Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ANÁLISE BIOENERGÉTICA
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO....................................................................................................................................................................................... 5
INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................................................................. 8
UNIDADE I
TÉCNICAS E RECURSOS..................................................................................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
A MODALIDADE DE ANÁLISE NA BIOENERGÉTICA............................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 2
ENTENDER A PERSONALIDADE EM TERMOS DE CORPO.................................................................................................................. 16
CAPÍTULO 3
A MELHORA DAS FUNÇÕES DA MENTE E O AUMENTO DA ENERGIA CORPORAL................................................................. 21
UNIDADE II
EXERCÍCIOS DE BIOENERGÉTICA................................................................................................................................................................................ 39
CAPÍTULO 1
UTILIZAÇÃO DE EXERCÍCIOS E DA EXPRESSÃO CORPORAL COMO RECURSOS NA ANÁLISE BIOENERGÉTICA.. 39
CAPÍTULO 2
EXERCÍCIOS PARA OS SEGMENTOS.......................................................................................................................................................... 43
CAPÍTULO 3
A TERAPIA COMO MÉTODO DE LIMPEZA................................................................................................................................................. 52
UNIDADE III
FORMAS DE ANÁLISE BIOGENÉTICA.......................................................................................................................................................................... 61
CAPÍTULO 1
O TERAPEUTA BIOENERGÉTICO.................................................................................................................................................................... 61
CAPÍTULO 2
A BIOENERGÉTICA CLASSIFICA OS INDIVÍDUOS................................................................................................................................. 64
CAPÍTULO 3
A BIOENERGÉTICA TRABALHA NO AQUI E NO AGORA...................................................................................................................... 67
UNIDADE IV
BIOENERGÉTICA E SAÚDE.............................................................................................................................................................................................. 77
CAPÍTULO 1
A TRANSMUTAÇÃO ENERGÉTICA................................................................................................................................................................ 77
CAPÍTULO 2
A ENERGIA INTEGRAÇÃO HUMANA........................................................................................................................................................... 80
CAPÍTULO 3
A CONEXÃO PSICOSSOMÁTICA................................................................................................................................................................... 82
REFERÊNCIAS......................................................................................................................................................................................... 96
APRESENTAÇÃO
Caro aluno
Conselho Editorial
5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO
DE ESTUDOS E PESQUISA
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto
antes mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para
o autor conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma
pausa e reflita sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em
seu raciocínio. É importante que ele verifique seus conhecimentos, suas
experiências e seus sentimentos. As reflexões são o ponto de partida para
a construção de suas conclusões.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam
para a síntese/conclusão do assunto abordado.
6
Organização do Caderno de Estudos e Pesquisa
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/
conclusões sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando
o entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
7
INTRODUÇÃO
Objetivos
» Estimular o conhecimento do aluno sobre as modalidades de análise na
bioenergética e a sua forma de ação.
8
TÉCNICAS E
RECURSOS UNIDADE I
CAPÍTULO 1
A modalidade de análise na
bioenergética
9
Unidade I | Técnicas e recursos
as Técnicas Corporais no âmbito das Ciências Sociais, em todo o seu contexto, com
gestos e hábitos corporais, todavia o corpo, ainda, era um estudo de exclusividade das
Ciências Naturais.
Esse contexto passou por aprofundamentos científicos em meados de 1955, com John
Pierrakos (criador Terapia Evolutiva do Core) e Alexander Lowen (criador da Análise
Bioenergética), o que culminou com o método conhecido como Análise Bioenergética.
Nos meados de 1970, a maior difusão das informações conseguiu pincelar alguns
conhecimentos, mas ainda incipientes na nossa cultura. Muitos deles foram favorecidos
pela era hippie, a qual trouxe à tona mais noção dessa nova forma de ser e agir. Dentre
as formas que para a maioria dos tradicionalistas eram desconhecidas, estão o hatha yoga
(hinduísmo), tai-chi-chuan, a meditação zen-budista (kum-nye) e a medicina. Muitos
autores chamam esse momento, alternativo à civilização moderna no ocidente, de
contracultura. Nesse viés, percebe-se que o conceito de bioenergia não é específico das
psicoterapias reichianas.
Aos poucos, foi observada uma combinação de conhecimentos científicos das áreas da
saúde física e mental com conhecimentos provenientes de tradições antigas, orientais
e ocidentais, o que proporcionou uma característica de hibridismo para dar noção
de uma cultura alternativa. Desde então, a OMS (Organização Mundial da Saúde)
incentivou a formulação e a implementação de políticas públicas. Ao final da década de
1970, foi criado o Programa de Medicina Tradicional para aplicabilidade das medicinas
tradicionais e/ou complementares.
Nesse processo, o corpo foi deixando de ser exclusividade das Ciências Naturais e se
tornou objeto de estudo de várias disciplinas humanas, como a História, a Filosofia, a
Psicanálise e as Ciências Sociais; certamente, inspiradas e desafiadas pelos estudos do
filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) e pela Antiguidade Clássica, na qual o
cuidado de si foi abordado.
10
Técnicas e recursos | Unidade I
Diante dessa realidade, as regulamentações vêm sendo incluídas e algumas já estão nas
práticas integrativas e complementares nacionais, com maior alcance desde 2006, na
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). O fato é que
a saúde é um bem-estar biológico, psicológico, social e sua prevenção, sua promoção
e sua recuperação fazem parte dos princípios da atenção continuada, humanizada e
integral.
Com algumas das práticas das PICs reconhecidas pelo Ministério da Saúde, conta-
se com as seguintes ofertas: apiterapia, aromaterapia, bioenergética, constelação
familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, ozonioterapia,
terapia de florais, ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina
antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular,
11
Unidade I | Técnicas e recursos
Atualmente, alguns autores abordam a Análise Bioenergética (AB) como uma terapia
neorreichiana que faz parte da teoria da personalidade e da psicologia clínica. Isso
fortalece a abordagem da mente e do corpo, sem fragmentar os aspectos emocionais,
corporais, sociais, existenciais e outros, além dos fatos de sua ocorrência em várias
etapas da vida.
Por meio dela deve-se trabalhar a respiração (ritmo, movimento, padrão natural,
respiração revertida e métodos de correção, liberação das tensões do aparelho
respiratório), a identificação das tensões instaladas no corpo, a análise do caráter na
tomada da consciência (correlação entre as percepções e os conflitos), a análise da
formação das couraças musculares, o mapeamento dos anéis de tensão, o alinhamento
gravitacional, a correção postural, os conflitos mentais e as tensões corporais.
12
Técnicas e recursos | Unidade I
Os exercícios propõem ajudar as pessoas a entrar em contato com suas tensões corporais
crônicas e liberá-las, por meio de movimentos apropriados, de adequação postural,
de adequação respiratória, de desbloqueios, de estímulo da vitalidade corporal, de
ensinamentos de tomada de consciência e de percepção corporal e, principalmente,
de uma percepção das autoexpressões. Em acréscimo, existem a prática pessoal de
autoconhecimento, o alívio de dores físicas crônicas, a melhora da aparência, a promoção
da autoconfiança e da expressão da sexualidade, além de outros.
13
Unidade I | Técnicas e recursos
14
Técnicas e recursos | Unidade I
visto que o apoio, a troca de informação e a socialização, para estes públicos, são
amplamente necessários como coadjuvantes. Em suma, a harmonia corporal e mental
vem sendo buscada desde milênios e, assim, muitas modalidades práticas já existem e
outras estão em estudo.
15
CAPÍTULO 2
Entender a personalidade em termos de
corpo
16
Técnicas e recursos | Unidade I
ID
EGO SUPEREGO
Após esse momento, a fase anal cursa até cerca dos 3 anos de vida, na qual os controles
(principalmente os motores e de sensibilidade corporais) começam a surgir, a se
expressarem pelo corpo. Os esfíncteres anal e vesical agora passarão a ter ação voluntária
comandadas pelo sistema nervoso, o qual consegue ser controlado pela mente, o que
antes era feito instintivamente. Dessa forma, a pessoa consegue “segurar” a urina e as
fezes e não mais usar fraldas. Ao passo que a formação dos limites se fortalecem e há
uma tendência social. Um bom exemplo disso, se inicia em relação ao uso da palavra
“não”, a qual passa a ser empregada mais frequentemente pelos pais, para que a criança
não faça algo de errado, por exemplo. Geralmente quando essa fase é rigidamente
desenvolvida, pode ocasionar personalidades de tendências compulsivas.
Dos 3 aos 5 anos de idade, a criança passa pela fase fálica, correlacionada com o
início das identificações das partes do corpo e dos componentes biológicos do sexo,
além do complexo de Édipo e da construção da libido. A criança passa por uma fase
de aperfeiçoar suas construções motoras, sensoriais e perceptivas. Isso fica mais e
mais evidente e se refletem dos 5 aos 14 anos de idade, ampliando sua coordenação e
ganhando agilidade, destreza, práxis finas, ritmo, elaboração de conceitos, aprendizado
17
Unidade I | Técnicas e recursos
de novos valores sociais e familiares etc. É a fase da latência, na qual, também, ocorre
um forte componente sociocultural na formação do ser.
A representação mental e corporal criada por cada um, terá influência da intensidade
com do que ele conseguiu externar e do que teve que fazer supressões. Essa construção
intrínsecas na construção do ser, podem se associar futuramente, aos sentimentos
positivos ou negativos, como por exemplo a culpa e a punição. A pessoa pode criar
mecanismos de defesa e de reações como a repressão (recalque, esquecer), formação
reativa, a projeção (atribuir a outros), a regressão (imaturidade, retorno), fixação
(estagnação), a sublimação (o que é socialmente correto), identificação (espelha-se e
assume características de outros), o deslocamento (transfere para quem não tem nada
a ver, por impossibilidade de direcionar ao agente), entre outros.
A forma de se expressar de cada um, há muito tempo é observada com uma correlação
fisiológica das emoções, como um exemplo da observação de padrões respiratórios. Isso
porque, os processos fisiológicos envolvidos na produção, retenção e na eliminação
de energia, são elementos da construção psíquica do sujeito. Por exemplo, a rigidez
muscular pode representar o processo egóico de repressão pessoal, social e cultural,
o que leva à associação da couraça muscular com o tipo de caráter, já que houve uma
formação de padrões comportamentais.
As expressões que são inconscientemente feitas pelo corpo podem ser uma tradução das
experiências que cada indivíduo teve e de quais e como suas referências psicoemocionais
foram potencializadas e armazenadas na memória. As inovações na compreensão
da personalidade do sujeito, trazidas pelos estudiosos, têm buscado fortalecer as
bases teóricas da prática clínica na bioenergética. Isso demonstra que a identidade
funcional do psíquico é expressa pelo corpo, o que vem a se constituir futuramente,
na personalidade de cada um.
18
Técnicas e recursos | Unidade I
A atenção para um fio condutor entre as fases da vida, em linhas gerais, a constrição
energética (hipoorgonótico), é descrita como mais acentuada na fase de sustentação
(gestação, parto e primeiros dias de vida). Dessa forma, afetam o núcleo psicótico,
ejetando no ser humano um comportamento mais racional, com dificuldade de se
relacionar socialmente e de encarrar a realidade da vida.
Quando esse bloqueio envolve a fase da amamentação, a reflexão de distúrbios pode ser,
por exemplo, o Borderline, que pode ser introvertido (oral reprimido) ou extrovertido
(oral insatisfeito). Há uma desorganização energética que pode ser geradora de
transtornos alimentares, de humor, de depressão, de alteração afetiva entre outros.
Segundo a perspectiva em tela, podemos denotar que muitas perspectivas devem ser
observadas e não apenas se limitar à observação de fases. Os estudos favoreceram a
construção de muitas das abordagens técnicas de bioenergética, ampliando as fronteiras
dos territórios científicos. Estas técnicas são facilitadoras da compreensão sobre a
personalidade, por meio da mobilização da energia presa pelas tensões musculares,
com exercícios que facilitam o contato com suas raízes (como o Grounding) e melhoram
19
Unidade I | Técnicas e recursos
Na teoria Estrutural da Mente, criada por Freud, constituída pelo ID, EGO E
SUPEREGO, são descritas as possíveis neuroses e as psicoses provocadas pelos
eventos traumáticos ocasionados em cada fase do desenvolvimento. Assim,
reforça-se a couraça energética em torno do local do trauma, seja ele de qualquer
ordem ou natureza.
