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PRÁTICA ONLINE PRÉVIA

MATRÍCULA: 000900000000NP0389

NOME: Rebeca Mesquita Teles TURMA: NPBS007

“O educador está cotidianamente agindo nas modificações neurobiológicas


cerebrais que levam à aprendizagem. No entanto, desconhece como o cérebro
trabalha. Dessa forma, seria interessante que o educador antes de passar um
conteúdo de Ciências, em particular sobre o cérebro, questionasse: Sabendo que o
cérebro é o órgão da aprendizagem, qual seria a contribuição das Neurociências
para a educação e desenvolvimento cognitivo? O conhecimento do funcionamento
do cérebro, objeto de estudo das Neurociências, poderia contribuir para o processo
ensino-aprendizagem mediado pelo educador?” Admita que Neuroanatomia
estuda a base estrutural e a Neurofisiologia a base funcional:

01- Descreva as divisões do sistema nervoso quanto aos critérios anatômicos, funcional e embriológico.
(Ver também em: https://projetandoneurociencia.org/project/caracteristicas-gerais-do-sistema-nervoso/)

O sistema nervoso é dividido anatomicamente, funcionalmente e


embriologicamente. Na divisão anatômica, divide-se em Sistema Nervoso Central
(SNC) e Sistema Nervoso Periférico (SNP). O SNC é responsável pelo processamento
e interpretação de informações. O SNP, por sua vez, consiste nos nervos que se
estendem a partir do SNC para diversas partes do corpo.

O SNC, resguardado por estruturas ósseas, como o crânio e a coluna vertebral,


compreende o encéfalo e a medula espinhal. O encéfalo, por sua vez, abrange o cérebro,
o cerebelo (ou "pequeno cérebro") e o tronco encefálico, que atua como elo entre o
cérebro e a medula espinhal. O tronco encefálico se divide em três partes: mesencéfalo
(parte superior), ponte (parte do meio) e bulbo (porção terminal). Após o bulbo, temos a
continuação com a medula espinhal, localizada dentro da coluna vertebral, desempenha
um papel crucial na transmissão de sinais entre o cérebro e o resto do corpo, sendo
responsável por diversas funções motoras e sensoriais.

No SNP, que se estende para fora do SNC, destacam-se os nervos, que se


ramificam a partir do sistema nervoso central. Existem 43 pares, originando outros
nervos. Os nervos espinhais, 31 pares no total, têm origem na medula espinhal e
emergem das regiões cervical, torácica, lombar, sacral e coccígea. Já os nervos
cranianos, por sua vez, surgem do encéfalo, principalmente do tronco encefálico e do
cérebro, totalizando 12 pares. Esses nervos desempenham papéis cruciais em funções
específicas, conectando o cérebro a diversas partes do corpo.

Além disso, há os Ganglios onde ocorrem junções sinápticas entre neurônios,


que fazem parte do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), responsável por funções
involuntárias. O SNA divide-se em dois ramos principais:

Parassimpático: Atua em situações de repouso, promovendo a conservação de energia,


redução da frequência cardíaca e estímulo à digestão.

Simpático: Prepara o corpo para a ação, aumentando a frequência cardíaca, dilatando as


vias respiratórias e mobilizando recursos para situações de estresse.

Quanto à divisão funcional, destaca-se o Sistema Nervoso Somático, que


controla voluntariamente os músculos esqueléticos e as sensações somáticas. Além
disso, o Sistema Nervoso Autônomo (SNA) regula funções involuntárias, como
batimentos cardíacos, digestão e respiração, dividindo-se em sistema simpático e
parassimpático.

