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Neuropsicologia
Historia da Neurociencia e Neuropsicologia
1|P ági na
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
➜Visão do encéfalo no século XIX
● Golgi, médico desenvolveu um método de coloração por prata, que possibilitava a identificação
microscópica de toda a estrutura do neurônio.
● Ramon y Cajal cunhou o termo sinapses. Entendeu que a rede neuronal não era contínua, mas que
se comunicava de maneira não direta, mas por meio de comunicação química.
● Darwin propõe a teoria da evolução natural, defende a ideia de que se viemos de um mesmo
ancestral comum, partilhamos de comportamentos comuns, sendo assim, possuímos uma série de
comportamentos e bioquímicas que são conservados. Havendo essa conservação entre as
espécies, podemos então observar um organismo mais simples (roedores, coelhos, etc.) para fazer
experimentos que não poderíamos fazer em humanos para compreender o comportamento neuronal.
Neuropsicologia
Objetivos:
● Investigar alterações nas funções superiores produzidas por alterações cerebrais;
● Estimar a evolução do quadro;
● Estimar o prognóstico do quadro clínico;
● Delinear programas de reabilitação cognitiva;
● Acompanhar a eficácia de tratamento farmacológico;
● Avaliar o funcionamento cognitivo em casos de interdição, acidentes de trabalho, etc.
2|P ági na
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Avaliação Neuropsicológica
Em uma bateria de testes neuropsicológicos é possível avaliar:
● Memória ● Planejamento
● Atenção ● Controle inibitório
● Linguagem ● Flexubiulidade comportamental
● Inteligência ● Capacidade de abstração
● Habilidades Motoras ● Resolução de problemas
● Habilidades visuespaciais ● Raciocínio lógico-matemático
● Velocidade de processamento ● Habilidades sociais
● Reconhecimento de emoções
Neuroanatomia Basica
O Sistema Nervoso tem a função no organismo de perceber o ambiente e reagir a esse ambiente
Eixos de Referência
Existem três eixos de referência para o estudo mais preciso do encéfalo
● 1º eixo – Antero/Posterior
Corte na horizontal
Anterior/Rostral o que está à frente, na testa
Posterior/Caudal o que está na nuca
Perspectiva longitudinal
3|P ági na
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
● 2º eixo – Dorso/Ventral
Corte na vertical, perfil:
Dorsal: em direção a superfície
Ventral: em direção a parte inferior desse cérebro (ventre)
Perspectiva de profundidade
● 3º eixo – Médio/Lateral
Perspectiva do meio para lateral desse encéfalo
Perspectiva de lateralidade
Secções
Cortes do encéfalo que permitem o alcance a determinadas regiões
1. Secção Sagital
Corte do encéfalo na linha longitudinal.
Corte bem ao meio, dividindo o encéfalo em duas metades.
Corte Sagital Medial.
Tenho uma separação medial, lateral.
2. Secção Coronal
Corte é feito em movimento de “colocar uma coroa”.
Da uma perspectiva de ver o encéfalo Antero/posterior.
Este corte pode-se deslocar para frente ou para trás.
4|P ági na
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
O ácido fólico é um importante nutriente para este processo. Funciona como uma espécie de cola
do tudo neural.
Quando ocorrem deficiências neste processo, podem ocorrer:
➜ Anencefalia
Quando o tudo neural não fecha a parte superior
Tem-se a ausência total de encéfalo e da caixa craniana do feto.
➜ Espinha bífida
Quando o tubo neural não fecha a parte inferior.
Tem-se a abertura e exposição da medula espinhal
5|P ági na
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Sistema Nervoso Central
Cérebro
É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado
o órgão mais volumoso, pois ocupa a maior parte do
encéfalo, o cérebro está dividido em duas partes simétricas:
o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo. Ademais, é sede
dos atos conscientes e inconscientes, da memória, do
raciocínio, da inteligência e da imaginação, e controla
ainda, os movimentos voluntários do corpo. Prosencéfalo ou
Prosencéfalo basal – parte mais dorsal do nosso encéfalo
(copa).
