autodisciplina falhar, PESSOA É COMPELIDA POR DISTANTES, onde tentarão das continuidade à prática
delitiva.
ELEMENTOS EXTERNOS → Ex. multa de trânsito,
prisão, medidas cautelares diversas da prisão, etc. • Localiza-se, portanto, Na Escola Sociológica – Escola de
Chicago

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O QUE É A TEORIA DOS TESTÍCULOS DESPEDAÇADOS E ONDE CITE OS 3 AUTORES DAS TEORIAS SOCIOLÓGICAS E SUAS
ELA SE ENCAIXA? OBRAS

a. Teoria das Janelas Quebradas → Crime é fruto da CORRENTE TEORIA AUTORES OBRAS
DESORGANIZAÇÃO e da falta de presença do ESTADO. ANOMIA / Émilie
CONSENSO/ Da Divisão do
i. EXPERIMENTO SOCIAL ESTRUTURAL / Durkheim Trabalho Social
ii.Carro de polícia colocado intacto – permaneceu intocado, nas INTEGRAÇÃO
FUNCIONALISTA O Suicídio
duas áreas, pobre e rica.
Robert Estrutura Social
iii. Carro de polícia deixado com a janela quebrada – foi
Merton e Anomia
depredado, tanto na área rica, quanto na pobre.
SUBCULTURA Albert Delinquent Boys
iv. Correlacionada com a Política de Tolerância ZERO – NY –
resolveu o problema, todo crime pequeno é tratado com DO Cohen
amplo rigor, autoridade policial não tem discricionariedade, DELINQUENTE
deve encarcerar, punir exemplarmente e agir com rigor.
Pichações, pequenas depredações, pequenos furtos, por
exemplo, são tratadas de forma grave.
v.CRÍTICA – encarceramento de classes menos favorecidas

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CITE OS 3 AUTORES DAS TEORIAS SOCIOLÓGICAS E SUAS CITE OS 3 AUTORES DAS TEORIAS SOCIOLÓGICAS E SUAS
OBRAS OBRAS

CORRENTE TEORIA AUTORES OBRAS CORRENTE TEORIA AUTORES OBRAS


CONSENSO/ ESCOLA DE Robert Park The City: CONSENSO/ ASSOCIAÇÃO Edwin Criminologia
CHICAGO / (Teoria Suggestions for DIFERENCIAL Sutherland
INTEGRAÇÃO INTEGRAÇÃO
DESORGANIZA- Ecológica) Investigation of
ÇÃO SOCIAL Human Behavior LABELLING Erving Estigma
APROACH / Gofmann
in the Urban
ETIQUETAMENTO Howard Becker Outsiders
Environment CONFLITO
Ernest Burgess Zonas CRÍTICA / RADICAL Taylor, Walton e New Crimonology
(Teoria Concêntricas / MARXISTA / NOVA Young
Ecológica) CRIMINOLOGIA
Oscar Newman Defensible Space
(Teoria
Espacial)

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COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE. COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE.

CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS


BENJAMIN MENDELSOHN BENJAMIN MENDELSOHN
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Vítima completamente Vítima completamente estranha à ação do criminoso, não Vítima voluntária ou É aquela vítima onde SEM SUA CONTRIBUIÇÃO
inocente ou vítima provocando nem colaborando de alguma forma para a tão culpada quanto O CRIME NÃO TERIA OCORRIDO, como o
ideal realização do delito. (Ex: uma senhora que tem sua bolsa o infrator ABORTO PRATICADO COM O
arrancada pelo bandido na rua) CONSENTIMENTO da vítima (vítima permite que
Vítima de É a vítima descuidada, que de alguma forma CONTRIBUI
uma terceira pessoa aborte seu filho, há crime
culpabilidade menor PARA O EVENTO CRIMINOSO, seja frequentando locais
ou por ignorância perigosos, seja falando sobre seu patrimônio, usando diferenciado para quem aborta e quem permite); ou
roupas curtas demais etc o crime de corrupção ativa (pessoa vítima oferece,
É a vítima NATA, com perigosidade vitimal, conforme funcionário público aceita, é vítima mas é autor);
Guaracy. (Ex: um casal de namorados que mantém vítima
relação sexual na varanda do vizinho e lá são atacados por
ele, por não aceitar esta falta de pudor)

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COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE. COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE.

CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS


BENJAMIN MENDELSOHN BENJAMIN MENDELSOHN
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Vítima mais culpada Nos casos de crimes praticados após INJUSTA Vítima mais culpada ii. Vítima por imprudência: é a que determina o
que o infrator PROVOCAÇÃO DA VÍTIMA, quando há redução que o infrator acidente por falta de cuidados. Ex. quem deixa o
da pena. Ex. HOMICÍDIO PRIVILEGIADO praticado automóvel mal fechado ou com as chaves no
sob o domínio de violenta emoção, logo após injusta contato.
provocação da vítima. Ex2. ATENUANTE iii. Vítima por imprudência: é a que determina o
GENÉRICA DO CÓDIGO PENAL, da influência de acidente por falta de cuidados. Ex. quem deixa o
violenta emoção por ato injusto da vítima. automóvel mal fechado ou com as chaves no
ii. Vítima provocadora: aquela que por sua contato.
própria conduta incita o infrator a cometer a infração.
Tal incitação cria e favorece a explosão prévia à
descarga que significa o crime.
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COMO _________CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE. COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE.

CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS


BENJAMIN MENDELSOHN BENJAMIN MENDELSOHN
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Vítima unicamente I. Sempre que houver revide a uma injusta Vítima unicamente 2) Vítima Simuladora = que através de uma
culpada agressão, ou seja, com o AGRESSOR AGIR EM culpada premeditação irresponsável induz um indivíduo a ser
LEGÍTIMA DEFESA. Sequer é considerado crime, acusado de um delito, gerando, dessa forma, um
pelo Direito Penal, a prática de fato típico em legítima erro judiciário
defesa ou outra excludente de ilicitude. Nesse caso, 3) Vítima imaginária = pessoa portadora de um
a vítima sofre a consequência do seu próprio ato. grave transtorno mental que, em decorrência de tal
1) Vítima infratora = a pessoa comete um delito e no distúrbio leva o judiciário à erro, podendo se passar
fim se torna vítima, como ocorre no caso do por vítima de um crime, acusando uma pessoa de
homicídio por legítima defesa ser o autor, sendo que tal delito nunca existiu, ou
seja, esse fato não passa de uma imaginação da
vítima

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COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE. COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE.

CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS


EDMUNDO DE OLIVEIRA EDMUNDO DE OLIVEIRA
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Vítima Vítima que planeja a situação da qual nascerá um Vítima precipitadora Vítima que, de algum modo, contribui de forma
programadora ato criminoso, exercendo nessa situação um dolosa ou culposa para que haja a ação ou omissão
evidente papel de autor, agindo diversas vezes de do autor no procedimento de execução ou
forma extraordinariamente complexa para que haja consumação do delito. Neste caso a vítima
a ocorrência do delito programado por si despertará o apetite do delinquente, ou seja, ela se
mesma. Neste caso, a vítima serve de munição torna a isca do autor do delito.
para que se configure com culpabilidade, dolosa ou
culposa, a ação do indivíduo que será acusado
como autor do delito.

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COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE. COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE.

CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS


EDMUNDO DE OLIVEIRA EDMUNDO DE OLIVEIRA
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Vítima de caso Pessoa que vem a ser atingida por um fenômeno Vítima por força Indivíduo que não tendo condições de opor
fortuito da natureza ou por uma fatalidade do acaso. Esses maior resistência, acaba realizando atos que não são da
casos se caracterizam pela ocorrência de fatos que sua vontade, às vezes até atos contrários ao senso
fogem do alcance da cautela do indivíduo e das moral. Tal coação vem privar a pessoa de sua
possibilidades de prever tais acontecimentos. (Ex: liberdade física ou psíquica, deixando de agir com
indivíduo que ao caminhar por uma avenida é sua livre e própria vontade. (Ex: sonambulismo)
atingido por um raio e acaba falecendo)

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COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE. COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE.

CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS


GUARACY MOREIRA FILHO GUARACY MOREIRA FILHO
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO
Vítimas inocentes Pessoas que não contribuem de nenhuma forma Vítimas omissas Pessoas que não vivem em integração com o meio
para a ocorrência do delito, ou seja, não há social, pois não participam da sociedade, nem
nenhuma participação da vítima na consumação da sequer para reclamar de uma violência ou
ação criminosa. arbitrariedade sofridas.
Vítimas natas Vítimas que contribuem de alguma forma para a Vítimas Ao contrário do que ocorre com as vítimas omissas,
eclosão de um crime, seja por seu comportamento inconformadas ou que não buscam relatar às autoridades
agressivo ou por sua personalidade insuportável. atuantes competentes seus direitos violados, estas cumprem
de forma ativa seus papéis de cidadãos, pois
Também chamado de PERIGOSIDADE VITIMAL sempre que são violadas em seus direitos, buscam
esse comportamento da vítima. a efetiva reparação judicial.

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COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE. COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE.

CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS


GUARACY MOREIRA FILHO WALTER RAUL SEMPERTEGUI
CLASSIFICAÇÃO DESCRIÇÃO CLASSIFI- DESCRIÇÃO
Vítimas de Política Vítimas do Estado, fruto de comportamento CAÇÃO
social ímprobo do administrador público, faz com que a Vítimas Pessoas definidas pela lei como incapazes, ou seja, os
população ainda tenha que ter gastos extras com incapazes menores, que são aqueles que não tenham atingido ainda a
saúde, educação e segurança, uma vez que não maioridade legal, os alienados mentais, que são os
podem contar com o amparo do Estado nesta indivíduos que são portadores de alguma enfermidade que
questão, devido à má qualidade da prestação de dificultem seu entendimento ou vontade e os débeis mentais,
serviço. que são os retardados, oligofrênicos e os imbecis.
Vítimas A humanidade inteira pode estar enquadrada neste grupo,
culpáveis pois relata que a vítima de alguma forma sempre será
culpável, em maior ou menor nível, por ser imprudente,
negligente, vaidosa ou por haver ostentação por sua parte.

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COMO O AUTOR X CLASSIFICAVA AS VÍTIMAS? EXPLIQUE. CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA:

CLASSIFICAÇÃO DOS VÍTIMAS CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS


WALTER RAUL SEMPERTEGUI CESARE LOMBROSO
CLASSIFI-CAÇÃO DESCRIÇÃO CLASSIFI- DESCRIÇÃO
Vítimas Pessoas que não realizam uma função CAÇÃO
delinquentes meramente passiva, mas suas atitudes Nato Influência biológica, estigmas, instinto criminoso, um
exigem uma capacidade menor de enganar selvagem da sociedade, o degenerado (cabeça pequena,
deformada, fronte fugidia, sobrancelhas salientes, maças
afastadas, orelhas malformadas, braços cumpridos, face
enorme, tatuado, impulsivo, mentiroso e falador de gírias
etc.).
Louco Perversos, loucos morais, alienados mentais que
devem permanecer no hospício

