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Renascimento:

humanismo, Reforma e
Contrarreforma
Humanismo
• O Renascimento é o período que compreende entre os séculos XV e
XVI.
• O retorno às Fontes da cultura greco-latina sem intermediação dos
comentadores medievais
• Foi um procedimento que visava também a secularização do Saber
Isto é desestilo a parcialidade religiosa para torná-lo mais Humano
• Procurava se formar o espírito do indivíduo culto mundano ,o
“Cortês“o “homem gentil”.
• Revelava-se na busca de Prazeres e alegrias do mundo
• . olhar humano antes voltado para o céu, agora se encontra na terra,
o que aumenta interesse pelo corpo humano e pela natureza. Esse
fenômeno irá impulsionar os conhecimentos na área da medicina, em
especial na área de anatomia com a prática da dissecação de
cadáveres, o que antes era proibido pela Igreja.
• Uma nova imagem de mundo surge em toda parte, na pintura, na
arquitetura, escultura e literatura.
Ascensão da burguesia

• Essa nova maneira de pensar do homem do século XV está associada


às transformações econômicas que começaram a acontecer desde o
final da Idade Média e que se estendem cada vez mais fortemente
nos séculos seguintes.
• desenvolvimento das atividades artesanais e comerciais da burguesia
• É um período de grandes invenções e das viagens ultramarinas
advindas da necessidade de ampliação dos negócios burgueses.
Reforma e Contrareforma
• O espírito inovador do Renascimento, inevitavelmente afeta também a religião.
Interesses políticos nacionalistas e de natureza econômica sustentavam os
movimentos de ruptura representados pelos luteranismo, pelo calvinismo e pelo
anglicanismo.
• É importante esclarecer que esses movimentos não eram apenas de natureza
religiosa, por trás dessa “rebeldia” estavam também os interesses da burguesia
em libertar-se dos senhores feudais, das restrições econômicas e dos
empréstimos a juros feitos pela Igreja.
• A crise de fato veio a dar-se no século XVI, com a Reforma Protestante, que
levantou-se notoriamente contra a ideia negativa que os católicos tinham em
relação aos negócios e às riquezas. Nacontrapartida, os protestantes defendiam
o enriquecimento como um sinal de favor divino.
O nascimento do colégio
• pequena nobreza e a burguesia também queriam educar os filhos e
os encaminhavam para a escola, na esperança de melhor prepará-los
para a liderança e a administração política e dos negócios.
• Educar nesse período tornava-se questão de moda e uma exigência,
conforme a nova concepção de ser humano.
• O aparecimento dos colégios, do século XVI até o XVIII, foi um
fenômeno paralelo ao surgimento da nova imagem da infância e da
família. As crianças começam finalmente a ser notadas, a serem vista
sob um novo olhar, distinto daquele da Idade Média.
Educação Leiga
• A maioria dos colégios continuava por conta das ordens religiosas.
• A formação intelectual voltava-se para o ideal renascentista da mais
ampla cultura humanística, com atenção especial ao ensino de grego
e latim.
• Na mesma linha de propostas culturais alternativas surgiram as
academias, instituições privadas Com intenção de suprir as falhas das
universidades.
• Só no século XVII que apareceram as primeiras academias científicas
(chamado renascimento científico).
A educação religiosa reformada
• reforma protestante criticava a igreja medieval e apresentava uma
proposta de retorno às origens pela consulta direta ao texto bíblico.
• No plano religioso surgiu a característica humanista de defesa da
personalidade autônoma, que repudiava a hierarquia para
restabelecer o vínculo direto entre Deus e o fiel.
• A educação tornou-se um importante instrumento para a divulgação
da reforma.
• Ao contrário da tendência elitista predominante Lutero (1483-1546) e
Melanchthon(1497-1560) trabalharam para a implantação da escola
primária para todos.
• De acordo com o espírito humanista, Lutero criticava o recurso a
castigos, bem como o verbalismo da Escolástica, propôs jogos,
exercícios físicos, músicas e valorizou os conteúdos literários e
recomendava estudo de história e das matemáticas.
Reação católica: o colégio dos Jesuítas
• Os colégios jesuítas são uma reação à educação reformada.
• Inácio de Loyola vê-se desafiado por essa causa e funda a Companhia
de Jesus em 1534, com o apoio do Papa Paulo lII em 1540.
Inicialmente o objetivo da Ordem era a propagação da fé, a luta
contra os infiéis. Logo que perceberam os adultos eram mais
resistentes, voltaram-se para os jovens, tendo nas escolas a grande
ferramentaspra moldar as jovens mentes.
O ensino nos colégios

