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Freud Jung
Grande enfoque no período da infância Foco maior na vida adulta/velhice (metanóia -
processo de envelhecimento por volta dos 50
anos) Falou pouco sobre a Infância.
Inconsciente surge no nascimento mas não tem Inconsciente surge no nascimento e bem uma
base arquetípica base arquetípica
➝ Para Jung, existe uma função auto reguladora no inconsciente (corpo e psique tentam juntos se
reestabelecerem).
➝ Segundo ele o doente vai além do diagnóstico, deve-se olhar a subjetividade, contexto e a
história da pessoa.
➝ Experiência com “Associação de Palavras”, onde palavras indutoras geravam uma palavra
induzida até atingir um conteúdo emocional oculto no inconsciente (Um complexo).
➝ A noção de que a psique é dinâmica e não estática é fundamental para sociologia Freudiana,
Junguiana e Pós Junguiana
➝ Para Jung, a pessoa, ao nascer, já tem uma base coletiva (inconsciente coletivo). Posteriormente
através de suas vivências desenvolve-se o individual (inconsciente pessoal).
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
Estrutura da Psique
● Consciente (ilha)
● Inconsciente (oceano), dividido em: Inconsciente Pessoal (onde ficam os complexos)
Inconsciente Coletivo (onde ficam os arquétipos)
Consciente
● Onde se localiza o Ego = Eu
Inconsciente
● Não podemos lidar com ele diretamente
● Revela-se através dos seus produtos. (Exemplo: abordagem simbólica, sonhos, caixa de areia)
➝ Origem pessoal, minhas vivências ➝ Fatores com origens que não podem ser
➝ Surge à partir do coletivo, das minhas ➝ Aqui o individual se perde, base comum
Complexo
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
Arquétipo
➝ Não conseguimos ver o conteúdo do Inconsciente, nossas raízes mais profundas, nossa base,
porém precisamos dela para nos desenvolvermos. Quanto mais queremos nos desenvolver, mais
precisamos conhecer nossas raízes.
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
Arquétipos
O Ego também envolve a noção de continuidade de mente e corpo em relação a tempo, espaço e
causalidade.
O "eu" atua como mediador entre o consciente e o inconsciente, transitando então entre o coletivo e
individual, de forma que organiza a mente consciente através das percepções conscientes, por
exemplo: recordações, pensamentos, sentimentos. Tem como função estar alerta e vigiar a
consciência, filtrando então as experiências do cotidiano, selecionando quais serão relegadas ao
inconsciente e quais se tornarão conscientes.
O Ego não caracteriza o ser como total ele é apenas um complexo entre outros, o que vivenciamos
é o que constitui a casca desse complexo. Segundo Jung, o Ego e Self devem ser discriminados pois
o Self é o sujeito da totalidade do indivíduo, o que faz com que a psique inconsciente esteja incluída
nisso. Já o Ego trata-se da consciência do indivíduo. Sendo assim, o Self abrange e inclui o Ego,
sendo o Ego o único conteúdo presente no Self que conhecemos.
Self
➜ Self = Si mesmo
➜ Muito relacionado com o Ego, busca realização e evolução constante do indivíduo.
➜ Estrutura que existe desde que nascemos, porém vai se estruturando ao longo da vida.
➜ Considerado o centro orientador da Psique. Base que nos constitui. Origem de tudo
➜ Self está relacionado a totalidade.
↳ Tem acesso a totalidade psíquica, diferente do ego, que só percebe o que está na consciência.
➜ Self só se realiza através do Ego. Estão muito ligados.
➜ Conduz a busca do indivíduo para atingir seu pleno potencial, sua individualização.
➜ Busca evolução constante.
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
Persona
Sombra
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
Animus e Anima
Abordagem Simbólica
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
Processo de Individuação
● O primeiro passo no processo de Individuação é a conscientização da Persona. Embora esta tenha funções
protetoras importantes, ela é também uma máscara que esconde o Si-mesmo e o inconsciente. Ao analisarmos
a Persona, dissolvemos a máscara e descobrimos que, aparentando ser individual, ela é de fato coletiva; em
outras palavras, a Persona não passa de uma máscara da psique coletiva. No fundo, é apenas uma adequação
às convenções sociais e, por tal, superficial, um mero artifício.