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CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA: CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA:
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS
CESARE LOMBROSO ENRICO FERRI
CLASSIFI- DESCRIÇÃO CLASSIFI- DESCRIÇÃO
CAÇÃO CAÇÃO
Ocasião Predisposto hereditariamente, são pseudocriminosos; Nato Degenerado, com os estigmas de Lombroso, atrofia
"a ocasião faz o ladrão"; assumem hábitos criminosos do senso moral, aliás, a expressão "criminoso nato"
influenciados por circunstâncias seria de autoria de Ferri e não de Lombroso, como
Paixão Sanguíneos, nervosos, irrefletidos, usam da violência erroneamente se pensava.
para solucionar questões passionais.exaltados. Louco Além dos alienados, também os semiloucos ou
fronteiriços.

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CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA: CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA:
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS
ENRICO FERRI RAFFAELE GAROFALO
CLASSIFI- DESCRIÇÃO CLASSIFI- DESCRIÇÃO
CAÇÃO CAÇÃO
Ocasional Eventualmente comete crimes, "o delito procura o Assassinos São delinquentes típicos, egoístas, seguem o
indivíduo". apetite instantâneo, apresentam sinais exteriores
Habitual Reincidente na ação criminosa, faz do crime sua e se aproximam dos selvagens e das crianças.
profissão, seria a grande maioria, a transição entre os Energéticos/Vi Falta-lhes a compaixão; não lhes falta o senso
demais tipos; começaria ocasionalmente até olentos moral; falso preconceito; há um subtipo, os
degenerar-se. impulsivos (coléricos).
Passional Age pelo ímpeto, comete o crime na mocidade; Neurastênicos Não lhes falta o senso moral, falta-lhes
próximo do louco, tempestade psíquica probidade, atávicos às vezes, pequenez, face
móvel, olhos vivazes, nariz achatado etc.

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CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA: CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA:
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS
HILÁRIO VEIGA DE CARVALHO HILÁRIO VEIGA DE CARVALHO
CLASSIFI- DESCRIÇÃO CLASSIFI-CAÇÃO DESCRIÇÃO
CAÇÃO Biocriminoso Mesmo tendo pouca influência externa, as
Biocriminoso É unicamente impulsionado por fatores internos e Preponderante fortes tendências internas do indivíduo o levam
Puro biológicos (fatores endógenos). São a praticar um delito. É altamente reincidente e
pseudocriminosos (ou falsos criminosos), pois de difícil recuperação. Há sempre um fator
são inimputáveis. São reincidentes em potencial biológico preponderante em sua atitude,
e precisam de tratamento psiquiátrico ou embora isso não queira dizer que seja o único
tratamento em manicômio judicial. É o indivíduo fator.
que comete ato ilícito, porém não tem capacidade
de entendê-lo por falha ou lacuna psíquica. É o
psicopata. Precisa de tratamento em manicômio
judicial.

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CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA: CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA:
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS
HILÁRIO VEIGA DE CARVALHO HILÁRIO VEIGA DE CARVALHO
CLASSIFI-CAÇÃO DESCRIÇÃO CLASSIFI- DESCRIÇÃO
Biomesocriminoso Recebem influência de fatores internos e CAÇÃO
externos. Podem ser reincidentes, mas Mesocriminoso O indivíduo que por si só não cometeria um crime, mas a
possuem grande potencial para sua Preponderante influência externa acaba sendo superior à sua tendência,
recuperação. Fator biológico e social derrubando sua resistência. Tem uma reincidência
concorrendo. esperada. Predomina neste tipo, o fator social.
Obs: BIO: Ligado ao homem, à saúde, ao psiquismo (fatores
internos).
MESO: Ligado ao meio, a fatores externos.
PURO: Ligados a um dos fatores = BIO ou MESO.
PREPONDERANTE: Um dos fatores (BIO ou MESO)
se sobrepõe ao outro.
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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA: CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA:
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS
HILÁRIO VEIGA DE CARVALHO CANDIDO MOTTA
CLASSIFI-CAÇÃO DESCRIÇÃO CLASSIFI- DESCRIÇÃO
Mesocriminoso É unicamente impulsionado pelo meio CAÇÃO
Puro exterior (fatores exógenos). São Ocasionais Decorrem da influência do meio, isto é, são pessoas que
considerados “criminolóides”, são acabam caindo em tentação devido a alguma
altamente recuperáveis. Em geral recebem circunstância facilitadora. Os crimes mais comuns desse
penas alternativas ou comutação da pena tipo de delinquente são o furto e o estelionato. Em geral,
em multa. Precisa de tratamento por mostram arrependimento posterior e tendem a não
pedagogo. reincidir.
Há fatores ou valores do meio cultural,
social, que irão influenciar a conduta, mas
é inimputável por ter agido de acordo com
esses valores.

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA: CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA:
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS
CANDIDO MOTTA CANDIDO MOTTA
CLASSIFI- DESCRIÇÃO CLASSIFI- DESCRIÇÃO
CAÇÃO CAÇÃO
Habituais São os “profissionais do crime”. Normalmente se iniciam no Impetuoso Aqueles que cometem crimes movidos por impulso
crime durante a adolescência ou até mesmo durante a emotivo, sem premeditar seu contento. Cometem crimes
infância e progressivamente adquirem habilidades mais impelidos por paixões pessoais, fanatismo político e social.
sofisticadas. Praticam todo tipo de crime. Em geral não Os principais exemplos desse tipo de criminoso são os
apresentam arrependimento e não raro utilizam a violência que se envolvem em crimes passionais ou crimes que
com o intuito de intimidar a vítima. Tendem a reincidir no ocorrem em uma discussão de trânsito. O criminoso
crime. impetuoso costuma se arrepender em seguida.