• Os alunos estudavam as principais obras greco-latinas e


aperfeiçoavam a capacidade de expressão e estilo, permanecendo
muito presos aos padrões clássicos
• As práticas e conteúdos que os jesuítas usavam estava em
consonância com as regras codificadas no Ratio Studiorium.
• Studia inferiora: letras humanas de grau médio com duração de
três anos e constituído por gramática, humanidades e retórica.
• Studia Superiora: teologia e ciências sagradas com duração de
quatro anos coroava os estudos e visava a formação do padre.
A polêmica sobre o ensino jesuítico
• em 1759, o marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal,
expulsa os jesuítas do reino e de seus domínios, inclusive do Brasil.
• O argumento era de que o ensino jesuítico promovia separação entre
a escola e a vida, não transmitia aos alunos as inovações do seu
tempo; não dava muito importância à história e à geografia, e a
matemática.
• Além disso, ocupava-se mais em erudição e retórica e seus métodos
não propiciavam a formação de um espírito crítico
A pedagogia

• A secularização do pensamento

• A produção intelectual do Renascimento demonstrava interesse em


superar as contradições entre o pensamento religioso medieval e o
anseio da secularização da burguesia.
• Nesse contexto de critica à tradição medieval, a educação procurava
bases naturais, não-religiosas, a fim de se tornar instrumento
adequado para a difusão de valores burgueses.
A pedagogia

• Vives

• No Renascimento não havia estudos sistemáticos sobre educação, Vives era uma exceção
por ter inscrito copiosa obra pedagógica cujo principal trabalho é o Tratado do ensino,
escreveu sobre a educação da mulher

• Erasmo

• Era um cristão pertencente a ordem dos agostinianos, criticou severamente a igreja


corrupta e autoritária e apoiou alguns pronunciamentos de Lutero, sem aderir a Reforma.
A pedagogia

• Rabelais

• Era o médico francês levou uma vida cheia de Pecados e perseguições,


devido a sua pena afiada e crítica Mordaz .

• Montaigne

• Escreveu uma série imensa de fragmentos reunidos em um gênero novo,


o ensaio que bem representa a tendência a subjetivista renascentista.
A pedagogia da contra-reforma
• Para os católicos adeptos da contrarreforma, a intenção era estudar os
autores greco-romanos, mas de acordo com um olhar religioso que
pudesse adaptá-los às verdades eternas da fé. Por isso estudavam Platão
e Aristóteles sob o viés cristianizado de Santo Agostinho e Santo Tomás.
• Nem todas as orientações religiosas, no entanto, distanciaram-se tanto
do humanismo renascentista.
• Uma exceção foi a Congregação do Oratório, que no século XVII, buscou
conciliar os ideais da religião às ideias da pedagogia humanista. Outro
exemplo são os franciscanos que na Escola de Oxford demonstraram
interesse pelas ciências experimentais e pela atuação social.
Referencias bibliográficas

História da educação e
da pedagogia: geral e Brasil ARANHA, Maria Lucia de Arruda. Edu
cação para democracia. In:______.Históriada educação e
da pedagogia: geral e Brasil. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2006.
Esse texto é o capitulo10 do livro “Historia da educação e
da pedagogia” de Maria Lucia de Arruda Aranha

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