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SEMINARIO
Cadeira de Contabilidade Internacional
3º Ano
CONTABILIDADE INTERNACIONAL
INDICE
Resumo...................................................................................................................................................... 4
Objectivos.................................................................................................................................................. 5
Objetivos gerais..................................................................................................................................... 5
Objetivos específicos............................................................................................................................. 5
Introdução.................................................................................................................................................. 6
Vantagens............................................................................................................................................... 8
Desvantagens......................................................................................................................................... 8
NORMAS CONTÁBEIS...........................................................................................................................9
Outras Razões...................................................................................................................................... 13
Conclusão.................................................................................................................................................14
REFERÊNCIAS.......................................................................................................................................15
Resumo
A União Europeia iniciou, na década de 90, um processo de aproximação às normas do IASB que
culminou em 2002 com a aprovação do Regulamento 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho
da União Europeia, que obriga as sociedades com valores mobiliários admitidos à cotação em mercado
regulamentado da União Europeia a preparar e apresentar as suas demonstrações financeiras
consolidadas de acordo com as disposições previstas nas normas do IASB, a partir do exercício com
início em ou após 1 de Janeiro de 2005. Neste contexto, considerou-se que é importante realizar um
estudo com vista a avaliar o impacto em Portugal deste processo de transição para as normas do IASB.
O objectivo deste estudo é o de, por um lado, verificar se as empresas portuguesas cotadas em bolsa e
sujeitas à aplicação do POC e das Directrizes Contabilísticas terão de alterar, ou não, muitos
procedimentos contabilísticos para preparar as suas Demonstrações Financeiras Consolidadas em
conformidade com as normas do IASB e, por outro lado, identificar os assuntos sujeitos a maiores
alterações. Do estudo realizado, pode concluir-se que as áreas sujeitas a maior alteração serão as que se
relacionam com existências, investimentos em associadas, imparidade de activos fixos tangíveis e de
activos intangíveis, instrumentos financeiros e tratamento contabilístico das concentrações de negócios.
Em resumo, o IASB busca estabelecer normas contábeis globais que melhorem a consistência,
comparabilidade e relevância das demonstrações financeiras em todo o mundo, promovendo a
confiança dos investidores e a estabilidade nos mercados financeiros internacionais.
1. Introdução
A Harmonização das Normas Contábeis não é apenas uma questão teórica a ser estudada.
A credibilidade da informação contábil no cenário mundial pode ser afetada pela falta de
comparabilidade das demonstrações contábeis, o que poderá prejudicar o interesse por investimentos
diretos e indiretos por parte dos investidores estrangeiros.
O desejo por uma contabilidade harmonizada internacionalmente e de alta qualidade não é recente.
Todavia, somente nos últimos anos a pressão pela harmonização tem se tornado mais efetiva.
Companhias transnacionais não são entidades recém estruturadas, mas a aceleração dos negócios num
mercado mundial tem encorajado operações genuinamente internacionais.
O órgão que desempenha um papel de destaque no processo de harmonização das normas contábeis
internacionais é o IASB (International Accounting Standards Board), órgão responsável pela
emissão das IFRS (International Financial Reporting Standards).
Histórico da Harmonização Contábil
O debate profissional em torno da harmonização internacional da contabilidade teve origem em St.
Louis, em 1904, durante o “Primeiro Congresso Internacional de Contadores”. O assunto foi discutido
no congresso posterior, realizado a cada cinco anos, no entanto sem nenhum progresso efetivo.
A questão da harmonização foi retomada no final dos anos 50 por Jacob Kraayenhof, sócio de
uma das maiores empresas de auditoria da Holanda. Este defendia que o AICPA (American Institute of
Certified Public Accountants) deveria coordenar comitês contábeis em várias grandes nações. O AICPA
não respondeu ao desafio.
Em 1970, na tentativa de estreitar as diferenças entre os procedimentos contábeis adotados por cada
país, a União Européia tentou, de 1970 a 1980, implementar um programa de harmonização das
legislações contábeis. O programa também não obteve sucesso.
Finalmente em 1973 foi criado o IASC (International Accounting Standards Committee), predecessor
do IASB, por órgãos de contabilidade nacionais de diversos países.
