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Já período pré-socrático caracteriza-se como uma nova forma analisar e ver a realidade. Antes
esta era analisada e entendida, apenas do ponto de vista mítico, agora é proposto o uso da
razão, o que não significa dizer que a filosofia vem para romper radicalmente com o mito, mas
sim para suscitar o uso da razão no esclarecimento, sobretudo da origem do mundo.
Sofistas que se apresentam com novas propostas e soluções educativas, com um novo plano
de estudos e como outros e novos mestres, em nada semelhantes aos do passado; Sócrates
que se diz impelido a realizar uma única missão, uma "missão divina", que ele entende como
"missão educativa", e que questiona e problematiza: O que é educar? O que é ensinar e
aprender? O que é a virtude e pode a virtude ser ensinada? (Cf. PLATÃO, Protágoras 325c -
326e e Ménon); Platão que na República e em As Leis propõe as suas respostas a estes
mesmos problemas; Aristóteles cuja Ética a Nicómano constitui também uma visão do
problema educativo, e que na Política versa ainda o mesmo tema. Mas esses sinais
encontram-se não só na filosofia como também na literatura grega desta época, nas suas
diferentes formas, seja na poesia (épica ou lírica), na tragédia ou na comédia (também elas
escritas sob a forma poética), cuja intenção última é, afinal, uma intenção educativa.
O que Sócrates exige e procura incansavelmente, é o conhecimento, não deste ou daquele
homem, mas do Homem. O que ele busca é a essência do Homem, a idéia de Homem, e se
homem é isso que a idéia define então a idéia converte-se em ideal, porque todo e qualquer
homem, para sê-lo, deve ser isso.
Platão propõe uma utopia, onde são eliminadas a propriedade e a família, e todas as crianças
são criadas pelo estado, pois para Platão, as pessoas não são iguais, e por isso devem ocupar
posições diferentes e serem educadas de acordo com essas diferenças.
Até os 20 anos, todos merecem a mesma educação.
No Texto “Alegoria da Caverna”, Platão, em um diálogo com Gláucon, compara a educação
humana, ou a falta dela, com uma situação hipotética onde pessoas que tenham vivido por
toda a vida dentro de uma caverna, pudessem apenas, durante todo esse tempo, ver as
sombras que vinham do exterior, projetadas na parede da mesma, o que para elas, eram a
única realidade.
Versava, após, sobre o choque causado pelo primeiro contato de um destes homens
com o mundo externo ao que eles viviam em que eles seriam forçados a endireitar sua postura,
e olhar para os objetos e a luz, na forma como a conhecemos; falava, pois, sobre a dificuldade
em aceitar uma nova proposta, e que, devido ao padrão pré-estabelecido, o homem tenderia a
reconhecer como reais os objetos na forma que ele já conhecia, e não no padrão recém
apresentado. Para que fosse possível a adaptação, necessitaria acostumar-se gradualmente
com o meio. A partir disso, o homem seria levado a formar novas conclusões no tocante ao
padrão de realidade em que ele, agora, vive.
"A visão que os gregos tinham do mundo os distinguia de todos os demais povos do mundo
antigo, ao contrário destes, os gregos em vez de colocarem a razão humana a serviço dos
deuses ou dos deuses monarcas, enalteceram a razão como instrumento a serviço do próprio
homem (...) Recusavam qualquer submissão aos sacerdotes e tampouco se humilhavam
diante dos seus deuses. Glorificavam o homem como o ser mais importante do universo (...) O
primeiro povo a enfrentar explicitamente o problema da natureza, as idéias, as tarefas e
objetivos do processo educativo foi o povo grego.
Atenas passou pelas mesmas fases de desenvolvimento de Esparta; mas enquanto Esparta se
deteve na fase guerreira e autoritária, Atenas priorizava a formação intelectual sem deixar de
lado a educação física que não se reduzia apenas a uma simples destreza corporal, mas que
vinha acompanhada por uma preocupação moral e estética.
Na primeira parte de sua cultura aparecem formas simples de escolas e a educação deixa de
ficar restrita à família e a partir dos 7 anos começava a educação propriamente dita, que
compreendia a educação física, a música e a alfabetização. O pedotriba era o responsável em
orientar a educação física na palestra onde os exercícios físicos eram praticados.
No final do século IV a.C., inicia-se a decadência das cidades-estados gregos assim como a
sua autonomia e a força da cultura helênica se funde à das civilizações que a dominam se
universaliza e converte-se em helenísticas; nesse período a antiga Paidéia, torna-se
enciclopédia ou seja, educação geral" consistindo na ampla gama de conhecimentos exigidos
na formação do homem culto diminuindo ainda mais o aspecto físico e estético.
Nesse período eleva-se o papel do pedagogo com a criação do ensino privado e o
desenvolvimento da escrita, leitura e o cálculo. O conteúdo abrangente das disciplinas
humanistas (gramática, retórica e dialética) e quatro científicas (aritmética, música, geometria e
astronomia). Além do aperfeiçoamento do estudo da filosofia e, posteriormente, o de teologia
na era cristã.