20
CAPÍTULO 3
A melhora das funções da mente e o
aumento da energia corporal
21
Unidade I | Técnicas e recursos
Vários estudos expressam que as funções mentais também são potencializadas com
a energização corporal. O corpo em equilíbrio, capta, gera e processa melhor os
nutrientes, facilitado sua circulação por todo o organismo e isso exerce um papel
biológico indispensável.
22
Técnicas e recursos | Unidade I
A dinâmica agitada de um dia a dia, pode levar à repetição de padrões não ergonômicos,
ou a padrões de mecanização e de repreensão das emoções. Essa égide fatalmente levará
à compensações e, posteriormente, à padronização de respostas. A automatização
(padronização) induz a falta de contato com as próprias dimensões corpóreas.
Por meio das vibrações, podemos começar a ter mais consciência das forças da
personalidade que estão imobilizadas pelas tensões musculares crônicas, assim, liberando
essas forças e contribuindo para se ter uma vida mais livre.
23
Unidade I | Técnicas e recursos
As couraças
Tal orientação passa a ser utilizada em pessoas com ou sem sinais ou com sintomas
clínicos, o que torna necessário maior atenção na avaliação desde a anamnese. Por
isso, a avaliação não se conclui em apenas um momento, visto que perguntas clássicas
das condutas tradicionais, como “diga-me, onde dói?” ou “o que te trouxe aqui?”, por
exemplo, geralmente, não são elucidativos por completo para perceber a sua energia.
24
Técnicas e recursos | Unidade I
O tratamento
Uma vez que todos esses dados podem ser modificados com o decorrer do tempo, é
importante que as observações ocorram continuamente e o terapeuta busque, sempre
que necessário, fazer os ajustes nas condutas escolhidas para o tratamento. Inclusive,
ele deve ter um olhar durante as condutas, pois o paciente, quando não achar que
está sendo avaliado, pode verbalizar ou expressar emoções, sentimentos ou condutas
corporais, as quais ele pode não ter feito no dia da avaliação.
As linhas de condutas têm forte referencial em Reich, que adotou, desde o início dos
seus trabalhos, medidas preventivas para a neurose, ao passo que Lowen seguiu uma
linha mais tradicional da clínica, observando a harmonia sistêmica (setting terapêutico).
Nesse último, os métodos envolvem elaboração verbal dos conflitos, leitura energética
do corpo e exercícios corporais.
É importante, mais uma vez, a ressalva de que as práticas bioenergéticas não substituem
qualquer eventual necessidade de intervenção de tratamento específico, com uso de
técnicas convencionais.
25
Unidade I | Técnicas e recursos
Os exercícios
Também salienta-se que a escolha em si dos exercícios e das práticas a serem usadas,
pode estar diluída em erros de percepção, já que é um ato muito difícil e requer muito
treino. A percepção dos próprios bloqueios e a origem correta deles nem sempre é fácil,
podendo requerer o auxílio do profissional habilitado. Apesar disso, alguns exercícios
são de menor complexidade e têm o condão de melhorar o fluxo energético de maneira
global, os quais podem ser executados individualmente ou em grupos pequenos, e até
diariamente.
Discorre-se com orientações prévias feitas pelo terapeuta, principalmente, para aqueles
que estão em primeiras sessões. O desbloqueio emocional também deve ser facilitado,
caso contrário as aferências não conseguirão uma adequada captação. Dilatando as
concepções, é importante rememorar que os exercícios bioenergéticos trabalham com
elementos que vão além de uma simples execução de ginástica.
Uma abordagem geral das técnicas será realizada, entretanto vale salientar a necessidade
de se aprofundar os conhecimentos com cursos, práticas e laboratórios, além de
26
Técnicas e recursos | Unidade I
Sintonizando com o já exposto, o segundo elemento é o Centring, que pode ser traduzido,
como centrar-se, aprumar-se ou equilibrar-se, em relação aos seus sistemas corporais
(sistema nervoso central, periferico e autônomo), emocionais, pensamentos e ações.
Por ultimo, o Grounding, que envolve contato e se firmar ajustando-se e mantendo-se
ajustado. Isso, também, quanto ao consciente e ao incosnciente.
O objetivo inicial é estimular para que o corpo busque um equilíbrio das forças que
agem sobre ele, alinhando-se melhor. Assim, preliminarmente, o terapeuta instrui
que o indivíduo fique em pé, com os pés em contato com o chão, os pés afastados um
do outro aproximadamente 30 cm, ambos projetando a ponta do hállux ligeiramente
para dentro, os joelhos semi flexionados e a coluna ereta.
Esse trabalho requer o olhar ampliado e perspicaz do terapeuta, que deve ser bem
qualificado para tal função, principalmente, porque os exercícios visam um momento
de descoberta de si e isso pode requerer um maior suporte.
27
Unidade I | Técnicas e recursos
Como dito, ser o grounding, postura base, nos exercícios respiratórios, ela é realizada
associando-se a uma respiração profunda. Portanto, aumenta a energia interior, com
nutrientes para as células, e facilita o fluxo energético necessário para dissolver as
tensões.
Na sequência do arco invertido, pode se manter ainda, as pontas dos dedos em contato
com o solo, assim como os joelhos levemente fletidos e pedir para que a pessoa faça
uma flexão um pouco maior do joelho e em seguida, esticá-lo. É preciso repetir isso
várias vezes, mas sem que realmente os pés saiam do chão. O que se faz como variante,
é na sequência deste treino, o realizar também com pequenos pulinhos. Depois fazê-
lo alternadamente, 2 vezes em cada perna e avançar até o pular corda, mantendo isso
com várias repetições.
28
Técnicas e recursos | Unidade I
O alongamento para trás, visa estimular a musculatura que pode começar a estar
tensionada com a contínua projeção da parte superior do corpo mais para frente. Afinal
de contas, a própria ação da gravidade já dá sua contribuição. Durante as atividades
corriqueiras, principalmente as executadas em posição sentada, há uma facilitação do
surgimento dessa projeção anterior e uma falta de conscientização corporal da cadeia
muscular posterior. Essa constante então, poderá ser denotada quando o limiar já esteja
promovendo dor muscular e até compensações das posturas.
Uma forma simples, portanto, é dar pausas periódicas nos pontos de tensão, alongando-
os. Essas técnicas são realizadas na postura sentada, onde a pessoa vai projetar os dois
braços para cima e para trás, como se mimetizasse o espreguiçar. A coluna deve se
desgrudar do apoio da cadeira e formar um discreto arco no sentido posterior. Manter
o tronco alongado e os braços esticados por uma média de 30 segundos, como uma
respiração livre.
Vibração e motilidade
29
Unidade I | Técnicas e recursos
Por meio das vibrações, podemos começar a ter mais consciência das forças da
personalidade que estão imobilizadas pelas tensões musculares crônicas, ao liberar
essas forças e assim contribuir para se ter uma vida mais livre.
A respiração é o ato primordial para que a vida exista no ser humano. É considerada
como ações amplas, pois, além de possibilitar a oxigenação das células corporais,
fundamentais para que elas existam e funcionem, também, é responsável pela eliminação
do gás carbônico e das impurezas do organismo.
Para esse movimento da caixa torácica ocorrer, ele conta com a constituição das
musculaturas do diafragma, de todo tronco e do abdômen, inclusive, dos músculos bem
menores presentes no gradil costal, entre uma costela e outra (intercostais internos e
externos). O diafragma, frequentemente, apresenta pontos que podem ser considerados
como tensionais. Isso decorre por ele ser considerado músculo chave da respiração,
portanto sempre se encontra trabalhando, já que está associado ao fato de que está
conectado às últimas costelas e numa região basal dos pulmões.
30
Técnicas e recursos | Unidade I
31
Unidade I | Técnicas e recursos
Assim, é trazida a compreensão de que análise correta da respiração pode trazer dados
do estado emocional e dos bloqueios.
Como já descrito, o corpo através de seu movimento, dos gestos, das expressões e das
posturas, consegue expor os sentimentos reais do ser humano. Além disso, traz sua
carga energética expressa pelos músculos os quais se refletem. A expressão corporal
é usada pelos terapeutas para análise do indivíduo, mas também é empregada para
tratamento, pois parte da ideia de influência recíproca em que a mente se expressa
32
Técnicas e recursos | Unidade I
O analista bioenergético, que percebeu durante a avaliação, ou que ouviu como relato
do paciente, a presença de pontos de tensão muscular ou de espasmos, deve aplicar
pressão controlada para relaxar a musculatura que está contraída e ir dissolvendo os
pontos de acordo com o limiar álgico do paciente. Este relaxamento muitas vezes ocorre
como práticas iniciais, visto que, quando muito tensos, dificultam a realização dos
exercícios e consequentemente, têm influência no emocional e na expressão corporal.
O toque é uma forma de oferta energética feita pelo terapeuta, de forma a facilitar o
fluxo energético da área que se apresenta bloqueada ou, até mesmo, como suporte,
quando a demanda corporal está muito em baixa concentração de energia. De acordo
com Lowen (2007) em suas observações, a transferência de energia é comumente feita
pelas mãos e em condução de ondas de calor. Essa técnica se encontra melhor descrita
nos capítulos posteriores, os quais explicarão melhor a correlação desta técnica com a
capacidade perceptiva do receptor. Além disto, vários fatores terão influência como o
estado energético do terapeuta, o ambiente e os seus ruídos, por exemplo.
Cada seguimento corporal bloqueado deverá ser observado e analisado nas condutas,
podendo ser utilizado no tratamento ou ser selecionado e acrescentado a outros
segmentos corporais de acordo com as demandas.
33
Unidade I | Técnicas e recursos
Exercícios para enfoque mais específicos, como por exemplo, na psicologia organizacional
e educacional, na saúde mental, nos desastres e nas emergências, em casal e família, nos
pós-traumas ou nas doenças crônicas, devem ser promovidos sempre com cautela e
por profissional habilitado e experiente, mas também será preciso haver uma empatia
e uma grande capacidade perceptiva da intersubjetividade.
34
Técnicas e recursos | Unidade I
De acordo com Barnet (2015), a devolutiva deve ocorrer após cada sessão, que ele
intitula como scanning, para que o indivíduo possa perceber as mudanças que o trabalho
proporcionou e estimular a sensibilidade proprioceptiva de cada participante.
35
Unidade I | Técnicas e recursos
Muitos aspectos são importantes, como os que estimulem a relação agradável do olhar
com o emocional da pessoa, como uma pequena fonte de água ou uma pintura. nessa
ótica, os fatores sinestésicos, por exemplo o cheiro de alfazema ou de grama molhada,
são igualmente relaxantes. Isso se deve porque a cromoterapia, a aromoterapia e o uso
de cristais são influenciadores energéticos importantes.
36
Técnicas e recursos | Unidade I
A música relaxante é recurso que favorece o equilíbrio energético. O seu volume deve
ser audível, mas, moderadamente, sutil para que a voz de condução do terapeuta seja,
corretamente compreendida pelo paciente.
A influência dos sons externos fazem com que muitos dos locais de terapia sejam
eleitos mais afastados dos grandes centros comerciais. A presença de componentes
da natureza é sempre favorável, mesmo porque seu contato é estimulador energético.
É preciso ter também, elementos como uma maca ou uns colchonetes, por exemplo,
para ter maior facilidade na avaliação inicial. As macas devem ser estáveis e com altura
adequada para a prática de massagem, do toque ou de compressões leves, pois além do
conforto do paciente, o terapeuta deverá estar posicionado de forma adequada para
não sentir dores e não transpor essa energia ao paciente.
Existem exercícios de socar e os de bater com força com uma raquete ou uma toalha,
os quais serão usados batendo na maca, portanto, seu material deve ser de qualidade.
Nesse momento, o emprego de óleos e de essências deve ser cuidadoso para não estimular
lembranças desagradáveis ao paciente, assim, como para não atrapalhar na avaliação.
Com o crivo da escolha correta de instrumentos a serem utilizados, lembre-se de que
a bioenergética visa estimular a expressão, mas a escolha de elementos, desagradáveis
ao cliente, pode estimular a repressão ou a supressão.
Deixe um local reservado para que eles coloquem os objetos e os sapatos e possam se
trocar. O chão é o componente amplamente usado, que deve estar limpo e confortável.
Em ambientes fechados ou abertos, podem ser usados tatames emborrachados para
dar mais conforto na realização dos exercícios. Um sofá de, no mínimo 3 lugares, deve
estar posicionado encostado a uma das paredes para ser usado como apoio de alguns
exercícios.
