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CRIMINOLOGIA (TEORIA)
CRIMINOLOGIA:
1 Criminologia. 1.1 Conceito. 1.2 Métodos: empirismo e interdisciplinaridade. 1.3 Objetos da criminologia: delito, delinquente, vítima,
controle social.
2.Funções da criminologia. 2.1 Criminologia e política criminal.
3 Modelos teóricos da criminologia.3.1 Teorias sociológicas. 3.2 Prevenção da infração penal no Estado democrático de direito.3.3
Prevenção primária. 3.4 Prevenção secundária. 3.5 Prevenção terciária.3.6Modelos de reação ao crime.
MÓDULO I
1. Conceito.
2. Método
3.Objetos (Delito; Delinquente; Vítima e Controle Social)
4. Funções da Criminologia
5. Criminologia e Política Criminal (Abolicionismo Penal; Minimalismo Penal; Garantismo; Direito Penal do Inimigo; Política Criminal Atuarial)
MÓDULO II
MÓDULO II
MÓDULO III
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Criminologia | Ricardo Ziegler
• Fase Científica: (Escola Cartográfica, Positivismo • Medicina Legal: Psiquiatria Forense ( ESCOLA POSITIVA e
Criminológico, Antropologia, Biologia, Psicologia, Sociologia e NEUROCRIMINOLOGIA)
Ciências Jurídicas)
• Sociologia Criminal: visualiza o ilícito penal como fenômeno
• Paul Topinard: Usou pela primeira vez o termo “ Criminologia“ gerado no ambiente social (FERRI) (ESCOLA DE CHICAGO)
• 1ª Escola: Liberal Clássica: Beccaria “Dos Delitos e das • Economia do Crime: análise dos custos e benefícios da prática
Penas”-1764 do crime (TOLERÂNCIA ZERO)
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Três grandes instantes da vítima nos estudos criminológicos: Cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em
cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a
1) Idade do ouro/protagonismo da vítima: desde os primórdios influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da
da civilização até o fim da Alta Idade Média (lei de Talião, por vítima;
exemplo);
3.4.3. Processos de Vitimização:
2) Neutralização/esquecimento: surgiu com o processo
inquisitivo e com a assunção do poder público no monopólio • Vitimização Primária - Refere-se ao prejuízo derivado do
da punição; crime praticado, aos danos físicos, sociais e econômicos. Aqui
o indivíduo sofre diretamente a ação, os danos.
3) Revalorização/descobrimento: a partir do fim da Segunda
Guerra Mundial, quando se observou ser necessário dar • Vitimização Secundária - É a sobrevitimização do processo
contornos mais humanos às vítimas. penal. Consiste no sofrimento adicional imputado pela prática
da justiça criminal, o sofrimento de reviver os danos durante a
3.4.1. Vitimologia ação penal. Há que entenda que o réu também sofre ao reviver
o crime.
A vitimologia é a ciência que se ocupa da vítima e da
vitimização, cujo objeto é a existência de menos vítimas na • Vitimização Terciária - É ligada à cifra negra, também
sociedade, quando esta tiver real interesse nisso. (Benjamim chamada de cifra oculta da criminalidade, pela considerável
Mendelsohn) quantidade de crimes que não chegam ao Sistema Penal,
quando a vítima experimenta abandono e não dá publicidade
3.4.2. Classificação das Vítimas ao ocorrido.
Mendelsohn conclui que as vítimas podem ser classificadas Vitimização Primária - Relação: criminoso → vítima.
em três grandes grupos para efeitos de aplicação da pena ao
infrator: Vitimização Secundária - Relação: Estado (MP, polícia e etc)
» Primeiro grupo: vítima inocente: não há provocação nem → vítima.
outra forma de participação no delito, mas sim puramente
vitimal; Vitimização Terciária - Relação: Sociedade → vítima.
» Segundo grupo: estas vítimas colaboraram na ação
nociva e existe uma culpabilidade reciproca, pela qual
a pena deve ser menor para o agente do delito(vítima
provocadora);
» Terceiro grupo: nestes casos são as vítimas as que
cometem por si a ação nociva e o não culpado deve ser
excluído de toda pena.
