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... por ser radical, essa reflexão é também rigorosa e atinge principalmente as
finalidades da educação. Não dá apenas uma resposta geral aos problemas educacionais,
de certa forma, ela
"morde" a realidade, isto é, pronuncia-se sobre as questões e os fatos imediatos que nos
atingem como educadores.
CAPÍTULO 1
LAO-TSÉ
LAO(século VIAC) significa criança, jovem, adolescente e Tse quer dizer maduro,
sábio assim Lao -Tsé pode ser compreendido como jovem sábio. Nos primeiros 40 anos
de sua vida trabalhou como historiador e bibliotecário, conhecia bem a situação política
do Império, por isso às vezes faz lembrar Shakespeare, cujos dramas revelam as intrigas
acorrupçãodas corteseuropéias de seu tempo. Anos mais tarde, ele passa a viver como e
remita na floresta,abandonandoa corte imperial ,estudando, meditando. Aos 80 anos,
cruzou afronteira ocidental da china e desapareceu.
CAPÍTULO 2
O PENSAMENTO PEDAGÓGICO GREGO
Os gregos eram educados através dos textos de Homero, que ensinavam virtudes
guerreiras, o cavalheirismo, o amor à glória,à honra,à força,à destreza eà valentia. O
idealhomérico era ser sempre o melhor. Essa ética patriótica foi exaltada sobre tudo pelo
nazismo e pelo facismo.
Platão defendia que todo ensino deveria ser público, ficando o mais
próximo possível da comunidade. A escola primária destinava-se a ensinar os
rudimentos: leitura do alfabeto, escrita e cômputo. Os estudos secundários
compreendiam a educação física, a artística,os estudos literários e científicos. A
educação física compreendia principalmente a corrida a pé, o salto em distância, o
lançamento do disco e do dardo, a luta, o boxe, o pancrácio e a ginástica.
c)procurar os termos mais apropriados para exprimir essas idéias. (Daí o fato de
a retórica dividir-se tradicionalmente em três partes:a invenção,a disposição e
aalocução.)
Em sua obra História das Idéias Pedagógicas, Gadotti inicia as conversas acerca
desse tema tão pertinente voltando à antiguidade chinesa, resgatando Lao-Tsé e o
Talmude hebraico como fontes inspiradoras do pensamento pedagógico no oriente
próximo e distante (Oriente Médio e China). É desse período e região, especificamente
de Lao-Tsé a constatação de que “o fraco e flexível é mais forte que o forte e rígido” ou
ainda “que o mundo não pode ser plasmado a força” e que, por isso, “ao sábio não
interessa a força”...
“A criança não pode levar uma vida normal no mundo complicado dos adultos. Todavia
é evidente que o adulto, com a vigilância contínua, com as admoestações ininterruptas,
com suas ordens arbitrárias, perturba e impede o desenvolvimento da criança. Dessa
forma, todas as forças positivas que estão prestes a germinar são sufocadas; e a criança
só conta com uma coisa: o desejo intenso de livrar-se, o mais rápido que lhe for
possível, de tudo e de todos”. (Maria Montessori)
De Sócrates para Platão e deste para Aristóteles. Como numa autêntica e afinada
tabelinha futebolística concretizada através do tempo, a Grécia se tornou soberana no
imaginário cultural e também, especificamente, no pedagógico. A maiêutica ou “arte de
extrair do interlocutor, por meio de perguntas, as verdades do objeto em questão”
tornaram Sócrates, nos dizeres de Gadotti, “o maior fenômeno pedagógico da história
do Ocidente”.
De suas incríveis lições, não registradas por ele mesmo, surgiram os diálogos
platônicos a apregoar, pelos quatro cantos do mundo, a necessidade de superação da
alienação, conclamando os homens a ultrapassarem as trevas das cavernas onde estavam
presos. Falava alegoricamente sobre a ignorância e a necessidade de entendermos a
dicotomia entre o mundo das idéias e a realidade nua, crua e dura de cada dia de nossas
vidas...