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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA: CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA:
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS
CANDIDO MOTTA CANDIDO MOTTA
CLASSIFI- DESCRIÇÃO CLASSIFI- DESCRIÇÃO
CAÇÃO CAÇÃO
Fronteiriços Criminosos que se enquadram em zona fronteiriça entre a Loucos Pessoas que possuem doença mental que
doença mental e a normalidade. São indivíduos que compromete completamente sua
delinquem devido a distúrbios de personalidade. Em geral autodeterminação. Em geral agem sozinhos,
são pessoas frias, insensíveis e sem valores ético-morais. impulsivamente, sem premeditação ou remorso.
Em geral cometem crimes com extrema violência e Em face da lei penal, são considerados
específicos. A reincidência é uma realidade bem próxima. inimputáveis.

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA: CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA:
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS
ODON RAMOS MARANHÃO ODON RAMOS MARANHÃO
CLASSIFI- DESCRIÇÃO CLASSIFI- DESCRIÇÃO
CAÇÃO CAÇÃO
Impetuosos Agem em curto-circuito, por amor à honra, sem Ocasionais São os que, sem ter tendência marcante para o
premeditação, fruto de uma anestesia momentânea do crime, nele caem levados pelas condições
senso crítico. Dentro dos delitos que praticam relacionam- pessoais e influência do meio em que vivem. Os
se principalmente com o crime passional, e alguns tipos de fatores sociais tem muito peso, mas não resistem à
assassinatos e de agressão física. Esse criminoso, tentação que certas ocasiões propiciam ao crime,
normalmente, depois de praticado o crime, arrepende-se com a qual se deparam casualmente.
do que fez, e isso se deve ao fato de o psiquismo que
possui ser, no seu todo, satisfatoriamente estruturado,
salvo a falha do senso moral quando em face de
determinada situação que o instiga.
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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA: CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA:
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS
ODON RAMOS MARANHÃO ODON RAMOS MARANHÃO
CLASSIFI- DESCRIÇÃO CLASSIFI- DESCRIÇÃO
CAÇÃO CAÇÃO
Habituais São marginais incapazes de readquirir uma Fronteiriços Não são propriamente doentes mentais e também não
existência honesta, é o que tem como profissão, o são normais. Apresentam permanentes deformidades do
crime. Não são violentos, em muitas ocasiões são senso ético-moral, distúrbios do afeto e ada sensibilidade,
fronteiriços. cujas alterações psíquicas os levam ao delito. Podem
praticar os mais variados tipos de crimes, mas quando são
violentos, são os que praticam os atos mais perversos e
hediondos. A característica principal dos criminosos
fronteiriços é a extrema frieza e insensibilidade moral com
que tratam as vítimas. A reincidência é certa.

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

CITE E EXPLIQUE A CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS PARA: QUAL A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DOS AGENTES DE
CONTROLE SOCIAL FORMAIS QUE A RELACIONA COM UMA
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMINOSOS ESCOLA SOCIOLÓGICA?
ODON RAMOS MARANHÃO
CLASSIFI- DESCRIÇÃO I. AGENTES INFORMAIS DE CONTROLE SOCIAL
CAÇÃO Primeiro é a família, depois a escola, a religião e a igreja, o meio
Loucos Os delitos que praticam podem ser divididos em dois tipo, a profissional, a opinião pública, os amigos. É o MAIS
deliberação do crime é fruto da impulsão momentânea. O impulso IMPORTANTE MEIO DE CONTROLE SOCIAL, atua na vida da
súbito é seguido de imediata execução. O paradigma pode ser a pessoa desde os primórdios, com maior ou menor aceitação do
epilepsia e muitas vezes a oligofrenia. No entanto, quer premedite, indivíduo pela comunidade em que vive.
quer não, os loucos criminosos atacam abertamente a vítima em
No caso do FRACASSO DOS AGENTES INFORMAIS, OS
presença de testemunhas; não tem cúmplices; propalam as suas AGENTES FORMAIS DE CONTROLE PASSAM AGIR, de modo
intenções e ameaçam constantemente; atacam pessoas que lhe que é preferível e o objetivo de uma sociedade que os agentes
são caras ou completamente desconhecidas. Quando presos informais sejam SUFICIENTES.
confessam o que fizeram, são indiferentes para com as vítimas,
muitas vezes se mostram satisfeitos com a ação que praticaram.

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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

QUAL A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DOS AGENTES DE QUAL A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DOS AGENTES DE
CONTROLE SOCIAL FORMAIS QUE A RELACIONA COM UMA CONTROLE SOCIAL FORMAIS QUE A RELACIONA COM UMA
ESCOLA SOCIOLÓGICA? ESCOLA SOCIOLÓGICA?

I. AGENTES INFORMAIS DE CONTROLE SOCIAL II. AGENTES FORMAIS DE CONTROLE SOCIAL


COMUNITARISMO – vida e sentimento de COMUNIDADE entre Policia, ministério público, poder judiciário, administração
lugares com maior PROXIMIDADE ENTRE AS PESSOAS, penitenciária → juntos formam o SISTEMA DE JUSTIÇA ou
gerando sentimento mútuo de respeito, controle e caráter. JUSTIÇA CRIMINAL, compondo o CONTROLE FORMAL
1º seleção - Família IMPOSTO PELO ESTADO, pelo Poder Público.

