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Avaliação Psicológica

&
Técnicas Projetivas

No Brasil, o uso de testes psicológicos constitui função privativa do psicólogo, conforme dispõe o Art.
13 da lei nº 4.119/62. Não se trata de um mero questionário pautado no senso comum, mas sim de um
processo técnico-científico de estudo e interpretação de informações a respeito dos fenômenos
psicológicos.

De acordo com a resolução CRP nº. 002/2003 e nº. 009/2008, os testes Psicológicos são
instrumentos de avaliação ou mensuração de características psicológicas por meio de
registro de amostras de comportamentos e respostas de indivíduos com o objetivo de
descrever e mensurar características e processos psicológicos compreendidos
tradicionalmente nas áreas emoção, afeto, cognição/inteligência, motivação, personalidade,
psicomotricidade, atenção, memória, percepção, pertencente a lista do SATEPSI.

Dezembro/2019 ➜ (Resolução CFP nº 18/2019) reconhecimento da especialização em avaliação


psicológica. Única atividade privativa dos psicólogos.

Satepsi ➜ desenvolvido pelo CFP, tem o objetivo de avaliar a qualidade técnico-científica dos
instrumentos psicológicos e quem é o profissional que os aplica, além de conferir a responsabilidade
das editoras de manter os testes atualizados, padronizados e validados.

Laudo psicológico ➜ documento resultante da avaliação psicológica. Baseia-se nas fontes


fundamentais de informações, mas pode acrescentar informações derivadas das complementares se for
o caso.

Faz parte da Avaliação Psicológica: testes com parecer favorável, entrevistas e anamneses,
dinâmicas de grupo ou processos grupais
Saber conduzir uma avaliação psicológica diz respeito a saber como são feitas as entrevistas, como se
realizam os testes e como se da a devolutiva.

Alguns tipos de avaliação Psicológica:


● Avaliação Psicológica de surdos; ● Avaliação Psicológica na equoterapia;
●Avaliação Psicológica em contextos de ● Avaliação Psicológica no contexto indígena;
emergências e desastres; ● Avaliação Psicológica e diversidade,
● Avaliação Psicológica em paratletas; ● Avaliação Psicológica e políticas públicas.

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Luciana Supino - 8º Semestre - Avaliação Psicológica e Técnicas Projetivas
Na escolha dos testes psicológicos deve-se levar em conta o entendimento de todos os elementos
que levam à decisão por uma avaliação, inclusive sobre a psicopatologia, o histórico do
desenvolvimento infanto-juvenil do indivíduo, a idade, escolaridade e a especificidade do que se deseja
medir.

A resolução CFP no 11/2018, visa regulamentar a prestação de serviços psicológicos realizados por
meio de tecnologias de informações e comunicações e a capacitam dos psicólogos para os mesmos.

O registro documental é obrigatório através dos prontuários, arquivados em local somente de


acesso à profissional e a guarda é de responsabilidade da profissional e da instituição por 5 anos. O
descarte após os 5 anos ocorre através de incineração ou picote máximo.

“O desenho infantil e suas etapas de evolução”


Lucimara Santos Melo
Segundo o artigo, além do desenho ser uma forma de comunicação também pode trazer elementos
importantes no que diz respeito ao que a criança sente, pensa e vivencia em seu meio social e que, por
vezes, não consegue trazer à tona com a linguagem verbal.
Através do desenho é possível que a criança obtenha um melhor desenvolvimento cognitivo, emocional,
além de colaborar com aprendizagem, vivencias sociais e saúde mental.

Segundo os autores Viktor Lowenfeld e W. L. Brittain, existem três etapas:


Etapa da garatuja
Nesta etapa, entre 1 e 4 anos, inicia-se a expressão da criança. Quando não no papel, na parede,
móveis e até mesmo no próprio corpo. A criança se interessa pelo movimento de ir e vir do lápis, que
ela mesmo provoca em determinada superfície.
a) Garatuja desordenada
Traços simples feitos pela criança em várias direções, sem nenhum tipo de planejamento prévio
e as vezes até sem olhar para a folha. Ultrapassa o limite da folha e explora as maneiras de
segurar o lápis.
b) Garatuja ordenada
Aqui já ocorre uma maior exploração do desenho, a criança desenha olhando para o que está
fazendo, realiza troca de cores, faz traçados não mais somente contínuos, diferencia
intensidades dos traçados, começa a fazer formas circulares e utiliza vários espaços do papel.
Aqui a concentração da criança é maior do que na etapa anterior.
c) Garatuja nomeada
Por volta do terceiro ano de vida, é característico o interesse pelo desenho da figura humana.
Aqui a criança começa a falar coisas sobre o desenho e dar nome à garatuja “mamão, papai e
eu”. Nesta etapa a criança tende a desenhar o que é mais significativo para ela.