● O próximo passo é o confronto com a Sombra: ter a percepção de sua existência e, pouco a pouco, iluminar
e trazer para a consciência todos os conteúdos ocultos, transformando-os e integrando-os à consciência, de
modo a que não exerçam mais qualquer tipo de influência negativa. Só assim nos tornamos capazes de assimilar
o valioso material do inconsciente pessoal que é organizado ao redor da Sombra.
● O terceiro passo é o confronto com a Anima ou Animus. Este Arquétipo deve ser encarado como um parceiro
invisível, como já foi explicado anteriormente, uma entidade com quem nos podemos comunicar e de quem
podemos obter valioso aprendizado. Jung fazia perguntas à sua Anima sobre a interpretação de símbolos
oníricos, tal como um analisando consultando seu analista. O indivíduo também se conscientiza de que a Anima
(ou o Animus) tem uma autonomia considerável e de que há probabilidade de que ela influencie, ou mesmo
venha a dominar aqueles que a ignoram, ou os que aceitam cegamente suas imagens e projeções, como se
fossem suas, tornando-se assim um complexo autônomo.
● O quarto estágio do processo de Individuação é a conexão com o Si-mesmo, ou o desbloqueio do eixo “eu”-
Si-mesmo. O Si-mesmo torna-se o novo ponto central da psique, trazendo unidade à psique e integrando o
material consciente e o inconsciente. O “eu” é ainda o centro da consciência, mas não é mais visto como o núcleo
de toda a personalidade. Seu papel passa a ser servir ao Si-mesmo, para que Este se realize, e a meta de nossa
vida se concretize, isto é, a descoberta de nossa essência, do que nos torna únicos.
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
O Desenvolvimento do Ego e as Fases da Vida
Linha da vida ➝ Pontos importantes entre o nascimento e a morte do indivíduo.
➜ Para Jung, o movimento que o Ego faz, do nascimento até a morte, é análogo a uma parábola.
Vida como se fosse uma bala, surge, atinge seu ápice e depois da vida adulta temos o declínio.
➜ No contato com a realidade, o ego vai se desenvolvendo, fazendo suas escolhas. Quando atinge
o pico, na vida adulta, se distancia do inconsciente (dos aspectos inconscientes). Após isso, tem-se o
declínio e retorno para o inconsciente, acontece um novo contato com o Self.
(Analogia: “Da terra nascemos, a terra retornaremos” ➝ Vivência arquetípica)
Parábola
Início da vida – manhã – 4 apoios (engatinhar)
Vida adulta – tarde – 2 apoios (em pé)
Velhice – noite – 3 apoios (bengala)
1. INFÂNCIA
➜ Quanto mais nova a criança, mais envolvida com aspectos inconscientes.
➜ Fase mais próxima do Self.
➜ Whimont divide a infância em 6 fases:
a) Realidade Unitária: Início da vida – tudo unido – simbiose.
Fase importante de ser superada (fim dessa simbiose)
Início desse processo de separação = nascimento
b) Não integração: Começa a estabelecer um início de consciência, um “eu”
Primeiros balbucios, “meu” “não” “mama”
c) Dimensão Mágica: Nova união, nesse momento com o grupo familiar
Self vai impulsionando o ego para o seu desenvolvimento
d) Experiência Mitológica: Começa a se utilizar da fantasia, super-heróis para se diferenciar dos
demais. Desenvolve autonomia, independência, identidade...
e) Medo: Perpassa por todas as fases, medo de voltar para o inconsciente.
Do retorno ao ego nascente (medo do escuro)
Sem esse medo não haveria desenvolvimento psicológico.
f) Consciência: De modo geral, está mais madura na adolescência. Sai do grupo familiar e vai
para o grupo de amigos.
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
2. VIDA ADULTA
➜ Impulsionado a desenvolver papéis (personas)
➜ Momento onde atingimos o ápice da vida.
