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Título do Livro

Fases da Filosofia

Nome do Autor

Guilherme Marques Schulz

2023

Prefácio
Aqui trago ao leitor os processos históricos da filosofia há tal ponto para tentar trazer a

origem do pensamento na sua mais pura criação envolvendo o cenário Grego com viés para

sua estrutura nos levando a concepção da racionalidade como forma estrutural do pensamento

humano e origem do mundo unindo a descoberta da criatura a partir da criação baseado na

estrutura filosófica apresentada pelos Gregos se estendendo entre períodos de sua história.

Tudo que pretendo aqui apresentar são fases da filosofia falando sobre seu

desenvolvimento, mas também direcionando o leitor a alguns questionamentos filosóficos da

época da Grécia que compreende o início do período da antiguidade Grega até as suas

Escolas e falando ao leitor sobre filósofos como Sócrates, Aristóteles e Platão dentre outros,

apontando o desenvolvimento do pensamento Grego.

Introdução

Vou direcionar ao leitor o tempo, espaço, a sociedade e a cultura do povo Grego

passando por suas transformações sociais, estrutura racional com suas aparelhagens para as

mudanças dentro da sua história mostrando o cenário cultural focado na filosofia e seus

períodos analisando seus filósofos dentro da estrutura programada deste livro.

É dado a dimensão dos fatos e comentado o funcionamento das ideias de alguns

pensadores Gregos citando fases de seu pensar na composição de suas filosofias fazendo com

que possamos refletir sobre seus conceitos mostrando a sistematização e como foi formado o

pensamento de tais filósofos no tocante desta obra.


É dado ao leitor também a concepção da ideia de sociedade mais precisamente naquele

período da história onde ali tudo foi gerado como algo totalmente inovador para todos os

padrões de todos os povos que até então se entendiam em seu funcionamento por mitos ou

culturas politeístas onde toda e qualquer tipo de crença é questionada partindo do mundo

Grego para as gerações da atualidade que absorveram muito daquele tempo.

História da Filosofia

A filosofia teve algumas definições ao longo do tempo tendo o significado do termo

amor pela sabedoria ou amizade pelo saber que baseado nessa definição o filósofo que tem

prazer no conhecimento buscando-o a todo instante sendo na concordância de muitos que

Pitágoras de Samos foi a primeira pessoa há usar esse termo em resumo fazendo citação aos

observadores dos primeiros jogos olímpicos onde tudo observavam e procuravam conhecer

tudo que fizesse parte da vida humana.

A filosofia constituída se desenvolve na Grécia antiga quando os mitos já não mais

explicavam os fenômenos culturais, sociais e políticos daquele período da história onde

tornou as pretensões dos Gregos da época insuficientes na busca de seus conhecimentos e

nesse contexto os mitos foram perdendo espaço no mundo Grego na tentativa de explicar a

realidade.

Grécia Antiga
Antes do nascimento da filosofia os Gregos explicavam o mundo por meio de mitos

para conhecimento e compreensão do ser humano formulando assim sua visão de mundo com

muita imaginação assim elaboravam uma cosmologia ou estudo do universo para determinar

com narrativas humanas a origem do universo fazendo referência as crenças religiosas e

culturais dos povos que habitavam em toda a parte do mundo.

Mito

Mais propriamente mito seria um relato para tentar promover o discurso convincente

sobre a origem do mundo e sociedade grega daquela época baseado em falas particulares de

cada indivíduo vindos das experiencias religiosas de povos antigos tudo de modo oratório

sem qualquer tipo de investigação ou comprovação científica.

Naquele tempo a cultura grega compreendia isso como expressão particular do ser

humano de conhecer o mundo ao qual ele pertence e por ser uma manifestação pessoal de

cada pessoa não seguia um método específico de raciocínio que definia tal argumento como

verdade ou mentira onde uma interpretação vista somente pela observação não poderia

comprovar qualquer afirmação dita por qualquer discurso mitológico.

