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SOCIOLOGIA

O SURGIMENTO DA SOCIOLOGIA
A sociologia, como ciência, surgiu na Europa devido a consolidação da
sociedade moderna capitalista (Sec. XIX). Ela foi desenvolvida devido a
passagem da sociedade feudal à sociedade capitalista, buscando compreender
a perda do absolutismo.
O surgimento da Sociologia foi um progresso que envolveu três grandes
revoluções:
1) Econômica (Revolução industrial)
2) Política (Revolução Francesa)
3) Filosófica (Iluminismo)

Renascimento
Durante o renascimento ocorre um período de transição do Medieval para
a Modernidade e passa a colocar o humano como agente de sua própria
existência, dizia que o ser humano deveria servir a sua comunidade de maneira
ativa.
Os traços do renascimento foram o racionalismo, individualismo e
antropocentrismo, isso causou uma valorização da busca cientifica e tecnológica
dentro do plano cultural, questionando a visão religiosa, reconhecendo a
burguesia comercial como estrutura social, ou seja, a ascensão da burguesia e
diminuição da religiosidade.
A burguesia passa a crescer e aquela concepção de sociedade estamental
medieval passa a ser alterada, visto que os burgueses não eram nobres, mas
tinham tanto ou mais dinheiro quanto os nobres.

Iluminismo
O iluminismo (Sec. XVII) foi um movimento intelectual que defendia o uso da
razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade. Nesta
época tinha como princípio o racionalismo e liberalismo, isso instituiu a ciência
como forma de entendimento do mundo, sendo o oposto das explicações
oferecidas pela religião ou da tirania política.
Os ideais iluministas eram contra o antigo regime feudal, que era sustentada por
crenças e misticismos impostos por uma autoridade inquestionável, com isso,
eles projetaram um novo cenário intelectual e político ideal, baseado na
justificação jurídica e política dos poderes e na separação entre Estado e Igreja
Revolução Francesa
A Revolução Francesa (Sec. XVIII) foi causada devido a alteração da pirâmide
social, com ascensão da burguesia, e a consolidação da sociedade de classes.
Isso gerou uma reconfiguração da política decorrente da derrubada do Antigo
Regime Absolutista e a consolidação do modelo político liberal, impondo uma
nova maneira de ver o mundo baseada na razão. Tinha como princípio a
igualdade, liberdade e fraternidade.
O sistema feudal dava privilégios aos cleros e a nobreza, enquanto a burguesia
tinha que arcar com as custas. Com a insatisfação do povo e da burguesia,
derrubaram o absolutismo, acabando com os privilégios, e implementam um
estado liberal, com assunção do liberalismo econômico e desenvolvimento do
capitalismo, construindo uma nova sociedade cidadã.
Revolução Francesa teria deixado um cenário caótico e instável, que
necessitava de correção para que houvesse uma retomada do crescimento
econômico, social, moral, científico e político do mundo. Dessa maneira, foi
necessária para o desenvolvimento de um novo pensamento político, então
Comte formulou as ideias positivistas, que foram o centro dessa primeira
produção sociológica.

Revolução Industrial
A Revolução Industrial (Sec. XVII/XIX) foi resultado do renascimento e da
expansão marítima, ela causou uma explosão demográfica, urbanização,
produção em larga escala, mão de obra barata e abundante. Deu origem a novos
grupos sociais: a burguesia capitalista e o proletariado urbano. Isso possibilitou
o estabelecimento do trabalho livre e assalariado
A consolidação da burguesia enquanto classe dominante e a formação do
capitalismo industrial firmaram-se com a mudança da economia, antes baseada
na manufatura e agora baseada na produção industrial, que gerou a divisão
acirrada de classes sociais. Isso ocasionou uma intensa explosão demográfica
nos centros urbanos que se industrializaram, como Londres e Paris, pois as
pessoas migraram do campo para as cidades em busca de melhores condições
de vida.
A falta de emprego para todo mundo resultou em miséria, fome, aumento
significativo da violência e alastramento de doenças. O caos desse novo cenário
europeu era, para Auguste Comte, mais um atestado de que era necessária uma
ciência capaz de estudar e reordenar a sociedade, a fim de colocar a
humanidade novamente no rumo do progresso.
TEORIAS SOCIOLÓGICAS
A sociologia busca uma abordagem científica da realidade, se contrapondo dos
outros tipos de conhecimento como o religioso, filosófico e senso comum.