➜ Mais voltado para mundo externo do que para mundo interno
Tendência a estar mais voltado para a persona, com isso, tendência a esconder aqui que é ruim
(arquétipo sombra)
➜ Fase de diferenciação entre Ego e Self, não necessariamente uma separação, o ideal é que
continuem sempre dialogando.
➜ Aqui o “eu” está mais potente (eu posso, eu consigo). Quanto mais potente essa identidade de si,
vai se distanciando do “não eu”, do inconsciente.
➜ Nessa fase, temos o controle supremo do Ego
3. VELHICE
Tudo que o Ego não quer é olhar para o fim, lidar com a morte, com o desconhecido.
Mas a velhice de alguma forma está relacionada a isso, a finitude.
Existe um declínio em direção ao Sel, a morte, ao desconhecido. Nesse declínio, Jung estuda a
metanóia momento onde nos questionamos, nos avaliamos, “o que fizemos até aqui?”
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
possível novo desafio além de toda a variedade de personas pré-determinadas que uma cultura
poder ter, como por exemplo persona do louco ou do marginal.
Considera também o fato de que a maneira como você trata o outro, pode dizer muito sobre o modo
como trata a si mesmo.
Dado todas essas possibilidades, viu na persona um importante potencial para ser trabalhado em
grupos. Desenvolve então, a partir da persona, aspectos psíquicos do grupo.
Górgona (Medusa)
- Ser que petrifica a quem olha nos olhos.
Medo do que assusta, do que tento evitar.
- Maneiras que aparece no grupo:
Quando aparece um tema que choca ou que paralisa a todos do grupo.
Da mesma forma que a górgona congela, paralisa, também pode ser usada em um grupo muito
introvertido, por exemplo, que seja difícil de colocar limite, então seria importante realizar uma
vivência que “de uma parada” nesse grupo.
Narciso
- Reflexão que pode ser paralisada e paralisante.
Meio de autoconhecimento, busca de transcendência do ego e possível nascimento da linguagem
- Quando trabalha-se algum tema ou assunto que não seja fácil para o grupo, pode ser desafiador
enfrenta-lo diretamente, assim o grupo pode ir criando maneiras de não deparar-se com ele,
paralisando ou indo pra outro assunto, como um mecanismos de defesa.
Uma da maneiras de encarar esse assunto difícil seria: propor atividades ou dinâmicas que
proponham uma reflexão, que não vá direto ao ponto de difícil enfrentamento, aproximando-se
desse assunto de outras formas.
- Autora analisa o aspecto positivo do Narciso (ser que olhava para si). Esse olhar para si mesmo não
é necessariamente negativo, existe um aspecto de reflexão positivo no olhar para si.
Artêmis
- Senhora do mundo selvagem
Limite entre mundo civilizado e mundo selvagem
- Através desse mito, pode-se trazer o “gerar algo novo” no grupo (pela ideia de Ártemis como
parteira, do fazer nascer.)
- Seu arquétipo também mostra-se nos processos de transições que o grupo vai fazendo, o
movimento interno do grupo, as novas maneiras de enxergar um assunto.
Dionísio
- Deus da máscara, da alteridade.
Associado ao vinho, ilusões, estados alterados da consciência.
- Se é um grupo muito fechado, a ideia de Dionísio pode trazer um movimento que altera a
consciência.
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
Traria a reflexão de como desenvolver atividades no grupo para que possam se abrir um pouco mais,
para novas experiências?
- Dionísio traz aspecto do contato, da relação, de não ficar estagnado em algum lugar, ou num grupo,
não ficar sempre naquele mesmo tema. Poderia questionar-se então: “Quais propostas posso colocar
naquele grupo, para que o grupo se movimente para frente?”
Eco
- Identificado em um Grupo como por exemplo o “repetir” o que um ou outro fala.
- Por outro lado, a ideia de retomada, de repetição de alguns assuntos ou discussões pode sem
importante.
➜ Autora delimita então o objetivo do grupo: “Exploração do potencial criativo das pessoas”
Nele as pessoas iriam construir suas próprias máscaras.