Umas das principais funções do mito nos povos antigos dentro de sua sociedade era de

serenar um mundo que nos causa aflição e angústia por esse meio as tradições que se

manifestavam nos rituais consistia em um ato de acalmar os eventos místicos servindo como

um uma técnica para garantir um comportamento contínuo de boa relação entre o ser humano

e a divindade.
Desta maneira o mito foi a tentativa de explicar a origem do ser humano tanto na

dimensão dentro e fora dele tendo a imaginação a operação predominante para avaliar

questões de todo o saber e conhecimento humano levando há uma busca de equilibrar sua

vida aqui na terra.

Mitologia Grega

Os Gregos como a maioria dos povos de seu tempo eram politeístas onde lá no monte

Olimpo muitos ali habitavam com forma humana, mas se diferenciando por serem imortais,

possuindo juventude eterna com poderes sobrenaturais tendo cada divindade um atributo

único ou especial responsável pela origem da vida humana.

Relatos dessas histórias não vieram de um único autor sendo produtos de tradição

folclórica ou cultural não podendo ser possível saber o início de seu conteúdo, uma das fontes

de conhecimento sobre mitologia grega que sei por nome é a obra Teogonia do autor Hesíodo

e Ilíada e Odisseia de Homero sendo considerados importantes poetas desse período em que

por eles passam a maior parte do conhecimento que se tem sobre a mitologia grega.

Contudo esses poetas não são os autores do que por eles foi escrito tendo apenas

registrado passagens da tradição recebida pelos povos que habitaram a Grécia desde o século

15 A.C.

A Trajetória do Mito ao Logos


Em debate dentre os estudiosos a filosofia foi a passagem da imaginação humana para a

razão no seu descobrimento em relação ao mundo que habitamos a partir daí entendendo esse

desenrolar devemos analisar duas maneiras de pensar: Forma e conteúdo, ou seja, a maneira e

o que está contido no pensamento do ser humano.

Analisando o paralelo que a mitologia dava para explicar os acontecimentos da vida

humana os primeiros filósofos chamados Pré-Socráticos questionaram a ideia de folclore

local juntamente com tradição oral e passaram a determinar elementos da natureza (PHYSIS)

dentro da vivência humana e construção do mundo.

Podemos considerar que a filosofia não rompeu seus laços com os mitos

definitivamente porque em ambos os pensamentos buscavam responder as mesmas perguntas

de modo que a mitologia buscava explicações do universo por ordem e fundamentos divinos,

por outro lado a filosofia buscava entender naquele período o universo pelo princípio

primeiro unificador da natureza chamado ARCHÉ (substância inicial de onde tudo deriva)

enquanto o mito se fundamenta na autoridade de quem fala tendo aceitação daquele que

escuta, porém a filosofia busca na crítica e investigação uma razão lógica para os

acontecimentos.

O Nascimento da Filosofia
A filosofia surge dentro da Grécia no período de 8 a 6 A.C para explicar tais mudanças

e fenômenos sociais, culturais, políticos e pensamentos da sociedade Grega da época pois os

mitos já não mais bastavam para saciar a curiosidade da população sendo assim pessoas mais

artísticas foram perdendo espaço no meio social não sendo mais a única fonte de

conhecimento da sociedade.

Assim o mito já sem expressão e força como meio de ferramenta para explicar a origem

humana perde aos poucos seu foco para o povo da Grécia e a filosofia vai sendo

experimentada mansamente em meio a cultura da Grécia e novas maneiras de compreender

agora já não somente o universo, mas também acrescentava a descoberta do sentido da razão

humana no seu modo de pensar mediante o comportamento humano tendo em pauta naquele

instante o estudo da origem do ser humano desde sua criação até a análise do próprio ser seu

humano junto a sua racionalidade ou pensamento.

Havia ali uma concentração de diversas culturas localizadas em colônias Gregas da

Jônia, principalmente em Mileto, berço da filosofia o que contribuiu para a Grécia nesse

momento porque essas colônias que ali estavam localizadas entre regiões estratégicas para

rotas comerciais importantes o sustento daquelas cidades onde constantemente recebiam

mercados e comercializavam seus produtos com outras partes do continente.