2º seleção - Escola OUTRO LADO → ESTIGMATIZANTE – Pessoa que passa pelos


agentes FORMAIS pode desenvolver carreiras criminais e
3ª seleção – Profissão desvios secundários (reincidência)
Religião – sempre presente

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

QUAL A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DOS AGENTES DE QUAL A PRINCIPAL CARACTERÍSTICA DOS AGENTES DE
CONTROLE SOCIAL FORMAIS QUE A RELACIONA COM UMA CONTROLE SOCIAL FORMAIS QUE A RELACIONA COM UMA
ESCOLA SOCIOLÓGICA? ESCOLA SOCIOLÓGICA?

II. AGENTES FORMAIS DE CONTROLE SOCIAL III. INTEGRAÇÃO ENTRE CONTROLE FORMAL E INFORMAL –
POLÍCIA COMUNITÁRIA
13. FIXA de forma escrita o COMPORTAMENTO DESVIADO, a
IMPOSIÇÃO DE PENA (CASTIGO), A FORMA DE IMPOSIÇÃO E 1. REAPROXIMAÇÃO ENTRE A POLÍCIA E A COMUNIDADE,
A DESAPROVAÇÃO DA COMUNIDADE entre o policial e o cidadão, que se perdeu ao longo do tempo, com a
MECANIZAÇÃO DO PATRULHAMENTO (carros e motos), bem
a. 1ª Seleção – Polícia como com a MODERNIZAÇÃO DA POLICIA (policial passa ser visto
como estranho) → Distanciamento
b. 2ª Seleção – Ministério Público
2. Ex. POLICIA MILITAR QUE VOLTOU COM A RONDA A PÉ, e
c. 3ª Seleção – Judiciário / Administração Penitenciária com a manutenção dos mesmos policiais militares rondando as
mesmas áreas / POLÍCIA CIVIL COM OS NECRIM, NÚCLEOS DE
CONCILIAÇÃO PRESIDIDOS POR DELEGADOS DE POLICIA,
REUNIÕES DO CONSEG.

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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

TEORIA DO CONFLITO TEORIA DO CONFLITO


Teoria INTERACIONISTA / DO ETIQUETAMENTO / LABELLING Teoria INTERACIONISTA / DO ETIQUETAMENTO / LABELLING
APPROACH APPROACH
b. Teoria do Conflito e. Como foi citado anteriormente, ela surgiu no fim da década de 1950 e
início da de 1960, nos EUA, e foi idealizada pelos integrantes da “Nova
c. Década de 60 Escola de Chicago”. Segundo Shecaira,[3] “a Teoria do Labelling surge
d. Vertentes marxsistas após a 2.ª Guerra Mundial, os Estados Unidos são catapultados à
condição de grande potência mundial, estando em pleno
desenvolvimento o Estado do Bem-Estar Social, o que acaba por
mascarar as fissuras internas vividas na sociedade americana. A década
de 60 é marcada no plano externo pela divisão mundial entre blocos:
capitalista versus socialista, delimitando o cenário da chamada Guerra
Fria. Já no plano interno, os norte-americanos se deparam com a luta das
minorias negras por igualdade, a luta pelo fim da discriminação sexual, o
engajamento dos movimentos estudantis na reivindicação pelos direitos
civis”.
f. Seus principais expoentes foram Erving Goffman e Howard Becker.

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

TEORIA DO CONFLITO TEORIA DO CONFLITO


Teoria INTERACIONISTA / DO ETIQUETAMENTO / LABELLING Teoria INTERACIONISTA / DO ETIQUETAMENTO / LABELLING
APPROACH APPROACH
g. Howard Becker ( autor de Outsiders) "esquecidos/ marginalizados" k. Zaffaroni → “cada uma de nós se torna aquilo que os outros veem em
descrevia a saga da marginalização dos cantores de jazz americanos, nós”, a prisão cumpre a função reprodutora, ou seja, a pessoa entra
relacionando portanto o estigma que esses profissionais carregavam, rotulada como um delinquente e assume o papel para o resto da vida,
etiquetados como bandidos pela sociedade norte americana, logo tem como presidiário ou ex-presidiário.
tudo a ver com o paradigma da reação social.
l. O crime e a reação social são UMA SÓ REALIDADE, ou seja, o
h. fundada na ideia de que a intervenção da justiça na esfera criminal homem normal só se diferente do criminoso devido à ROTULAÇÃO que
pode acentuar a criminalidade. recebe, das instancias formais e informais de controle
i. Deixa de focar no criminoso ou no crime, mas sim foca na REAÇÃO i. Foi indiciado, virou criminoso
SOCIAL decorrente da prática de um delito ii. Foi denunciado
j. Todo crime gera uma reação social → “criminologia da reação social” iii. Foi condenado
i. Sociedade reage criando normas iv. Transitou em julgado
ii. Reprimindo atos puníveis
iii.ESTIGMATIZANDO os delinquentes
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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