Seriam três etapas:
● 1º momento - Construção das máscaras com argila
Marcara feita no próprio rosto – efeito psíquico importante
Em seguida seria a fase da pintura
● 2º momento - Dramatização dessa máscara
Pessoas atuam com a máscara construída, criando um personagem ou uma história.
● 3º momento - Elaboração
Reflexões sobre: O que foi percebido no grupo? O que cada um percebeu da máscara?
➜ Feito isso, a autora percebe que através da persona outros aspectos psíquicos poderiam surgir,
como por exemplo as sombras.
Persona = mundo externo | Sombra = mundo interno
Grupo = Pode acontecer no momento da representação ou da construção da máscara, aparecer
aspectos sombrios do indivíduo.
➜ Basicamente o processo então seriam características mitologias que vão sendo trabalhar nos
processos grupais.
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Seminários Criativos
• Relação do sujeito contemporâneo com o corpo: uma reflexão à luz da psicologia analítica.
- Para a psicologia analítica o corpo é parte fundamental no processo de individuação, pois é através
dele que vivenciamos e experimentamos o mundo. Seria então, o corpo, o caminho para a vivencia
da totalidade.
- Corpo em cena – aparência, o que é bonito
- Corpo fora de cena – minorias – corpo orgânico
- Grande investimento na aparência – valorização da persona. Deixa-se de lado os aspectos
orgânicos – sombra.
• O curador-ferido e a individuação.
➜ O Arquétipo do Curador representa a capacidade que todos têm de curar, seja a si mesmo, outras
pessoas, outros seres vivos e o planeta; curar no sentido de devolver o equilíbrio necessário para
que o próprio organismo doente se regenere e se cure. Do ponto de vista holístico da vida, ninguém
cura ninguém, A doença, seja física ou mental acontece quando o organismo se desconecta
parcialmente de sua essência, que é constituída de amor, alegria, luz e consciência. Quando essa
conexão é refeita, seus corpos sutis (energético, mental e espiritual) se organizam e enviam energia
mais limpa e melhores informações ao corpo físico. O corpo tem sabedoria para se curar e quando
tem as informações corretas é capaz de se regenerar.
O Curador facilita a cura do outro porque já curou suas feridas. Tem a capacidade de ajudar as
pessoas a transformar a dor em processo de cura e sabe canalizar suas energias para produzir
transformações emocionais, físicas, mentais e espirituais.
➜ Na mitologia grega Quíron era o maior dos centauros, aqueles seres que tem metade do corpo de
cavalo e o tronco e cabeça de humano. Ele era diferente dos outros centauros: era filho de Cronos,
o deus do tempo, e por isso era imortal. Enquanto os outros tinham uma forte natureza selvagem,
Quíron era sábio, inteligente e bondoso. Um dia, foi acidentalmente ferido por uma flecha do herói
Hércules. A flecha estava envenenada, um veneno mortal. Quíron não morreu, mas pela força do
veneno, sua ferida jamais se curou. Ele convivia com essa ferida todos os dias de sua vida, e
justamente por isso era tão bom em curar as pessoas: sabia o que era estar ferido. Por meio da
própria dor, era capaz de compreender a dor dos outros, com empatia e compaixão.
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Luciana Supino – 5º Semestre – Psicologia Analítica
➜ Quíron torna-se o “O Curador Ferido”, capaz de entender e curar o sofrimento alheio, pela dor que
sente, mas incapaz de curar a si mesmo, o estigma de todos os terapeutas. Simbolicamente é
interessante notar que Quíron negava sua parte animal, desenvolvendo o intelecto e habilidades
humanas, mas nela que foi ferido, partindo dali a dor e o odor desagradável. Isso pode ser entendido
como uma relação conflituosa com a Sombra, a parte que negamos de nós mesmo, mas que insiste
em se mostrar da pior maneira possível.
• Os arquétipos na gestão de uma marca: aplicação à marca líder do mercado de cervejas brasileiro.