Senso Comum
O senso comum é a maneira de pensar da maioria das pessoas, correspondendo
a algumas noções que são admitidas por boa parte dos indivíduos. São
conhecimentos empíricos que que não passa por reflexão, ou seja, não se
baseiam no método científico, sendo acumulamos ao longo da vida e passados
de geração em geração.
A característica do senso comum é a falta de fundamentação sistêmica, ou seja,
recebem e emitem toda e qualquer informação sem questionamentos e
investigações, sem saber por que é o que significam. São processos acríticos
nos quais os indivíduos possuem um conjunto de informações sem saber
realmente o que significam. Os conhecimentos são utilizados no cotidiano como
se fossem verdadeiros e definitivos, mas são mais propensas a parcialidades e
irracionalidades.

Conhecimento Cientifico
O conhecimento científico é baseado em observação e experimentação,
fundamentado em um método cientifico rigoroso, e busca evitar ambiguidades
ao tentar fugir de dogmas, alienação, emoção para alcançar o conhecimento
verdadeiro.
Teóricos da Sociologia
Auguste Comte
O francês Auguste Comte (1798-1857) se referiu a sociedade como uma “física
social” e é considerado o fundador da sociologia. A primeira escola com
pensamento sociológico foi nomeada de positivismo, devido a busca de um
conhecimento seguro e positivo da realidade social.
Comte acreditava na investigação cientifica nas questões socias para o retorno
do equilíbrio social, que estava muito abalado. Ele acreditava que os problemas
sociais iriam ser resolvidos com a progressiva aplicação da racionalidade
cientifica em todos os segmentos da sociedade.
O positivismo tenta explicar a realidade social pela ciência, comparando a
sociedade com o corpo humano, universo e elementos químicos. Para os
adeptos ao positivismo, a sociedade era um organismo complexo e harmônico,
onde os movimentos tinham uma ralação mecânica. Para explicar a sua teoria
positivista, o filósofo estabeleceu a Lei dos Três Estados, que descrevia os três
estágios de desenvolvimento da humanidade.

• Estado Teológico: o ser humano, em seus primórdios, necessitava


encontrar explicações para os fenômenos naturais. Essas explicações
eram fornecidas por narrativas mitológicas e religiosas, pois, ao não
conseguirem explicar a natureza, os homens criaram seres sobrenaturais
para fundamentarem as suas explicações.

• Estado Metafísico: O ser humano já não se contentava mais com as


explicações religiosas e passou a formular teorias racionais para
conjecturar as possíveis causas dos efeitos observados na natureza.
Nesse estágio, ainda há a prevalência do raciocínio sem a observação da
própria natureza.

• Estado Positivo: O ser humano entendeu que, para encontrar respostas


sobre a natureza, ele deveria procurar as explicações na própria natureza.
Nesse ponto, haveria o desenvolvimento das ciências e de um modo de
pensar o mundo por meio do entendimento desse como algo que está
dado fisicamente.
Emile Durkheim
É considerado o “pai” da sociologia. Estudou como cada parte da sociedade
desempenha uma função na estabilidade da sociedade como um todo. Ele diz
que cada individuo não funciona isoladamente, que toda a sociedade depende
de cada parte, podendo ser instituições, grupos sociais, agencias estatais e a
família. Sociedade é como um organismo em busca de harmonia.
Ele procurou definir métodos e teorias própria para a sociologia e, por isso, a
pesquisa deveria ser imparcial para que os estudos não fossem contaminados
pelas impressões, preconceitos e senso comum.
Segundo Durkheim, existem “Fatos Sociais”, que são “exterioridade das
consciências individuais” ou “ação coerciva nas mesmas conscienciais”,
impregnados nos indivíduos da sociedade. Isso significa que os fatos sociais são
maiores que qualquer consciência individual e eles criam o que o sociólogo
chamou de “Consciência Coletiva”.
A consciência coletiva da sociedade não é a soma das consciências individuais,
mas é exterior e independente ao indivíduo, ou seja, a sociedade que molda e
produz as ações individuais.
Os fatos socias possuem dois princípios:

• Coercitividade: são impostos e exercem influência nos indivíduos.


Quando não cumpridos, ocorrerá punição ou censura.

