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Encontro 2

História da Educação (EV50263)


Profa. Flávia Bahia Lacerda
Vídeo boas práticas em sala virtual

● https://vimeo.com/814665730/c0efb76d2e
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● Docente: Flávia Bahia Lacerda


● Tutoria on-line: Ester Bonfim e Ronaldo Gonçalves
● Autor(a) do E-book: Aniele Fernandes de Sousa Leão e Maria Vera Pereira
Skitnevsky
Conteúdos do componente curricular

1. Encontro 1. História, História da Educação e Historiografia da


Educação.
2. Encontro 2. A Educação na Antiguidade.
3. Encontro 3. Evolução Educacional na Idade Média e Moderna.
4. Encontro 4. A Educação na Contemporaneidade.
● conhecido pelo
retrocesso
artístico,
intelectual,
filosófico.
● visto de maneira
pejorativa e
errônea, visto que
neste período,
apesar das
mudanças serem
mais lentas,
existiram
produção
científica e
intelectual.
Fonte: Google
Queda do Império Romano

• A Era Medieval se inicia com a decadência do mundo romano;


• Intensificação do processo de migrações dos povos nômades, chamados de
povos bárbaros pelos romanos;
• As cidades foram despovoadas e ocorreu um processo de ruralização e
isolamento da população em grandes fazendas, posteriormente chamadas de
feudos;
• Esses processos contribuíram para o aprofundamento da crise do Império
Romano;
• Como consequência temos a fragmentação do Império Romano do Ocidente
que passa a ser ocupado pelos povos não romanos..
Idade Média:

• Surge então uma nova sociedade originária da fusão do legado da cultura


greco-romana;
• A Igreja Católica foi a única instituição que manteve-se unida após a queda do
Império Romano;
• A influência do pensamento religioso vai atingir a praticamente todos os povos
bárbaros* que acabam por se submeter ao poder da Igreja Católica;
• A cultura e a educação na Idade Média devem ser entendidas no contexto do
poder ideológico exercido pela Igreja Católica entre os séculos V e XV d. C.

* refere-se a todos os povos que não falavam o idioma grego e não partilhavam da mesma cultura e forma de organização social e
política dos gregos.
Idade Média - Igreja Católica

● Com o poder político


descentralizado, o guia da
sociedade passou a ser os valores
contidos no evangelho.

● A sociedade passou a ser dirigida


pela igreja católica, poder que era
dividido com os proprietários de
fazendas ou feudos, os senhores
feudais.
● Predominava a crença ou a adesão às verdades
reveladas por Deus aos homens, verdades essas
expressas nas Sagradas Escrituras e
interpretadas de acordo com a autoridade da
Igreja.

● Os filósofos não poderiam mais se dedicar à


buscar a verdade, pois ela já teria sido revelada
por Deus aos homens, restava-lhes,
unicamente, demonstrar racionalmente a
verdade da fé.

Papel político, econômico e cultural

Fonte: Google
A sociedade era dividida em classes:
CLERO: membros da igreja católica responsáveis pela proteção espiritual da
cidade. Arrecadavam impostos e influenciavam a forma de pensar e
comportar das pessoas que detinham poder econômico.

NOBREZA: reis, condes, cavaleiros, duques, senhores feudais. Arrecadavam


impostos dos servos e camponeses.

SERVOS E CAMPONESES: deviam pagar taxas e tributos aos nobres e


senhores feudias.

Ideologia: predomínio do pensamento religioso. Igreja Católica detém o


controle sobre a verdade e esta se encontrava nas escrituras sagradas.
Educação na Idade Média:

● As únicas escolas que resistiram


foram as escolas cristãs que, ligadas
aos mosteiros e as grandes catedrais,
já tinham uma estrutura organizada e
estavam preocupadas com a
formação de seus futuros sacerdotes;
● Visão teocêntrica.
Fonte: Google
Vida intelectual

Estudo restrito a
aqueles que Vida militar ou
seguiriam carreira trabalho
religiosa