Vantagens
Facilitar análises comparativas de resultados financeiros de empresas nacionais estrangeiras;
Ajudar os usuários externos das demonstrações financeiras a avaliar o desempenho das
empresas a nível mundial;
Redução de tempo e custo relacionado à conversão de demonstrações financeiras de
subsidiárias
estrangeiras;
Muitos países não têm ainda uma normatização contábil adequada. Estes países, além de
harmonizarem suas normas, poderiam organiza-las internamente.
A Harmonização irá facilitar transações internacionais, política de preços e decisão de alocação
de recursos, além de tornar o mercado de capitais internacional mais eficiente.
Empresas que precisam de capital externo para crescimento terão vantagem por apresentar
demonstrações financeiras comparáveis.
Desvantagens
Alguns contadores são extremamente contra quaisquer esforços no sentido de harmonizar
normas
contábeis porque acreditam que a harmonização impede o progresso contábil ao refutar práticas
contábeis
bem fundamentadas, ou seja, para eles o processo de harmonização de normas contábeis implica
redução
de opções de práticas contábeis apropriadas;
Ausência de julgamento subjetivo em se tratando de interpretação e divulgação de eventos
econômicos, pois cada entidade possui características próprias;
Diferentes normas contábeis devem ser derivadas de diferentes conjuntos de postulados para
diferentes sistemas culturais, sociais, legais, políticos e econômicos;
Na maioria dos países o Governo, na qualidade de arrecadador de impostos, é uma das
principais
fontes de regulação da contabilidade;
Algumas vezes governos locais lançam políticas fiscais provisórias, visando atender a
determinada situação temporária.
Um artigo publicado em 1995 pelos autores Dr. Fernando Pereira Tostes e Luiz Carlos Gomes
de Melo apresenta ainda outras desvantagens:
Desafio à soberania nacional;
Dificilmente padrões internacionais de informações divergentes conseguem conciliar as
diferenças;
A harmonização desconsidera diferença de costumes comerciais e tradições culturais. Ex:
cheque
pré-datado.
NORMAS CONTÁBEIS
A contabilidade, por ser uma ciência social aplicada, é fortemente influenciada pelo ambiente em que
atua. De uma forma geral, valores culturais, tradição histórica, estrutura política, econômica e social
acabam refletindo nas práticas contábeis de uma nação e, conseqüentemente, a evolução das mesmas
pode estar vinculada ao nível de desenvolvimento econômico de cada país.
Usualmente, a contabilidade é considerada a linguagem "dos negócios", ou seja, é onde os principais
agentes econômicos buscam informações (principalmente de natureza econômico-financeira) sobre a
performance empresarial e avaliação de risco para se realizar investimentos. Nesse sentido, relatórios
contábeis sempre são requeridos pelos investidores que desejam mensurar a conveniência e
oportunidade
para concretizar seus negócios. Assim, sua importância ultrapassou as fronteiras, deixando de ter sua
utilidade limitada ao campo doméstico para servir de instrumento de processo decisório em nível
internacional, principalmente no atual cenário de globalização dos mercados.
Entretanto, essa linguagem não é homogênea em termos internacionais, pois cada país tem suas práticas
contábeis próprias, significando dizer que o lucro de uma empresa brasileira não seria o mesmo se
adotadas práticas contábeis de outros países, dificultando sua compreensão devido à falta de
uniformidade.
A linguagem não é uniforme porque cada país tem critérios próprios e diferentes para reconhecer e
mensurar cada transação. A busca de critérios consentâneos é o processo de harmonização contábil
internacional, visando proporcionar uma compreensão dessa linguagem e a sua comparabilidade.
O Modelo Continental, por sua vez, é composto por países como França, Alemanha, Itália, Japão,
Bélgica, Espanha, países comunistas (Europa Oriental), países da América do Sul, entre outros, e as
características predominantes são as seguintes:
a) profissão contábil fraca e pouco atuante;
b) forte interferência governamental no estabelecimento de padrões contábeis, notadamente
a de natureza fiscal;
c) as demonstrações financeiras buscam atender primeiramente os credores e o Governo em
vez dos investidores;
d) importância de bancos e outras instituições financeiras (inclusive governamentais) em
vez de recursos provenientes do mercado de capitais como fonte de captação pelas
empresas.