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• Psicólogo Social
• Cientista da Educação
• Epistemologia Convergente
Contribuição da Psicogenética
• Auxilia a estabelecer os processos construtivos do conhecimento
da criança e como ela opera cognitivamente diante dos desafios
do ensino.
• Enquadramento
De acordo com Jorge Visca (1987), enquadramento, em seu significado mais amplo, é
caracterizado por conter um marco, ou seja delimita a situação. Isto é, uma definição das
variáveis que compõem o processo psicopedagógico, tornando-as constantes ou, em outras
palavras, “enquadradas”. É realizado na entrevista contratual com os pais, para a qual são
utilizadas algumas constantes, tais como tempo, lugar, frequência, duração e caixa de
trabalho.
Contrato
Quando Jorge Visca publicou a primeira edição de sua teoria, ele definia o contrato como um
acordo verbal entre duas ou mais pessoas. Atualmente, a prática é realizar um contrato formal,
por escrito e em duas vias, sendo uma para o contratante e a outra para o contratado.
Diagnóstico
Pode ser estudada pela ótica de três níveis de abordagem: o metacientífico, o científico
e o técnico. Em outras palavras, o primeiro diz respeito à filosofia referente ao conhecimento
Psicopedagógico e outros áreas, o segundo, ao objeto da psicopedagogia, que é a
aprendizagem, e o terceiro, à determinação da ação exploratória.
Gnosiologia
Gnosiologia tem como sinônimo a epistemologia. É a parte da Filosofia que trata dos
fundamentos do conhecimento. A epistemologia convergente trata da gnosiologia da
aprendizagem, e é preciso que você se aproprie da definição de aprendizagem de acordo com
Jorge Visca.
Esquema Evolutivo da Aprendizagem (da gnosiologia) em quatro níveis:
■ Protoaprendizagem – primeiro nível de aprendizagem, construído a partir das interações do bebê com
a mãe e com todo o meio. Neste momento, porém, o objeto de estímulo é a mãe.
sujeito torna-se capaz de relacionar-se com as instituições educativas, e a aprendizagem, aqui, parte
da educação escolar.
No processo corretor, o profissional não espera que as coisas aconteçam, mas provoca-as em função dos
traços particulares do sujeito. Para os atendimentos, é necessário considerar três unidades de análise: o
sujeito, o psicopedagogo ou agente corretor e a relação que se estabelece entre ambos.
TÉCNICAS PROJETIVAS – PROVAS PROJETIVAS PSICOPEDAGOGICAS
• Para a Psicopedagogia e mais especificamente para a Epistemologia Convergente, o objetivo das provas
projetivas psicopedagógicas é o de analisar, por meio do desenho, quais os vínculos que o aluno possui
com a aprendizagem. Neste sentido, por meio do desenho seria possível diagnosticar possíveis
obstáculos à aprendizagem.
• O desenho faz parte do desenvolvimento da criança, é através dele que ficam registrados suas emoções,
imaginações, descobertas, enfim o mundo que a cerca. O desenho não é só uma forma de expressão do
ser humano, mas uma linguagem que servirá como primeira escrita. A idade é algo importante na
avaliação de um desenho. Não se pode avaliar o desenho de uma criança de 04 anos com mesmos
critérios utilizados em uma criança de 12 anos. O desenho infantil como objeto de avaliação é uma
ferramenta importante na atuação psicopedagógica.
TÉCNICAS PROJETIVAS – PROVAS PROJETIVAS PSICOPEDAGOGICAS
Cada um destes vínculos é analisado de maneira individualizada e vale ressaltar que uma
criança difere da outra e cada análise deve ser feita de forma criteriosa e cuidadosa. O
material necessário para a aplicação da prova é: folhas de papel sulfite; lápis preto; e
borracha. As provas devem ser aplicadas individualmente e em cada sessão de aplicação a
solicitação dos vínculos pode variar de acordo com o aspecto da aprendizagem que se
quer avaliar. Segundo com Jorge Visca (2003) são inúmeros os aspectos que devem ser
levados em consideração quando da aplicação das provas projetivas psicopedagógicas:
• a posição do desenho na folha;
• as pessoas que estão presentes na produção da criança;
• os detalhes das pessoas e/ou objetos que constam no desenho;
• e a descrição verbal que a criança faz de seu desenho. Com relação à posição que os
desenhos assumem na folha, o autor (ibid.) cita 09 posições como indicadores de vínculo
de aprendizagem, conforme pode ser constatado no quadro a seguir:
• Vínculo escolar: Par educativo; Planta da sala de aula; Eu com meus colegas.