Fonte: Google
Fonte: Google

Os filhos dos senhores feudais que não tivessem uma vocação religiosa receberiam um treino
militar e exerceriam a segunda função mais importante na sociedade feudal depois de rezar,
lutar pela proteção. Os trabalhadores das cidades poderiam aprender um ofício no próprio
mundo do trabalho, ou seja, como aprendiz em alguma oficina.
Escolas seculares
● A formação puramente católica encontrou alguma concorrência apenas por volta
do século XII com o surgimento de escolas afastadas do ensino religioso e que
foram chamadas de seculares (aprender a ler, escrever e calcular).
● Secular significa “do século, do mundo”, adjetiva qualquer atividade não-religiosa.
● Essa nova escola atenderia a nascente camada de comerciantes, os burgueses, que
começaram a se destacar nessa época e exigiam uma boa formação para seus
filhos.
● Burgueses procuravam uma educação que atendesse aos objetivos da vida prática:
história, geografia, ciências naturais…
● Todavia, os professores dessas instituições eram, em grande parte, formados pelas
escolas cristãs.
Currículo e método de ensino:
• O conteúdo de ensino era o estudo clássico das sete artes liberais;
• Na idade média eles constituíam-se em trivium e quadrivium;
• Trivium (três vias) constavam as disciplinas de gramática (incluía
literatura e letras), retórica (além da arte de falar bem, história) e
dialética (lógica e arte de raciocinar) – correspondiam ao ensino médio;
• Quadrivium (quatro vias), formados por geometria (estudava-se
geografia também), aritmética (lei dos números), astronomia (física) e
música (sons e harmonia do mundo), destinavam-se ao ensino
superior.
• Enquanto as disciplinas do trivium se voltavam para as artes do falar Fonte: Google
bem e discutir, o quadrium era também conhecido como o conjunto
das artes reais (no sentido de terem por objeto o conhecimento da
realidade).
Fonte: Google
● O mestre durante a Idade Média foi, em grande parte, o religioso que exigia um aluno passivo, obediente e
acrítico.
● Os castigos eram permitidos para corrigir aqueles que não aceitavam a verdade de Deus.
Ser criança na Idade Média
● Infanticídio foi abolido!
● A infância recebe um visão dúbia: inocência e ingenuidade; período de irracionalidade;
● Era por um período curto, após ser desmamada, 6 – 7 anos de idade a criança já participava da vida adulta,
trabalhava, frequentava ambientes noturnos;
● A passagem pela família também era rápida e insignificante. Era costume mandar os filhos para a casa de
outras pessoas para que eles aprendessem a ser adultos. Eles acreditavam que seus filhos precisam aprender
na prática as suas funções;
● As meninas ficavam nas casas para aprenderem a ser dona de casa e se casavam por volta dos 13 - 14 anos;
● A única diferença era o tamanho e a força;
● Meninos e meninas usavam batas ou vestidos;
● As crianças eram miniaturas de adultos.
Fonte: Google Fonte: Google
Você sabia?

● Pata cega.
● Cara ou coroa.
Criação das Universidades
● No século XIII, as cidades voltaram a ser importantes na Europa. O crescimento das cidades estimulou a vida
intelectual.
● Por isso, esse foi também o século do triunfo, de uma nova instituição, a Universidade.
● Essas universidades eram protegidas tanto pela Igreja como pelos grandes Senhores Feudais.
● A palavra “universidade” significava assembleia corporativa e não estabelecimento de ensino.
● Mestres e estudantes unem-se para formar uma entidade voltada para o ensino superior.
● As primeiras (ex.: Bolonha, Oxford e Montpellier) surgem a partir dos séculos XII e XIII, e procuravam ensinar
filosofia, teologia, leis e medicina.
● Professores: destaque para alguns clérigos não-ordenados que atraíam diversos alunos de toda a Europa para os
seus cursos.
● Os estudantes eram filhos de nobres e vinham da Europa inteira.
● As primeiras universidades formavam as pessoas da elite, em uma sociedade ainda medieval.
● O método de ensino era o Escolástico: os alunos estudavam o texto de um grande autor, faziam comentários sobre
ele e debatiam. Entretanto, nesses debates ninguém questionava o que esses autores diziam, a autoridade deles era
absoluta. É por isso que, séculos mais tarde, a escolástica foi considerada uma forma de estudo dogmática.
Patrística
● Filosofia dos padres;
● Surgiu do esforço de combater o pensamento pagão, heresias e justificar a fé católica;
● Santo Agostinho.

Escolástica
● Doutrina da escola;
● Conciliava dogmas da fé cristã e as verdades reveladas nas escrituras sagradas com as
doutrinas filosóficas;
● Aprimorar a fé na razão, a fim de melhor justificar as crenças | Racionalidade científica
atrelada à fé;
● São Tomaz de Aquino diz que o verdadeiro mestre é Deus, defensor da escolástica.
Referência Bibliográfica:

● ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação e da pedagogia: geral e


Brasil. 3º Edição - São Paulo: Moderna, 2006.
● LEÃO, Aniele Fernandes de Sousa e SKITNEVSKY, Maria Vera Pereira. História da
Educação. Universidade São Francisco, Bragança Paulista, 2020.
Dica:
Convite para o próximo encontro

Próxima quinta-feira às 19h00.


Obrigada e bons estudos!
E-mail: flavia.lacerda@usf.edu.br

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