Sendo assim a troca de informações culturais e políticas ocorriam no meio Grego

acabando por falar também das questões míticas ou religiosas de cada nova população que

surgia para comercializar negócios em meio multiplicidade de novas concepções de mundo e

novos questionamentos que se iniciavam a partir do instante em que foram sendo constatados

várias versões da mesma história.


Assim a filosofia vem para os Gregos como um impacto para a sua visão do universo,

ser humano e natureza se diferenciando até então das narrativas míticas da Grécia Antiga

estando agora disponível o conhecimento do mundo para poucos escolhidos.

Tudo vai ser desde aqui em teoria para os Gregos como fonte de ser descoberto e

conhecido pelo ser humano apoiado em sua curiosidade vindo da observação usando sua

racionalidade para tal propósito colocado em uma explicação dentro da nossa realidade

encontrada nesse mundo já não mais pertencente há algo sobrenatural e inacessível.

Período Pré-Socrático (século 7 ao 5 A.C)

Naturalistas

Esse período da filosofia com seus primeiros filósofos buscava explicar a origem da

vida por meio da natureza como por exemplo a água independente dos padrões de divindades

e eventos sobrenaturais da época rompendo eles o sentido da mitologia grega pois

explicavam os acontecimentos do mundo por meio de elementos da natureza como base a

partir dela mesma sendo puramente naturais.


Chamados fisiólogos por Aristóteles foram os pioneiros para buscar a origem do

universo de modo puramente racional tem como objeto de estudo a PHYSIS (realidade

natural) acreditando os naturalistas que o elo de ligação da natureza estava todo dentro dela

e não fora sendo regida pela relação entre causa e efeito agindo tudo de modo coordenado

gerando sucessivas consequências novas após a anterior nascendo a partir dessa conjuntura a

ciência dos fisiólogos.

Os primeiros filósofos Gregos têm como base de questionamento da vida a natureza

tendo assim uma visão equivalente a tudo que se encontra presente nela segundo os

Naturalistas da antiga civilização Grega e o conjunto de filósofos era visto por completo,

porém não sendo um método sistemático de compreensão da lógica, ética, metafísica ou

física para o ser humano presente naquela sociedade do século 5 A.C sendo apenas no

entendimento dos filósofos Naturalistas a compreensão da natureza e não de pontos

específicos em termos científicos.

No entanto o pensamento racionalizado levou um tempo gradual até se desenvolver por

completo naquele período tendo que conviver com pensamentos míticos, mas com o

surgimento de algumas personalidades ao longo do tempo esse pensamento dos mitos foi

sendo descontruído com o aparecimento das colônias Gregas.

Dessa forma a explicação dos mitos e dos Pré-Socráticos abre espaço para novos

debates entre os Gregos onde o lado mítico quer revelar a origem humana por meio de relatos

onde um eleito é escolhido para falar sobre um relato não investigado pela razão humana e os

Pré-Socráticos querem justamente revelar suas descobertas por meio da racionalidade do ser

humano relacionando a natureza juntamente a PHYSIS (realidade natural - água, fogo, ar e

apeiron ou ilimitado) porém não usando a ciência para constatar tais pensamentos.
A linguagem da teoria Pré-Socrática é feita pela combinação dos fatos da natureza tais

como suas reações sem relação com o surgimento do universo fazendo com que os Deuses

mitológicos da antiga Grécia aos poucos fossem descartados do pensamento Grego que em

paralelo a isso colocava-se em questionamento a origem do movimento a partir para eles

dentro do que era entendimento como divindade reagindo a natureza coordenando assim todo

o seu equilíbrio.

O lado divino não desapareceu entre a sociedade Grega nos tempos Pré-Socráticos, no

entanto, o pensamento do povo em relação ao aspecto total de algo divino dentro daquele

período começou a modificado e pensado de outra maneira tendo aí nascido a filosofia para

daquele tempo até hoje onde a busca pelo saber e do conhecimento é vista como algo há

construir infinitamente o ser humano, a sociedade e cada etapa de nossa história com amor a

sabedoria.