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PORQUÊ SIM >>>>>> PORQUÊ NÃO Criminologia, Direito Penal e Política Criminal
DIREITO PENAL CRIMINOLOGIA POLÍTICA CRIMINAL
“A organização da sociedade é tal que os interesses da maioria Seleciona
Ciência empírica que
das pessoas seriam colocados em perigo caso se envolvessem comportamentos Estratégias e meios
estuda o crime, o
em fatos delitivos”. HIRSCHI, T. Causes of delinquency indesejados e os define de controle social da
criminoso, a vitima e o
como infração penal e criminalidade
controle social
impõe penas
3.5.1. Controle Social Informal:
CRIME --- NORMA CRIME --- FATO CRIME --- VALOR
Quais políticas
» Difuso(Informal): (espalhado na sociedade: família, mídia, Quais fatores
públicas desenvolver
Ex: Furto contribuem para a
religião, educação, associações, ideologias...) para diminuir o crime
incidência do furto?
de furto.
» O sistema informal vai socializando a pessoa desde a sua
infância (ex:estrutura familiar), e ele é, em geral, sutil e 5.1. MOVIMENTOS ATUAIS
não possui uma pena, além de ser mais ágil na resolução
dos conflitos que os mecanismos públicos. 5.1.1. ABOLICIONISMO PENAL:
3.5.2. Controle Social Formal: O mais famoso defensor dessa escola, Louk Hulsman, no seu
lendário livro Penas perdidas, atesta que as sanções criminais
» Institucionalizado(Formal): (passam necessariamente não servem para ressocializar ninguém, mas apenas para
pelo crivo do Estado, que pode ser punitivo ou não impor um castigo inútil e que deturpa ainda mais o criminoso. As
punitivo – com mais destaque para o punitivo que se dá penas são métodos de castigo/vingança por parte do Estado.
pelo sistema penal) Christiano Gonzaga. Manual de Criminologia . Editora Saraiva.
Edição do Kindle.
» Polícia judiciária e militar, Judiciário, Ministério Público,
Administração Penitenciária, etc. Os agentes do Estado Thomas Mathiense: Perspectiva Marxista que vincula o
atuam de forma subsidiária (ultima ratio), quando o Sistema Penal ao modo de produção capitalista , instrumento
controle informal não foi capaz de evitar o crime. de dominação que deve ser banido.
» Sistema Penal: poder legislativo, instituições policiais, Fundou a KROM ( Organização Norueguesa Anti-Carcerária)
ministério público e judiciário.
8 Premissas:
Processos de Criminalização:
1) A finalidade da prevenção especial é irreal;
• Zaffaroni, Alagia e Slokar sustentam que o sistema de 2) O fim da prevenção geral é incerto;
Administração da Justiça(PENAL) atua de forma altamente 3) Delitos Patrimoniais( bem disponível);
seletiva. Distinguem entre o que denominam criminalização 4) Irreversibilidade da construção de presídios;
primária e secundária: 5) Instituição Total Expansiva;
6) Desumanidade das prisões;
• 1ª seleção: Poder Legislativo(criminaliza condutas) 7) Produz Violência;
• 2ª seleção: Polícias + MP e Tribunais 8) Elevado custo carcerário
Luiz Flávio Gomes e García-Pablos de Molina ( Perspectiva Michel Foucault: Zaffaroni (1991, P- 101) afirma que,
Moderna das Funções da Criminologia): embora Foucault (1926-1984) – Vigiar e Punir “não possa ser
considerado um abolicionista no sentido dos demais autores”,
A função prioritária da Criminologia seria aportar um núcleo foi, inequivocamente, um abolicionista, por ter produzido, em
de conhecimentos seguros e fundamentados acerca do crime, uma perspectiva estruturalista, subsídio teórico a este saber
do criminoso, da vítima e do controle social. contracultural.
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NATACHA ALVES DE OLIVEIRA – Criminologia(Sinopse)- Ed. XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação
JusPodvm de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem
constitucional e o Estado Democrático;
SOCIEDADE DISCIPLINAR e PANOPTISMO(Deslegitimidade do
Poder Punitivo e Falso Humanismo e Ressocializador LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se
esta não for intentada no prazo legal;
5.1.2. MINIMALISMO PENAL:
» Raízes Filosóficas : Rousseau, Hobbes, Kant.
