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A Educação no período Renascentista

Este estudo tem como finalidade abordar a educação no período Renascentista. Período que
foi compreendido entre os séculos XV e XVII e desencadeou um movimento conhecido como
humanismo, mais voltado para a imagem e cultura do homem.
A tendência deste período é desvesti-lo da parcialidade religiosa e preocupar-se mais com os
valores humanos. O olhar do homem desvia-se das coisas do alto, da igreja ocupando-se mais
com as coisas terrenas, se tornam mais curiosas com redobrado interesse pelo corpo, a busca
de prazeres e alegrias do mundo, o luxo na corte, amplia-se conhecimentos de anatomia
humana, que outrora era proibido pela igreja.
Portanto, torna-se intenso na renascença o individualismo e poder da razão para estabelecer
seus próprios caminhos. Percebe-se a ascensão da burguesia e o enriquecimento da mesma, os
burgueses fazem aliança com os reis, pois desejam fortalecer o poder contra os duques e
barões.
Nasce então o interesse pela educação no Renascimento, educar segundo a nova concepção do
homem, torna-se uma questão de moda e exigência. Onde os homens ricos e da alta nobreza
continuam a ser educados por preceptores em seus próprios castelos. A pequena nobreza e a
burguesia encaminham seus filhos para a escola com a esperança de melhor prepará-los para
liderança e a administração da política e dos negócios.
Na educação até então na Idade Média não havia separação de classes, as crianças e os adultos
de diversas idades eram misturados em uma mesma classe, só a partir do renascimento,
cuidados começam a ser tomados, mais nítidos apenas no século XVII. Com o fim de proteger
as crianças de "más influências" devido a uma hierarquia diferente, são submetidos a uma
severa disciplina e castigos corporais. O objetivo da escola não era só o ensino, mas também,
a formação moral. Este método de ensino foi duramente criticado pelos humanistas.
Permanece então uma educação leiga, porque fica por conta dos religiosos, ou seja, das ordens
religiosas a implantação da maioria dos colégios. O que fez com que leigos criassem escolas
que melhor se adaptassem ao espírito do humanismo.
Um importante trabalho se destaca neste período, o de Vittorino da Feltre, que fundou uma
escola na Itália, cujo lema era: "Vinde meninos, aqui se ensina, não se atormenta". O que fez
com que várias outras escolas fossem criadas, surgem as academias e suprimento das falhas
das universidades por instituições privadas.
A educação religiosa se torna importante instrumento para a divulgação da Reforma, por dar
condições a todos os homens de leitura e interpretação da Bíblia. Lutero (1483-1546) e
Melanchthon (1497-1560) trabalharam para a implantação da escola primária para todos,
defendiam a educação universal e pública, e repudiaram os castigos e criticaram a proposta
Escolástica.
Mas, neste mesmo contexto, percebe-se a divisão entre classes, para as classes trabalhadoras,
uma educação primária e elementar e para as privilegiadas o ensino médio e superior é
reservado.
O que não é diferente da sociedade atual, pouco são os que têm acesso a boas escolas, a um
ensino de boa qualidade, e muitos fazem parte de um ensino inferior, e cada vez se torna mais
difícil o egresso na Universidade. Pois vivemos e fazemos parte de uma sociedade capitalista.

Bibliografia
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. 2ª ed. SP: Moderna, 1986. Pág. 86-
87, 90-94.

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