37
Unidade I | Técnicas e recursos
A sala espelhada não é o ideal, mas tenha reservado um espelho grande para usar em
algumas abordagens futuras que requeiram o contato com sigo e suas expressões.
Já as bolas de diferentes diâmetros são bem aceitas e podem ser empregadas para
auxiliar no relaxamento ou, simplesmente para ser recurso lúdico, principalmente
nas terapias em grupo.
Será preciso ter variantes de toalhas em tamanho e texturas, que serão empregadas
em técnicas para aliviar o estresse, como as de bater e as de torcer a toalha. Ao passo
que, também são requeridas raquetes resistentes para igual uso de bater em um objeto.
Essas técnicas, em que o cliente vai desferir suas bofetadas, os chutes e os golpes,
liberam a raiva contida e quase sempre serão seguidas de um grito ou de choro. Então,
outra característica importante é que seu espaço físico tenha, é uma boa acústica para
não incomodar os vizinhos.
Esse vídeo que indico, sobre Aliviando Tensões Emocionais com a Bioenergética,
é para você entender melhor tudo que já foi lido até agora. Aproveite e se deleite
com todo o conhecimento. Segue o link do vídeo: https://www.youtube.com/wat
ch?v=Jp1AFcz2QoQ&feature=youtu.be.
38
EXERCÍCIOS DE
BIOENERGÉTICA UNIDADE II
CAPÍTULO 1
Utilização de exercícios e da expressão
corporal como recursos na análise
bioenergética
Durante a infância, a criança, por meio do toque e dos estímulos sensoriais, como
colocar a mão na boca, por exemplo, vai criando referenciais corporais ao associar os
componentes sensoriais às suas partes do corpo. A formação de um esquema corporal
é a elaboração e o reconhecimento das partes do corpo e de sua localização. Ao se
desenvolver, o indivíduo vai aprendendo, por exemplo, que tem a cabeça sobre os
ombros, que o umbigo fica no meio da barriga etc. À medida que a pessoa se desenvolve,
os experimentos vividos pelo corpo, vão sendo associados e armazenados em áreas
cerebrais específicas. Assim, não é preciso, por exemplo, tocar no gelo para saber que
ele é gelado, basta olhar para ele e, logo, é lembrado do frio. A elaboração ocorre,
também, quanto aos referenciais emocionais.
39
Unidade II | Exercícios de bioenergética
A vitalidade subjetiva é uma experiência de possuir energia e sentir-se vivo. Quando isso
está abalado, os geradores da autopercepção e da autoestima vão sofrendo alterações,
muito pelas influências emocionais contidas. A personalidade se delineia e o corpo
assume posturas representativas dela. Por exemplo, a pessoa deprimida anda com o
tronco encurvado para frente, com tendência a olhar mais para o chão, assim, como
a postura dos ombros vão rodando para dentro, como se o corpo fosse se fechando
em um casulo.
Alguns estudiosos buscam a interpretação conhecida como Gestalt, outros usam a leitura
inicial a ser compreendida sobre a formação dos símbolos que a mente humana cria.
Outros exemplos a serem discorridos, podem ser a observação do tórax de uma pessoa
que tem o referencial como o centro do EU. Geralmente, ele se apresenta mais protuso
em pessoas narcisistas ou impositivas e encontra-se retraído em tímidos, submissos
ou dominados pela situação. Ao passo que muitos observam que, ao pedir para uma
40
Exercícios de bioenergética | Unidade II
pessoa contar uma proeza de sua vida, pode ser observada que aquela pessoa aos poucos
vai dilatando o tórax para frente.
Dessa forma, diante de uma demanda de diminuir uma tensão ou de estresse corporal,
a regra é executar exercícios leves, pausados e controlando a respiração. Assim deve-se
observar que vice-versa, também, ocorre, pois, ao respirarmos de modo mais calmo e
menos acelerado, diminuímos a tensão corporal e temos um certo alívio emocional.
Nessa premissa, a força de hábitos deve ser considerada, pois existem pessoas que já
se habituaram a determinados comportamentos corporais, visto que, copiosamente
repetiram durante o decorrer de sua vida. Portanto, essas expressões podem falsamente
sinalizar algo que intrinsecamente não é o sentimento do indivíduo naquele momento.
Lembrando-se também, como já descrito antes, que a sexualidade pode ser influenciadora
na capacidade de expressão corporal, sendo importante reler os exercícios mobilizadores
da pélvis, principalmente pois a liberação tensional dessa região, favorece a conjuntura
41
Unidade II | Exercícios de bioenergética
Apesar da leitura corporal ser feita muitas vezes, fazendo-se valer da análise de
componentes inconscientes expressos nos movimentos, o terapeuta deve estar atento
para as fases de terapia nas quais se permeia a descoberta, mas também a integração em
si. A tomada de consciência não apenas favorece a memorização lúdica associativa das
sensações corpóreas e de suas expressões, mas, em aditivo, o trabalho de conscientização
corporal é um importante aliado para que o próprio individuo passe a se organizar e
se expressar melhor.
Cada corpo tem a sua energia vital, como metabolismo e ritmos funcionais diferentes,
e, na mesma ideia, pode-se observar que o condicionamento energético de cada um é
diferente, mesmo quando diante de situações idênticas.
42
CAPÍTULO 2
Exercícios para os segmentos
Os estudiosos do tema relatam que o fluxo energético corporal passa por todo nosso
organismo. Para melhor abordar essa distribuição, foi proposta um zoneamento
corporal em segmentos, com o número de 7 (sete). Esses segmentos seriam as zonas
de maior acúmulo tensional ao longo da vida do indivíduo, chamados também de
anéis tensionais.
É importante salientar que a abrangência, muitas vezes falada como apenas muscular,
para o autor, compõe órgãos e grupos musculares. Assim, transpõe que esses anéis
estão distribuídos de modo perpendicular ao eixo céfalo-caudal (linha da cabeça aos
pés), mas o seu funcionamento é cíclico, fazendo com que se mova de maneira circular,
alcançando todo o corpo.
43
Unidade II | Exercícios de bioenergética
Figura 2. Chakras.
Chakra significa “roda de luz” e tem sua origem na cultura oriental, como correlato
da distribuição corporal de pontos de equilíbrio e de energia. Tradicionalmente, em
número de 7 (sete), estão distribuídos seguindo a linha da coluna, sendo de baixo
para cima, o chakra básico (sobrevivência), o plexo solar (energia sexual, autoestima
e criatividade), o sacro (ego e digestão), o cardíaco (amor e perdão), o laríngeo
(comunicação, autoexpressão e verdade), o frontal (o terceiro olho) e o coronário
(conexão espiritual). Essa energia, segundo a tradição, é referenciada, também, com
cores.
44
Exercícios de bioenergética | Unidade II
Nesse compasso, também, é preciso correlatar esse seguimento com regiões, como o
cérebro, o coração e a boca no sentido da fala. O olhar pode expressar, por exemplo,
algo que se ia falar, mas que não foi dito pelas palavras, assim, como deixar passar o que,
realmente, se pensa. É um referencial das impressões que temos de cada pessoa e do
ambiente, do mesmo modo que pode ser a exteriorização do que os outros concebem
de nós.
O olhar traduz todos os sentimentos e, assim, tem grande influência nos bloqueios
energéticos, quando diante de encouraçamento deste segmento. Fato este que pode ser
citado como exemplo, desde cefaleia, fobias, concentração ou desatenção, interesse,
evocação da memória entre outros. É comum observarmos os movimentos que os olhos
fazem em um determinado sentido ao nos depararmos com uma necessidade de falar
uma mentira, ou quando vamos buscar, na mente, a lembrança de uma informação,
por exemplo.
A região oral tem uma construção energética muito cedo, pois é muito estimulada
desde o nascimento com as primeiras sucções e a sua correlação emocional de vínculo,
mãe e bebê. Além da nutrição, age na mastigação, na fala e na capacidade de expressão.
45
Unidade II | Exercícios de bioenergética
Pela própria constituição corporal, algumas regiões têm mais sobrecarga, outras têm
mais mobilidade. A fraqueza ou a hipertrofia desses músculos podem gerar desequilíbrio
no alinhamento vertebral da coluna. Essa desorganização, na região cervical, pode gerar
hiperlordose ou escoliose, além de facilitar a compressão de raízes nervosas que, ali,
emergem da medula espinhal. Compressão esta que pode diminuir a movimentação
de todo o corpo e alterar o funcionamento do sistema nervoso central, periférico e
autônomo.
46
Exercícios de bioenergética | Unidade II
análises das expressões corporais. A projeção torácica para frente representa pessoas
com mais segurança em si e que podem ter características de superioridade ou de
dominância, ao passo que a retração torácica, muitas vezes, devido à anatomia humana,
vem acompanhada de rotação dos ombros para dentro e isso expressa personalidades
inseguras, tristeza ou estados de tensões excessivas. Este segmento revela a forma como
o indivíduo se relaciona com o mundo, assim, como a capacidade de amar.
É importante observar que, para evitar redundância pelo fato de esse componente estar
presente em todo trabalho, muitas das suas descrições e as atribuições já se encontram
descritas nas páginas anteriores. O diafragma é um ponto fortemente envolvido na
formação das couraças, porque, entre outros fatores, uma respiração desorganizada,
acelerada, irregular ou diminuída, por exemplo, pode ser reflexo de desequilíbrio de
outras áreas corporais e, principalmente, do componente emocional.
Nota-se, por exemplo, também, que as pessoas, com bloqueios diafragmáticos, podem
apresentar a incapacidade para vomitar, chorar, gritar e até para defecar. Além disso,
47
Unidade II | Exercícios de bioenergética
A posição encontrada do diafragma, sofre influência de vários fatores que podem ser
exemplificados, como o caso de quando as vísceras se encontram dilatadas ou o intestino
constipado. Isso favorece o deslocamento do diafragma para cima e, consequentemente,
diminuem sua eficácia contrátil. Na oposição, a asma faz com que ele se desloque para
baixo, mas também geram alterações contráteis e funcionais.
Outro dado importante é que esse segmento em questão, tem forte relação com fatores
e doenças psicossomáticas, assim como tem congruência associativa com problemas
respiratórios e com a capacidade de amar do indivíduo.
Com esse fato supracitado, faz-se necessário ao terapeuta trabalhar com a desobstrução
de encouraçamentos não apenas regionais, mas, também, os irradiados. Como exemplo,
é importante lembrar de que situações de hipotonia da parede abdominal, as quais
levam à flacidez, podem gerar quadros de dores lombares, porque a fraqueza muscular
retira o equilíbrio promovido pelo alinhamento das vertebras da coluna e facilita os
desvios escolióticos ou o excesso na curvatura (hiperlordose lombar).
Esse comprometimento pode ir desde uma dor muscular e a pontos de tensões, até as
compressões das raízes nervosas que emergem da região lombar, o que promoverá
disseminação das regiões de encouraçamento. Assim, pode-se surgir, por exemplo,
dores no dorso das pernas, nas nádegas e nos órgãos internos, da mesma forma que
a compressão pode afetar o funcionamento do intestino e do aparelho circulatório.
Claramente, muitos já perceberam alguma situação em que o referencial emocional
afetou o funcionamento intestinal, assim, como na análise bioenergética inicial, o
terapeuta deve ficar atento às referências citadas, como diarreia, por exemplo.
48
Exercícios de bioenergética | Unidade II
A postura assumida pela pelve, tem uma interpretação corporal que se encontra
predominantemente contraída (em retroversão), ou seja, inclinada mais para trás,
relacionada com a perda constante de energia sexual, assim como a diminuição para
fazê-lo. Já o oposto, a antiversão (pelve inclinada para frente) pode demonstrar energia
sexual. O fato é que a análise não pode ser solta, devendo estar contextualizada com a
observação de outros fatores, por exemplo, a energia sexual pode ao mesmo tempo,
ser acompanhada de frustrações, de medo ou de raiva.
Alguns autores advogam que cada segmento do corpo terá que ser trabalhado com um
acting, ou seja, um movimento específico realizado com o paciente deitado em um divã.
49
Unidade II | Exercícios de bioenergética
Esses exercícios, acima descritos, são feitos em ortostase (em pé) com os pés levemente
afastados (20 cm), descalços, em contato com o solo (apoio plantar), onde é instruído
que o participante vá, progressivamente, evitando contrair o abdômen, a ponto dele
se apresentar solto e, em algumas pessoas, como uma “pança” mais protusa.
Essa liberação tem um componente sociocultural importante, uma vez que a repressão
mentalmente, imposta nos padrões de beleza, continha a barriga para dentro, com
estufamento do peitoral. Assim, a contração contínua da musculatura estimula uma
diminuição da espontaneidade nas expressões corporais e na imagem de si.