• Vínculo familiar: A planta da minha casa; Família educativa; As quatro partes de um dia.
• Vínculo consigo mesmo: O desenho em episódios; O dia do meu aniversário; Nas minhas
férias; Fazendo o que mais gosto.
DOMÍNIO PROVA O QUE INVESTIGA IDADE
PAR EDUCATIVO O VÍNCULO DE APRENDIZAGEM 6/7 ANOS
EU COM MEUS COLEGAS O VÍNCULO COM OS COLEGAS DE SALA DE AULA 7/8 ANOS
A PLANTA DA SALA DE AULA A REPRESENTAÇÃO DO CAMPO GEOGRÁFICO DA SALA E AS 8/9 ANOS
ESCOLAR LOCALIZAÇÕES, REAL E DESEJADA, DA MESMA
A PLANTA DE MINHA CASA A REPRESENTAÇÃO DO CAMPO GEOGRÁFICO DO LUGAR EM QUE 8/9 ANOS
MORA E A LOCALIZAÇÃO REAL DENTRO DO MESMO
AS QUATRO PARTES DE UM DIA OS VÍNCULOS AO LONGO DE UM DIA 6/7 ANOS
FAMILIAR FAMILIA EDUCATIVA O VINCULO DE APRENDIZAGEM COM O GRUPO FAMILIAR E CADA 6/7 ANOS
UM DOS INTEGRANTES DO MESMO
CONSIGO O DESENHO EM EPISÓDIOS A DELIMITAÇÃO DA CONTINUIDADE DA IDENTIDADE PÍQUICA EM 4 ANOS
MESMO FUNÇÃO DA QUANTIDADE DOS AFETOS
O DIA DO MEU ANIVERSÁRIO A REPRESENTAÇÃO QUE SE TEM DE SI E DO CONTEXTO FÍSICO E 4 ANOS
SOCIODINÂMICO EM UM MOMENTO DE TRANSIÇÃO DE UMA
IDADE E OUTRA
NAS MINHAS FÉRIAS AS ATIVIDADES ESCOLHIDAS DURANTE O PERÍODO DE FÉRIAS 6/7 ANOS
ESCOLARES
FAZENDO O QUE MAIS GOSTO O TIPO DE ATIVIDADE DE QUE MAIS GOSTA 6/7 ANOS
Para facilitar ainda mais a compreensão, seguem abaixo os quadros das provas com os indicadores de análise mais
significativos, materiais e procedimentos:
Domínio Escolar
Fim
TEORIA GENÉTICO-COGNITIVA
de Piaget
PIAGET – BIÓLOGO E
PSICÓLOGO
Jean Piaget
1896-1980
CONSTRUTIVISMO
Para Piaget o comportamento dos seres vivos não é inato, nem resultado de condicionamentos. Para ele o
comportamento é construído numa interação entre o meio e o indivíduo. Esta teoria epistemológica (epistemo =
conhecimento; e logia = estudo) é caracterizada como uma visão interacionista do desenvolvimento. A
inteligência do indivíduo, como adaptação a situações novas, portanto, está relacionada com a complexidade
desta interação do indivíduo com o meio. Em outras palavras, quanto mais complexa for esta interação, mais
“inteligente” será o indivíduo.
“Todo conhecimento é produto de interações entre um sujeito e seu meio, o conhecimento provém
da atividade do sujeito, e, particularmente, de sua capacidade para extrair as propriedades dos
elementos do meio ou objeto”
(DOLLE, J. M. Para compreender Jean Piaget. RJ: Agir, 2000; Pg. 54)
4. Processo de Equilibração:
É a essência do processo adaptativo que coordena e regula os outros três fatores e faz surgir estados
progressivos de equilíbrio. Processo de auto regulação interna do organismo, que se constitui na
busca sucessiva de reequilíbrio após cada desequilíbrio sofrido; tudo isto mediante a mecanismos
internos de assimilação e acomodação (desiquilíbrio / equilíbrio – que formam esquemas /
adaptação).