O Sistema Nervoso Somático está diretamente relacionado à parede do corpo e


ao controle do ambiente externo, representando a esfera física do organismo. Este
sistema exerce influência sobre a pele e os músculos, contribuindo para as ações
voluntárias e conscientes. Sua porção aferente, responsável pela condução de
informações para o sistema nervoso central, abrange a sensibilidade geral, envolvendo a
pele, os olhos e o olfato, além da propriocepção, que engloba a percepção dos músculos,
tendões e ligamentos.
Por outro lado, o Sistema Nervoso Autônomo (SNA) controla funções
involuntárias, aquelas que ocorrem automaticamente sem a necessidade de consciência
ou controle voluntário. Essas funções abrangem áreas vitais como os batimentos
cardíacos, a digestão e a respiração. O SNA divide-se em ramos, cada um
desempenhando um papel específico o Sistema Nervoso Autônomo Entérico, Sistema
Simpático e o Sistema Parassimpático como é citado anteriormente.

No aspecto embriológico, durante a segunda semana de vida embrionária, o


ectoderma inicia um processo diferenciado, transformando-se em células de tecido
nervoso e dando origem a uma estrutura denominada placa neural, marcando o primeiro
estágio do desenvolvimento neural. Posteriormente, essa placa começa a se aprofundar,
formando um sulco neural, representando o segundo estágio. Em seguida, ocorre a
formação de uma goteira neural com um aprofundamento maior, resultando nas cristas
neurais e pregas neurais, constituindo o terceiro estágio.

O quarto e último estágio é caracterizado pelo fechamento e fusão das pregas


neurais, formando o tubo neural. Esse tubo é crucial, pois nele originam-se elementos
fundamentais do sistema nervoso central, como o cérebro, cerebelo, tronco encefálico e
medula espinhal. Simultaneamente, as cristas neurais que se dissociam do tubo neural
originam o sistema nervoso periférico, composto por nervos e gânglios.

No processo de fechamento do tubo neural, surgem dois poros, conhecidos como


neuroporos: o rostral, localizado superiormente, e o caudal, inferiormente. A medula
espinhal é formada a partir do neuroporo caudal, crescendo em comprimento e
espessura ao longo do desenvolvimento embrionário.

O neuroporo rostral, por sua vez, dá origem às estruturas do encéfalo, que


inicialmente apresenta três vesículas dilatadas: prosencéfalo (dilatação superior),
mesencéfalo (dilatação do meio) e rombencéfalo (dilatação inferior). O mesencéfalo é a
única dilatação que permanece inalterada na fase adulta. Essas vesículas evoluem,
formando mais cinco dilatações:

​Telencéfalo - dividido em hemisférios direito e esquerdo, contribuindo para a


formação do cérebro junto com o diencéfalo.
​Diencéfalo - originando o tálamo e o hipotálamo, que, por sua vez, formam parte
do cérebro.
​Mesencéfalo - mantendo-se inalterado.
​Metencéfalo - contribuindo para a formação do cerebelo e da ponte.
​Mielencéfalo - formando o bulbo

02- “A história demonstrou claramente que compreender como o encéfalo funciona
é um grande desafio. Para reduzir a complexidade do problema, os neurocientistas
o “quebraram” em pequenos pedaços para uma análise sistemática experimental.
Isto é chamado de abordagem reducionista. O tamanho da unidade a ser estudada
define o nível de análise. Em ordem ascendente de complexidade, estes níveis são:
moleculares (as moléculas permitem aos neurônios comunicarem-se uns com os
outros); celulares (observam como as moléculas trabalham juntas para dar aos
neurônios propriedades especiais); de sistemas (estudam como diferentes circuitos
neurais analisam informação sensorial, formam a percepção do mundo externo,
tomam decisões e executam movimentos); comportamentais (tipos de memória,
humor, sonhos...) e cognitivas (investiga como a atividade do encéfalo cria a
mente)”.

Na divisão anatômica quais estruturas representam o cérebro e quais estruturas


representariam o tronco encefálico?

O cérebro compreende estruturas como o córtex cerebral, o cerebelo e o


hipotálamo. Já o tronco encefálico está localizado abaixo do cérebro e conecta o cérebro
à medula espinhal. Ele inclui o bulbo, a ponte e o mesencéfalo.