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Luciana Supino - 8º Semestre - Avaliação Psicológica e Técnicas Projetivas
Etapa pré-esquemática
De 4 a 6 anos de idade. Aqui temos imagens mais facilmente reconhecidas, temos uma representação
mais definida. Representações de “cabeça-pés”, com proporções diversas. Segundo o artigo é uma
etapa egocêntrica, a criança tem um maior envolvimento emocional com o que está sendo desenhado
e muitas vezes tem-se presente: exageros, omissões e desproporções. As figuras ou formas desenhadas
geralmente não tem conexão/relação entre si “há uma arvore, há um homem, há um automóvel”.

Etapa esquemática
Dos 7 aos 9 anos de idade. Nesta etapa as figuras desenhadas passam a ter uma relação: “estou no
chão, o automóvel está no chão, a grama cresce no chão, todos nós estamos no chão”. Descobre a
existência entre objeto e cor. Aqui é possível observar como a criança percebe e vê o meio onde vive,
tem-se mais relações expressivas.

Não há uma idade determinada para a mudança entre as etapas acima descritas, o que tende a
permanecer é a ordem destas. Não podemos ter um padrão de desenho para todas as idades, pois este
sofre com interferências do meio onde a criança vive, as experiencias e vivencias que esta tem, suas
relações familiares etc. A medida em que a criança vai compreendendo melhor os simbolismos a sua
volta, seu desenho também se modifica.
Por fim, além de todos os benefícios e grande importância do desenho citadas no início desta síntese,
ressalta-se também a oportunidade da criança em, através do desenho, desenvolver sua criatividade,
experimentar, desenvolver sua personalidade e experienciar uma melhor interpretação da realidade
ao seu redor.

Métodos projetivos - expressão criada por Frank, em 1939 a partir de técnicas elaboradas por Henry
Murray (TAT), Rorschach (teste das manchas) e Jung (Teste de associação de palavras).

Exemplos de técnicas projetivas gráficas:


- Desenho da figura humana
- HTP (Casa, árvore e pessoa)
- Procedimento de desenho livre com estória
- Procedimento de desenho de família com
- Teste gestáltico viso motor de Bender
- Wartegg

Projeção – tendência inconsciente de uma pessoa que são atribuídas a outras pessoas ou coisas

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Luciana Supino - 8º Semestre - Avaliação Psicológica e Técnicas Projetivas
Técnicas Projetivas - Implicam em uma solicitação ao sujeito para que libere sua criatividade, sob as
condições impostas pelo teste, podendo, através destes testes, projetar o mal objeto, obtendo controle
sobre a fonte de perigo revelada ficando livre, para atacar ou destruí-lo, como também, evitar a
separação do bom objeto, reparando-o.

As técnicas projetivas ajudam a captar esse mundo simbólico, que as vezes é difícil de ser expresso pelo
indivíduo em sua linguagem verbal. As técnicas projetivas permitem a elucidação da dinâmica
emocional de processos inconscientes., além de favorecem ao indivíduo revelar seu mundo e a sua
realidade pessoal.

Teste do desenho como técnica projetiva


➜O teste do Desenho reflete uma impressão do todo individual como uma Gestalt. Tudo o que está no
desenho, cada linha, cada parte em suas relações com as outras partes, o aspecto da composição como
um todo apresenta um efeito.

Atitudes do examinador
➜ Comportar-se com discrição, tranquilo e neutro e saber as instruções corretas de cada teste.
➜ Anotar tudo em uma folha de registro, e ao término grampear ao desenho

DESENHO LIVRE ✏

➜ Fazer o rapport - Rapport é um conceito do ramo da psicologia que significa uma técnica usada
para criar uma ligação de sintonia e empatia com outra pessoa. Esta palavra tem origem no termo em
francês rapporter que significa "trazer de volta".
Tenho uma folha em branco, lápis, borracha e lápis de cor e você poderia desenhar na folha em branco
à frente qualquer coisa que queira?