ENCÉFALO
Cerebelo
Localizado dentro da caixa craniana.
Apresenta três órgãos principais: Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o
cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo, além
de manter o equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular,
ou seja, regula o grau de contração dos músculos em
repouso. Se subdivide em córtex e núcleo.
Tronco encefálico
Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco
encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a
medula espinhal e vice-versa. Além disso, produz os estímulos
nervosos que controlam as atividades vitais como os
movimentos respiratórios, os batimentos cardíacos e os
reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição. Formado
por: mesencéfalo, bulbo e ponte.
MEDULA ESPINHAL:
6|P ági na
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Divisao estrutural do Encefalo
Córtex Cerebral
Telencéfalo
Núcleos da base
Prosencéfalo
Tálamo
Diencéfalo
Hipotálamo
Encéfalo
Mesencéfalo
Tronco
Ponte
Encefálico
Bulbo
Córtex cerebelar
Cerebelo
Núcleos profundos
O Cortex Cerebral
O Córtex Cerebral é um corpo celular organizado em camadas. Dividido em cinco porções corticais:
➜ Córtex Parietal – Localizado sobre o lobo occipital e atrás do lobo frontal, relacionado a
navegação espacial (capacidade de se orientar no espaço) e ao controle do processamento
somático: tato, dor, propriocepção
➜ Córtex Frontal – Relacionado com: controle motor, funções executivas: atenção, memória
operacional, controle inibitório, tomada de decisão, além de regular as emoções.
A maioria dos neurônios sensíveis à dopamina do cérebro se encontram no lobo frontal.
Meninges
Protegem o encéfalo contra impactos e fazem a função de nutrição do encéfalo e da medula
espinhal, além de atuarem na remoção de resíduos de células (metabólicos).
Sistema ventricular
Sua principal função é proteger o SNC, agindo como um amortecedor de choques. É aqui que o
líquor de movimenta
8|P ági na
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
O líquido cefalorraquidiano (LCR)
Funções do líquido cefalorraquidiano (LCR) também conhecido como líquor ou fluído cérebro
espinhal:
Quando o LCS não é eliminado causa um quadro de hidrocefalia, que acaba comprimindo o
encéfalo. Se esse fluxo de LCS chega ao espaço subaracnóideo o liquido retorna causando uma
dilatação dos ventrículos.
9|P ági na
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
De acordo com a sua atuação, o sistema nervoso periférico pode ser dividido em sistema nervoso
somático e sistema nervoso autônomo:
De maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias: enquanto o sistema nervoso simpático
dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e
diminui os batimentos cardíacos
10 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Sensacao e Percepcao
Quando um estímulo chega a determinado órgão, temos dois processos:
A Sensação: detecta esse estímulo
A Percepção: organiza as sensações em padrões significativos e interpretação.
Outra característica da percepção: entendemos o mundo e formamos conceito sobre esse mundo.
Nem tudo que percebemos está inteiramente disponível a nossa consciência.
Via de regra a integração de informação diz respeito a constância.
Constância Perceptual
Quando você observa uma pessoa se afastar, a projeção da pessoa em sua retina diminui. Ela não
diminuiu de tamanho, sabemos que ela apenas se afastou. Isso é denominado constância do
tamanho.
Outras constâncias incluem a habilidade de reconhecer que as formas dos objetos são as mesmas,
apesar dos diferentes ângulos sob os quais eles possam ser visto, denominada constância da forma
e a habilidade de reconhecer que as cores são constantes, mesmo com a mudança de luz ou
sombra sobre elas, denominada de constância da cor
➝ Caminho da informação:
Estímulo – Receptor – Transdução – Córtex Sensorial Primário – Integração Cortical
11 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Sistema Visual
Retina
Contém os cones e os bastonetes.
No meio dessa retina temos um aglomerado de cones, que é chamado de fóvea, essa faz com que
enxerguemos de dia.