03- Descreva os 3 sistemas funcionais de LÚRIA e o cérebro Trino de Mc LEAN a


partir da divisão anatômica que propõem.
(https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/301895/mod_resource/content/1/Teoria_
do_Sistema_Funcional_texto_LEANDRO%5B1%5D.pdf)
(https://aprendaneuromarketing.com.br/blog/cerebro-reptiliano/)

Os Sistemas Funcionais de Luria propõem três regiões distintas: a Posterior,


responsável pelas funções corticais associativas; a Anterior, relacionada às funções
corticais motoras; e a Basal, que engloba funções subcorticais associadas a processos
emocionais e motivacionais.
Por outro lado, o Cérebro Trino de McLean divide o cérebro em três camadas
evolutivas. O Neocórtex, associado ao pensamento lógico, o Paleocórtex ou sistema
límbico, relacionado a respostas emocionais e comportamentais e o Arquicórtex no
tronco encefálico, envolvido em funções instintivas e vitais.

04- Qual a diferença estrutural e funcional entre sistema nervoso somático e


sistema nervoso visceral? O que é sistema nervoso AUTÔNOMO? Qual a relação
do sistema simpático como os níveis de atenção e com o distúrbio da ansiedade?

(https://ecloniq.com/qual-a-diferenca-entre-sistema-nervoso-somatico-e-visceral-confira-isto-sistema-ne
rvoso-somatico-e-visceral/)

O sistema nervoso somático é responsável pelo controle voluntário dos músculos


esqueléticos, permitindo movimentos conscientes e respostas sensoriais. Em
contrapartida, o sistema nervoso visceral, também conhecido como autônomo, regula
funções involuntárias, como atividade cardíaca, digestão e respiração, sem a
necessidade de controle consciente.

O sistema nervoso autônomo (SNA) é uma componente importante do sistema


visceral, responsável por automatizar funções corporais internas. Ele se divide em
sistema nervoso simpático e parassimpático, desempenhando papéis opostos em muitas
situações. O sistema simpático é conhecido por sua ativação em momentos de estresse,
preparando o corpo para a "luta ou fuga". Isso resulta em aumento da frequência
cardíaca, dilatação das vias respiratórias e redistribuição do sangue para os músculos,
otimizando o corpo para reações rápidas. Em relação aos níveis de atenção, a ativação
simpática pode temporariamente intensificar a alerta e a vigilância.

No entanto, essa ativação crônica do sistema simpático está frequentemente


associada a distúrbios de ansiedade. Em condições de ansiedade, o sistema simpático
pode permanecer hiperativo, resultando em sintomas como taquicardia, sudorese
excessiva e uma sensação constante de alerta. Tratar distúrbios de ansiedade muitas
vezes envolve estratégias para regular o sistema nervoso autônomo e restaurar um
equilíbrio saudável entre os sistemas simpático e parassimpático.

05- Pesquise qual a localização e a função das seguintes estruturas: Tálamo,


hipotálamo, Hipocampo, amigdala, núcleos da base, lobo pré-frontal.

(Ver final dos slides de referência postado no AVA)

O tálamo, localizado no centro do cérebro acima do tronco encefálico,


desempenha um papel crucial como centro de retransmissão sensorial. Sua função
principal é direcionar sinais sensoriais, exceto os relacionados ao olfato, para as regiões
apropriadas do córtex cerebral.

Logo abaixo do tálamo, encontramos o hipotálamo, responsável pela regulação


de funções autônomas como temperatura corporal, sede, fome, além de desempenhar
um papel no controle do sistema endócrino através da glândula pituitária.

Na parte interna do lobo temporal, situa-se o hipocampo, desempenhando um


papel essencial na formação de memórias de longo prazo e na navegação espacial
cognitiva.