Inquérito inicial
1- O que representa o seu desenho
2- Esse foi o 1º tema que pensou? Ou quis desenhar outras coisas?
3 - Olhando para o seu desenho, como o considera?

Interpretação do Desenho Livre


Livro: “O teste do Desenho Como instrumento da investigação da personalidade (página 35 a 41)”
1- Localização 5- Movimentos nos desenhos
2- Pressão no desenhar 6- Tamanho da figura
3 - Caracterização do traço 7- Uso da borracha
4 - Detalhes do desenho 8- Riscar o papel

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Luciana Supino - 8º Semestre - Avaliação Psicológica e Técnicas Projetivas
“O desenho livre na dificuldade de aprendizagem”
Carlos Alberto Lopes Melero Filho
O artigo trata-se de um estudo realizado na universidade FMU, com o objetivo de analisar 20 desenhos
livres de crianças entre 4 e 12 anos, que foram encaminhadas a clínica da faculdade com queixa de
dificuldade de aprendizagem. Para tal análise o autor teve como base Van Kolck, que propôs 22
pressupostos para a análise do desenho livre. O autor optou por usar 8 destes aspectos, sendo eles:

1. Posição da folha
A folha representa o ambiente, a vida. A posição desta ostra como o individuo se coloca e posiciona.
● Horizontal: “nada a interpretar”
● Vertical: “liberdade em relação à ordem dada e indício de espírito curioso e cheio de iniciativa e
possível oposição e negativismo.”

2. Localização na página
Diz respeito ao lugar em que a pessoa se coloca.
● Centro: “Segurança, autovalorização, emotividade, comportamento emocional e adaptativo,
equilíbrio; pessoa centrada em si mesma e autodirigida”
● Metade esquerda: “Introversão, egoísmo, predomínio da afetividade, do passado e do esquecido
comportamento compulsivo”
● Metade direita: “Materialismo, fixação à terra e ao inconsciente, orientação para o concreto,
insegurança e inadequação, com depressão”

3. Qualidades do grafismo
Diz respeito a análise do tipo de linha e da consistência do traço.
● Linha grossa: “Energia, vitalidade, iniciativa, decisão, constância, confiança em si, possivelmente
agressão e hostilidade para com o ambiente, esforço para manter o equilíbrio da personalidade, falta
de adaptação”
● Linha média: “Nada a interpretar”
● Linha fina: “Insegurança, timidez, sentimento de incapacidade, falta de energia e de confiança em
si, mas também personalidade hipersensível e artística”

4. Correções e retoques
Quando se observa uma preocupação em demasia destes, pode indicar insatisfação ou perfeccionismo
do sujeito. Quando usado apenas para melhorar o desenho, pode indicar flexibilidade e adaptabilidade.

5. Detalhes no uso da cor - Relacionado a expressão da emoção.


● Ausência e gradação do uso: “Extensão em que se expressa a emotividade; efeito do controle”
● Uso moderado: “Ajustados”
● Pequena variedade ou uma só cor: “Desajustamento por efeito de coartação, emoções deficientes e
pobremente desenvolvidas”
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6. Isolamento ou integração
Relacionado ao tipo de relação/adaptação que o indivíduo tem com o meio.
● Um só elemento: “Início dos desenhos infantis, primeira infância”
● Conjunto integrado: “Tema central com coleção de objetos a volta”
● Conjunto desintegrado: “Desenho sem tema central”
● Cena: “Ápices da organização de todos harmoniosos e coerentes ”

7. Objetos ou formas desenhadas


Desenhos de figuras humanas podem mostrar uma identificação corporal além de uma ideia de
autoimagem definida.

8. Categoria geral
Relacionado a potencialidades cognitivas.
● Abstrações técnicas: “Sinal de importância dos fatores intelectuais na estruturação da
personalidade, mas não indicação segura de seu nível intelectual”
● Rabiscos: “Simples descargas motoras: Difícil controle psicomotor, propensão a explosões”
● Fantasias: “Imaginação vivaz e sadia, interesses além do ambiente imediato ”

Como conclusão, o autor traz que os traços expressivos identificados nos desenhos estão dentro do que
ele considera esperado, ausência de correções e uso distribuído das cores. Ressalta também a
dificuldade em encontrar outros materiais que mostrem detalhamento de pesquisas como essa, com
intuito de orientar o trabalho realizado.

R e c a p i t u l a n d o ...