TEORIA DO CONFLITO A PREVENÇÃO TERCIÁRIA é uma espécie de PREVENÇÃO


Teoria INTERACIONISTA / DO ETIQUETAMENTO / LABELLING DIRETA SOBRE A CRIMINALIDADE? Fundamente.
APPROACH
PREVENÇÃO CRIMINAL
m. A criminalização primária produz rotulação, que produz criminalizações
secundárias (reincidência) → Preso, quando sai da cadeia, consegue
emprego fácil? Recebe bom tratamento numa delegacia, numa repartição
pública? É chamado de ladrão pelos policiais?
1) Conceito

n. Segregação do indivíduo pela sociedade → Ex. Caso Escola Base →


a. PREVENÇÃO DELITIVA é o conjunto de ações que
casal segue eternamente rotulado, estigmatizado, sendo inocentes. Foram
visam evitar a ocorrência do delito.
etiquetados informalmente, pela mídia, e depois as instancias formais não b. Não é algo novo, vem se adaptando e criando
foram capazes de reparar. novos MÉTODOS, TÉCNICAS e CONCEITOS ao longo
o. Direito penal Mínimo – evitar etiquetamento – Lei dos Juizados
do tempo.
Especiais – Evitar rotular pessoa como criminosa, ex. composição civil, c. Prevenção – manutenção da PAZ e HARMONIA
transação penal, sursis processual etc. SOCIAL

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

A PREVENÇÃO TERCIÁRIA é uma espécie de PREVENÇÃO A PREVENÇÃO TERCIÁRIA é uma espécie de PREVENÇÃO
DIRETA SOBRE A CRIMINALIDADE? Fundamente. DIRETA SOBRE A CRIMINALIDADE? Fundamente.

c. Prevenção – manutenção da PAZ e HARMONIA c.Prevenção – manutenção da PAZ e HARMONIA SOCIAL


SOCIAL
c. São realizadas em dois campos de atuação:
i. DOIS TIPOS DE MEDIDAS
i. INDIVÍDUO
1. INDIRETAS
1.Ações que observam a personalidade do
a. Não atinge o crime de imediato, ou seja, buscam indivíduo, contornando seu caráter
atingir as CAUSAS DA CRIMINALIDADE. Alcançam o
crime indiretamente, pois, cessando a CAUSA, cessam ii. MEIO
os EFEITOS DO CRIME.
1.Extenso raio de ação, mudanças de meio,
b. Ação PROFILÁTICA medidas sociais, politicas, econômicas.

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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

A PREVENÇÃO TERCIÁRIA é uma espécie de PREVENÇÃO A PREVENÇÃO TERCIÁRIA é uma espécie de PREVENÇÃO
DIRETA SOBRE A CRIMINALIDADE? Fundamente. DIRETA SOBRE A CRIMINALIDADE? Fundamente.

D. PREVENÇÃO PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA E. PREVENÇÃO CRIMINAL NO ESTADO DEMOCRÁTICO


SÃO INDIRETAS. DE DIREITO
2. DIRETAS i. Criminologia Clássica – crime é um enfrentamento da
SOCIEDADE contra o criminoso, ou seja, a luta do bem
a. Direcionam-se para as infrações penais reais ou em contra o mal.
formação.
ii. NO ESTADO DEMOCRÁTICO, A PREVENÇÃO
b. Atuação da polícia ostensiva CRIMINAL É FAZ PARTE DA “AGENDA FEDERATIVA”,
ou seja, passa por TODOS OS SETORES DO PODER
c. Medidas de cunho administrativo, PUBLICO, faz parte dos fundamentos e objetivos da
d. Manutenção da ordem e vigilância República. No modelo federativo brasileiro, a prevenção
criminal é responsabilidade da União, Estados, DF e
e. Aparelhamento e treino de policia judiciária na investigação Municípios, visando reduzir a criminalidade.
f. Repressão jurídico-processual

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

A PREVENÇÃO TERCIÁRIA é uma espécie de PREVENÇÃO A PREVENÇÃO TERCIÁRIA é uma espécie de PREVENÇÃO
DIRETA SOBRE A CRIMINALIDADE? Fundamente. DIRETA SOBRE A CRIMINALIDADE? Fundamente.

IV. PREVENÇÃO SECUNDÁRIA V. PREVENÇÃO TERCIÁRIA


1. Destina-se a setores da sociedade que podem vir a 1. Única das formas de prevenção que possui destinatário
padecer do problema criminal, ou seja, grupos de risco de identificável – pessoa certa
criminalidade. 2. Objetivo – evitar a reincidência
2. Atua quando já ocorrido o crime. 3. Ações dirigidas a pessoas que já praticaram o crime
3. Opera a curto e médio prazo. 4. Visa promover a reabilitação, ressocialização e evitar a
4. Não é DIRETAMENTE NO CRIMINOSO (essa é a reincidência
terciária)
5. REINTEGRAÇÃO SOCIAL E FAMILIAR
5. Ações dirigidas a grupos e pessoas mais suscetíveis de
praticar ou sofrer crimes violentos. 6. Visa evitar o ETIQUETAMENTO
6. Ex. Ação policial, política legislativa penal, alcóolicos 7. Ex. trabalhos para presos, escolarização, faculdade,
anônimos, grupos de ajuda a viciados, adolescentes e crianças detração.
em situação de risco, mulheres em violência doméstica,
crianças vítimas de crimes sexuais.

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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

A PREVENÇÃO TERCIÁRIA é uma espécie de PREVENÇÃO A PREVENÇÃO TERCIÁRIA é uma espécie de PREVENÇÃO
DIRETA SOBRE A CRIMINALIDADE? Fundamente. DIRETA SOBRE A CRIMINALIDADE? Fundamente.