» Limitação do Direito Penal à tutela de bens jurídicos
relevantes(SUBSIDIARIEDADE E FRAGMENTARIEDADE). » Günter Jakobs - Funcionalismo Sistêmico -1985
» Dignidade da Pessoa Humana(Veda Pena de Morte);
» Legalidade , Reserva Legal ( anterioridade, escrita, estrita » Direito Penal do Cidadão vs. Direito Penal do Inimigo
e taxatividade).
» Princípio da lesividade (atitude interna, alteridade,penal » “A transição da qualidade de “cidadão” para “inimigo” dá-se
do fato) a partir da reincidência, da habitualidade, da delinquência
» Insignificância profissional ou da integração à organização criminosa”
» Lei 9.099/95 ( Medidas Despenalizadoras) (MASSON, 2017, p. 114)
» Reforma do Código Penal de 1984 - (Art. 43 Penas
Restritivas de Direito) » “Criminosos econômicos, terroristas, delinquentes
» Extinção do Crime de Adultério (Art. 240 – Lei 11.106/2005) organizados, autores de delitos sexuais são os indivíduos
» Art. 28 da Lei 11.343/06. potencialmente tratados como inimigos, aqueles que se
» Extinção da Punibilidade Crimes Tributários SV 24 afastam de modo permanente do Direito e não oferecem
» STF e STJ ( Principio da Insignificância) garantias cognitivas de que vão continuar fiéis à norma.
Assim, por não aceitarem ingressar no estado de cidadania,
5.1.3. GARANTISMO PENAL: Ferrajoli (DIREITO E RAZÃO, 1990) não podem participar dos benefícios do conceito de ‘pessoa.
Uma vez que não se amoldam em sujeitos processuais não
Sistema jurídico-processual penal que respeite os direitos e fazem jus a um procedimento penal legal, mas sim, um
garantias fundamentais. procedimento de guerra” LUIZ FLÁVIO GOMES.
Três prismas e dez axiomas (Ferrajoli): Art. 5º Realizar atos preparatórios de terrorismo com o
propósito inequívoco de consumar tal delito:
∙ Modelo normativo – Limites formais à atuação punitiva
do Estado legislador. Pena - a correspondente ao delito consumado, diminuída de
∙ Teoria Jurídica – Necessidade de que o garantismo, um quarto até a metade.
assim entendido como o respeito aos direitos e garantias
fundamentais, não fique apenas no plano normativo, mas Art. 6º Receber, prover, oferecer, obter, guardar, manter
também seja verificado quando da operacionalização do em depósito, solicitar, investir, de qualquer modo, direta
sistema. ou indiretamente, recursos, ativos, bens, direitos, valores
∙ Filosofia Política – Limites materiais à atuação punitiva ou serviços de qualquer natureza, para o planejamento, a
do Estado, que deve saber separar direito e moral, preparação ou a execução dos crimes previstos nesta Lei:
criminalizando apenas aquilo que for capaz de atentar
seriamente contra a vida em sociedade. Pena - reclusão, de quinze a trinta anos.
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e 2ª velocidade: Passa a privilegiar penas alternativas,
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei; restritivas de direito( Reforma Penal de 1984, Lei 9.099/95,
Art. 28 da Lei 11.343/06)
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis
de graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de 3ª velocidade: Imposição de penas sem garantias penais
entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos e processuais. Os atentados terroristas deram margem a
como crimes hediondos, por eles respondendo os mandantes, essa velocidade: mitigam certos direitos e princípios para
os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; reprimir esses crimes. (Crimes Hediondos e Crime Organizado)
(DIREITO PENAL DO INIMIGO)
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4ª velocidade: Chamado de neopunitivismo por Daniel Pastor, vislumbrar uma decisão totalmente racional), buscar por
relaciona-se ao Direito Penal Internacional, caracterizando- meio da pena atingir objetivos econômicos. Neste modelo,
se pela aplicação, pelo Tribunal Penal Internacional - TPI, a criminalidade é compreendida enquanto fruto de um erro
das normas de direito internacional a pessoas que atuaram de cálculo, de um erro de antecipação”. DIETER, Maurício
como Chefes de Estado e, nesse mister, violaram gravemente Stegemann. Política criminal atuarial: a criminologia do fim da
tratados internacionais de direitos humanos. (GADDAFI,Libía história. Rio de Janeiro: Revan, 2013.