A amígdala, localizada anteriormente no lobo temporal, está envolvida em


processos emocionais, particularmente na formação e processamento de memórias
associadas a experiências emocionais.

Os núcleos da base, encontrados profundamente no cérebro perto da base,


contribuem para o controle motor voluntário, a regulação de padrões de movimento e
desempenham um papel na aprendizagem de comportamentos motores.

O lobo pré-frontal, localizado na parte anterior do cérebro, atrás da testa, é


crucial para funções executivas superiores, incluindo tomada de decisões, controle
inibitório, planejamento e personalidade. Essa região é essencial para comportamentos
sociais complexos e pensamento abstrato.

06- Digite no google: Funções e áreas cerebrais e busque em imagens. A partir dai,
escolha a melhor imagem e descreva as principais funções mapeadas conforme as
regiões frontal, parietal, temporal e occipital. O que é insula?

O lobo frontal, é central nas funções executivas,


incluindo controle inibitório, tomada de decisões e
planejamento. O lobo parietal é essencial para o
processamento das sensações táteis e informações
relacionadas ao corpo.

No lobo temporal, encontramos a área auditiva


primária responsável pelo processamento do som, o
giro fusiforme envolvido no reconhecimento facial,
e o hipocampo, fundamental para a formação de memórias. Já o lobo occipital abriga o
córtex visual primário, crucial para o processamento visual.

Além desses lobos, a ínsula, uma região profunda nos sulcos laterais do cérebro,
está associada a diversas funções. Ela desempenha papéis na percepção gustativa,
processamento emocional, regulação da dor e autopercepção. Apesar de sua função
complexa, a ínsula é parte integrante das interações cerebrais que moldam nossas
experiências sensoriais e emocionais.

07- O que são Neurônios aferentes, Neurônios de associação e Neurônios eferentes?


Os neurônios aferentes, também chamados de sensitivos, são responsáveis por
transmitir informações sensoriais do corpo para o sistema nervoso central, incluindo
sensações táteis, térmicas, visuais e auditivas.

Os neurônios de associação, ou interneurônios, residem exclusivamente dentro


do sistema nervoso central. Sua função é conectar e integrar informações provenientes
dos neurônios aferentes e direcioná-las aos neurônios eferentes. Eles são fundamentais
no processamento e interpretação de dados, contribuindo para respostas coordenadas do
sistema nervoso.

Por fim, temos os neurônios eferentes, também conhecidos como motores. Esses
neurônios transmitem sinais do sistema nervoso central para os músculos e glândulas,
executando respostas motoras. Eles desempenham um papel essencial na realização de
movimentos musculares e na ativação de processos glandulares em resposta aos
estímulos recebidos.

08- Estas afirmações nos levam a crer que ações, sentimentos, sensações repostas
emocionais e motoras e pensamentos, isto é, informações sobre o estado interno do
organismo, não podem ser entendidas sem o fascinante conhecimento do cérebro e
suas múltiplas conexões. Para isso, precisam-se percorrer algumas formas de
comunicação que processam informações específicas ao ser humano. Uma destas
formas está relacionada aos neurônios que, através de suas células especializadas
recebem conexões, transportam sinais nervosos (elétrico e químico), avaliam estas
informações e, em seguida, coordenam atividades apropriadas à situação e às
necessidades das pessoas”.

Descreva, neurologicamente, a partir das vias mostradas, a figura que segue:


No processo de escrever, tudo começa com a percepção sensorial, onde o córtex
visual processa informações visuais relacionadas à caneta, papel e ambiente ao redor.
Esses dados são então integrados no córtex parietal, onde ocorre a fusão de informações
visuais, táteis e de posição. Posteriormente, essas informações são encaminhadas para o
tálamo, que atua como um centro de retransmissão, direcionando os sinais sensoriais
para áreas específicas do córtex cerebral. A área de Broca no córtex frontal desempenha
um papel crucial, conectando-se ao córtex motor para planejar e coordenar a ação de
escrever.

