Você está na página 1de 14

Objectivos Gerais e específicos

Objectivos Gerais:

 Conhecer os antecedentes da normalização contabilística.


 Conhecer as vantagens da normalização contabilística.
 Interpretar os princípios contabilísticos fundamentais.
 Conhecer os requisitos básicos da informação contabilística.

Objectivos específicos:

 A melhoria da qualidade do relato financeiro;


 Uma maior comparabilidade da informação em contexto internacional;
 A redução de diferenças do relato financeiro estatuário vs. Relato
financeiro interno em subsidiárias de grupos internacionais.

1
Introdução
O presente trabalho refere-se ao tema da normalização contabilística, tem por
objectivo primordial abordar algumas considerações sobre a evolução de
contabilidade e dos normativos contabilísticos. O processo de normalização
contabilística afigura-se como crítico para a credibilização do relato financeiro
das empresas que operam em Angola.

Com o evoluir da actividade económica e com a globalização da economia, o


comércio internacional desenvolveu-se rapidamente, tornando as trocas
comerciais entre os países uma actividade diária. As empresas sentiram a
necessidade de poder comparar as contabilidades não só de empresas dentro do
mesmo país, mas também das empresas de países diferentes e ainda entre
contabilidades de empresas que tinham filiais em vários países. Vários estudos
foram feitos por associações de contabilistas e por Governos de vários estados no
sentido de harmonização a contabilidade internacional. Depois de muitos estudos
a comunidade Europeia publicou em 25/07/1978 uma diretiva chamada CEE-IV
Diretiva dos Conselhos das Comunidades Europeias.

2
Normalização contabilística
O fenômeno de normatização ou do movimento regulatório que propõe uma
linguagem universal dos negócios tem sido discutido a partir de diversas
abordagens. Tem sido caracterizado não só no que diz respeito às suas partes —
por consequência à sua formação e influência nas empresas —, ora aceito, ora
criticado, mas também como resultado de um processo normativo no âmbito
nacional e internacional.

Os conteúdos normativos na atualidade, podemos assim dizer, são colocados


como conteúdos prontos e, nos muitos ângulos, oferecem disparates diversos; por
sua vez, não são produzidos trabalhos de crítica ou análise a esse respeito, muito
menos sobre a sua história.

Na verdade, os Estados Unidos foram o país que mais atentou para uma
regulação. A história do seu progresso, dentro da contabilidade, merece uma
consideração, no entanto são poucos os trabalhos com essa visão, por exemplo os
de: Sá (1994a, 1994b, 1997, 2008, 2009, 2010) e de Nepomuceno (2002, 2003,
2004) no Brasil; de Casella (2010) na Argentina; de Ferreira (1981, 1983, 2009a,
2009b, 2010), Cravo (2010) e Cravo, Jesus e Antão (2010) em Portugal.

Portanto, o objetivo deste artigo é tratar sobre a história do movimento de


normatização norte-americana em apontamentos gerais e, assim, promover
conclusões pela averiguação da sua influência no movimento mundial.

O problema a ser investigado é se a finalidade ética e científica da


normatização atende ao seu intento considerando a abordagem histórica. Em
outras palavras, se a cronologia e os fatos temporais da normatização produziram
algum efeito no movimento mundial e se estiveram ligados a uma evolução do
uso da informação contábil em obediência aos princípios. São os
questionamentos fundamentais que levaram à realização deste trabalho.

Trata-se de uma pesquisa exploratória, a qual interage com o aprofundamento


da investigação histórica, embasada em referencial bibliográfico, para sustentar
os argumentos produzidos.

Como saber o que aconteceu é fundamental para se compreender o presente,


podemos afirmar que esta pesquisa histórica se justifica por serem pouquíssimas
as inquirições que promoveram igual tratamento. Ainda, como o movimento é
relevante, torna-se válida a abordagem, considerando a sua atual influência na
linguagem dos negócios, a patamares globalizados ou mundiais.

O artigo se divide em três partes, as quais são fundamentais para


compreendermos didaticamente a pesquisa e o desenvolvimento do tema:

3
1. Contexto das normas no âmbito filosófico;

2. Divisão das fases da normatização americana;

3. Influência do movimento na regularização mundial, observações e


conclusões.

Com o evoluir da actividade económica e com a globalização da economia, o


comércio internacional desenvolveu-se rapidamente, tornando as trocas
comerciais entre os países uma actividade diária. As empresas sentiram a
necessidade de poder comparar as contabilidades não só de empresas dentro do
mesmo país, mas também das empresas de países diferentes e ainda entre
contabilidades de empresas que tinham filiais em vários países. Vários estudos
foram feitos por associações de contabilistas e por Governos de vários estados no
sentido de harmonização a contabilidade internacional. Depois de muitos estudos
a comunidade Europeia publicou em 25/07/1978 uma diretiva chamada CEE-IV
Diretiva dos Conselhos das Comunidades Europeias.