Os exercícios pélvicos auxiliam, dentre outras coisas, para que as sensações sexuais
possam fluir diretamente para os genitais. Um deles é realizado na postura de grounding
em pé, com os pés levemente afastados e os joelhos em semiflexão, posturando as mãos
na cintura. O objetivo é liberar as tensões regionais, assim, como favorecer o fluxo
energético para as áreas que estão com baixa carga.
Nesse caminho, orienta-se que a pessoa faça movimentos circulares no quadril, várias
vezes, como se rodasse o bambolê na cintura, indo ritmicamente para um lado e,
posteriormente, para o outro lado. Na sequência e mantendo a postura, orienta-se
que se projete a pelves para frente (antiversão), empinando as nádegas para trás, e
seguindo a inclinação da pélvis para trás (retroversão).
Outra sequência é feita com a pessoa deitada, com as costas em contato com o solo e
as pernas levemente fletidas, mantendo os pés apoiados no solo e os joelhos levemente
afastados. Estimula-se a realização de uma respiração abdominal, seguindo uma
sequência que estimula a inspiração e o deslocamento das pelves para trás, e, na
expiração, ocorrendo o posto.
50
Exercícios de bioenergética | Unidade II
51
CAPÍTULO 3
A terapia como método de limpeza
Limpar é retirar o que está sujo, sobreposto a algo ou no ar, mas pode ser remetido
à ideia de mudar algo ou de se desfazer de algo. Constantemente, estamos fazendo
isso, quando queremos melhorar o aspecto e dar a sensação de frescor e de bem-estar,
limpamos a casa; quando desejamos aumentar o desempenho, limpamos o computador;
quando desejamos encontrar algo mais fácil, organizamos e limpamos as gavetas.
Da mesma maneira, fazemos com a mente e com o corpo. Às vezes é preciso desconectar
para recarregar corretamente, vamos usar o dito popular: “nada como uma boa noite
52
Exercícios de bioenergética | Unidade II
A limpeza pode ser com uso de técnicas manuais, de exercícios, de aplicação energética,
de banhos, de reforço mental e outros. Vale ressaltar que os estímulos sensórios e os
perceptivos de cada um devem ser observados, visto que a maior fluidez energética
partirá da aceitação, da concentração, da conscientização e da manutenção.
Dentre as terapias, a maioria será abordada de modo mais aprofundado nos outros
capítulos. Mas traremos, como consideração, a postura de grounding para facilitar a
descarga e a recarga energética; e os exercícios de extravasamento mental, emocional
e das tensões musculares, como os chutes no ar, a vocalização e até com gritos para
liberar as tensões contidas. As batidas em objetos com raquetes e o torcer da toalha
são fortes facilitadores para exaurir a energia densa ou negativa que esteja acumulada.
Algumas técnicas podem ser mencionadas, como a cromoterapia e a terapia com uso
de estímulo das cores. Este é um dos agentes empregados para reenergizar o corpo, por
vários pressupostos, dentre eles, devido à natureza da luz, à sua origem no espectro
eletromagnético e aos seus elementos, (comprimento de onda, frequência e velocidade).
Eles, através da via ótica, atingem sensores nervosos específicos que podem provocar
reações corporais.
Assim, cores vibrantes e piscantes, com muita frequência, já são usadas com intuito de
gerar uma sensação de alerta, como o exemplo das sirenes em ambulâncias e carros de
polícia. É comum apagar a luz e gerar uma penumbra para dormir ou tratar insônias
e outras perturbações do sono. A luz azul ajuda na diminuição de cefaleias tencionais,
assim, como estimula formação de campo energético protetor. Não se pode esquecer
dos antigos costumes que já colocavam uma fitinha vermelha nos bebês para afastar
o mal olhado.
O corpo reflete cores que, apesar de nem sempre serem perceptíveis a olho nu,
acompanham todas as partes e se expressam diferentemente de acordo com a carga
53
Unidade II | Exercícios de bioenergética
A superfície do corpo, em termos de pele, pode ser considerada uma tradutora sensorial
potente, cujo fluxo é de fora para dentro, o que leva à percepção do exterior; e é de
dentro para fora, quando nos expressamos e nosso corpo reage. A transmutação
energética tem o condão de criar uma espécie de ponte condutora, porém essa ponte é
hibrida e o que será importante é a capacidade de percepção do receptor, assim, como
sua propensão em receber a energia externa ou não.
54
Exercícios de bioenergética | Unidade II
Aquilo que aprendemos e não relembramos, com uma certa frequência, com o passar
do tempo, teremos a tendência de esquecê-lo e até mesmo, de apagá-lo da memória.
Quando o oposto ocorre, existe uma apreensão firme e os padrões que são adquiridos
acabam por se cristalizarem na mente humana. Trata-se do acúmulo lento e progressivo,
em doses absorvíveis.
O ser humano tem uma tendência natural em fazer o que melhor lhe atrai, porém os
gostos têm influência nas suas práticas reiteradas. Entretanto, é preciso se canalizar
para que a repetição seja, cada vez mais, de coisas mais positivas para a vida, afinal de
contas, ninguém quer estimular uma corcunda, reforçando todos os dias a postura
cifótica.
A polarização energética correta é a premissa que a ciência já embasa, como fator para
que a energia flua e se perpetue. Tal fato comunga com a Lei da Atração, a qual coaduna
55
Unidade II | Exercícios de bioenergética
com o dito popular de que “coisas boas atraem coisas boas e vice-versa”. Com isso, é
preciso lembrar de que os processos energéticos impulsionam as pessoas.
O reforço não deve apenas ser interpretado a título de corpo, mas, também, pela mente.
Afinal de contas, um influencia no outro, e essa conjuntura deve estar harmônica para
que o fluxo energético flua equitativamente e sem obstáculos no seu percurso.
Será preciso ser seletivo nas análises do que, realmente, deve-se perdurar. Após
a seleção, a organização dos segmentos e das sequências deve ser estruturada. Os
comportamentos, quase sempre, nascem de atos simples, cuja informação, que foi
captada pelos sentidos e pelas sensações corporais, gera ações reiteradas. A importância
da imitação, para o desenvolvimento neurológico, psicológico, motor e emocional, é
demonstrada durante o crescimento do indivíduo.
Nesse panorama, é comum o ser humano ter ações físicas e mentais que mimetizam
a forma pela qual algo ou alguém lhe expressou. Isso porque tais ações coincidem, na
pessoa, com aquilo que lhe agrada no outro, pois o corpo e a mente são transmissores
e receptores de informações.
O reforço ganha uma dimensão maior quando não se trata apenas de uma reprodução
de algo, mas sim, um reforço de pensar com a emoção e o desejo associados; onde a
reprodução pode estar apenas no plano mental, no sentido de buscar uma atração, para
a concretização. Assim, tem-se um referencial simbólico se armazenando na mente.
56
Exercícios de bioenergética | Unidade II
Bioenergética X yoga
A yoga é uma prática oriental com origem histórica na Índia, já difundida em todos os
continentes, sendo expressa com o nome de Hatha Yoga, ou seja, solar (Há), lunar (Tha)
e unir (Yoga). Trata-se da concepção de integração consigo mesmo, com embasamentos
psicofísicos. É desenvolvida com os princípios de uma energia que une o corpo e o
espírito, muito similar aos pressupostos da bioenergética; além de apresentar traços
budista, no reforço à meditação.
Comumente a yoga tem sua representação simbólica com a Flor de Lótus (padma), já
que no oriente, representa pureza de corpo e de mente. Sua imagem representa, para
o budismo, a ideia de meditação, além de assemelhar-se à postura sentada, assumida
para tal.
57
Unidade II | Exercícios de bioenergética
O mapa reichiano analisa o corpo quanto ao fluxo energético e a formação das couraças,
como sete seguimentos, enumerados de cima para baixo. Isso nos permite fazer um
paralelo neo-reichiano com os chakras (centros energéticos do corpo que estão sempre
ativos) da tradição do yoga, os quais são enumerados de baixo para cima.
A energia circula pelo corpo através dos chakras (ou chacras), em um ritmo correlatado
pelos 5 elementos da natureza: terra, água, fogo, ar e akasha (éter). O equilíbrio
harmônico do corpo, da mente e da natureza é o princípio da saúde.
Dentre os sete principais chacras, chama-se Muladhara o primeiro deles. É a raiz que
está localizada na região da pélvis (compõe os órgãos desta região e da parte distal
da coluna vertebral). O segundo é o Svadhisthana ou chakra sexual, ou centro sacral,
localizado pouco acima das cristas ilíacas anteriores, mas abaixo da linha umbilical.
58
Exercícios de bioenergética | Unidade II
Nesse ínterim, é preciso lembrar de que o corpo tem expressões altamente condicionadas
pela repetição usual. A rotina de determinadas condutas pode gerir esse condicionamento.
Essas atitudes podem permear nossos instintos e comumente são tomadas sem pensar,
são rápidas e portanto, podem ser traiçoeiras.
59
Unidade II | Exercícios de bioenergética
O trabalho de tomada de consciência corporal e mental pode ser difícil, pois se trata,
inicialmente, de quebrar paradigmas que, talvez, já se encontram enraizados na
construção daquele ser humano. Desfazer-se de antigas estruturações e dos possíveis
bloqueios energéticos, permite equilibrar o corpo e construir novos códigos mentais.
A meditação tem, então, vários estágios que vão variar conforme a capacidade de
cada um de se concentrar. Ela poderá ser aumentada com as técnicas associadas que
visem o relaxamento integral. Na cultura oriental, os mantras são reverberados como
estimulantes da concentração, ao passo que a vocalização permite o ajuste da respiração
e da energia pulsátil.
A maneira, como organizamos nossas ideias, vai se refletir nas nossas ações, da mesma
forma que a crença em si é fortalecida. A associação dos preceitos da bioenergética
com a yoga são favoráveis ao desenvolvimento do bem-estar de forma integral.
Sugiro o livro “Yoga: como começar hoje a praticar yoga e colher todos os seus
benefícios”, de Marina Santos. A autora traz práticas que auxiliam no processo
de conhecimento do corpo e da mente, por meio da yoga, é possível proteger o
seu coração, fortalecer a sua postura, manter um peso saudável, aumentar a sua
circulação, aliviar dores crónicas, fortalecer o seu sistema imunitário, retardar
sinais de envelhecimento, melhorar a coordenação e o equilíbrio, aumentar a
sua energia. São práticas fáceis e que trazem muitos benefícios. Essa leitura irá
auxiliar nessa conexão entre bioenergética e yoga.
60
FORMAS DE ANÁLISE
BIOGENÉTICA UNIDADE III
CAPÍTULO 1
O terapeuta bioenergético
O terapeuta de bioenergética não precisa ser psicólogo de formação, o que não o absorve
de ter de possuir muito conhecimento e certa habilidade. Ele precisa desenvolver
habilidades de percepção que serão fundamentais na sua atuação. Além disso, deve
possuir os pressupostos teóricos que fundamentam seu trabalho, pois a dimensão
técnica precisará compor a compreensão de explanações feitas com e sem palavras
verbalizadas, ou seja, ditas pelo corpo, por exemplo.
61
Unidade III | Formas de análise biogenéticA
A eficácia das sessões de bioenergética vai requerer que o terapeuta tenha habilidade
de se comunicar com seu cliente. A escolha técnica não será única pontuação que fará
a diferença entre se conquistar ou não a confiança do cliente. A relação terapêutica é
um dos fatores promotores da mudança ou da não mudança.
A relação de confiança deve ser estabelecida para que o paciente consiga liberar suas
emoções. Ele deve ter em mente que o cliente pode se apresentar com múltiplas
demandas e, por isso, a sua paciência e a sua capacidade de percepção, numa sequência
cuidadosa, serão fundamentais.
O terapeuta, como ser humano, traz suas vivencias e suas representações, parte de suas
integrações mente e corpo, e compreende a construção de princípios éticos, morais,
familiares e sociais. Tendo em vista que as condições diferentes de existência produzem
hábitos diferentes, seus componentes, também serão suscetíveis de modificação ao
longo do tempo. Isso se refletirá nas suas expressões, nas atitudes corporais e nas
posturas assumidas.
62
Formas de análise biogenéticA | Unidade III
desejos sexuais. Inclusive, os mecanismos de defesa que cada um costuma ter no dia a
dia, os conceitos de resistência, de transferência e de contratransferência.