Dois fotorreceptores:
1. Cones
Temos 3 tipos de cones: um que enxerga o azul, um enxerga o vermelho e o último enxerga o verde,
sendo assim somos tricromatas.
A maior parte do nosso processamento vem dos cones. Eles estão localizados principalmente na
região central da retina e seu estímulo depende de altas intensidades luminosas. Reconhecem cores
e são células utilizadas quando há claridade.
2. Bastonetes
Os bastonetes existem em maior quantidade na periferia da retina e são estimulados com luz de
baixa intensidade. É frequente dizer que são usados para a visão no escuro e não registram cores.
Nervo Óptico
A comunicação dos fotorreceptores está conectado ao olho e onde ele começa não temos retina,
mas ocorre muita vascularização. Se não tem retina não tem fotorreceptor, portanto é o ponto cego
do nosso olho, que não é capaz de detectar a luz.
Nosso córtex é inteligente o suficiente para tapar esse buraco e enche-lo de processamento de
função sensitiva.
Este nervo capta as informações através dos cones e bastonetes presentes na retina que são
estimulados pela luz projetada em objetos.
Área de processamento
O sistema visual é uma exceção à regra em via de processamento, as vias de processamento são
curtas quando se trata de outros sistemas, mas no sistema visual é longa, a ideia é que a maior parte
do encéfalo possa ter o processo visual.
12 | P á g i n a
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Ritmo circadiano
Além dos dois fotorreceptores, coabita no nosso olho a célula ganglionar que capta a luminosidade
e caminha através do hipotálamo. Esse processamento chega ao núcleo do hipotálamo do sono
vigília. Quando a célula ganglionar percebe a redução da luminosidade estimula o núcleo que e
se comunica com a glândula pineal para favorecer nosso sono.
A glândula pineal libera melatonina que permite a sensação de sono. Essa atividade combinada
contribui para o sono vigília.
A exposição à luz azul durante o dia é importante para suprimir a secreção de melatonina, produzida
pela glândula pineal e que desencadeia o ritmo circadiano.
O ritmo circadiano regula todos os ritmos materiais bem como muitos dos ritmos psicológicos do
corpo humano, com influência sobre, por exemplo, a digestão ou o estado de vigília e sono, a
renovação das células e o controle da temperatura do organismo.
Via Visual
Como foi dito a via visual é longa e faz um cruzamento, esse cruzamento (como está na figura ao
final da página) ocorre, pois nosso encéfalo é capaz de reconhecer cor e forma, quando ele
compara a atividade dos dois olhos ele faz uma comparação de profundidade e essa
profundidade em X é necessária para otimizar o sistema, por isso conseguimos enxergar o cinema
em 3D. O nome desse processo é binocular.
➜ Os cones que detectam a cor azul tem uma particular relação com a excitabilidade no nosso
cérebro, ou seja, ela é mais agradável, tem alta luminosidade, nós somos mais sensíveis a essa cor.
Nossos equipamentos eletrônicos tem uma alta de cor azul e nosso relógio biológico fica
bagunçado, pois com isso acaba retardando a liberação da melatonina e consequentemente
retardamos o adormecer ou o acordar mais cedo.
13 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Fenômeno da visão cega
O indivíduo tem o córtex occipital lesionado, pode ser unilateral ou bilateral, mas processamentos
anteriores permitem a percepção visual, como o tálamo. Ou seja, não há processamento visual
evidente mas há algum processamento, a retina está inteira, a informação passa por ela, passa pelo
cérebro, tálamo e chega ao córtex occipital que está lesionado.
➜ Quem tem falha na retina a informação não caminha.
➜ Dano no tálamo pode bombardear o córtex de muita informação, não há filtro. A função talâmica
pode estar prejudicada, por exemplo, no TDAH.
Córtex occipital
De maneira geral o funcionamento cortical funciona de maneira primaria, processa a informação e
passa para a área de processamento secundária.
Temos duas vias:
➜ A via que sai do occipital caminha para o temporal (que tem especialidade em Memória) ajuda
a reconhecer o que vê. Via do “O Que”.