O pensamento racional dos primeiros filósofos vem do debate dos chamados Pré-

Socráticos, porém o teor da conversa não vem de um fato inquestionável e sim naquilo que

gera questionamento carregando talvez inúmeras vezes algo que nunca se acaba ou ilimitado

vindo aí a vertente dos teóricos passando por relatos míticos.

As escolas Pré-Socráticas

Escola Jônica
Os filósofos da escola Jônica fundada por Tales de Mileto foram os primeiros a decifrar

os elementos básicos da natureza sobre uma dimensão climática dos mares, rios e mudanças

terrestres usando a água como elemento de constatação para a origem da vida humana

juntamente ao estudo do universo representando uma mudança de comportamento do ser

humano e Tales de Mileto abandonando a explicação religiosa para a origem da vida.

Deu início a pensamentos evolucionistas afirmando que a água por processos naturais e

observando atentamente as mudanças da natureza modificou o pensamento dos Fenícios

como forças autônomas, Tales viu percebeu a constante evolução das coisas da natureza

ligadas umas às outras que através de nossa percepção nos unimos a tudo que existe sendo

tudo um.

Posteriormente Anaxímenes de Mileto pertencendo a mesma escola de Tales de Mileto

aperfeiçoou tal teoria considerando que a natureza vem de algo criado, porém havendo

algumas definições afirmou que o ar diferente das ouras substâncias por inconsistência vinha

a ser fogo mudando para o estado líquido mudando para a água e tudo surge a partir daí em

constante movimento dando origem ao processo da transformação da vida.

Dentro de um panorama geral sobre o ponto de vista de todos os fenômenos climáticos

vindos da natureza eles se dissolviam sobre a matéria abandonando seu estado natural e

evoluindo ao decorrer de suas transformações temporais que posteriormente Anaximandro de

Mileto chegou as mesmas conclusões de cientistas de sua época com a teoria da gravidade

fazendo isso por observação juntamente a reflexão de que no mundo há um equilíbrio de

forças pela lei da gravidade e centrípeta (terra girando em torno do sol) e o sol faz surgir

criaturas de estrutura mais simples sob as águas que migram para a terra modificando

sua estrutura genética (teoria da evolução das espécies).


Heráclito de Éfeso era um pensador naturalista que tinha a teoria do “tudo flui” porque

dizia ele que o princípio de tudo é o movimento sendo que nada se mantém parado para tal

afirmação podemos pensar segundo a visão desse pensador de que por exemplo a natureza

não pode passar pelo mesmo estágio repetitivo devido ao impacto e velocidade da mutação,

pois esse também se afasta acabando por ficar mais recolhido na natureza.

Escola Itálica

Pitágoras seu fundador foi o primeiro a usar a matemática como uma ferramenta do

pensamento humano de modo sistemático mediante provas da nossa intuição e seu ensino em

relação a origem do universo diz que para tudo existe uma ordem baseado no movimento

circular da terra e das estrelas tendo em vista também a utilização das propriedades

numéricas.

Escola Eleata

Aqui está presente o filósofo Xenófanes onde ele combatia o antropomorfismo dizendo

que havia um único Deus que nada se parece com o ser humano sendo eterno, não gerado,

puro e imóvel, buscando Xenófanes a concepção da vida por meio da natureza intrínseca da

matéria a causa para todas as mudanças que nós somos a essência de todas as coisas sendo

um e o um sendo Deus.
Escola da Pluralidade

Tendo como princípio de que o mundo tem sua origem baseada nos quatro principais

elementos da natureza ar, fogo, terra e água que não mudam seus elementos, mas sim existe

uma mistura dessas composições segundo os Naturalistas sendo indestrutíveis Empédocles

dizia que sobreviveria o mais forte dentro do sistema natural do mundo.