Adaptação, resultante do processo de assimilação e acomodação, se refere à
construção de esquemas que são estruturas mentais, ou cognitivas, pelas quais os
indivíduos intelectualmente se adaptam e organizam o meio.
(PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. 22ª ed. RJ: Forense Universitária, 1997)
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO GENÉTICO-
COGNITIVO
1. Estágio sensório-motor (0 – 2 anos)
• Do nascimento aos 2 anos, aproximadamente, etapa básica manipulativa – esquema de ação
• A inteligência trabalha através das percepções (simbólico) e das ações (motor) através dos
deslocamentos do próprio corpo. Sua linguagem vai da ecolalia (repetição de sílabas) à palavra-
frase ("água" para dizer que quer beber água) já que não representa mentalmente o objeto e as
ações.
• Neste estágio, a partir de reflexos neurológicos básicos, o bebê começa a construir esquemas de
ação para assimilar mentalmente o meio.
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO GENÉTICO-
COGNITIVO
2. Pré-operatório (2 – 7 anos)
• Esquemas representativos (ação interiorizada)
• Neste período surge a função semiótica que permite o surgimento da linguagem, do desenho, da
imitação, da dramatização, etc. Podendo criar imagens mentais na ausência do objeto ou da ação: é
o período da fantasia, do faz de conta, do jogo simbólico. Com a capacidade de formar imagens
mentais pode transformar o objeto numa satisfação de seu prazer (uma caixa de fósforos em
carrinho, por exemplo). É também o período em que o indivíduo “dá alma” (animismo) aos objetos
("o carro do papai foi 'dormir' na garagem").
• Egocentrismo: tudo é “meu”. Neste período já existe um desejo de explicação dos fenômenos. É
a “idade dos porquês”, pois o indivíduo pergunta o tempo todo. Distingue a fantasia do real,
podendo dramatizar a fantasia sem que acredite nela. Seu pensamento continua centrado no seu
próprio ponto de vista.
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO GENÉTICO-
COGNITIVO
3. Operatório concreto (7 – 12 anos – esquemas conceituas concretos)
• Ação interiorizada reversível, pois a operação nunca é unidirecional. Organiza o
mundo de forma lógica, mas, ainda, é dependente da manipulação e relações
concretas entre objetos.
• A conversação torna-se possível (já é uma linguagem socializada), sem que, no
Teoria da Reversibilidade
entanto, possam discutir diferentes pontos de vista para que cheguem a uma
conclusão comum.
Assimilação / Acomodação
• Um importante conceito desta fase é o desenvolvimento da reversibilidade, ou seja, a Desiquilíbrio / Equilíbrio
capacidade da representação de uma ação no sentido inverso de uma anterior,
anulando a transformação observada.
Exemplo:
Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as
quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos
e é capaz de "refazer" a ação.
ESTÁGIOS DO DESENVOLVIMENTO GENÉTICO-
COGNITIVO
3. Operatório formal (12 anos a diante– esquemas conceituas abstratos)
• É o ápice do desenvolvimento da inteligência e corresponde ao nível de pensamento hipotético e lógico-
matemático. É quando o indivíduo está apto para calcular uma probabilidade, libertando-se do concreto.
• “Abertura para todos os possíveis”. A partir desta estrutura de pensamento é possível a dialética, que
permite que a linguagem se dê em nível de discussão para se chegar a uma conclusão. Sua organização
grupal pode estabelecer relações de cooperação e reciprocidade.
• A representação agora permite à criança uma abstração total, não se limitando mais à representação
imediata e nem às relações previamente existentes. Agora a criança é capaz de pensar logicamente,
formular hipóteses e buscar soluções, sem depender mais só da observação da realidade. Em outras
palavras, as estruturas cognitivas da criança alcançam seu nível mais elevado de desenvolvimento e
tornam-se aptas a aplicar o raciocínio lógico a todas as classes de problemas.
Caminhos psicogênicos do desenvolvimento moral do sujeito
• Criar um meio e atmosfera em que a criança seja ativa: iniciando e completando suas atividades.