➜ A via que sai do occipital e vai para o parietal (somático sensorial), é a localização,
profundidade e movimento do objeto. Via do “Onde”.
14 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Sistema Auditivo
➜A frequência permite reconhecer se o som é mais agudo ou mais grave.
➜ A intensidade da a capacidade de ouvir o volume do som.
Temos 3 ouvidos:
1. Ouvido externo;
2. Ouvido médio;
3. Ouvido interno.
Quando o som passa pelo pavilhão caminha pelo tubo do canal auditivo e chega ao tímpano
que vibra. O tímpano está conectando aos ossículos, eles se movem até mover uma janela que vai
abrir e fechar com o movimento dos ossículos gerando uma mudança na pressão da cóclea. A
cóclea é recheada de liquido que gera a excitabilidade das células do nosso ouvido interno.
Cóclea
Vem de concha de caracol, ela possui
três espaços ocos. No espaço oco do
meio tem uma estrutura chamada de
órgão de corti.
Células
Células ciliadas
➜ Fazem a transdução do sinal. No ouvido temos duas: externas e internas.
➜ As internas tem os exteriocílios diferentes, é mais bagunçada que a externa. Cada exteriocílios da
célula ciliada é conectado a uma mola. As células ciliadas tem um par de aferência que caminha
para o encéfalo até chegar ao córtex.
➜ Na externa além de ter pernas aferentes tem um par de pernas eferentes, ou seja, o encéfalo
devolve uma informação para as células ciliadas externa, ele faz isso para permitir uma estimulação,
para decifrar algo ou dar a sensação de incomodo ao ouvir um som e cria uma resistência a essa
onda sonora, para refletir menos.
Outra capacidade dessa eferência é decifrar quando estamos em um ambiente com muitos estímulos
auditivos, esse fenômeno chama Amplificação Sonora, e aumenta a sensibilidade dos exteriocílios,
para que possamos perceber e detectar os sons.
15 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Células ciliadas internas = comunicação que vai para o encéfalo (aferencia)
Células ciliadas externas = comunicação que parte do encéfalo (eferencia). Essas células tem a
permissão de ser modulada pelo córtex.
Membrana
➜ Fica acima das células ciliadas e coladas aos exteriocílios.
➜ Quando ela vibra os exteriocílios movem e eles fazem a transdução do sinal que ocorrem em
extintas frequências.
Exteriocílios
➜ Os exteriocílios são prolongamentos imóveis e longos de células que aumentam a superfície de
contato da célula.
➜ Sua principal função é absorção e secreção, mas podem assumir função sensorial quando
associados a cílios sensoriais (quinocílios) no ouvido interno.
➜ Podem ser encontrados no canal deferente e no epidídimo.
➜ Sons muito altos podem matar os exteriocílios assim como alguns tipos de antibióticos.
16 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Sistema sensorial: Sentido Quimico
Sentido Gustativo
Estimulo químico em contato direto com o corpo
Papila = um pico envolto de vales. Língua tem a textura áspera pois tem esse relevo, para poder
guardar os botões gustativos, pois o estimulo recebido pode ser um estimulo deletério (substancia
quente), o fato de estarem escondidos, ajudam como mecanismo de proteção de substancias que
podem danificar os receptores. Temos células especificas para captar os cinco sabores específicos
No sistema gustativo três pares de nervos inervam nossa língua: além de carregar as informações dos
sabores básicos, faz-se o movimento de identificar alimentos estragados, por exemplo. Semelhante
ao auditivo, esses nervos estão chegando próximo ao bulbo e ponte.
Como somos capazes de perceber uma imensidão de sabores se só temos 5 tipos de receptores
gustativos?
a) Por meio da combinação desses sabores básicos apenas;
b) Por meio de outras modalidades sensoriais;
c) Por meio da criação de sabores no córtex.
Resposta: Mistura das três coisas acima!
17 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Sistema Olfativo
Tem um contato não direto com o corpo
3ª exceções do Sistema Olfativo
1) Receptores neurônios
2) Vai pra um córtex antes do tálamo
3) Tem mais uma via de processamento.