“Quando o facilitador é uma pessoa real, se se apresenta tal como é, entra em relação
com o aprendiz, sem ostentar certa aparência ou fachada, tem muito mais probabilidade
de ser eficiente. Isso significa que os sentimentos que experimenta estão ao seu alcance,
estão disponíveis ao seu conhecimento, que ele é capaz de vivê-los, de fazer deles algo
de si, e, eventualmente, de comunicá-los”. (Carl Rogers)
Aristóteles, seu herdeiro legítimo, aluno dedicado prima mais pelo realismo e
abastece de sentido mais prático e objetivo a ciência e a própria educação. Ao analisar
os homens a partir de suas faixas etárias, conclui o sábio pensador grego que “todas as
vantagens que a juventude e a velhice possuem separadamente se encontram reunidas na
idade adulta”, já que “onde os jovens e os velhos pecam por excesso ou falta, a idade
madura dá mostras de medida justa e conveniente”. Nem parece que escrevia essas
linhas há tantos e tantos anos atrás...
A Idade Média, por sua vez, celebra a ascensão da Igreja Católica ao comando
da cultura e da educação. De acordo com o texto do professor Gadotti, Cristo com “seus
ensinamentos” que “ligavam-se essencialmente à vida” torna-se o “grande educador” e
estabelecia, através dos pensadores medievais, uma pedagogia mais concreta a partir de
suas parábolas. Santo Agostinho e São Tomás de Aquino concretizam essa realização
pedagógica medieval em diferentes períodos e de distintas formas.
Esse delicioso passeio pelo pensamento pedagógico deixa para o final, seguindo
a cronologia, as mais contundentes e valiosas contribuições específicas para a pedagogia
ao apresentar excertos e biografias de pensadores do mundo contemporâneo.
Começando com a clássica colaboração de Rousseau e sua obra devotada a educação,
“O Emílio”, passando pelos expoentes do pensamento positivista como Durkheim,
recordando os sábios socialistas da educação como Gramsci e chegando ao século XX e
suas várias correntes de pensamento pedagógico.
“Não basta saber ler mecanicamente que „Eva viu a uva‟. É necessário compreender
qual a posição que Eva ocupa no seu contexto social, quem trabalha para produzir uvas
e quem lucra com esse trabalho. Os defensores da neutralidade da alfabetização não
mentem quando dizem que a clarificação da realidade simultaneamente com a educação
é um ato político. Falseiam, porém, quando negam o mesmo caráter político à ocultação
que fazem da realidade”. (Paulo Freire)
PERSPECTIVAS ATUAIS
O autor faz uma retomada, dos principais acontecimentos dos últimos anos.
Assim, coloca que hoje depois da Perestroika e dos grandes movimentos por um
socialismo democrático no leste europeu, depois da queda do muro de Berlim estamos
terminando o milênio sob o signo da perplexidade, da crise de concepções e paradigmas
em todos os campos das ciências, da cultura e da sociedade. É um momento novo e rico
de possibilidades. Por isso colado ao nosso tempo, não poderemos falar do futuro da
educação sem uma dose de cautela. Entretanto, para não ser omisso o autor apresenta
algumas tendências atuais, apoiado naqueles educadores e filósofos que tentaram em
meio a essa perplexidade apontar caminhos.
a)CRISE E ALTERNATIVAS
EMANUEL KANT, alemão, (1724-1804) outro grande teórico que obteve nesse
período reconhecimento, foi Descartes sustentando que todo o conhecimento era inato e
Locke que todo saber era adquirido pela experiência. Kant supera essa contradição,
mesmo negando a tória platônico-cartesiana das idéias inatas, mostrou que algumas
coisas eram inatas, como a noção de tempo e espaço, que não existem como realidade
fora da mente, mas apenas como formas para pensar as coisas apresentadas pelos
sentidos. Kant era um admirador de Rousseau, acreditava que o homem é o que a
educação faz dele através da disciplina, da didática, da formação moral e da cultura.
das classes populares, mas ele não foi apenas um teórico, pois ele mesmo
colocou-se aserviço de suas idéias criando um instituo para crianças órfãsdas camadas
populares, onde ministrava uma educação em contato com o ambiente imediato,
seguindo objetiva, progressivae gradualmente um método natural e harmonioso .Mas
ele fracassou em seu propósito, não obteve os resultados esperados, mas suas idéias são
debatidas até hoje e algumas foram incorporadas à pedagogia contemporânea.
