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AULA 2 – TEMPO
HISTÓRICO
NA EDUCAÇÃO
Olá,
Bons estudos!
Nessa aula, você vai estudar sobre algumas influências e acontecimentos
relevantes que contribuíram para a educação que conhecemos. Ao final dessa
aula, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Figura 1 - Sócrates
Fonte: https://bityli.com/lzInC
Roma têm diversos pontos de convergência e divergência com o ideal grego
de educação. Segundo Lorenzo Luzuriaga (1983), a cultura e a educação romanas se
distinguiam pelos seguintes princípios:
Fonte: https://bityli.com/Yqbup
O começo do século XVI é marcado por uma nova etapa na trajetória intelectual
percorrida no mundo greco-romano desde a antiguidade. O homem renascentista
acreditava na razão e nas realizações culturais da antiguidade. Essa mudança na
forma como o ser humano vivencia o mundo e a si mesmo esteve intimamente
relacionada ao desenvolvimento da ciência e das recentes descobertas tecnológicas.
Desta forma, as grandes explorações, a invenção da bússola e, acima de tudo, a
invenção da tipografia por Gutenberg, expandiram a fé no potencial humano enquanto
encorajavam a individualidade, o pioneirismo e a aventura que agora dizemos serem
bons para a humanidade. Assim, foi inevitável que surgissem novas concepções de
educação e de ensino. (DURKHEIM, 1973).
Portanto, o humanismo está se desenvolvendo, mas também tem um elemento
meramente laico. Destacam-se, nesse cenário, os ensaios sobre “Pedantismo” e “Da
educação das crianças” de Michel de Montaigne. Fundamentalmente, o que se discute
é uma educação voltada para o desenvolvimento de uma personalidade burguesa que
condiz, principalmente, aos clérigos, a nobreza e a burguesia. Desde o Renascimento,
um novo grupo social surgiu como uma nova classe social que competirá com a igreja
e a nobreza pelo poder político, conquistado pela Revolução Francesa no século XVIII.
O monge agostiniano Martinho Lutero realmente iniciou a primeira revolução
burguesa (1483-15 6). O efeito mais notável da reforma foi a substituição do controle
do sistema educacional para os países protestantes. A saída de Lutero do catolicismo
foi uma clara consequência de sua aceitação das ideias renascentistas. Entretanto,
Gadotti (1996, p. 6) afirma que a escola pública defendida por Lutero não é laica, e
sim religiosa e preserva seu elitismo, pois em sua opinião a educação deveria ser
acessível a todos. Conforme o autor a educação pública destinava-se primeiro, à
classe alta da burguesia e, em segundo lugar, às classes comuns, às quais deveriam
ser ensinadas o essencial, incluindo a doutrina cristã reformada. É sabido que a Igreja
Católica atualizou o guia de estudos "Ratio atque Institutio Studiorum" para orientar
suas práticas no campo educacional como resposta à Contra - Reforma realizada pela
Companhia de Jesus nas áreas de cultura e educação.
Desde 1599, este guia forneceu planos, programas e métodos educacionais
católicos aos professores sacerdotais. Após a morte do fundador, Manuel da Nóbrega,
no Brasil, os jesuítas começaram a defender fielmente os ensinamentos da
Companhia de Jesus explícito na "Ratio Studiorum" em 1600. Como resultado, eles
desenvolveram um sistema educacional que servia em duas frentes: a formação das
lideranças da elite e a educação catequética das populações indígenas.
(DURKHEIM,1973).
2.3 O Pensamento Pedagógico Moderno - A Educação No Século XVIII
Não mostreis nunca à criança nada que ela não possa ver. Enquanto a
humanidade quase lhe é estranha, não podendo elevá-la ao estado adulto,
abaixai para ela o homem à condição de criança (ROUSSEAU, 1979, p. 197)
A educação deve ser útil, de acordo com o filósofo britânico Alfred North
Whitehead (1861-1947): “A educação é a aquisição da arte de utilizar os
conhecimentos. É uma arte muito difícil de se transmitir”. De outra forma, a ideia
socialista de educação contrapõe com a concepção britânica. Segundo Gadotti (1996,
p. 119), “ela propõe uma educação igual para todos”.
Um dos objetivos do movimento socialista, como o discurso liberal dos
princípios fundamentais de laicidade e educação do manifesto dos fundadores, já
havia sido defendido por Thomas Morus (1478-1535) em seu livro " Utopia “. O
movimento socialista na educação retrata uma extensa diversidade de ideias
pedagógicas, várias culminaram em uma série projetos de educação gratuita que
integraram princípios educacionais e direcionaram práticas pedagógicas em
numerosas economias de mercado (GADOTTI, 1996).
Contudo, o grande movimento educacional do século XX está,
inquestionavelmente, ligado à filosofia pedagógica da Escola Nova educacional, como
Ferrière, um professor, autor e conferencista da Suécia, e John Dewey, um filósofo
americano liberal que serviu de principal inspiração para o movimento da Escola Nova
no Brasil, tendo como inspiração Anísio Teixeira.
Dewey acreditava que educação era ação (aprender fazendo) e, como
resultado, o lado pedagógico da educação caiu em segundo plano. Ele via a educação
como um processo contínuo no qual a experiência real, ativa e produtiva de cada um
era continuamente reconstruída. Segundo ele, a escola não necessitaria preparar os
alunos para a vida, mas que a escola deveria ser a própria vida. No seu livro chamado
"Como Pensamos", de 1979, ele descreve cinco estágios do processo de pensamento
que sempre vêm à mente ao enfrentar um desafio. As etapas são as seguintes:
a) Necessidade sentida;
b) Análise da dificuldade;
c) As alternativas de solução do problema;
d) A experimentação de várias soluções, até que o teste mental aprove uma delas;
e) Ação como prova final para a solução proposta que deve ser verificada de modo
científico.