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Resumo sobre a História da Educação

Educação na era primitiva

Entre as comunidades primitivas não existia escolas e nem métodos de educação


sistematizados, no entanto existia educação influenciada pela religião, e tinha como
objectivo “promover o ajustamento da criança ao seu ambiente físico e social”.

A educação na era primitiva tinha como o principal método a imitação, divido em duas
fazes: 1ª fase – primeiros anos de vida (Imitação inconsciente); e 2ª fase – adolescência
(imitação consciente).

Cerimónias de iniciação

As cerimónias de iniciação tinham como finalidades: promover valores como: moral,


social, político, e religiosos. Nesta era os professores eram os feiticeiros, curandeiros e
xamãs.

Educação na Grécia Antiga

A Grécia Antiga se destacava em sua economia, cultura e religião. A educação para os


gregos possuía uma concepção distinta da actual. A educação grega era um modo de
formação que buscava educar o corpo e a mente, a partir das actividades relacionadas
com a cultura grega e sua filosofia.

A educação na Grécia antiga era distinguido em dois tipos: a educação ateniense e a


educação espartana.

A educação ateniense tinha como objectivo “a formação integral, bom preparo físico,
psicológico e cultural. Esta educação priorizava a formação intelectual visando a
cidadania e fidelidade ao Estado.

Métodos de aprendizagem

 Até os 07 anos de idades estava acargo da família no entanto era cuidado pelas
Amas. Após os 07 anos eram entregues aos pedagogos “escravos ou servos” que
serviam como tutores.
 Dos 13 aos 16 anos, educação secundaria: música, exercícios físicos, literatura,
matemática, geometria e astronomia. Seus professores nesta fase eram os
“Didascolo (pessoa humilde e sem reparo).
 Dos 16 aos 18 anos, educação superior apenas para a camada de elite. Seus
professores nesta fase eram os “Sofistas tais como Sócrates e Platão.

As meninas não recebiam educação formal, aprendiam apenas os afazeres domésticos.

A educação espartana era voltada para actividades militares. Tinham como objectivo
principal de educação: formar soldados fortes, valentes e capazes para a guerra. Com
prioridade na preparação física e não intelectual, não valorizava o senso critico, pois os
jovens teriam que aprender a aceitar ordens dos superiores e falar somente o necessário.

Meninos: dos 07 anos – eram levados a uma espécie de escola para receber treinamento
físico. Já os adolescentes o seu treinamento eram feitos com armas de guerra.

Meninas: formação para seres boas esposas.

A Educação Romana

É importante ressaltar que, diferentemente da cultura grega, teórica e reflexiva, a cultura


romana é prática e voltada para a acção. Neste sentido, pode-se afirmar que a educação
romana é pautada na prática utilitária, na moral militarista e na imitação.

O objectivo desta educação era a prática social, a concepção de direitos e deveres.

Na educação romana os professores eram os “Ludi-Magister (que trabalhava com


escolas pautadas no divertimento, jogos, brincadeiras).

A Educação Medieval

Após a invasão dos bárbaros a cultura greco-romana esteve a ponto de ser destruída, o
que não aconteceu graças a actuação da igreja crista.

Santo agostinho (354-430) tinha uma visão platónica “o órgão de aprendizagem e o


logos ou metres-interior (auto-educação) que actua por iluminação divina”.

O objectivo da educação na idade média era pautada na religião, tinha como concepção
a moral, o amor e a caridade. A educação torna-se algo secundário, o analfabetismo e a
falta de cultura, tornou-se algo comum.
Neste período se regista o desaparecimento das escolas clássicas; surgem as escolas
cristas; a igreja passa a controlar a educação; surge a escolastica (um conjunto de
saberes e mais tarde torna-se um movimento intelectual preocupado em ensinar as
concordâncias entre a razão e a fé).

No século XII, surgem as universidades. Em 1224, surge a primeira universidade em


Nápoles Itália, leccionando os seguintes cursos: Medicina, Teologia e a Filosofia.

A educação Renascentista

O renascimento pode ser considerado um marco na vida do homem, onde houve a


transição da idade média para a idade moderna. E a transição do feudalismo para o
capitalismo, um processo amplo que, além do campo económico e político, também foi
modificando valores, ideias, arte e tecnologia da sociedade europeia. O homem deixou
de olhar tanto para o alto, em busca de Deus, passando a dar valor a si mesmo. O ser
humano se redescobre como criatura e criador do mundo em que vive. Essa nova
maneira de pensar e ver o mundo reflectiu-se nas artes, na filosofia e nas ciências.