1. Posição - Vertical / Horizontal


A mudança na ordem pode ser interpretada como comportamento de oposição ou demonstração de
liberdade
2. Localização
● Centro – ok
● 1o Quadrante – realidade, projetos ● Metade Superior – “está no ar”, satisfação na
● 2o Quadrante – impulsos, teimosia fantasia
● 3o Quadrante – regressão ● Metade direita – extroversão, atividade,
● 4o Quadrante – passividade, inibição relação com o futuro, progresso
● Metade Inferior – fixação à terra, orientação ● Metade esquerda - introversão, predomínio
ao concreto, insegurança do passado, da afetividade

3. Tamanho
O tamanho do desenho reflete a relação dinâmica do sujeito com o ambiente (pressões)

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● Muito grande (folha toda ou quase toda) – agressividade e descarga motora
● Grande (2/3 a metade) - sentimentos de expansão, grandeza como defesa da insegurança, falta de
controle
● Médio (1/3 a 2/3) – nada a interpretar
● Pequeno (1/16 a 1/32) – inferioridade, inibição, comportamento dependente
● Muito pequeno (1/64 ou menos) – tendência ao isolamento, inadequação, sentimento de rejeição

4. Qualidade do grafismo
● Linha Grossa – energia; vitalidade; iniciativa; decisão; constância; confiança em si; também
agressão; hostilidade; esforço para manter o equilíbrio.
● Linha Média (lápis no 2) – nada a interpretar
● Linha Fina (quase imperceptível) – insegurança; timidez; sentimento e incapacidade; falta de energia
e de confiança em si; também personalidade sensível e artística.
● Traço Contínuo – decisão; rapidez; energia; foco; esforço dirigido; autoafirmação; falta e
sensibilidade;
● Avanços e recuos – emotividade; ansiedade; falta de confiança em si; timidez; insegurança; hesitação
ao encontrar novas situações; sentido artístico; intuição;
● Interrompido – incerteza; temor; angústia; e possivelmente tendências psicóticas;
● Trêmulo – medo; insegurança; sensibilidade; se presente no todo investigar intoxica o por alcoolismo
ou fadiga extrema.

5. Resistências
● Entendidas como rejeição em diferentes intensidades
● Negação - oposição ou mesmo sentimento de inadequação, incapacidade
● Não completa a figura - dificuldade em determinada parte, sempre relacionada a área de conflito
● Ausência de uma figura - dificuldade nas relações sociais ou relacionada com a própria pessoa do
desenhista.

6. Tema
● Estereótipos – identificação a nível da fantasia; problemas nas relações
● Figura mais jovem - fixação em tempo anterior, regressão como gratificação
● Idade aproximada - aceitação de si mesmo
● Figura mais velha - não aceitação da própria idade (exigência familiar) ou forte desejo de crescer
●Desenho pedagógico - normalmente pessoas que acham as relações interpessoais muito
desagradáveis. Sinal de organicidade.

7. Postura
● Em pé - normal ● Inclinada – instabilidade, equilíbrio precário
● Sentada, deitada - depressão ● Caindo – eminente colapso de personalidade

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8. Movimento
● Estática - mais comum
● Em movimento - fantasia, mobilidade psíquica, adaptação

9. Perspectiva
A perspectiva retrata a relação com o grau de auto exposição
● Toda de perfil – defesa, evasão ● Toda de costas – problema de ajustamento.
● Perfil-frente – exibicionismo X controle social Isolamento, evasão.
(conflito) ● Erros sérios no perfil – organicidade e
●Toda de frente – exibicionismo e patologia grave
comunicabilidade social

10. Transparência: A presença de transparência é comum e normal em crianças pequenas, mas é sinal
patológico de inadequação a realidade conforme a idade aumenta. Em adultos é sinal de esquizofrenia.

11. Simetria
● Exagerada - traços importantes de obsessividade, rigidez
● Com distúrbios - importante descartar organicidade e problemas de lateralidade. Relação com falta
de cuidado e controle

12. Linha mediana e articulação: Tudo que é detalhado demais envolve traços da obsessividade,
necessidade extremada de controle.

13. Pormenores - Colocar detalhes e enfeites normalmente refletem obsessividade e uma necessidade
de esconder algo que acaba sendo reforçado (“o tiro sai pela culatra”).