• Generalidade: são coletivos e não individuais: servem e atingem toda a


sociedade e camadas sociais.

Durkheim afirma que há uma solidariedade social e a divisão social do trabalho,


que mantem a coesão entre os indivíduos, impedindo um caos. Esta
solidariedade social pode ser dividida em:

• Solidariedade mecânica: A sociedade como um todo é fechada como um


mecanismo autônomo. Há aqui maior coesão social e ausência da divisão
social do trabalho, que fecha a sociedade e promove a ajuda mútua entre
as pessoas. Também há uma forma de direito mais primitiva que
considera o ato social indesejado um crime contra toda a sociedade e que
deve ser exemplarmente punido por meio do suplício público e do castigo
físico.

• Solidariedade orgânica: Há a divisão social do trabalho e a desigualdade


social, que fecha os grupos em seus interiores e promove a solidariedade
apenas entre os grupos fechados que enxergam a irmandade apenas
entre si.
Max Weber
Para weber, a sociedade não é um fator externo e superior aos indivíduos que
nela vivem, mas sim os comportamentos e ações da população, com isso, ele
passa a estudar as ações sociais, sendo conhecida como sociologia
compreensiva.
A ação social é qualquer ação que o individuo pratica orientando-se nas ações
dos outros.
Tipos de ações sociais:

• Ação social racional com relação aos fins: escolha dos melhores meios
para se realizar um fim

• Ação social racional com relação a valores: a escolha é orientada pelos


valores éticos, religiosos, políticos ou estéticos

• Ação social afetiva: movida por sentimentos

• Ação social tradicional: motivada pelos costumes e hábitos

Para weber, as ações individuais são internalizadas na consciência dos


indivíduos através de uma dominação legitima.
A dominação legitima é o agir/vontade do dominante aplicado na prática social
do dominado sem qualquer tipo de resistência.
Tipos de dominação

• Tradicional: obediência a costumes.

• Carismática: obediência em uma figura extraordinária.

• Racional-legal: Obediência de regras e leis.


Karl Marx
Marx dedicou o estudo na vida material dos indivíduos que, para ele, era de
extrema importância, tendo em vista que os fenômenos sociais eram sujeitos aos
meios materiais, criou assim um método de análise social chamado de
materialismo histórico dialético e estabeleceu a necessidade de uma revolução
para que houvesse uma mudança efetiva na sociedade.
Para Marx, o capitalismo é uma etapa do desenvolvimento da sociedade, sendo
um sistema injusto pois é baseada na exploração da classe trabalhadora por
parte dos burgueses, sendo apenas eles que enriqueciam enquanto os operários
viviam na miséria.

Segundo Marx, as classes sociais são as desigualdades do sistema capitalista,


onde a classe dominadora (burguesia) manipula a consciência da classe
trabalhadora através da disseminação de ideologias, trazendo uma falsa
consciência das relações de dominação. Também ocorre a alienação da classe
trabalhadora, que é retirar dos trabalhadores a capacidade de reconhecerem o
valor de seu trabalho.
A saída apontada por Marx era uma revolução que uniria a força de todos os
trabalhadores a fim de derrubar o sistema capitalista e tomar o controle dos
meios de produção (as fábricas).
Após a revolução, um Estado forte e ditador seria criado e gerido pelos
trabalhadores, esse Estado deveria controlar toda a antiga propriedade privada
como propriedade pública, além de inviabilizar a criação da primeira. Esse
Estado ditador era chamado de Estado socialista. A tendência, na visão dos
autores, é que ele evoluiria para um Estado comunista perfeito, já sem a
propriedade privada e sem a divisão de classes sociais.
PROCESSO DE SOCIALIZAÇÃO
O processo de socialização está relacionado com a construção da identidade
cultural de um sujeito. Essa identidade cultural é definida pelos costumes,
crenças, normas e valores pelos quais as pessoas de uma cultura determinam
suas ações em relação à sua realidade
Para o sociólogo Anthony Giddens e outros estudiosos, esse processo é
motivado por alguns agentes e acontece em duas fases distintas. São elas:

• Primária: Período de aprendizagem na infância e que ocorre por meio


das relações familiares e escolares. Esse é o momento em que os
sentimentos, regras e comportamentos são nomeados e trabalhados para
que haja uma repetição por parte da criança.