A educação renascentista era elitista visava o homem burguês, os clérigos e a nobreza e


não chegava as camadas populares, onde ela: exaltava os clássicos; buscava uma nova
educação; se opunha a escolástica.

A educação Moderna

Nos séculos XVI e XVII, a sociedade passou por mudanças significativas, houve a
queda do modo de produção feudal. Na educação neste período houve muitas mudanças,
pois o era ensinado foi considerado obsoleto, alguns filósofos fizeram grandes
descobertas na área da educação, deram um novo ordenamento a ciência.

Houve a divisão de dois grandes grupos, os católicos fieis e os protestantes, assim o


controlo da educação passa a ser contestado. Sob orientação dos protestantes, vários
estados começaram a organizar sistemas próprios de escolas. Já a igreja dominava
também a ciência, havendo grande transformações tendo a contribuição de três grandes
pensadores:

 Francis Bacon – método indutivo


 Galileu Galileu – só a experiencia permite ler e interpretar o livro da natureza.
 René Descartes – formulou as regras do método científico.
 João Amos Comênio (1592-1670) – foi o principal pensador da época a formular
os princípios gerais da didáctica como: a finalidade da educação (felicidade
eterna); conteúdo da educação – pansofia (conhecimentos de tudo para todos);
método – indutivo (influenciado por Bacon).

A educação no Iluminismo

O pensamento iluminista surgiu no século XVII, que se fortaleceu com a Revolução


Francesa, na época em que se buscava as liberdades individuais, contra a escuridão da
igreja e a prepotência dos governantes. Na época do auge do iluminismo, Jean Jacques
Rousseau, inaugurou uma nova fase da educação.

Pela primeira vez, a educação se tornou obrigatória, assim se fazendo escola publica,
filha da revolução burguesa, gratuita e para todos, mas ainda elitista, pois poucos
podiam cursar uma universidade. A educação da época não deveria apenas instruir mas
também permitir que a natureza desabrochasse na criança de forma livre, sem
repressões, restringindo-se a experiencias.

O iluminismo educacional representou o fundamento da pedagogia burguesa. A classe


trabalhadora tinha o mínimo de educação, pois a burguesia ascendia sobre os ideias de
liberdade. A liberdade e a igualdade eram nocivas para os burgueses, pois provocaria
padronização das classes, onde a educação popular deveria fazer com que o povo
aceitasse sua pobreza.

Educação contemporânea

A Educação contemporânea assume a responsabilidade de habilitar o indivíduo a


efectuar uma leitura original do global, no sentido de promover uma negociação entre
conhecimento e as práticas locais, a fim gerar uma reflexão que se traduza em acções
concretas e benéficas à sociedade onde se encontra.

A principal finalidade da Educação hoje, tendo em vista uma sociedade globalizada e


democrática como a nossa, deve ser justamente a de manter essa democracia e cada vez
mais trabalhar no sentido da socialização do educando, tendo como princípio a
compreensão do outro, o respeito as diversas culturas e o conhecimento de o
conhecimento de saberes que possibilitem uma perspectiva de melhor qualidade de vida,
sobretudo mais humana.
Tendências pedagógicas

As tendências pedagógicas são divididas em liberais e progressistas.

A pedagogia liberal acredita que a escola tem a função de preparar os indivíduos para
desempenhar papéis sociais, baseadas nas aptidões individuais. Existem quatro
tendências pedagógicas liberais: A Tradicional, Renovada, Renovada não-directiva, e a
Tecnicista.

A tendências pedagógicas progressistas analisa de forma critica as realidades sociais,


cuja educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social, explicando o
papel do sujeito como um ser que constrói sua realidade. É divida em três tendências: A
Libertadora, Libertaria, e Critico-social dos conteúdos.

Os sistemas de Educação de 1983 e de 1992

O sistema nacional de educação – SNE de Moçambique teve sua primeira versão


publicada em 1983, em que determinava que as crianças moçambicanas que
completassem sete anos de idade, obrigatoriamente, deveriam ser matriculadas na 1ª
classe. Já na segunda versão que foi publicada em 1992, o sistema nacional de
educação, a idade que as crianças ingressem no ensino primário obrigatório passou de
07 para 06 anos. O conselho de ministros que determina o ritmo de implementação da
escolaridade obrigatória, de acordo com o desenvolvimento socioeconómico do pais.

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