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CAMPOS DO JODÃO
MELINA RODRIGUES
ATIVIDADE:
Resumo do livro:
História da Educação e da Pedagogia:
Geral e do Brasil
A China permaneceu fora da influência ocidental até o século XIX. As civilizações orientais
representaram a transição de uma comunidade indivisa para uma sociedade de classes. No
Egito o faraó era o sacerdote supremo e considerado o filho do deus Sol, enquanto na China o
imperador era o Filho do Céu. Esse tipo de organização política manteve as sociedades
tradicionalistas presas ao passado.
A forma como os povos das primeiras civilizações orientais se relacionava para produzir sua
subsistência é conhecida como modo de produção asiático. Além dos mesopotâmios, egípcios,
hindus e chineses, outros povos seguiram nas regiões do Oriente Médio e Oriente Próximo,
ora ocupados com o pastoreio e levando uma vida nômade, ora dedicados ao comércio e à
navegação.
A invenção da escrita
Hoje usamos para a escrita o sistema fonético alfabético, que registra sons, e cada som
representa uma letra. Ademais, costuma-se chamar de pictográfica a escrita que representa
figuras, enquanto em um nível maior de abstração, a escrita ideográfica representa objetos e
ideias.
Contudo, escritas como os hieróglifos egípcios, os caracteres cuneiformes da Mesopotâmia e
os ideogramas chineses são ideográficas, ainda quando passaram por etapas anteriores de
registro pictográfico, mais presas à imagem.
Já as escritas fonéticas decompõem as palavras em unidades sonoras: neste caso, libertados da
figura, do objeto e da ideia, os sinais diminuem drasticamente de quantidade para registrar
apenas os sons em infinitas composições possíveis.
Na Antiguidade oriental a invenção da escrita não se dissocia do aparecimento do Estado, pois
a manutenção da máquina estatal supunha uma classe especial de funcionários capazes de
exercer funções administrativas e legais cujo registro era imprescindível.
Essa escrita era no início pictográfica(representava figuras) e só posteriormente adquiriu
características ideográficas, concomitantemente à aplicação da fonética silábica, isto é, a
escrita egípcia dispõe de todo um estoque de sinais figurados, cada um dos quais pode ter um
valor seja de ideograma, seja de elemento fonético.
Composta por cerca de seiscentos sinais, o que a tornava especialmente difícil, era utilizada
pelos escribas, a minoria encarregada de exercer funções para o Estado e que, por isso, gozava
de condição privilegiada. Além das inscrições nas pedras de túmulos e monumentos, os
egípcios usavam madeira e papiro para o registro das atas administrativas, da justiça e para as
anotações contábeis nas atividades do comércio.
Na Mesopotâmia, a escrita cuneiforme (inscrições em forma de cunhas) também foi
inicialmente pictográfica e depois ideográfica e fonética, quando o signo não mais indicava o
objeto, mas o som (de sílabas).
Escribas no Egito, mandarins na China, magos na Mesopotâmia e brâmanes na Índia exerciam
suas funções monopolizando a escrita em meio à população analfabeta.
O termo alfabeto, inicialmente formado pelas primeiras letras fenícias aleph e bet, é composto
das letras gregas alpha (α) e beta (β).
A educação Tradicionalista
Quando as sociedades se tornaram mais complexas, vimos que a divisão se instalou no seio
delas: as mulheres, confinadas no lar, passaram a ser dependentes dos homens, os segmentos
sociais se especializaram entre governantes, sacerdotes. Essas mudanças exigiram uma
revolução na educação, que deixou de ser igualitária e difusa, portanto, acessível a todos,
como nas tribos.
Em decorrência, estabeleceu-se uma diferenciação entre os destinados aos estudos. Teve
início, então, o dualismo escolar, que destina um tipo de ensino para o povo e outro para os
filhos dos nobres e de altos funcionários.
Nas civilizações orientais não havia propriamente uma reflexão livros sagrados, que oferecem
regras ideais de conduta, segundo as prescrições. Daí o caráter religioso dos compromissos
impostos e não discutidos; sagrado e esotérico.
Com o tempo, aumentou o número dos que procuravam instrução, embora apenas os filhos
dos privilegiados conseguissem atingir os graus.
Egito:
Apesar do forte teor religioso da cultura egípcia, as informações eram muito práticas, como o
cálculo da ração das tropas em campanha, o número de tijolos necessários para uma
As escolas eram frequentadas por pouco mais de vinte alunos cada uma, segundo as raras
não funcionavam em prédios especialmente construídos para essa função, mas sim nos
educa duramente!”