• Secundária: Etapa em que o indivíduo já foi inserido em diferentes


contextos (espaços de trabalho, religiosos, lazer, políticos, etc.) e
participou de diversas interações. Os papéis sociais também são
estabelecidos, revelando os comportamentos e/ou características que
precisam ser seguidos.

INSTITUIÇÕES SOCIAIS
Instituição social é todo tipo de organização que promove integração social,
através de regras e hábitos, sendo que o objetivo desses procedimentos é
organizar a nossa sociedade.
Segundo o sociólogo Émile Durkheim, elas possuem um papel pedagógico e nos
ensinam como ser parte da sociedade em que nascemos.
De acordo com Weber, elas foram criadas para integrar o indivíduo à sociedade
e são o motivo para existir a coesão social.
As instituições sociais possuem quatro classificações, são elas:

• Espontâneas: surgem a partir de relações estabelecidas entre seres


humanos, por exemplo, a família.
• Criadas: foram criadas para organizar a sociedade, alguns exemplos são
as instituições bancárias, os órgãos públicos e as empresas.
• Reguladoras: regulamenta diversos aspectos da sociedade, por
exemplo, as instituições legislativas, educativas e religiosas, o judiciário e
os órgãos de segurança pública.
• Operacionais: opera sobre diversos aspectos da sociedade, por
exemplo, o sistema financeiro.
Instituições Familiares
É a primeira instituição a qual ocorre o contato. Ela ensina as primeiras regras
que devemos seguir e guia-nos para os primeiros passos esperados pela
sociedade. Essa instituição baseia-se na afetividade para o ensinamento de
regras que devemos absorver e levar para o convívio social.

Instituições Escolares
É a instituição de socialização secundária por excelência. Ela é responsável por
introduzir o indivíduo nas normas sociais, legais e de comportamento que
devesse seguir para o resto da vida, além de prepará-lo para as duas etapas
sociais seguintes.

Instituições Religiosas
É a instituição com a qual a maioria da população tem contato. As religiões
apontam as normas sociais e morais que devem ser seguidas pela população de
uma determinada cultura, tornando-se, assim, muito importantes.

Instituições Politicas
São conglomerados de normas e regras sociais que compõem as instituições
sociais anteriores. O Estado é a última e mais complexa instituição social, pois
ele necessita da socialização primária promovida pelas famílias e de todas as
outras etapas descritas. O Estado é constituído por normas e regras regidas por
um corpo de leis. É no Estado que encontramos a maior impessoalidade e um
modo de agir mais técnico em sociedades civilizadas.
O Estado é a maior instituição social que cerca um indivíduo e é a instituição com
maior poder de coerção e ajustamento dos padrões de comportamento. Segundo
Max Weber, o Estado tem o poder de punição e ajustamento de conduta pela
força que nenhuma outra instituição social possui.
CULTURA E A INDÚSTRIA DA CULTURA
Conceitos Antropólogos de Cultura

De acordo com a Antropologia, o conceito de cultura diz respeito a um conjunto


de significados que dão sentido a uma sociedade. A partir daí, temos os valores,
as crenças, os costumes e os outros aspectos que contribuem para a construção
da identidade cultural de um grupo.
Pode-se definir como a rede de significados que dão sentido ao mundo que cerca
um indivíduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um conjunto de diversos
aspectos, como crenças, valores, costumes, leis, moral, línguas, etc.

Diversidade Cultural
Diversidade cultural são os vários aspectos que representam particularmente as
diferentes culturas, como a linguagem, as tradições, a culinária, a religião, os
costumes, o modelo de organização familiar, a política, entre outras
características próprias de um grupo de seres humanos que habitam um
determinado território.

Relativismo
Relativismo é uma corrente de pensamento que questiona as verdades
universais do homem, tornando o conhecimento subjetivo. O ato de relativizar é
levar em consideração questões cognitivas, morais e culturais sobre o que se
considera verdade.

Etnocentrismo
etnocentrismo é o ato de julgar a cultura do outro baseado na sua própria crença,
moral, leis, costumes e hábitos.