- Marcas carregam um significado universal
- Marketing baseado em arquétipos
Sendo assim, os arquétipos fazem a intermediação entre os produtos e a motivação do consumidor
- Alguns exemplos:
➝ O inocente – Coca Cola ➝ O fora da lei – Harley Davidson
Quando arquétipo está ativo, pessoa atraída Sedução pelo fruto proibido. Contém as
para a certeza, ideias positivas e qualidades sombrias da cultura. Esse
esperançosas. Promessa de resgate e arquétipo libera as paixões reprimidas da
redenção. sociedade.
➝ O Explorador – Starbucks ➝ O cara comum – Levi’s
Processo de encontrar a si mesmo, para saber Pessoa usa trajes comuns, despojados e
quem é. detesta qualquer tipo de elitismo.
➝ O sábio – Philips ➝ O bobo da corte – Skol
Grande interesse em aprender. Conhecer o Esse arquétipo nos impulsiona a viver no
novo. presente, sermos impulsivos e espontâneos.
➝ O herói – Nike ➝ O prestativo – Nívea
Quando esse arquétipo está presente, Altruísta, movido pela compaixão,
indivíduo sente-se fortalecido pelo desafio. generosidade e desejo de ajudar os outros
Ideia de superação. Vencer rapidamente a ➝ O criador – Apple
crise ou aproveitar uma oportunidade. Quando esse arquétipo está ativo nos
indivíduos, estes seriam motivados a criar ou
inovar para não sufocar.
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• Aspectos psicológicos do uso patológico de internet
Uso Patológico de Internet (UPI)
➜ Existem poucas referências específicas relacionadas a dependência tanto química quanto não
química na abordagem Junguiana. Jung cita uma série de casos em “Estudos Psiquiátricos”
(publicado em 1957). Nesses estudos, faz referência ao alcoolismo e a “deficiência moral”. Apesar de
Jung não se referir a estes casos como uma patologia específica, se referindo como “diagnósticos
de deficiência moral”, talvez hoje pudessem ser entendidos como dependências.
➜ Como não se tem muitos estudos sobre as dependências comportamentais na literatura Pós-
Junguiana, toma-se então como modelo a dependência química para buscar possíveis explicações
para esse fenômeno, levando em consideração que existem diferenças entre as dependências
químicas e não química. Muitos autores acreditam que o mecanismo da conduta adictiva (pessoa
dependente de drogas) é bastante parecido em ambos os casos.
Considerando o fenômeno das dependências, como complexo e passível de diversas explicações, as
autoras citam quatro grandes troncos de explicação dentro da psicologia analítica:
1- O arquétipo do herói e seus ritos;
Luigi Zoja (analista Italiano) acredita que no dependente há a presença da personificação do
arquétipo do “herói negativo”, que seria representado na necessidade arquetípica de transcender
(ultrapassar, ir além) o próprio estado a qualquer preço, mesmo à custa de meios danosos para a
saúde física. Então, neste sentido, as drogas representam uma espécie de fuga a outro mundo, como
uma ingênua e inconsciente tentativa de conseguir identidade e papéis definidos, mesmo que
negativamente. Podendo ser entendido como uma tentativa desesperada de ocupar seu lugar na
sociedade.
2 - Relação com o dinamismo arquetípico dionisíaco;
O artigo diz que “A explicação- desse tópico- se centra na questão de uma Persona apolínea rígida,
que relega os aspectos dionisíacos para serem vividos na Sombra.”.
Apolo e Dionísio, filhos de Zeus. “Apolíneo é o lado da razão e do raciocínio lógico. E Dionisíaco é o
lado do caos e apela para as emoções e instintos. O conteúdo de todas as grandes tragédias é
baseado na tensão criada pela interação entre esses dois.”
Os dependentes seriam então pessoas possuídas por esse lado escuro do arquétipo dionisíaco.
Muitos dependentes poderiam mostrarem-se com uma persona apolínea e rígida, e viverem os
aspectos dionisíacos na sombra, sendo sua libertação. Por intermédio do álcool, seria possível
vivenciar essa sombra negligenciada. O álcool seria uma ponte para um mundo onde tudo pode
acontecer, onde não é necessário manter a persona e é possível assumir “um outro eu”.