18 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Sistema Somatico
Combo de vários sistemas sensórias
Pensamos em quatro tipos distintos de informação sensorial sendo processada nesse sistema: Tato,
temperatura, dor e propriocepção.
19 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
PAG – substância cinzenta perianquedutal
Informação vai para a amigdala (controle de memória afetiva), insula (controle interoceptivo muito
forte) e córtex cingulado (tem uma modulação de memórias aversivas, ressignificação de memórias
aversivas.)
Linha azul – leva a informação desde o tronco encefálico até outras regiões: córtex e não córtex.
Via afetiva da dor = como se fosse dor de uma lesão.
Insula parece controlar nosso sentido do eu (interocepção – capacidade de olhar para dentro de
si)
Córtex cingulado = desregulado em quadros de TEPT (aqui não conseguimos inibir uma memória
aversiva). Responsável pelo “ei, você está sofrendo demais, vamos com calma”.
Memória traumática desbalança o cingulado ou cingulado causa um desbalanço na memória
traumática? = questões a serem respondidas.
Arco-reflexo
Reflexo é uma reação corporal automática à estimulação. Segundo Piéron, o reflexo corresponde
a toda e qualquer atividade ou variação de atividade de um efetor (músculo, glândula, etc.) ou de
um grupo de efetores que possa ser provocada de maneira regular pela estimulação natural ou
experimental de um receptor ou de um grupo de receptores determinados, ou ainda, pelas fibras
nervosas aferentes que lhe correspondem
20 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Anosognosia
● Falta de discernimento ou consciência sobre ter um distúrbio.
Interocepção
● Fora para dentro - exterocepção
21 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Teorias Perceptuais
Bottom-up
De baixo para cima = processamento mais rudimentar, mais simplificada
Quanto menos a experiência previa, mais uso processamento bottom-up, mais utilizamos informação
sensorial (exemplo: bebê, que quer chegar perto de tudo)
Entra pelos órgãos do sentido e tem um processamento mais simplificado na atividade cortical.
Top-Down
Sempre que integramos uma informação, temos processamento de alta ordem (de cima para baixo).
(Exemplo de processamento top-down = cubo de necker.)
Quando mais informação previa eu tenho, mais uso processamento top-down para perceber a
informação. Sendo assim, a informação Top-Down depende do conhecimento prévio acumulado
Esse processamento (de cima para baixo) acontece no córtex e é um processamento mais
requintado.
É da área de processamento perceptual que o processamento está acontecendo.
22 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Atencao
Prestar atenção é a capacidade processar simultaneamente várias fontes de informação. Todo
processamento atencional é limitado e tem de ser limitado, pois se não entramos em sobrecarga.
Os estímulos estão a nossa volta e selecionamos, dentre muitos, o que vamos ou não prestar
atenção. Se não temos a capacidade de selecionar determinados estímulos em detrimento de
outros estímulos, estamos com dificuldade em seleção da atenção.
A atenção é como uma lanterna = quando ligamos, iluminamos uma região em específico = o foco
da atenção. Capacidade de selecionar estímulos de acordo com metas.
23 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Atenção seletiva Atenção sustentada Atenção alternada
A nível de atividade encefálica, o que está por trás desse processamento atencional?
Tálamo.
Formado anatomicamente por vários núcleos, cada um desses núcleos possui uma responsabilidade
específica. É o portão sensorial, sendo um dos responsáveis por filtrar a informação e decidir se
chega no córtex ou não.
Mesencéfalo
Dentro dele existe: coliculo superior (recebe informação visual) e coliculo inferior (recebe informação
auditiva)
Tálamo e Mesencéfalo, juntos, conseguem orientar nossos movimentos e corpo de modo a selecionar
estímulos enquanto se inibe outros estímulos. Funciona como um sistema para direcionar a atenção
e facilitar o desempenho visual.
24 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Memoria
Definição
Memória significa: capacidade de lidar com informações de modo a: adquirir, formar, conservar e
evocar essas informações.
