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Podemos dizer que o homem torna-se homem, na identificação do outro como outro de
si, é um ser social, criativo, capaz de interagir entre si e transformar a natureza. Essas
transformações espelham-se na Educação nos diferentes períodos; as mudanças
ocorridas na nossa história refletem-se no modelo pedagógico.
O ser humano, enquanto criador e criativo, mostra ao mundo as transformações que vão
ocorrendo, tanto com a sociedade, quanto com o próprio homem, através da arte,
contando sua história, mostrando suas angústias, anseios e vitórias. Desta forma,
escolhemos algumas imagens para ilustrar tais representações estéticas. Podemos
observar tais imagens ao longo do texto.
1. Período primitivo
A arte Rupestre, feita na parede das cavernas, exposta acima, representa o período de
4.000 a.C.. Acredita-se que teriam uma finalidade ritualística.
2. Período Antigo
Arte Egípcia 3.000 a.C., representa o dia-a-dia da civilização, marcada por diferentes
momentos históricos. A figura acima mostra o deus egípcio Anúbis e a mumificação.
Índia- É uma civilização marcada pela divisão social em castas, onde todos derivam do
corpo do Deus Brahma, a Educação acontece de forma discriminatória, privilegiando os
brames; aos sudras e párias é negada qualquer forma de Educação; sofre também
influência do budismo.
A educação tem como princípio a formação do cidadão, completo e virtuoso, para tanto
é necessário um modelo que abranja corpo e mente; concomitantemente com o
surgimento do pensamento filosófico surge a palavra Paidéia.
Atenas difunde a educação a todos os cidadãos livres, devido a sua grande influência e,
por se tratar do berço da filosofia, o ideal do povo ateniense é o culto, os rapazes eram
instruídos nas letras e filosofia, pelos mestres, na primeira fase era acompanhado pelo
pedagogo (escravo que tinha como função orientar as primeiras letras e a atividade
física, por volta dos 18 anos após um rito de passagem adentrava a vida cidadã, os
mestres são os filósofos.
Educação Romana- possui caráter prático e formação civil e familiar. O cidadão possui
consciência do direito romano. O pai é figura central, a mulher possui valorização na
família, possuindo um papel educativo, para a formação do futuro cidadão. A partir do
século II a.C., as escolas organizam-se segundo o modelo Grego, existem também
escolas destinadas às classes inferiores para a formação profissional.
Arte Greco-Romana 700 a.C. Este período influencia a história da humanidade, sendo o
primeiro período a valorizar o homem. A obra acima representa o casamento de Peleu e
Tétis[7]. A deusa recusava o casamento com um simples mortal
A queda do império Romano, cria uma fragmentação no mundo, o cristianismo é
responsável pela sua unificação.
O período medieval representa mais de 1000 anos, contando com Idade média alta e
baixa; a Educação desenvolve-se subordinada à Igreja. Todo conhecimento está a
serviço da fé, este deve revelar as verdades de Deus a autoridade indiscutível está
presente nos textos sagrados. A razão deve conciliar-se com a fé. Este conhecimento é
reservado ao poder eclesiástico. Desenvolvem-se, neste momento histórico, diferentes
modelos pedagógicos para classes sociais distintas, surgem os colégios com alunos e
professores, os quais servem a autoridade da igreja, ou outro poder que a represente.
1. Período Moderno
A pedagogia humanista representa a difusão dos valores burgueses, procura por uma
base natural, sem intenções religiosas, busca uma autonomia. As reflexões pedagógicas
estão presentes na filosofia, não se distinguindo desta. Como representantes desse
momento histórico temos: Juan Luis Vives (1492-1540), Erasmo de Rotterdam (1467-
1536), François Rebelais (1494-1553) e Michel Montaigne (1533-1592).
3.2 Moderno
Juan Amós Comênius (1592-1670) é o maior educador deste período. Sua principal obra
é a Didática Magna, que tem a intenção de orientar um método de ensino onde se
deveria partir do simples para o complexo. Este pedagogo defende a educação para
todos independente de sexo ou classe social.
O bispo Fénelon (1651-1715) defende a educação feminina, que deve ser voltada a uma
instrução geral, levando em conta a formação moral para o desenvolvimento do papel de
mães e esposas.