E. PREVENÇÃO SITUACIONAL E. PREVENÇÃO SITUACIONAL


i. A prevenção situacional é diferente. Não se tratam de iv. RISCO
programas, instituições, tratamento, reintegração social 1. Aumento do risco ao que o criminoso tem que se
etc. submeter para realizar um crime. Ex. Controle de entradas e
ii. Quer prevenir SITUAÇÕES CONCRETAS CRIMINAIS saídas, que incrementa risco de detecção, dispositivos de
1. Influenciar na VONTADE DELITIVA DO AGENTE segurança, vídeo vigilância, melhoras na iluminação do bairro
etc.
2. Dificultar a prática do crime
v. RECOMPENSAS:
3. Diminuir as oportunidades ao criminoso
1. Almeja demonstrar ao infrator que haverá redução de
III. ESFORÇO: ganhos ou recompensas com a prática do delito, diminuindo o
1. Pretende dificultar a prática do delito pelo infrator. estímulo para a prática do mesmo. Ex. substituição do dinheiro
Barreiras físicas, muros, portas, vigilantes, porteiros etc. como meio de pagamento por cartões, marcação de objetos
Aumenta-se o esforço do criminoso, diminui-se sua com números de série, que se retirados diminuem seu valor.
vontade. Ex. relógios.

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

A PREVENÇÃO TERCIÁRIA é uma espécie de PREVENÇÃO SE UMA OCORRÊNCIA QUE DEMANDARIA UMA INVESTIGAÇÃO
DIRETA SOBRE A CRIMINALIDADE? Fundamente. MAIS APROFUNDADA, EM SEDE DE INQUÉRITO POLICIAL, NÃO
FOR LEVADA ADIANTE E TERMINAR SENDO ARQUIVADA,
E. PREVENÇÃO SITUACIONAL TRATA-SE DE UMA SUBNOTIFICAÇÃO CRIMINAL DE ALGUMA
ESPÉCIE? JUSTIFIQUE.
vi. SENTIMENTOS DE CULPA NO INFRATOR
1. estimulação da conscientização, reforçando a
condenação moral da conduta do infrator. Medidas que ESTUDO DAS CRIFAS EM CRIMINOLOGIA
reforcem positivamente o comportamento conforme as regras
de conduta. Teoria da VERGONHA REINTEGRADORA. Ex. Origem → Sutherland, citado em sua teoria, Teoria da
Campanhas contra beber e dirigir, que apelam para o lado Associação Diferencial, abrindo assim a visão da
emocional. sociedade em relação aos crimes que por não se ter
conhecimento não pode se afirmar que tal crime não
acontece.
Primeiros a identificar parcela de crimes não reportados →
matemático belga Quetelet e francês Garry → Escola
Cartográfica – Estatística

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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

ESTUDO DAS CRIFAS EM CRIMINOLOGIA ESTUDO DAS CRIFAS EM CRIMINOLOGIA


1. Cifra Negra
2. Cifra Dourada
• englobam todas as demais cifras
• parcela grande dos crimes que não chegam ao conhecimento
• Crime não é atuação meramente das classes menos
policial
favorecidas, seja por falta de recursos financeiros, moradia,
saúde, educação, lazer entre outros fatores.
• seja praticado por pessoas do alto-escalão, contra meio
ambiente, crimes patrimoniais não descobertos, desídia da vítima, • São delitos de fraudes, desvios de verbas públicas ou
violência doméstica, vitimização secundária etc. privadas, sonegações fiscais, que por atuarem em
determinadas áreas detém de conhecimentos
2. Cifra Dourada especializados, habilidades e informações privilegiadas,
• Termo cunhado por Edwin H. Sutherland → aos crimes que fatores que maior parte da sociedade não os tem, com o fim
são praticados por pessoas do alto-escalão, estes que por de utilizar de maneira desviante a Legislação vigente em
pertencerem as camadas mais altas da sociedade, que favor próprio ou alheio, sempre ensinados e aprendidos por
praticavam outros delitos, de maior complexidade e alto valor pessoas do próprio meio de convivência.
econômico, diferenciando-os dos demais criminosos.
• Teoria da Aprendizagem social
• Representa a criminalidade de 'colarinho branco' → maioria
dos crimes desses autores não são descobertos ou apurados.

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA

ESTUDO DAS CRIFAS EM CRIMINOLOGIA ESTUDO DAS CRIFAS EM CRIMINOLOGIA

3. Cifra cinza 4. Cifra Amarela


• ocorrências que até são registradas porém não se • Cifras Amarelas são aquelas em que as vítimas são
chega ao processo ou ação penal por serem solucionadas pessoas que sofreram alguma forma de violência cometida
na própria Delegacia de Polícia. por um funcionário público e deixam de denunciar o fato aos
órgãos responsáveis por receio, medo de represália.
• Arquivamento dos BOs, Inquéritos sem solução, falta de
efetivo para investigação, desistência da vítima, falta de 5. Cifra Verde
colaboração da vítima (ex. não faz exame de corpo de
delito, se arrepende de ofertar provas, se arrepende de • Parcela de crimes ambientais que não chegam ao
denunciar colega, parente, amigo; decadência do prazo de conhecimento das autoridades, por exemplo: maus tratos,
representação). ferir ou mutilar animais silvestres, domesticados, pichações
de paredes, monumentos históricos, prédios públicos etc.
• Conciliações na Delegacia - poder policial como Até pela falta de estrutura de Polícia Ambiental.
estrutura mediadora ou de resolução de conflitos -
NECRINS

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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA
ESTUDO DAS CRIFAS EM CRIMINOLOGIA
A NOÇÃO PURA E SIMPLES DE UM CASTIGO MEDIDO EM
RELAÇÃO AO MAL REALIZADO, ESTÁ RELACIONADA COM
6. Cifra Rosa
ALGUM MODELO DE REAÇÃO SOCIAL?
• São essencialmente os crimes de caráter homofóbico
que não chegam ao conhecimento do Estado. MODELOS DE REAÇÃO SOCIAL AO CRIME
• Outros consideram que são os crimes de violência A ocorrência de uma ação criminosa gera uma REAÇÃO SOCIAL
doméstica contra a mulher que não são reportados. (ESTATAL) em sentido contrário, partindo-se do princípio que toda
ação gera uma reação. Tal ação deve ser proporcional (Beccaria)
ao mal provocado pelo infrator.
1) Modelo DISSUASÓRIO
a. Repressão por meio da punição
b. Crime não compensa
c. Noção de CASTIGO
d. Beccaria – proporcionalidade.
e. Aplica-se a pena aos imputáveis e aos semi-imputáveis. Aos
inimputáveis aplica-se medida de segurança.

CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA
MODELOS DE REAÇÃO SOCIAL AO CRIME COM RELAÇÃO AO OBJETO DE ESTUDO DA CRIMINOLOGIA
MAIS IMPORTANTE PARA A ESCOLA POSITIVA, OU SEJA, O
3) Modelo RESSOCIALIZADOR
CRIMINOSO, QUAIS SÃO SUAS CONDICIONANTES
a. Intervém na vida e na pessoa do infrator PSICOLÓGICAS NO QUE SE REFERE À CRIMINOGÊNESE?
b. Não só aplica punição, mas busca reinserção social.
c. Participação da sociedade é importante, visando evitar a 1) FATORES CONDICIONANTES PSICOLÓGICOS - IMPORTANTE
estigmatização
4) Modelo RESTAURADOR a. Importante estudar alguns FATORES PSICOLÓGICOS que
a. Também chamado de INTEGRADOR influenciam na criminogênese. NÃO SÃO DOENÇAS ( FATORES
b. Também chamado de JUSTIÇA RESTAURATIVA PSICOPATOLÓGICOS) mas sim causas de ordem puramente
c. Visa restabelecer o “status quo ante”, ou seja, a restauração PSICOLÓGICA.
do estado anterior ao crime
b. ego fraco ou abúlico
d. Reeducação do infrator, assistência e reparação do dano à
vítima e o controle social afetado pelo crime. i. O famoso “Maria vai com as outras”, ou seja, pessoas altamente
e. Coloca frente a frente criminoso e vítima. influenciáveis, com pouca ou quase nenhuma vontade própria, cuja
f. Metodos alternativos de resolução de conflitos → acordo, vontade de terceiros prevalece sobre sua conduta. Não planejam delitos,
negociação, conciliação mas agem por influência de um mentor.
i. Ex. Transação penal, NECRINS, Sursis processual

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CRIMINOLOGIA CRIMINOLOGIA
COM RELAÇÃO AO OBJETO DE ESTUDO DA CRIMINOLOGIA COM RELAÇÃO AO OBJETO DE ESTUDO DA CRIMINOLOGIA
MAIS IMPORTANTE PARA A ESCOLA POSITIVA, OU SEJA, O MAIS IMPORTANTE PARA A ESCOLA POSITIVA, OU SEJA, O
CRIMINOSO, QUAIS SÃO SUAS CONDICIONANTES CRIMINOSO, QUAIS SÃO SUAS CONDICIONANTES
PSICOLÓGICAS NO QUE SE REFERE À CRIMINOGÊNESE? PSICOLÓGICAS NO QUE SE REFERE À CRIMINOGÊNESE?

1) FATORES CONDICIONANTES PSICOLÓGICOS - IMPORTANTE 1) FATORES CONDICIONANTES PSICOLÓGICOS - IMPORTANTE


c. mimetismo e. Necessidade de Status ou Notoriedade
i. Arte da imitação, ou seja, o indivíduo tenta imitar, copiar, i. Necessidade que as pessoas tem de estar em evidência,
uma pessoa que é dotada de comportamento criminoso na em um certo grupo, mesmo que para isso tenham que praticar
qual ela se espelha. Muito comum com os traficantes de crimes. É o caso do estelionatário que pratica crimes para
comunidades, por exemplo, que influenciam a conduta de diversas sustentar uma vida de luxo. O mesmo acontece com os
crianças e adolescentes. “Vida Bandida”. criminosos de colarinho branco, políticos etc.
d. Desejo de lucro imediato f. Insensibilidade Moral
i. Classe de pessoas altamente ambiciosas, que não
suportam o caminho comum e ordinário de trabalho, i. São pessoas cujo senso de compaixão, piedade e moral
economia e esforço para prosperar na vida. Tendem a buscar a estão deturpados. São altamente EGOCÊNTRICOS, e só se
“via rápida”, sem sacrifício pessoal, que a criminalidade promete. preocupam com seus interesses. Costumam se tornar
Muito comum em pessoas de classe média que querem torturadores, chefes do tráfico etc. Também chamados de
riqueza. LOUCOS MORAIS.

CRIMINOLOGIA
COM RELAÇÃO AO OBJETO DE ESTUDO DA CRIMINOLOGIA
MAIS IMPORTANTE PARA A ESCOLA POSITIVA, OU SEJA, O
CRIMINOSO, QUAIS SÃO SUAS CONDICIONANTES
PSICOLÓGICAS NO QUE SE REFERE À CRIMINOGÊNESE?

1) FATORES CONDICIONANTES PSICOLÓGICOS - IMPORTANTE


g. Espírito de Rebeldia
i. Necessidade de autoafirmação e de abandono das regras postas,
pessoas que estabelecem suas próprias regras de vida, sem
amadurecimento. Em suma, possuem “idade”, mas não tem “juízo”.
São pessoas que não amadureceram e praticam crimes pequenos, uso
recreativo de drogas, pequenos furtos, pichação, dano ao patrimônio
público etc. Também chamados de ANÔMICOS.

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