Aprendizagem ou memória?
Nas neurociências, não é possível diferenciar o processo de aprendizagem do processo de
memória. São equivalentes, são como sinônimos. Está falando de um, está falando do outro
também. São processos complementares.
Estágios da memorização
1º passo - Etapa de aquisição.
Processamento da informação é a aquisição. Informação está entrando pelos órgãos dos sentidos
e vai ser entendida, interpretada, codificada.
2º passo - Consolidação.
Deixamos a informação guardada ali, armazenada, retida, para o uso no futuro.
Armazenamos um pedaço do processamento da informação.
3º passo - Evocação/Resgate/Recuperação
Recuperar essa informação que foi guardada.
Evocação da memória
Resgate – tentativa de evocar a memória livremente
Reconhecimento – através de alguma pista
Estágios da memorização
➝ Percepção (entrada dos estímulos) ➝ Codificação, interpreta esses estímulos ➝ Armazena,
consolida ➝ Recupera, temos a chance de evocar as informações.
25 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Áreas encefálicas envolvidas na memorização
Formação hipocampal – termo mais correto de ser utilizado, que inclui estruturas ao redor do
hipocampo (reconhecido por fazer parte dos nossos processos de memória)
Córtex, sem ele também não somos capazes de armazenas a informação.
Esse arranjo, junto com sistema límbico, são as responsáveis de maneira gera pelos processos de
memorização.
Atividade neuronal
O que essa estrutura (hipocampo, em formato de cavalo marinho) está fazendo?
Donald Hebb – primeiro a desvendar como molecular mente os processos de memória se dão.
Os neurônios que levaram a informação para a memória são os mesmos neurônios que quando
vamos evocar as informações vão ascender de novo.
➝ Aprendizado Hebbiano: “Neurônios que disparam juntos permanecem juntos”
transformações que fazem com que as conexões sinápticas entre os mesmos sejam reforçadas
(células reciprocamente interconectadas).
● A lei de Hebb é um mecanismo associativo poderoso e plástico envolvido em aprendizagem
Sono
Importante para a consolidação da informação. Se não dormimos, prejudicamos a consolidação
destas. A formação hipocampal está a todo vapor quando estamos aprendendo, está trabalhando
para gerar a consolidação. Estas só se mantem quando dormimos, pois a atividade da formação
hipocampal aumenta muito sua atividade durante o estágio mais profundo do sono.
O que aprendemos no dia, reverbera na formação hipocampal, e é como se as memórias fossem
revistas várias vezes durante essa reverberação.
26 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Uma das funções mais importantes do sono, é permitir que aquelas informações adquiridas naquele
dia possam ser revistas para serem fortalecidas e serem destinadas a outros setores, ou seja saem
da formação hipocampal e vão para o córtex.
Se essas informações não migrarem para as regiões corticais, essa memorização, o processo de
aprendizagem está prejudicado. Dito de outra forma, as conexões são ativadas e reativadas,
favorecendo a migração da informação para outras regiões encefálicas e consequentemente
armazenamento da informação na memória de longo prazo.
O “Deu branco” ocorre quando existe falha na evocação da memória: não existe acesso à memória
ou existe acesso apenas de parte dessa memória. Isso pode acontecer por cnta de estresse,
ansiedade ou porque o aprendizado não foi efetivo. Em caso de estresse e ansiedade, os
corticoides agem diretamente no hipocampo e indiretamente na amígdala, afetando a evocação.
Tipos de Memória
Memória de trabalho ou operacional
Memória declarativa
Aquela que conseguimos falar sobre. Temos dois tipos:
Memória Episódica - Fatos das nossas vidas, autobiográfica, temporal.
Memória Semântica - Conhecimentos gerais, aprendizado acadêmico
27 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Memória Prospectiva
Capacidade do lembrar de lembrar. Lembrar coisas a frente, num futuro próximo.
Falsas memórias
Ou memórias ilusórias, as falsas memórias são lembranças de eventos que não ocorreram, de
situações, de lugares jamais vistos, ou então, de lembranças distorcidas de algum evento.