Surge a idéia de educação popular promovida pelo Marquês Condorcet, eleito deputado
da Assembléia Legislativa Francesa. Após a Revolução francesa, em 1792, cria o ano de
Educação pública, que prevê a Educação como responsabilidade do Estado destinada a
todos os cidadãos. Seu plano não é aprovado. Porém, levanta esta discussão. Em 1793,
consegue aprovação pelas mãos de Lepelletier, realçando a educação nacional.
Immanuel Kant (1724-1804), para este filósofo, a educação tem como objetivo
desenvolver a faculdade da razão, levando a formação do caráter moral, é a forma como
o homem atinge seus objetivos individuais e sociais.
Pestalozzi, Froebel Herbart e Spencer são alguns dos principais pedagogos do período.
No período Imperial, o Brasil não se destaca com uma postura pedagógica pautada em
uma identidade nacional, ou seja, não se institui uma proposta pedagógica
eminentemente brasileira. O que causa resultados extremamente insatisfatórios e
díspares. Enquanto a elite tem sua educação gerenciada pelo Império, a do povo é
desqualificada, sendo deixada a cargo das províncias.
Século XX:
Pop Art, 1956, pretendia demonstrar com suas obras a massificação da Cultura popular
capitalista. Procurava a estética das massas, tentando achar a definição do que seria a
cultura Pop aproximando-se do que costuma chamar-se de kitsch. Fotografia da Sopa
Campbell por Andy Warhol.
Temos como representantes das teorias educacionais não-diretivas Ivan Illich (1826-
2002) traz a proposta de uma sociedade desescolarizada. Carl Rogers (1902-1987) o
qual levou para a educação técnicas utilizadas em terapia. Alexander Neil (1883-1973),
fundador da escola de Summerhill.
Lev Vygotsky (1896-1934) é o teórico que trata do ensino como processo social e,
ainda, Celestin Freinet (1896-1966) que traz o trabalho e a cooperação como
constitutivos do processo educativo.
Henri Wallon (1879-1962) defendia uma educação integral. Pierre Bourdier (1930-
2002) desenvolveu uma teoria crítica a respeito da “pseudo” neutralidade da escola.
Para Freire e Horton (2003), por exemplo, a educação só muda quando “as pessoas
começam a agarrar sua história com as próprias mãos”. Para estes autores, como para a
maioria dos teóricos da contemporaneidade somente um projeto realmente popular pode
trazer transformações significativas à sociedade.
Considerações Finais
A história da humanidade é permeada pela produção do conhecimento, que pretende
transformar homens e mundo. Cabe a nós, seres éticos e responsáveis, usar desse
conhecimento, procurando tirar o que temos de melhor para contribuir com a vida em
sociedade.
Referenciais Bibliográficos
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação. São Paulo: Moderna, 1989
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Paulo Freire, O menino que lia o Mundo: Uma
história de pessoas, de letras e palavras. São Paulo: Editora UNESPE, 2005.
Sítios consultados
http://www.arteeeducacao.net/historia/romantismo/pages/romantismo_06_jpg.htm <Ace
ssado em 09/01/2010>
http://3.bp.blogspot.com/_c3tB2p543D0/SOD0CN4QtZI/AAAAAAAAAGk/
PQIMhgUsh4A/s1600-h/cristo-basilica-de-santa-sofia-constantinopla.jpg <Acessado
em 09/01/2010>
http://www.logosphera.com/courses/news/materialpublico/ciclo_epico/peleus
%2Bthetis.jpg <Acessado em 09/01/2010>
http://www.sistemaodia.com/imagem/materias/
m_c9896f11691d0f0cee981c166070a9c6.jpg <Acessado em 09/01/2010>
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:VanGogh-starry_night.jpg <Acessado em
09/01/2010>
Revista Nova Escola Edição Especial, Grandes Pensadores, São Paulo: Editora Brasil
S.A., Julho, 2009.
[7] Peleu arrebatando Tétis, pois a deusa recusava o casamento com um mero
mortal.Staatliche Museen zu Berlin - Preussischer Kulturbesitz, Berlin, 106, ca. 500,
Assinado por Peithinos, inv. no. F 2279.