Uma Directiva é um conjunto de normas que as empresas e os países são


convidados a adoptar no sentido de uniformizar a contabilidade dos vários países.

A International Federation of Accontaints (IFAC), que tem como objectivo


primordial a harmonização contabilística a nível mundial, tem vindo a
desenvolver esforços para a consecução do seu obcjectivo , através do
Internacional Accouting Standards Commite (IASC). Órgão dependente do
IFAC, mediante a emissão de normas de contabilidade internacionais.

Face às normas internacionais o actual plano de contas empresarial encontra-


se desajustado face a informação que deveria ser produzida com base nas normas
internacionais e, por conseguinte, torna-se necessário a sua revisão com vista a
uma crescente aproximação às práticas internacionais.

A medida que a implementação destas alterações se torna efetivar com vista a


flexibilizar a sua atualização em função das alterações que vieram a ser
introduzidas nas normas internacionais haverá, conveniência em substituir o
caracter legal actual por práticas geralmente aceites o que se prevê venha a
acontecer de forma progressiva. Entretanto enquanto tal não acontecer o Plano
Geral de Contabilidade estabelece os critérios para preparação e apresentação
das demonstrações financeiras para os utentes tendo como propósitos
fundamentais:

 O relato financeiro.
 A determinação dos custos dos produtos e dos serviços.

4
 Os sistemas de informação de gestão.
 A determinação dos impostos a pagar.
 O planeamento fiscal.
 A consultoria de gestão.
 A avaliação dos sistemas de gestão ambiental e de qualidade.
 A auditoria.
 As contas públicas nacionais.
 A preparação de orçamentos, quer das empresas quer dos países.

5
Características da informação financeira
Ainda referente aos modelos contabilísticos e para ser útil aos utentes, a
informação financeira deve apresentar três características que são:

 Relevância: tem a ver com a qualidade da informação que influencia na


tomada de decisões e ajuda os utentes avaliar os acontecimentos do
passado, do presente e do futuro. Só assim o analista da empresa consegue
confirmar ou corrigir as suas decisões.
 Fiabilidade: informação que não contém erros materiais nem juízos de
valor.
 Comparabilidade: característica que permite comparar os dados de uma
empresa, de um exercício para outro e os dados entre empresas.

6
Princípios contabilísticos
Já referimos que os modelos contabilísticos são formas simplificadas de
apresentar a realidade complexa da área em questão. É fundamental conhecer que
estes se guiam por princípios semelhantes em todos os países e que são
imutáveis. Enunciaremos, de seguida, os mais importantes:

1) Princípio da continuidade: uma vez que é iniciada a sua atividade a


empresa ópera de forma continuada, isto é, a empresa tem uma duração
limitada. A sua gestão possui limite de tempo, a não ser que haja intenção
de liquidar a empresa. Apesar, da empresa apresentar contas, exercício a
exercício estas paragens são artificiais. Pelo que está mantém o seu
funcionamento e apenas avalia o trabalho executado durante o exercício
econômico.
2) Princípio da consistência: a empresa não pode alterar as suas políticas
contabilísticas, ou seja, a sua maneira de proceder de um exercício para o
seguinte, a não ser por razões fortemente justificadas e devem ser
explicadas no Anexo.
3) Princípio da especialização ou do acréscimo: de acordo com este
pressuposto os custos e os proveitos devem ser tratados
contabilisticamente no período em que ocorrem, independentemente do
fato do seu recebimento ou pagamento, isto é, para efeitos de registo
contabilístico deve atender-se a data de realização da operação e não a
data da sua cobrança ou pagamento.
4) Princípio do custo histórico: os registos contabilísticos devem ser feitos
a custos de aquisição ou de produção dos bens e não aos custos pelo qual
se prevê a próxima aquisição dos bens, ou seja, o custo de reposição.

O plano prefere, apesar de alguns inconvenientes utilizar o princípio do


custo histórico, por que está baseado em realidades objetivas que são os
documentos.

5) Princípio da Prudência: a Contabilidade deve ser prudente, sempre que


se deslumbrem incertezas no futuro que possam afectar o seu patrimônio
deve estimá-las e registá-las. Não deve, no entanto, criar reservas ocultas
nem fazer provisões excessivas que lhe possam reduzir o seu ativo ou
aumentar o seu passivo de modo a apresentar resultados menores.
6) Princípio da substância sobre a forma: as operações devem ser
contabilizadas atendendo à sua substância e à realidade financeira e não à
sua forma legal. É o que acontece quando a empresa adquire uma viatura a

7
prestações, deve contabilizar a viatura no momento em que entra no seu
serviço apesar de juridicamente a empresa ainda não ser titular da mesma.

