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UNB – Universidade de Brasília

Introdução a Sociologia – ISOL

Eduarda Teles Oliveira Mendes

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Fichamento: O que é Sociologia?


Os primeiros teóricos: Durkheim, Comte, Weber e Marx

A ruptura ocorrida com os novos modos de vida devido as era das revoluções
desafiou os pensadores a desenvolverem uma nova compreensão do mundo social e do
mundo natural. Os primeiros teóricos foram apanhados pelos acontecimentos que
cercaram as revoluções e tentaram de certa forma compreender sua emergência e
consequências potenciais.

 Augusto Comte

Conhecido como o pai da sociologia, usou o termo “física social” na sua ideia
principal, para distinguir suas próprias concepções das dos outros pensadores, então
cunhou o termo “sociologia,” a fim de descrever o assunto que ele queria estabelecer.
Comte dizia que a ciência era capaz de explicar as leis do mundo social da mesma
forma que a física, química e biologia eram capaz de explicar o mundo, assim, a
sociologia deveria revelar as leis universais.

A sua visão sociológica era a da ciência positiva, mas conhecido como


positivismo, método capaz de análise sociológica que buscará acima de tudo o
predomínio da ciência e da ordem social; Na visão positivista não se trabalha o conflito
como fator de transformação histórica, o conflito será sempre visto como um elemento
desagregador da ordem social.

Estabeleceu as leis dos três estados ou estágios de desenvolvimento social:


 Teológico: pensamentos/explicações guiados por ideais
religiosas e a crença da sociedade como expressão da vontade de Deus;
 Metafisico: a sociedade passa a ser compreendida em
termos naturais e não sobrenaturais. (Filosofia, conhecimento mais
racional)
 Positivo: evolução do mais simples para o mais
complexo; de menos desenvolvido para o mais desenvolvido.

Por fim, Comte dizia que a Sociologia contribuiu para a solução dos problemas
sociais decorrentes da revolução industrial, tendo em vista as necessárias estabilização
da ordem social burguesa, além de propor uma religião da humanidade que
abandonaria a fé e o dogma em favor de um fundamento cientifico. A sociologia
estaria no centro dessa nova religião.

 Emile Durkheim

Durkheim pensava que muitas ideias de seu predecessor eram demasiadamente


especulativas e vagas, e que Comte não tinha cumprido seu programa com sucesso. O
autor via a sociologia como uma nova ciência, assim a sociologia teria como papel
repensar o problema da ordem social, ressaltando a importância das instituições para
manter a coesão social. As estruturas teriam precedência sobre o indivíduo.

O fato social é toda “coisa” capaz de exercer algum tipo de coerção sobre o
indivíduo, sendo esta “coisa” independente e exterior ao indivíduo e estabelecia em
toda a sociedade. O fato social contribuem para a padronização das condutas e dos
pensamentos:
 Coercitivo: poder, força, uma sociedade se impõe aos
indivíduo (Poder)
 Exterior: relaciona ao fato de padrões culturais
 Geral: aos fatos sociais coletivos, não existem para um
único indivíduo, mas para um grupo.

Outro estudo importante para o autor é a relação sobre o indivíduo e a


sociedade ao suicídio. "O suicídio é, segundo Durkheim, “todo o caso de morte que
resulta, direta ou indiretamente, de um ato, positivo ou negativo, executado pela
própria vítima, e que ela sabia que deveria produzir esse resultado”. "Conforme o
sociólogo, cada sociedade está predisposta a fornecer um contingente determinado de
mortes voluntárias, e o que interessa à sociologia sobre o suicídio é a análise de todo o
processo social, dos fatores sociais que agem não sobre os indivíduos isolados, mas
sobre o grupo, sobre o conjunto da sociedade. Cada sociedade possui, a cada momento
da sua história, uma atitude definida em relação ao suicídio.

 Há três tipos de suicídio, segundo a etimologia de Èmile


Durkheim, a saber:

• Suicídio Egoísta: é aquele em que o ego individual se afirmar


demasiadamente face ao ego social, ou seja, há uma individualização desmesurada.
• Suicídio Altruísta: é aquele no qual o indivíduo sente-se no dever de fazê-lo
para se desembaraçar de uma vida insuportável.
• Suicídio Anômico: é aquele que ocorre em uma situação de anomia social, ou
seja, quando há ausência de regras na sociedade, gerando o caos, fazendo com que a
normalidade social não seja mantida.

 Max Weber

Max Weber compreendia que a sociologia busca apreender o sentido da ação


social e de seus nexos casuais, por isso os valores dos sujeitos envolvidos são levados
em conta. Seus interesses e preocupações se estenderam através de diversas áreas, duas
importantes: História e Antropologia.
Buscava compreender o modelo capitalista que se desenvolvia na Alemanha e
que apresentava, na época, uma fusão de elementos modernos e tradicionais. Tinha
como base a ação social como foco principal, que é quando um homem orienta seus
atos para outros indivíduos, ao mesmo tempo em que é influenciado por outra pessoa.
Assim, o ator social considera ou age para, no rumo de conta. Ele modela seus atos e
age sempre de forma refletida e tendo outros sujeitos em mente.
 Poder – imposição
 Autoridade – controle; regulamentação > regras e normas
 Autoridade tradicional – tradições e crenças
 Autoridade carismática – personalidade, carisma e empatia
 Autoridade legal, racional ou burocrática > burocracia – aparato
administrativo – conjunto de normas e leis impostas a todos.

 Karl Marx

Defendia a ideia de que a classe trabalhadora deveria unir-se com o propósito


de derrubar os capitalistas e aniquilar de vez a característica abusiva deste sistema que,
segundo ele, era maior responsável pelas crises que se viam cada vez mais
intensificada pelas grandes diferenças sociais. Acreditava que o homem era o centro do
mundo, igualmente ao ser social.
Marx criticava radicalmente o capitalismo e defendia a emancipação dos
homens numa sociedade sem classes e sua maior preocupação foi apresentar uma
explicação crítica sobre o funcionamento da sociedade burguesa.
 Materialismo histórico – condições materiais de
existência – base cientifica > a estrutura econômica determina as ideias).
 Materialismo dialético – contradição > transformação – o
paradigma do conflito é a base para o entendimento e para a
transformação da realidade – base filosófica.

 Possuía 3 tipos de classes:


 Classes sociais: não existe igualdade entre os homens
 Alienação: o trabalhador se torna produto – deixa de ser
seu próprio dominante; perda da consciência em si; perda da
capacidade de decidir por si mesmo
 Mais valia: excedente de trabalho não pago.

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