Falsas memórias estão contidas nas memórias declarativas. Quando tenho memória declarativa
episódica a trago à tona na memória de trabalho, essa memória pode ficar suscetível a modificação:
uma interferência verbal de alguém, uma interferência semântica muda a característica da memória
episódica. Assim sendo, o relato de pessoas agrega informações nessa memória episódica.
Semantização na memória episódica, quando a interferência verbal modifica as informações vividas
da memória episódica.
Memória de procedimento
É a de habilidades e hábitos, ou seja, procedimentos que se torna automáticos com a prática diária.
São memórias que duram a vida toda. Habilidade de manusear objetos. Do mesmo jeito que é
demorada para se adquiri, também é demorada a se perder. Memória de procedimento para se
formar depende de processamento atencional. Prestar atenção guia o aprendizado da memória
de procedimento.
Diferenças:
●Memória declarativa – adquire rápido e pode ser facilmente perdida
28 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
Memória de condicionamento clássico
Essa associação de estímulos é uma memória não declarativa. Fazemos a associação, guardamos
essas associações.
Reconsolidação da memória
Consolidamos e agora estamos reconsolidando. Reconsolidação pela adição de uma nova
informação = por exemplo: aprende-se algo e depois tem-se a atualização desse aprendizado
Reativar a memória, reviver a memória, alterando-a ou não.
Perda da memória
Quanto mais recente é uma memória, mais rapidamente pode ser esquecida. As memórias mais
antigas já passaram por uma certa resistência, então perseveram e são mais dificilmente retiradas.
Alzheimer – o que perdemos primeiro são as memórias recentes.
O que pode levar a um esquecimento não adaptativo – traumas, síndrome de Korsakof (síndrome
amnésia provocada por um contexto de dependência ao álcool)
29 | P á g i n a
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Linguagem
O que é linguagem?
Uma forma de comunicação.
↳ Qualquer emissão e codificação de um sinal que usa símbolos para compreensão
e expressão.
➜ Linguagem implica a manipulação de um código linguístico
Arranjo de sinais, símbolos organizados num conjunto de sinais e símbolos
Linguagem e Memória.
A memória de trabalho e a memória declarativa armazenam informações do conteúdo da linguagem.
A imagem do lado retrata o encéfalo do paciente Tan-tan, um paciente de Broca. (Esse nome se
dá por essa ser a única coisa que ele falava);
Logo, Broca associou a falha na linguagem desse paciente, a essa lesão na região frontal,
denominando então essa área de “Área de Broca”
Funções executivas
Correspondem ao sistema cognitivo relacionado ao controle voluntário de operações mentais,
possibilitando o comportamento direcionado a metas.
31 | P á g i n a
Luciana Supino – 7º Semestre – Novas Práticas de Neuropsicologia
● Identificar objetivos, metas e estratégias
● Direcionar comportamentos e metas
● Selecionar estratégias
● Monitorar eficiência de tais estratégias
● Resolver problemas considerando a escala temporal.
Alterações de linguagem
Afasia: diz respeito a perda parcial ou completa das capacidades de linguagem em função de
lesões encefálicas.
Afasias mais comuns:
● Broca
Fala telegráfica: com fala sem ligação, as palavras produzidas são as de maior significado.
A compreensão do discurso está preservada, ou seja, se perguntas são feitas para o afásico ele
consegue compreender.
● Wernicke
Anosognosia: não possui compreensão da existência de um problema.
Possui dificuldade na compreensão da fala, que vai desde o reconhecimento do que está sendo
dito até a conseguir organizar o que se pretende dizer;
● Condução
Entre as áreas de broca e wernicke existe uma comunicação. Neste caso foi a condução da
informação entre as áreas de broca e wernicke que foi lesionada
A maior dificuldade apresentada aqui é a repetição, o indivíduo entende o que está sendo
perguntado, até começa a responder, mas logo começa a errar.
32 | P á g i n a
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