Dissemos que a educação enfatizava a arte de bem falar, mas a técnica do “escrever bem” não
era inicialmente o intuito principal dessa educação, mas daquela voltada para a formação de
peritos, dos escribas encarregados dos registros de atos oficiais, ou ainda, em um nível
Conforme atesta um antigo papiro, o reconhecimento do valor do escriba era tão grande que
um pai estimulava o filho a levar a escola a sério.Havia ainda o ensino dos ofícios
especializados para formar artesãos e para o treinamento dos guerreiros, o que separava a
escola nos seus objetivos “intelectuais” ou “práticos” (profissionais). Mas uma abundante
iconografia representando as crianças no ambiente de trabalho dos adultos nos faz supor que a
Mesopotâmia
Apesar dessa sequência de conquistas, a cultura suméria — religião, arte, leis e literatura —
permaneceu com pequenas alterações por 3 mil anos. Portanto, além de usarem ferramentas e
misticismo: as doenças seriam causadas pelos demônios, e a posição dos astros revelava os
transmitidos de pai para filho. Com o tempo surgiram instâncias de educação superior — os
centros de estudos de história natural, astronomia, matemática criados nos palácios reais.
Também proliferaram ricas bibliotecas no interior dos templos, em que os “livros” eram
diversos assuntos. Por isso, o aprendizado era longo, minucioso e voltado para a preservação
Para o hinduísmo, religião composta de diversas crenças, das quais a mais disseminada é o
Brahman, alma ou essência de todas as coisas. A população era dividida em castas fechadas:
mais humildes). Devido à crença de que todos saíram do corpo do deus Brahman, os
brâmanes eram considerados mais importantes por terem sido gerados da cabeça do deus. No
outro extremo, os párias, por nem sequer terem origem divina, não pertenciam a nenhuma
casta e por isso eram intocáveis e reduzidos a uma condição miserável. Inicialmente só os
brâmanes estendiam os estudos aos cursos superiores, em que, além da religião, estudavam
bramanismo, a educação na Índia foi influenciada pelo budismo, religião fundada no século
VI a.
Na China
transmissão da sabedoria contida nos livros clássicos, ainda que burilada por interpretações
posteriores de outros sábios. Da longa tradição dos chamados livros canônicos ou clássicos,
talvez o mais antigo e de maior dificuldade de interpretação seja o I Ching (Livro das
mutações), cuja origem se perdeu nos tempos, uma vez que percorreu longo período de
transmissão oral até ser registrado por escrito. O confucionismo, criado por Confúcio (Kung
Futsé), seguia uma orientação mais conservadora que a de Lao Tsé. O rigoroso sistema de
seleção para esse ensino superior baseava-se em exames oficiais que distribuíam os
transmitida pela Bíblia. Além disso, enquanto as outras civilizações não destacavam
coletivas, os hebreus desenvolveram uma nova ética voltada para os valores da pessoa: os
mandamentos são um apelo ao ser humano interior. De início as sinagogas também serviam
de local para a instrução religiosa, pela qual se transmitiam as verdades da Bíblia, cujos cinco
primeiros livros sagrados são chamados Torá, que significa “ensinamento” ou “instrução”.
Por isso, os documentos bíblicos têm inestimável interesse histórico e não somente nos fazem
conhecer os valores morais e jurídicos do povo hebreu, como ajudam a compreender as raízes
passou de religião perseguida a culto oficial na Roma antiga, preparou-se o terreno para a
herança religiosa que iria marcar todo o período medieval do ocidente cristão, cujos valores
E hoje?
O macedônio Alexandre Magno, após a ocupação da Grécia, estendeu seu império pela Ásia
Menor, Oriente Médio, Mesopotâmia, Pérsia, até a Índia. Embora os árabes tenham recuado
na Europa no final da Idade Média — não sem antes ter fecundado a ciência e a filosofia
Ásia. Na época do colonialismo europeu, no século XIX, o Egito esteve sob o domínio
britânico, que se firmou também na Índia. A partir de meados do século XX, a filosofia e a
beatniks e, depois, os hippies voltaram sua atenção para o Oriente, e uma onda mística
percorreu o mundo. Vale lembrar que o movimento estudantil de maio de 1968 na França
inspiração oriental. Ainda hoje, início do século XXI, mantém o controle político, mas abre-se
gradualmente para a economia de mercado ocidental. Isso não significa que as civilizações
orientais não nos digam respeito, sobretudo porque muitos de seus saberes foram assimilados