e Bizimungu; Ruanda)
DIREITO PENAL
• Teoria das Janelas Quebradas( Broken Windows)
DIREITO PENAL
• Experiência Phillip Zimbrado ( Bronx e Palo Alto) - ABOLICIONISMO MINIMALISMO GARANTISMO
MÁXIMO +
5.2. RESULTADOS:
5.3. CRÍTICAS:
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c. Princípio da Culpabilidade: O delito é expressão de uma I. O Criminosos diferencia-se dos não-criminosos por sinais
atitude reprovável, porque contraria valores e normas; físicos e psíquicos.
II. O criminoso é um ser atávico( degeneração)
d. Princípio da Finalidade ou da Prevenção: A pena não tem III. Variação transmitida hereditariamente
somente função de retribuir o mal, mas a de prevenir o
crime; • Recepção no Brasil – Eugenia – contorno racistas.
f. Princípios do Interesse social e do delito natural: O • O criminoso: Não é dotado de livre arbítrio, é um ser anormal
núcleo central dos delitos definidos nos códigos das sob a ótica biológica e psicológica;
nações civilizadas representa ofensa de interesses
fundamentais.(delitos naturais), apenas uma pequena • A pena: baseada no determinismo, prevenção especial
parte viola arranjos políticos e econômicos ( delitos negativa( neutralização).
artificiais) .
• Método: Empírico e indutivo
Escola Liberal Clássica da Criminologia
• Autores: Lombroso(antrobiológica), Ferri(sociológica) e
• ILUMINISMO – Concepção Liberal do Estado de Direito Garofalo(jurídica)
• Processo Filosofia do Direito Penal >>>>> Ciência do Direito Criminologia Moderna ( Virada Sociológica)
Penal
MODELOS TEÓRICOS
• Dos Delitos e das Penas – Pressupostos para uma teoria TEORIAS DO CONSENSO(paradigma TEORIAS DO CONFLITO
etiológico) (paradigma da reação social)
jurídica do delito e da pena.
Escola de Chicago Criminologia Radical/Crítica
• “As penas que ultrapassam a necessidade de conservar o Teoria do Etiquetamento
Teoria da Associação Diferencial
depósito de saúde pública são injustas por natureza.[...]tudo o (Labeling Approach)
mais é abuso e não justiça, é fato e não direito” BECCARIA
Estrutural Funcionalismo(Teoria da
Anomia)
• O crime: É um ente jurídico (decorre da violação de um direito);
Subcultura Delinquente
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• O pensamento criminológico moderno é influenciado por duas 2) O desvio é um fenômeno normal de toda estrutura social.
visões:
3) Somente quando ultrapassados determinados limites o
• TEORIA DO CONSENSO - defende que o escopo da sociedade, fenômeno do desvio é negativo, seguindo-se um estado de
a convivência harmoniosa, é alcançado quando suas desorganização, no qual o sistema de regras de conduta perde
instituições funcionam perfeitamente, caracterizadas quando o valor ( ANOMIA)
as pessoas buscam objetivos comuns e aceitam respeitar as
normas vigentes 6.3. ESTRUTURAL-FUNCIONALISMO – MERTON
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“O fato de uma pessoa torne-se ou não um criminoso • Os criminosos do colarinho branco não consideravam ilegais
é determinado, em larga medida, pelo grau relativo de suas manobras criminosas, senão uma habilidade empresarial
frequência e de intensidade de suas relações com os dois tipos para alcançar seus objetivos.
de comportamento. Isto pode ser chamado de processo de
associação diferencial.” 7.2. Teoria das Subculturas Criminais
O comportamento criminoso se aprende(não é hereditário); * Relação de compatibilidade com a Teoria Estrutural Funcionalista
e Associação Diferencial; ( dificuldade de adaptação de classes)
O aprendizado depende de um processo de comunicação;
*Não funda um grupo autônomo de teoria combinada com outros
O comportamento criminosos se aprende, sobretudo, elementos, no interior de um quadro de teorias complexas.
no interior de um grupo, família, amigos íntimos. (requer
pessoalidade); * Subculturas Criminais representam a reação das minorias
desfavorecidas e a tentativa de ser orientarem dentro da
O aprendizado inclui técnicas de execução do crime e direção sociedade em virtude das reduzidas possibilidades legítimas de
específica de motivos, razões e atitudes e desejos; agir.