À medida que a informação desce para a medula espinhal, os neurônios motores


eferentes transmitem sinais para os músculos da mão e do braço, coordenando a
execução da escrita. Durante todo esse processo, há um feedback constante para o
cérebro, permitindo ajustes finos no movimento e na escrita.

09- “[...] o nosso universo biológico interno com centenas de milhões de pequenas
células nervosas que formam o cérebro e o sistema nervoso comunicam-se umas
com as outras através de pulsos eletroquímicos para produzir atividades muito
especiais: nossos pensamentos, sentimentos, dor, emoções, sonhos, movimentos e
muitas outras funções mentais e físicas, sem as quais não seria possível
expressarmos toda a nossa riqueza interna e nem perceber o nosso mundo externo,
como o som, cheiro, sabor.”

Com a consulta do livro “Transtorno da Aprendizagem” da Newra Rotta


disponibilizado no AVA e outras fontes possíveis, resuma as possíveis regiões
anatômicas (lobos) envolvidas no TDAH, agnosia visual, agnosia auditiva,
dismetria e amnésia.
Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) está associado a
alterações no lobo frontal, particularmente nas regiões que regulam a atenção, controle
inibitório e funções executivas.

Agnosia visual, onde há dificuldade de reconhecer objetos, pode envolver áreas


no lobo occipital e parietal, enquanto a agnosia auditiva, afetando o reconhecimento de
sons, pode estar relacionada a alterações no lobo temporal.

Dismetria, caracterizada por movimentos motores descoordenados, pode ser


associada a problemas no cerebelo, que desempenha um papel importante na
coordenação motora.

Amnésia, especialmente a amnésia anterógrada (dificuldade em formar novas


memórias), pode estar relacionada a danos no hipocampo, uma estrutura localizada no
lobo temporal envolvida na consolidação da memória.

10- “Nos últimos trinta anos, houve progressos consideráveis no conhecimento do


cérebro. Hoje em dia, sabe-se muito mais sobre a organização anatômica do
cérebro, sobre a circulação da informação dentro dele, sobre seus
neurotransmissores, sobre a interação com o mundo exterior, seja ele físico social
ou cultural, do que no século XIX ou início do século XX. Muito se avançou na
compreensão dos mecanismos moleculares que participam da comunicação entre
os neurônios e as repercussões disso são consideráveis. Portanto, o século XXI com
todos os avanços é, com certeza, o “século do cérebro”.

O que é neurotransmissão? Quais são os principais neurotransmissores e

suas funções? Na depressão, ansiedade, esquizofrenia e epilepsias quais


neurotransmissores relacionados?
A neurotransmissão é um processo onde as células nervosas, ou neurônios, se
comunicam entre si. Isso ocorre através de sinais químicos chamados
neurotransmissores, que são liberados de uma extremidade do neurônio (terminal
axônico) e se ligam aos receptores na extremidade de outro neurônio, gerando assim a
transmissão do sinal.
Dentre os principais neurotransmissores, destaca-se a:
● Dopamina: Envolvida no controle do humor, motivação e recompensa.
● Serotonina: Regula o humor, sono, apetite e cognição.
● Noradrenalina (ou norepinefrina): Relacionada à resposta ao estresse e
regulação do estado de alerta.
Em condições psiquiátricas como depressão, ansiedade, esquizofrenia e
epilepsias, há desequilíbrios nos neurotransmissores.
● Depressão: Geralmente associada a níveis reduzidos de serotonina,
noradrenalina e dopamina.
● Ansiedade: Pode envolver um desequilíbrio em neurotransmissores como
serotonina, GABA (ácido gama-aminobutírico) e noradrenalina.
● Esquizofrenia: Acredita-se que envolva complexas interações, mas
desregulações na dopamina são frequentemente associadas.
Epilepsias: Podem ser influenciadas por alterações nos níveis de glutamato (um
neurotransmissor excitatório) e GABA.