Identidade
Identidade é conjunto de atributos que caracterizam alguma pessoa, ou seja, é
a soma de caracteres que individualizam uma pessoa, distinguindo-a das
demais. Alguns fatores tais como a cultura, a história, o local e o idioma facilitam
o reconhecimento de uma pessoa no âmbito social, designando o seu
posicionamento em uma sociedade.
Cultura de Massa
A Cultura de Massa é o produto realizado pela Indústria Cultural como músicas,
filmes, series, teatros e outros, tendo o intuito de atingir a massa social. Portanto,
cultura de massas é o meio e o fim pelo qual se submetem as mais variadas
expressões culturais a um ideal comum e homogêneo.

Cultura Erudita
A cultura erudita pode ser definida como uma produção artística elaborada por e
para as pessoas da elite social. Note-se que elite dominante aqui se refere à
questão financeira e intelectual, com isso, o produto seria voltado ao público
intelectual, e só teria acesso a esse bem cultural aqueles que tinham maior poder
aquisitivo.

Cultura Popular
Cultura popular são as tradições, crenças e costumes construídos e
compartilhados por um povo, atingindo todas as classes. A cultura popular pode
ser nacional ou regional. O carnaval é uma expressão de cultura popular
nacional, pois é conhecido em todo país e fora dele inclusive, e as festas ocorrem
em todo território nacional.

Sociedade de Consumo
Entende-se por sociedade de consumo a era contemporânea do capitalismo em
que o crescimento econômico e a geração de lucro e riqueza encontram-se
predominantemente pautados no crescimento da atividade comercial e,
consequentemente, do consumo. Ou seja, como há mais produtos ofertados,
consequentemente haverá mais consumo.

Questões de Gênero e Minorias


O termo minoria refere-se, na sociologia, a grupos sociais historicamente
excluídos do processo de garantia dos direitos básicos por questões étnicas, de
origem, por questões financeiras e por questões de gênero e sexualidade.
TRABALHO, PRODUÇÃO E CLASSES SOCIAIS
O trabalho é qualquer atividade física ou intelectual cujo objetivo é fazer,
transformar ou obter algo para realização pessoal e desenvolvimento
econômico. O trabalho faz com que o homem molde a natureza a seu favor, o
processo de produção pelo qual ele sustenta a sua vida.
Produção é a transformação da natureza da qual resulta bens de consumo que
vão satisfazer as necessidades do homem. Portanto, produzir é dar uma nova
combinação aos elementos da natureza.
Classe social é um conceito da Sociologia que se refere à divisão
socioeconômica do mundo em um sistema capitalista. Há uma hierarquia de
grupos sociais, as classes, que possuem diferentes importâncias e ocupam
diferentes cargos dentro da divisão social do trabalho.

Desemprego Conjuntural e Desemprego Estrutural


Desemprego conjuntural é aquele que surge em momentos de recessão da
economia causado, principalmente, por crises internas ou externas, reduções
no desenvolvimento econômico e no crescimento de um país.
Desemprego estrutural é aquele gerado pela introdução de novas tecnologias
ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos. Estes novos
elementos afetam os setores da economia de um país (indústria, comércio e
serviços), causando demissão, geralmente, em grande quantidade.

Subemprego e Informalidade
O subemprego é relacionado ao desemprego, pois ele surge quando pessoas
sem nenhuma ou pouca formação profissional necessitam de trabalho e optam
por empregos como, diaristas, catadores de papel, entre outros.
Trabalho informal é aquele exercido por trabalhadores que não possuem
vínculos com uma empresa, não obtendo, dessa forma, direito aos benefícios e
proteções sociais.

Terceirização
A terceirização é o fenômeno através do qual uma empresa contrata um
trabalhador para prestar seus serviços a uma segunda empresa – tomadora. A
tomadora se beneficia da mão-de-obra, mas não cria vínculo de emprego com o
trabalhador, pois a empresa-contratante é colocada entre ambos.
Capital Humano
Capital humano é um conjunto de hábitos, conhecimento, habilidades sociais e
de personalidade (incluindo criatividade) incorporados na capacidade de uma
pessoa em realizar seu trabalho, de modo a produzir valor econômico. São os
atributos adquiridos por um trabalhador por meio da educação, perícia e
experiência.

Neoliberalismo
O Neoliberalismo é uma doutrina socioeconômica que retoma os antigos ideais
do liberalismo clássico ao preconizar a mínima intervenção do Estado na
economia, através de sua retirada do mercado, que, em tese, autorregular-se-ia
e regularia também a ordem econômica.
Os teóricos neoliberais defendem a mínima cobrança de impostos e a
privatização dos serviços públicos. A doutrina neoliberal prega a menor
participação possível do Estado na economia, dando preferência aos setores
privados.