A orientação dos motivos justificam a interpretação favorável *A etiologia do crime, diferentemente da Teoria Ecológica(Escola
ou desfavorável ao valor das normas jurídicas; de Chicago), não está atrelada necessariamente à desorganização
social, mas sim associada aos sistemas de normas e valores
+ CONTATO com quem despreza as normas = Comportamento distintos para com a sociedade tradicional.
Criminoso
A teoria da subcultura do delinquente(juvenil) possui seis
As associações diferencias variam por conta Frequência, características:
Duração, Prioridade e Intensidade; I. Não utilitarismo da ação: o crime é praticado por prazer,
sem um fim útil.
O mecanismo de aprendizagem da conduta criminosa são os II. Malícia da conduta: o crime é praticado para causar
mesmos para qualquer tipo de aprendizagem; desconforto alheio.
III. Negativismo da ação: o crime é praticado para rechaçar
O comportamento criminoso é a expressão de um conjunto de valores dominantes.
necessidades e valores; IV. Flexível: Não se especializam em um desvio;
V. Hedonista: Não há metas de longo prazo; não exige muito
7.1.2. White Collar Crimes ( Crimes do Colarinho Branco) planejamento, busca do prazer imediato;
VI. Reforçadora do Grupo: Integrantes são solidários ao
• 05 de dezembro de 1939 – Conferência na Sociedade grupo e hostis a outros grupos.
Americana de Sociologia;
7.3. Teorias do Conflito(Reação Social)
• Gangsterismo -→ Fim da Visibilidade
Teoria Expoentes
Objeto Palavras-Chave
(Escola/Obras) (Autores)
• “um crime cometido por uma pessoa respeitável e com
elevado status social, no curso de seu trabalho” praticado Luta de Classes,
por quem viola as leis destinadas a regular suas atividades Marx, Rusche, Criminalidade
Kirchmayer,Juarez inerente ao
profissionais. Criminologia
Cirino. Alessandro capitalismo,
Crítica/Radical
Baratta, Nilo única que
• Sutherland supera a definição dogmática-jurídica , a Batista, Zaffaroni. propõe solução
Sistema Penal
danosidade social da propaganda enganosa, dumping, cabal.
(Quem Pune,
concorrência desleal equiparam-se a delitos. Porquê Pune,
Teoria Como Pune)
Reação Social,
• Cifras Douradas. Etiquetamento/ Garfinkel,
Interacionismo
Rotulação Goffman, Eriksan,
Simbólico,
(Labelling Becker, Shur e
• Elementos do Crime de Colarinho Branco: Cifra Negra,
Approach – The Sack.
Etiquetamento.
Outsiders)
1) Existência do crime;
2) o fato de ser cometido por pessoas respeitáveis;
3) o elevado status social do criminoso;
4) o fato de ser relacionado com as ocupações profissionais;
5) violação da confiança;
6) a danosidade social da conduta.
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Criminologia | Ricardo Ziegler
∙ Edwin H. Sutherland, quando criticou as ocorrências No grupo de reféns, havia um funcionário iraniano chamado
criminais jamais conhecidas pelas autoridades. Abbas Lavasani, que discutia, com frequência, com os
∙ Resultado da diferença entre os crimes conhecidos e terroristas dizendo que jamais se dedicaria ao Aiatolá e que
os ocultos. seu compromisso era com a justiça da revolução islâmica.
∙ O termo cifra negra (zona obscura, dark number ou
ciffre noir), em suma, refere-se à porcentagem de O clima entre Lavasani e os terroristas era o pior possível
crimes não solucionados ou punidos, à existência de um até que, em determinado momento do sequestro, quando
significativo número de infrações penais desconhecidas decidiram que um dos reféns deveria ser morto para
“oficialmente” (nota). que acreditassem nas suas ameaças, os sequestradores
∙ “Tronco” dos demais (sub)tipos de Cifras. escolheram Lavasini e o executaram.
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