7) Princípio da materialidade: enquanto que a relevância tem a ver com a


qualidade da informação, materialidade tem a ver com a quantidade da
informação. A relevância diz que a informação é útil quando pode fazer
mudar a tomada de decisão. A materialidade diz que o para as peças
contabilísticas darem uma imagem verdadeira e fiel do patrimônio da
empresa não pode falhar nenhum elemento.

8) Princípio da não compensação de saldos: não devem ser efetuadas


compensações de saldos entre ativos e passivos. A apresentação de
rubricas no Balanço pelo seu valor líquido de amortizações e provisões
não é considerada uma compensação de saldos.

8
Objeto da Normalização contabilística
Designa-se como objeto da normalização contabilística o PGR- Plano Geral de

Contabilidade-

9
Análise do Plano geral de contabilidade (PGC)
O Plano Geral de Contabilidade apresenta classes de contas e peças
contabilísticas. Assim há a considerar balanços:

Balanço analítico- discriminação das contas e subcontas utilizadas pela


empresa, bem como das massas patrimoniais, totais e parciais.

Balanço sintético- Balanço resumido, aparecem as contas principais e as


massas gerais e parciais.

O Plano Geral de Contabilidade apresenta:

 Dois tipos de Demonstração de resultados, um por natureza e outro por


funções;
 O Anexo como sabemos explica dados constantes do Balanço e da
demonstração de resultados.

O quadro de contas tem 10 classes. Destas classes, as 5 primeiras contêm


contas que pertencem ao Balanço. Também pertence ao Balanço a conta 88-
Resultado Líquido do Exercício. As classes 6,7 e 8 contêm contas que permitem
apurar o Resultado líquido do exercício.

A classe 9 é recomendada para as empresas industriais e permite saber qual


o custo dos produtos que a empresa fabricou a partir da transformação das
matérias. Como as empresas industriais são muito variadas era impossível
arranjar um plano de contas que servisse a todas ao mesmo tempo, daí a razão da
classe 9 estar vaga, cada empresa Industrial vai elaborar um plano próprio para
actividade que exerce.

A classe 0 é constituída pelas chamadas contas de ordem. Esta classe é de


uso facultativo onde estão registrados bens que não pertencem ao patrimônio
da empresa mas que estão à sua guarda sendo ela responsável pela
manutenção. É o que acontece quando a empresa guarda bens de valor que não
pertencem a empresa mas sim a terceiros.

Exemplo: A mulher do sócio, compra uma jóia valiosa que guarda no cofre
da empresa. O valor da jóia deve ser registrado nesta conta. Não pertence ao
patrimônio da empresa, mas está à responsabilidade da empresa.

10
A composição do Plano geral de contabilidade (PGC)
O Plano Geral de Contabilidade apresenta fundamentalmente as seguintes
partes.

 Quadro de contas: que as empresas devem seguir, permitindo a definição


dos conteúdos das várias contas, as regras de movimentação e a articulação
entre as contas.
 Conjunto de mapas modelo: a elaborar pelas empresas, nomeadamente:
 Balanço.
 Demonstração de resultados por naturezas.
 Demonstração de resultados por funções.
 Demonstração de origem e aplicação dos fundos.
 Demonstração de fundos circulantes.
 Notas às contas: que é um Anexo que procura explicar os conteúdos de
várias contas e os valores constantes das peças contabilísticas
fundamentais.
Analisemos, em seguida, as peças ou modelos contabilísticos
fundamentais.

Um conjunto de Normas como os princípios contabilísticos, os critérios de


valorimetria, as tradições e as características da informação financeira permitem
que a contabilidade sirva não só à empresa mas também a outras empresas para
se poderem comparar os respectivos valores.

11
As peças contabilísticas fundamentais e sua análise
As peças contabilísticas fundamentais são:

 Balanço
 Demonstração de Resultados

Balanço: trata-se de um relatório financeiro que tem por objetivo apresentar


a situação contábil e econômica de uma empresa em determinado período.
Incorpora informações do ativo, do passivo e do patrimônio líquido da
organização, assim como bens, direitos e obrigações. Para fazer a análise de
balanços, o investidor precisar se atentar aos demonstrativos de resultado, fluxo
de caixa e ao balanço patrimonial.

Demonstração de Resultados: a apresentação de resultados é uma


demonstração contabilística destinada a evidenciar a composição do resultado
formado num determinado período de operações de uma entidade.

A Demonstração de resultados é constituída pelas seguintes classes:

 Proveitos e ganhos- aumento dos benefícios econômicos, durante o


período, na forma de influxos, melhorias de activos ou diminuições de
passivos que resultem em aumento dos capitais próprios, que não sejam os
relacionados com as contribuições dos participantes no Capital próprio.
 Custos e perdas- diminuição nos benefícios econômicos, durante o
período, na forma de influxos ou perdas de valor de activos ou no aumento
de passivos que resultem em diminuição dos capitais próprios, que não
sejam relacionados com as diminuições dos participantes no Capital
próprio.

12
Conclusão

13
Bibliografia

14

Você também pode gostar