O terapeuta terá de estar preparado para conseguir, muitas vezes, dicotomizar as suas
crenças e sua formação, para poder ter uma conduta imparcial. Não ter influências
institucionais e mercadológicas, que rompam as dimensões da prudência e da ética,
é crucial.
63
CAPÍTULO 2
A bioenergética classifica os indivíduos
Para compor as construções do ser humano e, desse modo, gerar o equilíbrio da curva
energética, a sexualidade deve ser levada em consideração. Isto porque os equivalentes
orgásticos têm ações que podem ser dominantes, cujos reflexos repressores ou de
liberação estarão compreendidos na construção total da personalidade, o que gera
diversas características de indivíduos.
Assim, o esquizoide tem na sua forma abrupta, para mais ou para menos, a exteriorização
da dificuldade de saber lidar com as emoções. Esses entraves podem surgir de sua busca
por se afirmar numa situação ou de se aniquilar.
64
Formas de análise biogenéticA | Unidade III
Muitas vezes, observa-se pessoas com expressões pobres e com dificuldades de olhar
nos olhos de outras. Isso faz com que a pessoa gere uma dissociação de si versus seus
sentimentos. Em sua formação, a experiência correspondente é a rejeição e, por isso,
sua expressão bioenergética tem maior concentração na parte central do corpo.
A atitude psicopática é quando o ego ou a mente se voltam contra o corpo, visto que
há uma negação dos sentimentos. Ocorre uma falsa sensação de que o corpo consegue
dominar os sentimentos, a ponto de, também, querer se impor aos outros. Vias estas
que constroem artefatos de sedução e têm grande capacidade de iludir a quem se quer
dominar, ao mesmo tempo em que visa, no íntimo, evitar ser dominado a todo custo. Em
termos bioenergéticos, apresentam-se concentrados no segmento cefálico e diminuído
na região pélvica, mostrando uma tipologia parecendo um triângulo invertido.
A pessoa dita como rígida, é considerada uma grande observadora e muito atenta, o
que leva a desenvolver uma postura energética de caracteres esguios, eretos, de olhar
quase sempre firmes. O estar sempre em prontidão facilita o acúmulo tensional da
parte superior do corpo, dificultando ainda mais, o expressar com espontaneidade,
até nas condições eróticas e sexuais. Essas associações podem ser chamadas por alguns
autores como “fáliconarcisista”, para os homens, e “histérico” para as mulheres.
Na sequência, a forma de caráter oral remete à infância e aos caracteres, como infantilidade,
fragilidade e dependência ou carência afetiva. Eles estão presentes expressando a falta
de satisfação na fase oral. Geralmente, levam a pessoa a fazer compensações, como a
comida ou o exercício. A não resolução destes pode levar a pessoa à depressão.
Nesse caráter, a sua transcrição bioenergética com carga baixa, acaba por ficar mal
distribuída ou mais concentrada para parte de cima. Dessa forma, beneficiam-se com
exercícios de tomada de peso sobre os pés. A dificuldade para estar sozinho, pode gerar
a demanda em que o terapeuta deva fazer trabalhos em grupos e individuais.
65
Unidade III | Formas de análise biogenéticA
Diante do exposto, denota-se que muitos caracteres se permeiam entre outros, o que
fez os estudiosos acreditarem que não existe um caráter puro. A construção humana
sugere que a classificação, na maioria das pessoas, revelam-se como uma expressão da
combinação razoável de traços de caráter. Ou seja, não raro, elas exibem uma mistura.
66
CAPÍTULO 3
A bioenergética trabalha no aqui e no
agora
Essa forma de pulsação estimula o relacionamento do corpo com outras pessoas e com
os objetos. A última direção essencial de pulsação é a que ocorre entre a periferia e o
centro do organismo, sendo que a direção de fora para dentro é dependente de como
o indivíduo conduz suas percepções internas, seus pensamentos e seus sentimentos,
assim como sua aceitabilidade.
No estudo da sequência que este segue, a carga se encontra do meio do corpo para cima,
e a descarga energética se relaciona com a porção inferior do corpo. De acordo com as
polaridades, as análises físicas demostraram que o chão ou a terra têm componentes
energéticos capazes de conectar-se por sua superfície.
A postura em pé (ortostase) com apoio bipodal (planta dos pés em contato com o chão),
com alinhamento equilibrado das partes do corpo, sugere, também, um equilíbrio das
forças que agem sobre esse corpo, como o peso de cada parte em si, a ação da gravidade
e a força de reação do solo ao corpo. Observa-se que é mais econômica do ponto de
vista energético, pois o desalinhamento leva às compensações das outras partes do
corpo e, consequentemente, a um maior gasto energético.
67
Unidade III | Formas de análise biogenéticA
Alguns autores associam a semelhança com a técnica da “curvatura taoísta” que é aplicada
no Tai Chi Chuan. O grounding interno é o desenvolvimento da autopercepção, a qual,
também, pode ter exercícios associados, visto que a tomada de consciência corporal
que, aqui, é exigida pode ser difícil de ser aprimorada em algumas pessoas.
Outro tópico a ser lembrado é o grounding do olhar, o qual favorece as pessoas que
apresentam dificuldade na regulação do ego, cuja análise oriunda dos primeiros contatos
visuais após nascimento. Pode se denotar que ocorreu um bloqueio do anel ocular e,
geralmente, vai ao encontro de uma história de infância em que essa pessoa ficou,
desde sempre, sob os cuidados de um cuidador.
Por fim, outras observações podem ser trabalhadas, como o grounding da cultura e da
religião, por exemplo, e se correlacionam ao contexto sociocultural em que a pessoa
se desenvolveu, associado às crenças e aos medos que passou a ter. São os significados
68
Formas de análise biogenéticA | Unidade III
em que as percepções foram sendo criadas desde a fase de bebê e, também, de como
elas serão representados na mente e no corpo da pessoa (WEIGAND, 2005).
O termo pulsante tem similaridade ao que vibra, que permite entender os movimentos
discretos das células corporais, visto que já se sabe que átomos vibrando criam som e
calor. O fluxo livre e constante gera um estado de equilíbrio, que se traduz em bem-
estar físico e emocional. Isso, ainda, intriga a ciência que busca avanços tecnológicos
para a detecção desses campos energéticos e de sua visualização.
Esses conceitos ficam mais expressos pelo fato de a terapia bioenergética fazer uso de
exercícios que estimulam o contato físico. O componente afetivo pode ser gerado e
o terapeuta, a depender da demanda, pode, também, trabalhar a conscientização das
transferências positivas, chamado por alguns autores de sugestão terapêutica.
69
Unidade III | Formas de análise biogenéticA
A dor tem seu forte componente subjetivo com referenciais emocionais que ficam
armazenados a cada vivência de situação dolorosa. A capacidade perceptiva do indivíduo
poderá potencializar ou minimizar a sensação desconfortante. A correlação desse real
e do subjetivo geram construções que ficam armazenadas no cérebro e no psicológico.
70
Formas de análise biogenéticA | Unidade III
exercícios envolvem alongar músculos já retraídos pelo uso inadequado, o que pode
corroborar com a presença de dor durante sua execução.
Nessa premissa, os pontos de tensão podem já estar tão intensos que as abordagens
iniciais, como as de pressão leve e a massagem, podem promover dor e desconforto
inicial. Isso porque, apesar de a capacidade de adaptação que o corpo tem, a adequação
e a reestruturação funcional adequadas podem demorar.
É importante notar que o tônus deve estar em equilíbrio para não criar compensações.
O excesso de hipotonia (tônus diminuído), também, gera desequilíbrio, cuja tonificação,
estimulada durante os exercícios, poderão promover cansaço e até alguma dor.
Mediante o exposto, ao realizar os exercícios, ele acaba por imprimir excesso de força
ou alonga-se além da conta. Isso é comumente relatado quando o envolvimento
emocional começa a ser liberado, por exemplo, nas sessões que estimulam o torcer a
toalha para liberar a tensão.
O fato é que, apesar dos componentes supracitados, eles não serão os únicos elementos
imperativos. Isso corrobora, assim, com o fato de que não se pode esquecer que a dor
é um reflexo do grau de tensão do corpo e da mente.
71
Unidade III | Formas de análise biogenéticA
Exercícios, como espernear vigorosamente, gritar, socar, bater e torcer toalha, favorecem
a liberação tensional armazenada no psicológico. Muitas vezes, após os exercícios, os
pacientes liberam o choro. O tremor e a vibração começam a ocorrer nas áreas em
que a tensão vai sendo liberada.
A compreensão de ser ou não invasivo se dá pelo fato de a bioenergética conseguir
alcançar a autopercepção, o “Eu” do indivíduo, e a conscientização de si. O corpo
é a representação das experiências vividas e suas expressões imprimem sinais dos
significados que cada experiência teve. Através do corpo, é possível resgatar as emoções
mais profundas e permitir a dissolução dos conflitos.
Destarte, alguns recursos, propostos por Reich (2004), como facilitadores da liberação
de bloqueios diafragmáticos intensos, envolvem movimentos mais vigorosos, como
o de estimular a expulsão compulsiva do que está preso. Nessa premissa, o vômito é
um movimento que expressa a liberação dos sentimentos de vergonha ou de culpa.
A conexão do indivíduo com seu corpo e a realidade não é fácil, e requer habilidade
terapêutica, pois os exercícios podem aflorar sentimentos que estão além da possibilidade
do paciente manipulá-los sozinho. O tempo, despendido em cada terapia, varia com
a disposição pessoal do paciente. As técnicas vão liberando as couraças e permitindo
a comunicação do consciente com o inconsciente.
72
Formas de análise biogenéticA | Unidade III
ambiente. Nessa premissa dos componentes, o termo c´hi (Ki) remete à sua correlação
com a ideia da respiração, ou seja, algo fundamental para a vida. De acordo com a
cultura oriental, o equilíbrio do Ki é feito por pontos meridianos. É considerado como
energia necessária para todo o organismo, o que se coaduna à noção de que seu fluxo
energético se desloca ao longo dos meridianos (14 pontos principais).
Seja qual for a cultura, a bioenergética se refere à energia vital que perpassa todos
os corpos vivos. As investigações e os seus testes, independentemente de onde se
encontrem, terão influência dos filtros mentais e emocionais do seu terapeuta.
O BDORT é uma técnica de investigação não invasiva, indolor e de baixo custo, cujo
método foi descrito em 1981 e publicada pelo Dr. Yoshiaki Omura. Ela tem como
referência a Kinesiologia aplicada, associada à possibilidade de as pessoas poderem
expressar-se bioenergeticamente, mesmo que de modo inconsciente.
Tal contexto pontua que essa expressão poderá ser captada ou percebida por outra
pessoa, partindo-se da concepção da formação do Campo Semântico (CS). O CS é
embasado na ocorrência da condução, da percepção energética correta e da geração de
uma transdução informática, ou seja, uma ponte que permite se passar uma informação
para outra pessoa.
73
Unidade III | Formas de análise biogenéticA
A técnica tem como base identificar essas regiões em desarmonia, fazendo emprego
do mapeamento de canais de energia e de pontos de acupuntura para favorecer a
localização. Além do terapeuta ter experiência, demais cuidados posturais e ambientais
devem ser pontuados, visto que a análise do CS, via transdução informática, pode ter
alteração por substâncias que tenham potenciais irradiações energéticas ou vibracionais.
Nesse contexto, é citado, como exemplo na literatura, que o ambiente deve ser isento
das radiações eletromagnéticas (eletroeletrônicos em geral, mesmo que só fios ou
tomadas), dos materiais sintéticos, como carpetes; assim, como paciente e examinador
não devem utilizar objetos de metal no corpo e nem estar descalço ou em contato com
fio terra (fechamento de circuito).
BDORT tem variantes em direto e indireto, por exemplo. No direto, o teste é realizado
na presença do examinador e do paciente (2 pessoas). O paciente se posiciona com sua
mão direita, preferencialmente (ou esquerda), onde terá sua musculatura dos dedos em
forma de anel, formado entre a junção das pontas do indicador e do polegar da mesma
mão (mais adiante explicaremos os tipos de junção), como se fizesse o sinal de “ok”. Ao
lado, o examinador entrelaça, nesse anel, o indicador e o polegar da sua mão esquerda,
e o outro com sua mão direita. O formato que fica é de 3 aros interligados (parecendo
uma corrente), sendo que o aro do meio é o do paciente e os da extremidade são da
mão direita e esquerda do examinador, respectivamente.