11- Sempre houve a concepção de que a emoção exerce importante papel nos
processos cognitivos e na aprendizagem, mas só recentemente a natureza dos
processos orgânicos subjacentes a esta integração começou a ser desvendada. Com
o advento da neurociência, da neuropsicodinâmica e da neuropsicanálise, surge a
tentativa de unificação dos conceitos mente e cérebro em uma entidade única. Os
neurocientistas cunharam o conceito MENTECÉREBRO (em maiúsculas)
tentando enfrentar o problema da dissociação das duas estruturas, como
“corpo/psiquê”. Nesta nova perspectiva, surge a noção de que afetos são muito
primitivos, igualmente presentes em todo o mamífero, e não é a racionalidade que
comanda a vida mental. Ao investigar as redes neuronais arcaicas dos afetos
primitivos, situadas bem abaixo do córtex cerebral, estrutura recente no primata,
descobriu-se que o neocórtex, responsável pela cultura e pela civilização, não opera
sem o alicerce afetivo da nossa mente ancestral. A função da emoção na
aprendizagem passa a ser encarada como um fenômeno estrutural interno e não
como um complicador externo: a gênese estruturada, adequada ou
inadequadamente, que permeia o desenvolvimento “cognitivo-afetivo ou racional-
afetivo”. Descreva o sistema límbico e suas principais funções.

O sistema límbico, uma rede complexa de estruturas cerebrais, desempenha um


papel central na integração das emoções, memória e aprendizagem. Localizado no
centro do cérebro, esse sistema inclui o hipotálamo, amígdala, hipocampo, giro do
cíngulo e outras estruturas.

O hipotálamo, por exemplo, é essencial para a regulação de funções autônomas,


como resposta ao estresse, fome e sede. A amígdala está profundamente envolvida no
processamento emocional, especialmente no reconhecimento e resposta ao medo.
O hipocampo, crucial para a formação de memórias, desempenha um papel vital
na aprendizagem. Ele converte memórias de curto prazo em memórias de longo prazo,
contribuindo para a consolidação do conhecimento.

O giro do cíngulo está relacionado à regulação emocional e desempenha um


papel na expressão das emoções e na tomada de decisões.

12- Observe as imagens atentamente: Defina o que é NEUROPLASTICIDADE.


Reflita e comente com seu parecer: Neuroanatomia e Neurofisiologia pertencem ao
NEUROPSICOLOGO? JUSTIFIQUE

A neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se reorganizar estrutural e


funcionalmente em resposta a experiências, aprendizado e lesões. Isso significa que as
conexões neurais podem ser alteradas ao longo do tempo, permitindo a adaptação do
cérebro a novas situações e aprendizado contínuo.

A imagem diz respeito que nos bebês, é proeminente, essencial para a formação
e refinamento de conexões neurais. Na puberdade, o cérebro continua a se desenvolver,
influenciando a aquisição de habilidades mais complexas. Mesmo na idade adulta, a
neuroplasticidade persiste, embora de maneira mais moderada, sustentando a
aprendizagem contínua e a adaptação a novos desafios, evidenciando a incrível
flexibilidade cerebral ao longo de toda a vida.

Quanto à questão de se a neuroanatomia e neurofisiologia pertencem ao


neuropsicólogo, a resposta é sim. O neuropsicólogo é um profissional que se dedica ao
estudo das relações entre o cérebro e o comportamento humano. Portanto, ter
conhecimentos em neuroanatomia e neurofisiologia é crucial para compreender como as
alterações no cérebro podem afetar o funcionamento cognitivo e emocional. Isso ajuda
na avaliação e intervenção em questões neuropsicológicas, como distúrbios cognitivos e
comportamentais. A compreensão da neuroplasticidade é importante para entender
como o cérebro pode se adaptar e mudar em resposta a diversas condições.

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