Marilena Chauí aparece como crítica da escola capitalista no Brasil, entre outros
autores. Há destaque para dois autores; Darcy ribeiro- Criou a Universidade de Brasília
em 1961 tendo desenvolvido entre 82 e 86 o projeto dos CIEPs (CentroIntegrado de
Educação Pública) no estado do Rio de Janeiro . Em seu livro Nossa escola é uma
calamidade (1984), analisaram o ensino público brasileiro e, em particular, a s escolas
do Rio de Janeiro. Ao nível de teoria educacional, destacou-se nesse período também o
professor de filosofia da educação Demerval Saviani que orientou e formou em cursos
de pós-graduação um grupo de quadros que, embora com orientações diversificadas,
conservou muito bem do seu pensamento, entre eles José Carlos Libâneo, entre outros.
o Atuou não apenas como importante teórico político que, soube o ponto de vista da
corrente ordoxia do marxismo, completou as contribuições originais de Marx e Engels.
Foi também um organizador ativo, tendo partipado da organização revolucionária que
finalmente levou a revulação de outubro e 1917, da qual foi o maior líder.
4.
o Chamado pelo Comissariado do Povo para fundar, em 1920, uma colônia correcional
para inúmeros delinquêntes e condenados e menores abandonados lecados pela Primeira
Guerra Mundial e pela Guerra Civil (1918-1921), Makarenko viu-se frente a frente com
o desafio da reducação socialista. A partir desta prática o educador formulou sua
teoriapedagógica, abrangente e engajada. Ele próprio descreveu detalhadamente no
47. RUBEM ALVES (1933...) Nasceu em Minas Gerais. A falencia do seu pai o levou
para o Rio de Janeiro e sua solidão nesta cidade o fez religioso e amante da música.
Quis ser médico, pianista e teólogo. Passou por um seminário protestante, foi pastor em
Lavras (MG). Fez mestrado em Nova Iorque (1962-1963) e sua volta ao Brasil em 64 o
fez acreditar que seria melhor continuar estudando fora do país. Fez doutoramento em
Princeton. Escreveu Da Esperança , no ponto mesmo em que a teologia da libertação
estava nascendo, Tomorrow‟s Child, sobre o triste destino dos dinossauros e a
sobrevivência das lagartixas, para concluir que os grandes e os fortes pereceram,
enquanto os mansos e fracos herdaram a terra. E ainda: O Enigma da religião ; O que é
religião ; Filosofia da ciência: introdução ao jogo e suas regras . Criado numa tradição
calvinista, lutou, como costuma dizer, contra as obsessões da pontualidade e trabalho,
companheiros das insônias e das úlceras. Dois pequenos livros são muitos conhecidos
pelos educadores brasileiros: Conversas com quem gosta de ensinar e Estórias de quem
gosta de ensinar . Atualmente, além de exercer a profissão de psicanalista, escreve
contos para crianças. Para Rubem Alves “é preciso reaprender a linguagem do amor,
das coisas belas e das coisas boas, para que o corpo se levante e se disponha a lutar”.
PENSAMENTO PEDAGÓGICO BRASILEIRO HISTÓRIA DAS IDÉIAS
PEDAGÓGICAS – Moacir Gadotti
Florestan Fernandes (1920), com sua sociologia, criou um novo estilo de pensar
a realidade social, por meio da qual se torna possível reinterpretar a sociedade e a
história, como também a sociologia anterior produzida no Brasil.