Toyotismo e Fordismo
O Toyotismo é um sistema de produção baseado na fabricação sob demanda.
O objetivo de eliminar o desperdício durante o processo e, principalmente, evitar
a acumulação de mercadorias no estoque.
O fordismo foi um modelo de processo que surgiu a partir da racionalização do
capitalismo, criando as chamadas "produções em massa" e o "consumo de
massa". Ele tem como foco a produção em massa, por meio do uso e auxílio das
máquinas. Além disso, dentro dele a lei é cultivar estoques, de modo a ter todo
o produto a pronta entrega.
No fordismo, o trabalhador conhece apenas uma função e há uma produção em
massa, o que implica diretamente na qualidade do produto, que é reduzida
conforme a escolha da matéria-prima mais barata, focando na quantidade e não
na qualidade.
O Toyotismo, por sua vez, o operário tem que saber de todo o processo do
produto, e só há produção a partir da demanda do cliente, o que evita os
estoques e o desperdício de dinheiro. Visa a qualidade do produto acima de tudo,
bem como a maior satisfação dos clientes.
PODER, POLÍTICA E IDEOLOGIA
Poder, segundo Weber, é a imposição da vontade de uma pessoa ou instituição
sobre os indivíduos. Essa imposição é direta e deliberada e pode ter aceitação
como força de ordem ou não.
Ideologia é um conjunto de ideias, valores, normas ou regras (de conduta) que
indicam e prescrevem aos membros da sociedade o que devem pensar e como
devem pensar. Existem ideologias políticas, religiosas, econômicas e jurídicas.

Conceito de Estado
Estado é uma instituição social que desempenha várias funções para as quais
uma delas é ser o principal elemento de coerção de uma sociedade politicamente
organizada. Ele tem duas formas elementares, Estado Antigo ou Pré-Moderno e
Estado Moderno.

Estado Moderno
O Estado Moderno é um estado racional que detém o monopólio do uso legítimo
da força física dentro do território que controla. O Estado é, para Weber, dotado
de legitimidade e dominação legal (condições que possibilita sua manutenção).

Tipos de Estados
As formas e características que o Estado assumiu ao longo da história:

• Estado absolutista;
• Estado liberal;
• Estado socialista;
• Estados nazista e fascista;
• Estado de bem-estar social;
• Estado neoliberal.

Conceito de Dominação
A dominação é sempre resultado de uma relação social de poder desigual, onde
se percebe claramente a existência de um lado que domina e outro que obedece.
Podemos assemelhar assim a dominação a qualquer situação em que
encontremos indivíduos subordinados ao poder de outros.
Nas palavras de Weber, dominação é a probabilidade de encontrar obediência
para ordens específicas (ou todas) dentro de determinado grupo de pessoas. Por
isso, a dominação (que é legitimada pela aceitação) confere a autoridade a quem
exerce o poder.

Alienação
Dissociação dos seres humanos de algum aspecto essencial de sua natureza ou
da sociedade, muitas vezes resultando em sentimento de impotência e
desamparo.
DIREITOS, CIDADANIA E MOVIMENTOS SOCIAS
São considerados Direitos Humanos todos os direitos políticos, sociais,
culturais e econômicos inerentes ao ser humano. Eles são uma série
de direitos garantidos a todos indivíduos e que garantem uma vida com
dignidade.
cidadania como o conjunto de direitos e deveres que dá ao indivíduo a
possibilidade de participar ativamente da vida e do governo do seu povo.
Movimentos sociais são ações e grupos organizados que representam causas e
objetivam alguma mudança social por meio da luta e da organização política. Os
movimentos sociais são ações coletivas mantidas por grupos organizados da
sociedade que visam lutar por alguma causa social.

Movimentos Sociais Urbanos


São movimentos por moradia, pela implantação ou melhoria dos serviços
públicos, como transporte público da qualidade, saúde ou
educação são exemplos de movimentos reivindicatórios urbanos de caráter
popular, relacionados ao direito à cidade e ao exercício da cidadania.

Movimentos Sociais Conservadores


Conservadorismo social é uma ideologia política ou moral que acredita que o
governo e/ou a sociedade possui um papel em encorajar ou estimular os valores
ou comportamentos que consideram tradicionais.

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