Para iniciar, o paciente ficará com a outra mão tocando (preferencialmente com a ponta
do dedo) a parte do corpo que se requer investigar, enquanto o examinador força a
abertura do círculo formado entre os dedos do paciente, puxando-o pelas laterais, na
tentativa de abrir o anel formado pelos dedos do paciente.
Figura 5. Forças.
74
Formas de análise biogenéticA | Unidade III
Dessa maneira, se a mão do paciente estiver sobre uma área do seu corpo que apresente
um desequilíbrio energético, ou seja, tenha o Ki deficiente, a sua força, na mão em
que está fazendo o anel, enfraquecerá ao ponto de muitos não serem mais capazes
de segurar os dedos unidos, quando o examinador imprimir a tração. Nota-se que,
mesmo com o paciente pondo força para manter os dedos unidos, ele não consegue,
pois há o fenômeno do enfraquecimento muscular provocado pela ressonância entre
duas substâncias idênticas. Desse modo, o anel não se modificará em áreas normais.
Ressalva-se, aqui, que, nos momentos de não “varredura” de áreas corporais, a mão que
não está com o anel deverá permanecer fechada, com o polegar incluso para dentro
da palma.
Assim, o formato que fica é de 3 aros interligados como se fosse uma corrente, sendo
que o aro do meio é da pessoa intermediária, e os das extremidades são da mão direita
e da esquerda do examinador, respectivamente. Alguns movimentos da cabeça do
intermediário poderão ser solicitados durante a execução, como pedi-lo para fazer
rotação, flexão ou extensão da cabeça.
A parte, investigada do corpo do paciente, não será mais tocada pelo próprio e, sim, pelo
intermediário que poderá fazer uso de um filete ou de um objeto, e segue apontando-o
para partes do corpo do paciente (tocando-o levemente). Ressalta-se que este objeto
pode facilitar a condução unilateral (como, por exemplo a haste diodo) ou a bilateral
(como as hastes comuns). Isso se realiza ao mesmo tempo em que o examinador testa
a força muscular dos dedos do intermediário, puxando-o pelas laterais, na tentativa
de abrir o anel, seguindo o mesmo processo do teste direto.
Outras considerações são importantes, como a eleição de quais dedos da mão comporão
o anel e a angulação correta que deverão estar os braços dos participantes. A seleção,
chamada de PADRÃO, é realizada com um formato de anel, a qual tem de ficar o mais
parecido possível com um círculo feito entre a polpa da digital do polegar e o outro
dedo. Dessa forma, chama-se de primeiro anel o contato do polegar com o indicador;
de segundo anel o contato com o dedo médio; de terceiro anel o contato do polegar
com o anelar; e de quarto anel o contato com o dedo mínimo.
75
Unidade III | Formas de análise biogenéticA
Ao segurar os anéis para tracionais, os punhos dos participantes devem estar numa
posição um pouco semiflexionada para cima (dorsiflexão) e o alinhamento entre os
braços precisam estar formando um ângulo de aproximadamente 45o, entre braços e
tórax. Dessa forma, a pessoa ficará com os cotovelos afastados do tronco e a região
axilar aberta. O desenvolvimento, também, requer a correta imposição de resistência
e de tração, cujas forças devem estar numa sequência horizontal.
Por último, deve-se considerar que este método não substitui métodos convencionais
de diagnóstico e de tratamento.
Sempre é bom sabermos mais sobre alguns assuntos, sendo assim, indicarei
um vídeo sobre dois exercícios da Bioenergética para melhorar o seu dia, de
Iara Ramirez, eles são básicos e fáceis de serem feitos, como dentro de casa,
principalmente, quando ficamos muito parados devido ao nosso dia a dia. Então,
não perca tempo, vamos ver e fazer para que possamos ter melhor equilíbrio e
uma vida mais tranquila, controlando as nossas emoções e nossos sentimento
e, assim, viver de forma mais plana. Segue o link do vídeo e aproveitem: https://
www.youtube.com/watch?v=xXqR-nOnzCc.
76
BIOENERGÉTICA E
SAÚDE UNIDADE IV
CAPÍTULO 1
A transmutação energética
A energia, como componente de si, faz parte de uma construção cuja cronologia é
atemporal, porque fatores da vida podem reforçar ou atenuar essas forças energéticas. As
energias, classificadas por alguns autores como positivas ou negativas, ao se acumularem,
ganham força e podem se refletir. Em muitos casos, a reflexão está limitada ao físico
da pessoa ou nas alterações fisiológicas do seu corpo.
77
Unidade IV | Bioenergética e saúde
têm sido relatadas por alguns estudiosos, oriundas da percepção de uma luz em torno
das pessoas, quando o entorno era de meditação e de conscientização.
Tal pensamento supracitado foi endossado por alguns autores, a respeito da luz e da
irradiação eletromagnética. Supondo existir uma energia que pode ser irradiada e que,
por se tratar de um fluxo energético, há vibração de onda e situações, como o calor
corpóreo, exerciam influência na continuidade da emissão. Ou seja, um corpo quente
não possibilita a emissão energética contínua, mas, sim, em “pacotes”.
O corpo irradia energia e uma das formas mais presentes é a irradiação pelo calor, gerado
pelas moléculas celulares em movimento e vibrando. Em um paralelo, o princípio da
irradiação permite comentar que é possível a sua transmissão pelo toque, favorecendo
uma adição de energia àquele que for tocado. A transposição de calor entre os corpos
estimula a reação daquele que estiver em menor concentração de energia, até que as
trocas exerçam uma homeostase.
78
Bioenergética e saúde | Unidade IV
outros estudiosos, podem ser de eleição os pontos dos chacras. As couraças terão
influência na absorção energética, o que, geralmente, demanda do trabalho associado
às outras técnicas, como a massagem, as técnicas de respiração, os exercícios corporais
entre outros.
Um trabalho inicial é sempre favorável com orientações para que a pessoa evite a
ingestão de alimentos pesados antes e que não usem roupas apertadas. O terapeuta
deve conduzir sua voz e possibilitar a orientação do padrão respiratório do cliente. A
respiração deve estar progressivamente mais branda e com ritmo constante.
Alguns estudos vêm abordando o efeito da permuta, onde a região, a ser melhorada
energeticamente, encontra-se tão intensamente rígida que o fluxo energético migra
em parte para o terapeuta. Isso justifica a necessidade de um preparo por parte deste
para que não absorva o fluxo enérgico do outro, o qual deve ser exalado.
Muitas indagações, ainda, precisam ser elucidadas, pois a capacidade de percepção não
é uma ciência exata, muito menos passível de uma mensuração matemática. A natureza
organiza, e o mental, o cultural, o religioso e o filosófico exercem influência, como
se subentende dos novos relatos que foram descobertos, ao abordar outras linhas de
pensamento com a física moderna.
79
CAPÍTULO 2
A energia integração humana
Partindo do pressuposto que todo o corpo tem a célula como uma unidade funcional
do organismo, sua atividade celular é desempenhada com apoio de reações que lançam
mão do uso e da liberação de energia a todo momento. Assim, ao se transformar o
nutriente celular, ele tem transformação de moléculas, como o ATP e, dessa forma,
há transformação de energia celular.
Com isso, podemos afirmar que, na atividade física (exercícios), o movimento corporal
ocorre sob a ótica do gasto de energia pela musculatura esquelética, principalmente. A
todo instante, as moléculas interagem e geram campo vibratório, que é uma tradução
de energia.
A bioenergia
O corpo de cada um, tem seu campo energético, dinâmico e pulsante, o qual não se
limita ao fisiológico. Perceber e comprovar a força vital, inerente ao homem, é uma
busca histórica. Ao se descortinar vários preceitos, denota-se que a bioenergia se
desenvolve ao longo da formação do indivíduo, sendo parte do seu organismo como
componente e da sua autoexpressão. A fluidez energética natural é inerente e enraizada,
mas tem modificações com os decursos do tempo e precisa ser renovada.
80
Bioenergética e saúde | Unidade IV
A integração humana se forma com uma rede de circuitos físicos e psíquicos, os quais
provêm de representações dispositivas inatas ou adquiridas. As variáveis emocionais,
relacionadas a cada estímulo que a pessoa teve, influenciará a intensidade da percepção
delas e, não obstante, influencia na sua memorização ou não.
81
CAPÍTULO 3
A conexão psicossomática
A origem do termo psicossomática, Psicossoma, vem do nome grego psykhé (psico e mente,
Alma e soma, significando corpo), que parte do princípio Aristotélico de unidade. Isso
gerou modificação no pensamento de estudiosos e passou por algumas transformações
no seu contexto até se traduzir na essência do seu significado atual. Inicialmente,
tentou uma ruptura na ideia de corpo e de organismo para reconstituir, então, um
conjunto biológico. Estudos, pesquisas e discussões clínicas avançaram e um marco, a
ser comentado, foi as Jornadas de Psicossomática de 1986 e seu berço forte em Paris.
Alguns autores possuem seus nomes referenciados na temática histórica, como Alain
Merlet (todo órgão determina deveres), Eric Laurent (os nomes do sujeito), Heinroth
(emprego da terminologia “psicossomática” pela primeira vez), Françoise Josselin (a
identificação na doença psicossomática), Jean Guir (fenômenos psicossomáticos e
função paterna), Patrick Valas (horizontes da psicossomática), Jacques-Aiain Miller
(algumas reflexões sobre o fenômeno psicossomático) e Freud com várias contribuições.
A medicina, como equilíbrio harmônico, favorecia ao contexto de que saúde era baseada
no equilíbrio desses elementos, ao passo que doença, então, deveria ser entendida
como uma desorganização daquele estado primeiro.
O fato é que essa conexão envolve conhecimentos mais profundos, na qual Platão
descreveu a alma como preexistente ao corpo. Tal entendimento teria relação com
substratos contemporâneos, o qual, hoje, não é tratado, especificamente, como alma,
mas como componente da mente humana. Seriam, também, os dizeres primórdios
82
Bioenergética e saúde | Unidade IV
Assim, desde 1400, difundiam-se conceitos de que as doenças poderiam ser provocadas
por agentes externos ao organismo. Entretanto, houve algumas disrupturas religiosas,
como a católica, que buscou fortalecer o paradigma da vida após a morte, e a correlação
ao pecado. E mais uma dicotomia veio a ser explicitada com Descartes que postulou
uma disjunção entre mente e corpo, denominando como res extensa = a matéria e res
cogitans = a alma pensante.
Os estudos vieram a relatar que o que a pessoa sente, nem sempre, encontra-se já
manifestado como sinal, do mesmo modo em que os sinais podem já estar manifestos
pelo corpo e pela mente, mas, ainda, não serem sentidos pelo indivíduo. No início
do Século XX, manifestam-se as representações de sintomas físicos, mesmo sem a
presença de lesões orgânicas.
83
Unidade IV | Bioenergética e saúde
Já a emoção é uma correlação subjetiva, como sentimento, que pode ser considerado
pelo indivíduo como bom ou ruim. Em um exemplo simples, se uma pessoa costumava
tomar um café quentinho pela manhã na companhia agradável de sua mãe, muito
provavelmente, ao se deparar com uma xícara de café, vai processar que ele é quente,
gostoso e evocará a sensação do contexto com a mãe. Isso porque uma vez formada a
percepção, somos capazes de reconhecê-la.
A época dos anos 1970 despertou o interesse por outras regiões do cérebro, como
hipotálamo, hipófise e glândula suprarrenal, havendo uma menção a um eixo
correlacional entre eles. O termo ‘alexitimia’ foi empregado para significar situações
em que as emoções não conseguiam ser expressadas em palavras.
84
Bioenergética e saúde | Unidade IV
85
Unidade IV | Bioenergética e saúde
Não pode deixar de ser considerada a emoção, lembrando que essa gera respostas
corporais e vice-versa. Ela pode ser desencadeada por estímulos corporais ou mentais,
ativados por demanda da própria pessoa ou pelo ambiente. A emoção estimula reações
corporais, como já mencionados no sistema nervoso autônomo, e envolve mudanças
na forma como pensamos e como agimos.
86
Bioenergética e saúde | Unidade IV
87
Unidade IV | Bioenergética e saúde
premissas do que vem a ser atualmente. A origem da palavra vem do latim “per fume”,
que significa “através do fumo”, mas suas essências e suas composições advêm das mais
variadas fontes.
Seu emprego requer uma avaliação previa, minuciosa, para saber quais os pontos que
precisam ser trabalhados em cada pessoa, e obter, também, o seu histórico, observando
possíveis relatos de alergias ou de mal-estar em usos anteriores.