14. Complementos
● Presença de linha de solo – quando acentuada, preocupação com o estar no mundo
● Ausência de linha de solo – quando a figura parece estar voando, “sentir-se solto no ar”.
● Paisagem (no DFH ou HTP) – tendência ao sonho, contemplação, imaginação, fantasia
● Paisagem exagerada – ameaça pelo mundo exterior, falta de controle das próprias ideias
● Dizeres, rabiscos, formas impróprias – pode ser uma pessoa brincalhona, mas provavelmente encobre
insegurança e falta de confiança em si mesmo. Quando bizarro, sinal de patologia.

15. Anatomia interna: A presença indica transtorno sério de personalidade. Sinais de esquizofrenia.

16. Proporções
● Ausência - desarmonia na personalidade
● Exagero no cuidado - preocupação excessiva com o que é certo e com o que é errado.

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17. Indicadores de conflito
● Correções e retoques - insatisfação e insegurança. As vezes agressividade
● Sombreamento - ansiedade
● Borraduras - insegurança e desejo de perfeccionismo.
● Omissões – áreas mais sensíveis. Atenção redobrada

Tempo, Latência, Pausa


Tempo normal: de 2 a 30 minutos;
Tempo excessivo (maior que 30 minutos): obsessivos-compulsivos, indivíduos em estado de mania;
Não iniciar o desenho até 30 segundos depois da ordem: potencial para a psicopatologia;
Pausa maior que 5 segundos em cada desenho: sugestão de conflito (ver a parte que está sendo
desenhada no momento da pausa ou que será desenhada).

Capacidade Crítica
Rasuras: quando feitos em excesso as rasuras e comentários críticos, tais quais “Nunca aprendi a
desenhar...” ou “Isto aqui está fora de proporção” indicam potencial para a patologia, bem como:
abandono do desenho e recomeço de outro em lugar diferente na folha sem apagar o já iniciado;
apagar e não redesenhar um detalhe do desenho; apagar e redesenhar com preocupação excessiva ao
detalhe acompanhado de reação emocional aversiva ao desenho.

● Buck inventou HTP


● Instrumento para avaliação de personalidade, usado também como uma escala de avaliação de
inteligencia
● Escolheu esses desenhos pois partiu do pressuposto de que esses símbolos são de fácil aceitação
● Para o autor cada um dos desenhos seria um autorretrato
População: crianças, adolescentes e adultos

Enquanto a pessoa desenha, devemos anotar:


● latência inicial (intervalo de tempo entre o fim da instrução e o início do desenho)
● ordem dos detalhes desenhados;
● duração da pausa e o detalhe específico depois que a pausa ocorrer;
● qualquer verbalização espontânea ou demonstração de emoção e o detalhe que estiver sendo
desenha quando estas ocorrerem;
● tempo total para realizar o desenho.

Casa - representa relações familiares


Arvore - representa os aspectos mais íntimos do sujeito
Pessoa – representa a persona (o que a pessoa gostaria de ser)
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Envolve duas séries: Acromática (usa só com lápis de cor) e cromática (branco e preto).
Pedir para fazer o desenho da casa, depois da árvore e por último da pessoa, com papel na vertical.
Depois de cada desenho, fazer o inquérito. Se no desenho da pessoa fizer um menino, pedir para fazer
também uma menina, totalizando 4 desenhos.

(Interpretação específica da casa, árvore e da pessoa: slides da professora)

Walter Trinca: Iniciou o desenho história. Começou dessa forma: Pediu para uma pessoa desenhar e
contar uma história
Uma variação seria o procedimento de Desenhos de Família com Estórias (DF-E)

● Consiste em 4 desenhos (descriminados em negrito abaixo)


● Folha sempre na horizontal (caso o paciente mude, anotar)
● Desenho preto e branco.
Roteiro para avaliação
1. Uma família qualquer - O que seria a concepção de família para o indivíduo.
2. Uma família ideal - Ideal de ego estruturado. Ego estruturado é aquele que tenha firmeza,
confiança em você. Ego estruturado ajuda no crescimento.
3. Uma família que tem alguém que não está bem - Ver falhas na estrutura do ego
4. Sua própria família - Na história observar se tem angústias e conflitos predominantes, impulsos
predominantes, fantasias inconscientes, vínculos significativos e defesas utilizadas.

Observar a qualidade da relação materna e paterna – atitudes básicas em relação ao outro. Como é
a relação com o pai, com a mãe.
Qualidade: atitudes básicas em relação ao outro= aproximação de um pai com filho, ou através da
história que conta.

10 | P á g i n a
Luciana Supino - 8º Semestre - Avaliação Psicológica e Técnicas Projetivas

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