3- Simbiose / ruptura com o dinamismo matriarcal
Para alguns autores, no caso dos adictos haveria uma falta de estrutura patriarcal, que pelo que
entendi está relacionado ao arquétipo do pai, e estaria relacionado às leis, limites, regras, etc.… e
com essa falta, o indivíduo seria impulsionado para o universo matriarcal, uma vez que o dependente
tem muita dificuldade com limites e regras, e o dinamismo matriarcal, relacionado ao arquétipo da
mãe, que estaria relacionado ao princípio do prazer. Neste caso então, a droga, o vício além de
proporcionarem essa sensação de prazer, entraria também como uma maneira de proteção,
proteger o indivíduo dos problemas do cotidiano.
4- Relação entre Persona e Sombra.
Addenbrooke (2011) entende que a dependência de substâncias está relacionada a uma questão de
aceitação dos aspectos sombrios. Déficits ou perturbações que o indivíduo poder ter sofrido na
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infância poderiam produzir uma necessidade de proteger-se de ansiedade ou angústia insuportável,
fazendo com que mecanismos de defesa apareçam. A dependência seria um mecanismo de defesa
que dominaria a vida, impedindo o sujeito de fazer outras coisas. Woodman (2002) aponta a
compulsão, a dependência como uma vivência baseada na persona, que procura à luz do dia
perfeição a todo custo; entretanto, à noite ou em momentos de solidão, o sujeito dá vazão aos seus
aspectos sombrios, executando comportamentos compulsivos.
A sociedade moderna exige perfeição em praticamente tudo: eficiência perfeita, mundo perfeito,
limpeza perfeita, corpo perfeito, ossos perfeitos. Mas como a condição humana implica em
imperfeição, fica praticamente impossível seguir estes ideais, sendo que algumas pessoas podem ser
enredadas em comportamentos compulsivos como forma de compensação. O sujeito se esforça em
desenvolver uma persona perfeita, enquanto que seus outros aspectos são relegados à sombra.
➜ Mito: Sereias gregas que cantavam para os marinheiros em alto mar e estes seduzidos por elas
eram atraídos e morriam devorados. Assim também pode ser o uso da internet, uma grande rede a
ser navegada, com grandes tesouros e aventuras mas que podem ter inimigos, esperando para
seduzir e destruir quem somos. O canto das sereias atinge os marinheiros solitários, com promessas
de amor, glória e sabedoria. O espelho usado pode ser visto como fronteira entre mundo real e
virtual, aquele que revela mas que pode iludir com sua imagens distorcidas. O Canto tem uma força
de atração que vai além da possibilidade defensiva do ego, fazendo com que aspectos inconscientes
da personalidade sejam mobilizados.
Assim também se mostra o Uso Patológico de Internet, seduzindo com suas promessas de mundo
mágico, perfeito e de felicidade permanente. Esse movimento é extremamente sedutor para alguns
usuários que acabam acessando conteúdos desconhecidos de seu ser e começam a ser descoberto
nessa vivência online, fazendo com que se tenha mais vontade de estar nesses “mares” que é internet
do que em seu meio real.
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Sonhos
➜ Momento de dormir, poder ser listo como um momento de “se livrar” da persona, deixar de lado
a(s) persona(s) que assumimos. (Tirar acessórios, roupas, maquiagens, adereços...)
Nos livramos no mundo externo, onde não precisamos mais da persona, para nos conectar com o
nosso mundo interno.
Sono seria assim, um dos caminhos possíveis para entrarmos em contato com nosso mundo interno.
➜ Movimento de ficar mais em casa (período da pandemia), teria facilitado para as pessoas
sonhassem mais, terem mais contato com mundo interno.
➜ Muitas vezes, o que tentamos evitar na realidade, nos sonhos vai aparecer.
➜ Não lembrar do sonho, talvez seria uma pessoa muito voltada para o mundo externo.
Poderia ser também uma forma de resistência, para não entrar em contato com determinado tema
ou aspecto sombrio.
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