Os usos das essências devem observar a função que se deseja ser exercida. Quando os
aromas são empregados, usando substratos de intensidade mais brandos que, geralmente,
são óleos essenciais, porém visando algum tratamento, denomina-se aromaterapia e
é parte da fitoterapia.
O ser humano, na sua constituição mente e corpo, como uma correlação integral,
pode estimular o fluxo energético por meio da ativação de percepções sensoriais. O
cheiro ruim pode ter fragrâncias intoxicantes, como a urina, o suor no corpo sujo, o
vômito e outros. O cheiro bom é motivador, potencializador e energizante. Isso porque
o cheiro atua no córtex temporal e alcança o hipotálamo em várias de suas funções,
principalmente, na memória e nas emoções. Assim, o trabalho na bioenergética é
muito mais profundo do que, simplesmente, usar um aroma ou uma essência, pois,
também, vai condicioná-lo a uma captação subjetiva e sugestiva.
A química corporal é individual, cada ser produz uma química e exala seu perfume.
É o chamado perfume da pessoa. Essa fragrância intrínseca exalada varia com os
hormônios, com a temperatura, o tipo de pele, a oleosidade e outros inúmeros fatores.
Nesse entendimento, nota-se que, no contexto das partes do corpo, também, terão
88
Bioenergética e saúde | Unidade IV
densidades maiores do seu próprio cheiro e, assim, facilitam a associação com perfumes.
Regiões que possuem maior circulação sanguínea têm temperatura maior, fazendo que
o perfume ali se exale melhor (senso mais percebido pelo outro). Mas, na contramão,
diminui sua fixação no corpo. O ideal é mesclar áreas.
A essa expressão de que cada indivíduo tem a sua, deve-se equilibrar qualquer associação.
Um perfume pode se expressar agradável quando estiver na pele de uma pessoa, e não
agradar quando outra pessoa usar o mesmo perfume.
Três importantes conjunções devem ser observadas, mas não são as únicas. Ao se
selecionar o odor, deve-se cheirar. Observar quais as sensações são ativadas pelo
cérebro ao se deparar com aquele aroma. É importante não construir uma confusão
nessa interpretação, com um turbilhão de estímulos sequenciais, que ocorre ao cheirar
vários perfumes de uma única vez.
Muitos locais se utilizam do artefato de amenizadores, como cheirar o café entre uma
essência e outra, mas isso não é totalmente efetivo. Aqui, também, fica o relato de que
89
Unidade IV | Bioenergética e saúde
o perfume escolhido, para aumentar a energia pessoal, não é aquele unicamente que se
compra na perfumaria, mas, também, o sabonete, os óleos, os hidratantes e o xampu.
É importante que o cheiro do seu cabelo, por exemplo, não esteja em desarmonia com
o perfume que você usa.
De acordo com Scheffer (2011), existem essências para cada tipo de personalidade. Os
estímulos agradáveis facilitam a liberação de substâncias que podem ter efeito calmante,
por exemplo, e que ajudarão a diminuir as tensões corporais.
No mesmo viés, o campo energético favorece a construção mental mais branda, ajudando
no processo de mentalização e, assim, podendo se refletir em todo o corpo. Reitera-
se que as mensagens não verbais têm significação como as mensagens verbais, sendo
que na primeira, é mais evidente a função expressiva ou emotiva sobre a referencial.
A associação é eficaz com a energia biológica e com o emprego de técnicas para ajudar
o ser humano a reencontrar-se com seu corpo. A sensação estimula a liberação de
sentimentos e o seu componente emocional intervém no corpo, muito pela ativação
inicial do sistema nervoso autônomo.
90
Bioenergética e saúde | Unidade IV
Os estudos de Bach relatam que os estímulos negativos da “alma” podem gerar conflito
que reverberam pelo corpo, e os estímulos positivos podem minimizar sensações
negativas, o que eles denominaram de Lei dos Opostos, onde a integração pode
favorecer a harmonia.
O aroma de uma pessoa pode dizer muito sobre sua personalidade. Ao colocar uma
fragrância, os estímulos sensoriais, principalmente do olfato, remeterão essa pessoa
às suas memórias, as quais serão estimuladas e provocarão uma reação corporal. A
pessoa pode expressar mais sensualidade, mais segurança, ou mais romantismo etc.
Nesse mesmo viés, é importante eleger os estilos que mais agradam a si, e tentar
organizar essas referências, para usar adequadamente, sempre que necessário. Um
exemplo a ser dito, são pessoas que sempre usam uma espécie de colônia de alfazema
antes de dormir. Ao sair de casa para trabalhar e usar essa colônia, perceberá que terá
mais lentidão produtiva no seu dia. Isso porque o cérebro daquela pessoa já condicionou
que, toda vez que aquele cheiro era sentido, ela deveria ir desacelerando o ritmo e se
preparando para dormir.
Indicarei um vídeo chamado “Ligado no SUS- Florais”, que trata da inserção dos
floreais no SUS. Isso possibilitou que todos os cidadãos pudessem ter alternativas
de tratamento naturais sem tantos medicamentos. Buscando ter um olhar
mais humanizado e analisando as alternativas de cura para as enfermidades,
principalmente, porque as doenças estão ligadas muito ao lado emocional, o vídeo
relatará quais as florais e como elas podem ajudar em alguns tratamentos. Segue
o link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=u8vdgr-a-14.
91
Unidade IV | Bioenergética e saúde
Somos criaturas sociais, portanto influenciáveis pelos outros. Existe uma grande
tendência à imitação social, pois tendemos a observar aquilo que já é observado por
outrem. Por exemplo, geralmente, temos mais dificuldade de querer entrar em um
restaurante que se apresenta cheio de mesas vazias. Todo um contexto ambiental, de
vivências e biológico, vai estar ejetando influência nessa construção, de modo que a
pessoa poderá encontrar fontes geradores de energia diferentes em cada fase da vida,
em cada momento.
Existe uma adução ao se preocupar com aquilo que os outros pensam e sentem a seu
respeito. Isso aumenta quando as cargas energéticas externas exercem influência no
corpo, aumentando o estresse e, consequentemente, diminuindo a correta integração
com a mente. Por outro viés, as afinidades têm grande influência nas escolhas das
práticas reiteradas, com uma tendência humana de se repetir aquilo que dá alegria e
prazer.
Um dos caminhos da energia está dentro de cada um, mas a capacidade de perceber seu
próprio fluxo demanda um trabalho amplo de autoconsciência e de autoconhecimento,
que vai muito além da sensação biológica do corpo. A interpretação do self exigirá a
leitura de um conjunto dos sinais conscientes e inconscientes, para abrir uma ponte
de comunicação entre a razão, a emoção e o físico.
A observação do aparelho músculo esquelético deve ser acurada, em análise observacional
e palpatória sempre que preciso. Anotar os desalinhamentos, os desequilíbrios de forças,
os pontos de tensão em grupos musculares chaves, as marcas de pressão e de expressão
entre outros. Sempre ficar atento para fazer uma interpretação do self, o que é definido
como um todo funcional, o conjunto dos sinais conscientes e inconscientemente
expressos pelo paciente.
92
Bioenergética e saúde | Unidade IV
Para acessar os conteúdos que, de acordo com Lowen (1982), foram “self corporificados”,
a teoria do apego traz componentes que interpretam essa ideia da expressão de si, na
qual os relacionamentos humanos, desde o nascimento, a infância e toda vida, terão
influência na autoimagem e na forma como construirá os relacionamentos sociais,
fortalecendo a ideia motriz de mente-corpo.
Do mesmo modo, o fluxo energético, para ter fluidez, precisará encontrar seu trajeto
livre. É importante que a descarga energética tenha frequência e a seja eficaz, e tende
a uma redução significativa da corrente vegetativa, facilitando o surgimento das
couraças. O acúmulo tensional gera bloqueios e essas tensões acabam por afetar no
componente corporal, mental e emocional, o que faz com que a energia interna não
consiga se exalar.
Outra pontuação necessária e reter o conceito de que mente e corpo se integram e que
a dissociação entre soma e psique gera uma diminuição da força geradora. É preciso
que eles estejam congregando de uma sintonia de emissão, de captação e de percepção
93
Unidade IV | Bioenergética e saúde
energética, para potencializar suas ações. Isso poderá implicar em uma necessidade de
transformação da forma de pensamento.
Seguindo a premissa de que a expressão emocional ocorre através das unidades funcionais
do corpo e que se influenciam mutuamente, o estado motivacional poderá diminuir
ou aumentar a resistência, a transferência e a contratransferência energética. É preciso
que a pessoa tente descobrir o que, realmente, lhe motiva para despertar o verdadeiro
potencial humano. A sensação de prazer, já desenvolvida em outros capítulos, é
componente da autorregularão.
O estímulo, para se criar e ampliar a energia interior, poderá ser revigorada com
atitudes positivas. Mesmo a partir de um processo racionalista, com tendências a
um predominado pela linguagem verbal, os signos representam algo que podem ser
absorvidos pela mente. Quanto maior a capacidade de ser sustentada, maior é o seu
registro mental.
A energia é entendida como ondas pulsatórias que se propagam pelo corpo e sua
quantidade e uso têm relação com a saúde corporal, a flexibilidade, a fluidez energética,
a boa respiração, a vitalidade entre outros.
94
Bioenergética e saúde | Unidade IV
Como uma via de mão dupla, a força interior aumenta quando a capacidade de agir é
efetiva. O processo energético vai desde o querer, a descoberta de si e das potencialidades,
a reorganização estrutural energética, a prática, o reforço até ao monitoramento.
A reorganização comporta o fluxo energético já existente e os que precisarão der
desenvolvidos, e deve refletir a vontade pessoal.
Ao passo que o monitoramento deve ser constante, visto que as demandas energéticas
variam a todo momento. O empoderamento energético pessoal é, fundamentalmente,
valioso na busca de uma melhor qualidade de vida.
De certo modo, também cabe a análise de que sempre que possível, o melhor é se
afastar destes contextos negativos e tensos. Mas isso nem sempre é possível, quando
se tem que lidar com muita gente e/ou ambientes diversos. As pessoas conseguem
influenciar, consciente ou inconscientemente, sempre que acham espaço para tal. As
palavras possuem força não apenas pelo que é dito, mas, principalmente, pelo que é
absorvido pelo ouvinte. O importante, então, é não estar vulnerável e, sempre que
possível, praticar a limpeza energética.
95
REFERÊNCIAS
96
Referências
______. Terapias quânticas: cuidando do ser inteiro. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007.
ÅSTRAND, P. O.; RODAHL, K.; DAHL, H. A.; STRROMME, S. B. Tratado de Fisiologia do
Trabalho: bases fisiológicas do exercício. Porto Alegre, Artmed, 2006.
AUTEROCHE, B.; NAVAILH, P. O diagnóstico na medicina chinesa. Tradução Z. Antony. São
Paulo: Andrei, 1992.
BACRI, A. P. R. Influências dos bloqueios corporais na aprendizagem da criança. Dissertação
(Mestrado). Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2005.
BADER, J. P.; BÜHLER, J.; ENDRASS, J.; KLIPSTEIN, A.; HELL, D. Muscle strength and gait
patterns of depressed people. Nervenarzt, v. 70, n. 7, pp. 613-6139, 1999.
BAKER, E. O Labirinto Humano. São Paulo: Summus, 1980.
______. Medical Orgonomy. Journal of Orgonomy, v. 3, n. 2, Orgonon, 1985.
______. O Labirinto Humano: causas do bloqueio da energia sexual. 4. ed. São Paulo: Summus, 1967.
BALDANI, A. C. Aproximações da análise bioenergética com a clínica das psicoses no
contexto da Reforma Psiquiátrica. Trabalho de Conclusão do Curso (Graduação em Análise
Bioenergética). IABSP, São Paulo, SP, 2017.
BALL, J. Compreendendo as doenças: pequeno manual do profissional de saúde. São Paulo:
Ágora, 1998.
BALLONE, G. J. Terapias Alternativas. Psiqweb, 2003. Disponível em: http://www.Virtualpsy.
org/trats/alternativos.html. Acesso em: 08 abr. 2020.
BANSEVICIUS, D.; WESTGAARD, R. H.; JENSEN, C. Mental Stress of Long Duration: EMG
Activity, Perceived Tension, Fatigue, and Pain. Headache, n. 37, pp. 499-510, 1997.
BAPTISTA, M. R.; DANTAS, E. H. M. Yoga no controle de stress. Fitness & Performance
Journal, v. 1, n. 1, pp. 12-20, 2002.
BARBIERI, M. P. O Bioenergético e as Plantas Medicinais, 2008. Disponível em: http://
www.20%bioenerg%E9tico%20%e%20as%20plantas%20medicinais.com.br. Acesso em: 8 abr. 2020.
BARNET, M. A atenção através do Movimento: o método Feldenkrais como disparador de um
pensamento sobre atenção. Rev. Bras. Estudos Presença, Porto Alegre, v. 5, n. 1, pp. 191-205,
2015. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbep/v5n1/pt_2237-2660-rbep-5-01-00191.pdf.
Acesso em: 20 abr. 2020.
BARRETO, A. F. Integralidade e saúde: epistemologia, política e práticas de cuidado. Recife: Ed.
Universitária da UFPE, 2011.
BAUBY, J. D. O escafandro e a borboleta. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BEDANI, A. Orgonomia. Espaço Org2. Orgonomia e Orgonoterapia, 2020. Disponível em: http://
www.org2.com.br/orgonomia.htm. Acesso em: 4 abr. 2020.
BEDROSIAN, G. A Energética da Terapia de casal (2015). The Clinical Journal of the International
Institute for Bioenergetic Analysis. Revista da Bioenergética Instituto Internacional de Análise
bioenergética, v. 25, 2015.
97
Referências
98
Referências
99
Referências
100
Referências
101
Referências
JAHNKE, R. A promessa de cura do Qi. Criando um Bem-Estar com o Qigong e o Tai Chi.
São Paulo: Cultrix, 2005.
JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago Editora; 1976.
JEBER, L. J. Educação pela autonomia através da auto-regulação: uma perspectiva reichiana. Escritos
educ., Ibirité, v. 5, n. 1, 2006.
JUNG, C. G. Archetypes and the Collective Unconscious. London: Routledge & Kegan Paul, 1980.
JUNG, C. G. Memórias, Sonhos e Reflexões: autobiografia de Jung. Rio de Janeiro: Nova Fronteira,
2016.
JUNG, C. G. Os Arquétipos e o Inconsciente Coletivo. Petrópolis: Vozes, 2012.
JUNIOR, W. B. Filhos saudáveis: autoimagem, autoestima, autoconfiança. João Molevade (MG):
República Literária, 2015.
KAPLAN, H. L.; SADOCK, B. J.; GREEB, J. A. Compêndio de Psiquiatria. 7. ed. Porto Alegre:
Artmed, 2003.
KAY, J.; TASMAN, A.; LIEBERMAN, J. A. Psiquiatria. Ciência Comportamental e Fundamentos
Clínicos. São Paulo: Manole, 2002.
KELEMAN, S. Anatomia emocional: a estrutura da experiência. Tradução de Myrthes Suplicy
Vieira. 3. ed. São Paulo: Summus, 1992.
______. Corporificando a Experiência. São Paulo: Summus, 1995.
______. O corpo diz sua mente. Tradução de Maya Hantower. São Paulo: Summus, 1996.
______. Padrões de Distresse. São Paulo: Summus, 1992.
KIDSON. R. Acupuntura para todos. Rio de Janeiro: Nova Era, 2006.
KLOPSTECH, A. Reavaliando catarse e auto-regulação: considerações científicas e clínicas. Revista
Análise Bioenergética, n. 15, p. 123-160, 2005.
KOCK, S.; MORLINGHAUS, K.; FUCHS, T. The Joy Dance: Specific Effects of a Single Dance
Intervention on Psychiatric Patients with Depression. The Arts in Psychotherapy, n. 34, pp.
340-349, 2007.
KUHN, A. S. As técnicas da vegetoterapia como ferramenta para o trabalho psico-corporal
com grupos. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Centro Reichiano de Psicoterapia
Corporal, Curitiba, Brasil, 2008. Disponível em: http://www.centroreichiano.com.br/artigos/
Monografias/KUHN, %20Amanda%20Schmidt.pdf. Acesso em: 22 mar. 2020.
KUPFER, P. Yoga Prático. Florianópolis: Fundação Dharma, 1998.
LOWEN, A. Prazer: uma abordagem criativa da vida. São Paulo: Summus, 1984.
LABAN, R. Domínio do Movimento. São Paulo: Summus Editorial, 1978.
LAPLANCHE, J.; PONTALIS, J. B. Vocabulário da Psicanálise. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
LEDOUX, J. O Cérebro Emocional. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998.
102
Referências
LENT, R. Cem bilhões de neurônios? Conceitos fundamentais de Neurociência. 2. ed. São Paulo:
Atheneu, 2010.
LEY, A.; LACREDA, L., J.; MEDEIROS, R. (Orgs.). As múltiplas faces da análise bioenergética.
Recife: Editora Libertas, 2008.
LIMA, D. M.; SILVA NETO, N. A. Danças brasileiras e psicoterapia: um estudo sobre efeitos
terapêuticos. Psic. Teor. e Pesq., Brasília, v. 27, n. 1, 2011.
LIMA, F.; LACERDA, J. (Orgs.). Poesia no corpo: reflexões à luz da análise bioenergética. Recife:
Editora Libertas, pp. 147-170, 2009.
LIMA, F.; PIAUHY, C. (Orgs.). Psicologia corporal análise bioenergética: transformação pessoal,
interpessoal e social. Recife: Libertas Editora, 2014.
LLINÁS, R. I of the Vortex: From Neurons to Self. Cambridge: MIT Press, 2001.
LOPES, E. F. Raízes de minha Terra: grounding numa perspectiva poética. In: LORENZETTO, L. A.;
MATTHIESEN, S. Q. Práticas corporais alternativas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2008.
LOWEN, A. Narcisismo: negação do verdadeiro self. São Paulo: Editora Cultrix, 2017.
______. A Espiritualidade do corpo: bioenergética para a beleza e a harmonia. São Paulo: Editora
Cultrix, 1995.
______. Alegria: a entrega ao corpo e à vida. Tradução de Maria Silvia Mourão Netto. São Paulo:
Summus, 1997.
______. Bioenergética. 9. ed. Tradução M. Mourão Netto. São Paulo: Summus, 1982.
______. Exercícios de bioenergética: o caminho para uma saúde vibrante. Tradução Vera Lúcia
Marinho e Suzana Domingues de Castro. São Paulo: Ágora, 1985.
______. Medo da Vida: caminhos da realização pessoal pela vitória sobre o medo. São Paulo:
Summus, 1986.
______. O Corpo em Depressão: as bases biológicas da fé e da realidade. São Paulo: Summus
Editorial, 1983.
______. O que é análise bioenergética. In: CLAUER, V. H. (Org.). Múltiplos saberes em psicologia
corporal. Libertas: Recife, 2015.
______. Prazer: uma abordagem criativa da vida. 7. ed. São Paulo: Summus, 1984.
______. Uma Vida para o Corpo: autobiografia de Alexander Lowen. São Paulo: Summus, 2007.
______. O Corpo em terapia: a abordagem bioenergética. São Paulo: Summus, 1977.
______. Medo da vida. Caminhos da realização pessoal pela vitória sobre o medo. São Paulo:
Summus, 1986.
LUNDBERG, P. O livro do Shiatsu. São Paulo: Manole, 1998.
LUZ, M. T. Cultura contemporânea e medicinas alternativas: novos paradigmas em saúde no fim
do século XX. PHYSIS Rev. Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 15 (Supl.), pp. 145- 176, 2005.
MACIOCIA, G. Os fundamentos da medicina chinesa. 8. ed. São Paulo: Roca, 1996.
103
Referências
104
Referências
105
Referências
106
Referências
SAMSOM, A. A couraça secundária. Revista reichiana, São Paulo, n. 3, 1994. Disponível em:
https://massagembiodinamica.com.br/a-couraca-secundaria/. Acesso em: 5 maio 2020.
SANTOS, M. YOGA: como começar hoje a praticar yoga e colher todos os seus benefícios, 2020.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=u8vdgr-a-14. Acesso em: 4 jun. 2020.
SCHEFFER, M. Terapia floral do Dr. Bach: teoria e prática. 13. ed. São Paulo: Pensamento, 2011.
SERRANO, A. O que é medicina alternativa. São Paulo: Abril Cultural/Brasiliense, 1985.
SERVAN-SCHREIBER, D. Anticâncer: prevenir e vencer usando nossas defesas naturais. Rio de
Janeiro: Objetiva, 2008.
SEVERINO, R. E. Tai-Chi Chuan: por uma vida longa e saudável. São Paulo: Ícone,1988.
SHAPIRO, B. Construção bioenergética de limites. Análise Bioenergética, vol. 16. Recife, Libertas,
2006a. pp. 231-61.
SHAW, S. Hapkido: korean art of self-defense. Tokyo: Tuttle/Cutting Edge, 1996.
SILVA, J. R. O.; ALBERTINI, P. Notas sobre a noção de caráter em Reich. Psicologia Clínica
e Profissão, v. 25, n. 2, pp. 286-303, 2005. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1414-98932005000200010. Acesso em: 22 mar. 2020.
SOLMS, M. O que é a neuropsicanálise: a real e difícil articulação entre a neurociência e a psicanálise.
São Paulo: Terceira Margem, 2004.
SOUTHWELL, C. Pressão Organísmica Interna. Cadernos de Psicologia Biodinâmica 1. São
Paulo: Summus, pp. 14-21, 1983.
SOUZA, E. P. M. A busca do autoconhecimento através da consciência corporal: uma nova
tendência. Dissertação (Mestrado). Campinas, 1992.
STEVENSON, J. O mais completo guia sobre a filosofia oriental. São Paulo: Arx, 2002.
SÜSKIND, P. O Perfume. Tradução Flávio R. Kothe. São Paulo: Record, 2010. p. 57.
SUSSMANN, D. Acupuntura: teoria y practica. 8. ed. Buenos Aires: Kier, 1987.
TAKAHATA, T. Poesia e saúde na alimentação japonesa. Veritas, v. 32, n. 127, pp. 375- 378, 1987.
TESSER, C. D.; BARROS, N. F. Medicalização social e medicina alternativa e complementar:
pluralização terapêutica do Sistema Único de Saúde. Rev. Saúde Pública [on-line], v. 42, n. 5, pp.
914-920, 2008.
TODOROVIC, V. A máquina humana e o naturalismo. 5. ed. São Paulo: Sociedade Brasileira
dos Naturalistas, 1990.
TONELLA, G. Paradigmas da Analise Bioenergetica: no amanhecer do século XXI. In: Congresso
de Sevilha, 2007, Espanha. Congresso de Sevilha. Anais... Espanha, 2007.
TOSTA, F. Trabalhos corporais em clínica psiquiátrica: um enfoque da psicologia corporal. XIV
Encontro Paranaense e IX Congresso Brasileiro de Psicoterapias Corporais. Anais... Curitiba: Centro
Reichiano, 2009.
107
Referências
108
Referências
WEIGAND, O. Análise bioenergética: exercícios de grupo. Revista Reichiana, São Paulo, n. 14,
pp. 32-44, 2005.
WEIGAND, O. Grounding e autonomia: a terapia corporal bioenergética revisitada. São Paulo:
Edições e Produções Person, 2006.
WEIGAND, O. Grounding na Análise Bioenergética: uma proposta de atualização. Dissertação
(Mestrado). Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica, Pontifícia Universidade Católica,
São Paulo, 2005. 35 f.
WEIGAND, O. Vazamento de energia em estruturas sub-carregadas e sobre- carregadas. Mimeo.
Anais... III Encontro Paranaense de Psicoterapias Corporais. Curitiba (PR), 1998.
WEN, T. Acupuntura clássica chinesa. 10. ed. São Paulo: Cultrix, 1995.
WONG K. K. O Livro Completo do Tai Chi Chuan. 1. ed. São Paulo: Pensamento Cultrix, 2001.
WONG, L.; HUARD, P. Cuidados e técnicas do corpo na China, no Japão e na Índia. Tradução
C. Gomes. São Paulo: Summus, 1990.
YAMAMOTO, S. Shiatsu dos pés descalços [Barefood shiatsu]. 2. ed. Tradução G. Castro. São
Paulo: Ground, 1987.
YUS, R. Educação Integral: uma educação holística para o século XXI. Porto Alegre: Artmed, 2002.
ZAPELINI, C. Pontos de couraça muscular, 2013. Disponível em: https://www.zapereequilibrio.
com/single-post/2013/08/21/Coura%C3%A7a-Muscular-1. Acesso em: 4 jun. 2020.
109