Já Anaxágoras propôs uma ideia que ligasse a natureza as manifestações da realidade

humana afirmando que o universo se constitui pela ação do Naus (espírito, mente ou

inteligência) sendo ilimitado e independente não se misturando nada mais agindo a origem

de todas as coisas formando a realidade que hoje conhecemos.

Contribuições do pensamento filosófico ao estudo da natureza

Através desse processo histórico da filosofia citado até aqui adentrando o pensamento

mítico para o racional essa passagem já nos revela uma realidade lógica do mito baseado no

pensamento humano até determinado período de sua história, porém o lado filosófico na área

do saber e da razão incluindo o poder das lendas juntando ao convívio com outras culturas

condicionou o ser humano a desenvolver mais mecanismos de obter mais resultados

significativos para a existência da vida humana.


O pensamento filosófico vai além do óbvio buscando o conhecer mais do que se tem

interligado o ser humano a vida dentro do seu cotidiano em que é oferecido a ele o uso de

todos os seus estímulos sensoriais e racionais como por exemplo lógica, percepção,

imaginação, razão, consciência e outros refletindo sobre sua realidade desvendando os

mistérios mais profundos da vida utilizável em qualquer objeto ou pensamento.

Sofismo (Século 5 a 4 A.C)

Ele vem ainda antes da chegada de Sócrates que vai vivenciar os métodos de

ensinamento do Sofismo que era o debate sobre o conhecimento da verdade, liberdade, o

papel da linguagem tanto no saber quanto nas decisões morais e políticas, democracia e a

natureza humana do ponto de vista ético, a lei e a justiça não formando uma única doutrina

em seu pensamento.

Nesse cenário tal corrente filosófica surge com esses atributos de dialogar já com uma

sociedade bem mais desenvolvida socialmente já constituída pelas cidades Gregas

aperfeiçoando a democracia em seu contexto social aonde anteriormente como vimos na

Grécia Antiga tais conceitos morais, leis tradicionais e de ordem natural eram misturadas

sendo atribuídas a divindades sendo até a chegada dos sofistas insuficientes para o

desenvolvimento social da Grécia.


Consequentemente o grau de conhecimento intelectual aumentou na civilização e sua

exigência pelo conhecimento também enfatizando mais o crescimento sociopolítico das

cidades aparecendo a necessidade de novas ideias passando de um conhecendo mítico a

naturalística chegando ao sofismo não havendo por enquanto o debate ético-político

validando até determinado período ensinamentos anteriores aos dos sofistas sobre o

funcionamento da sociedade.

Com a chegada da fase clássica da Grécia essa mudança social e política trazida pelo

Sofismo começou a ser questionável os métodos de vida e seu funcionamento para a

sociedade Grega passando a não mais satisfazer os interesses da população aí então a filosofia

dos sofistas fez sentido para a cultura, vida, pensamento e funcionamento social dos Gregos.

Como eram também muito bem relacionados com outros povos de seu tempo a Grécia

conhecia costumes e leis de diversas civilizações próximas a ela onde tinha uma rota

comercial muito forte e de bom sustento para o desenvolvimento de suas cidades então

passaram a considerar corretos e convenientes tais outras ideias de outros povos para o

pensamento dos Gregos.

Ocorreu no período Grego da democracia o sofismo havendo também o auge das

possibilidades humanas, isto porque, a Grécia havia vencido a batalha contra os Persas que

pretendiam dominar seu território em uma escala militar de soldados muito inferior

numericamente se comparado ao império Persa da época deixando uma ideia de que tudo

havia sido conquistado pelo homem por fim tendo Atenas como o local de visita onde se

dirigiam intelectuais e artistas sendo o cenário perfeito para a ideia de Protágoras de que o ser

humano é a medida de todas as coisas.


Os legisladores da democracia Grega preparavam a parte escrita de suas leis, mas que

em paralelo a isso não reconheciam como algo genuíno em relação ao discurso humano

deixando uma lacuna para o preenchimento escolha natural das decisões humanas, porém a

sofistica vai mexer com essa estrutura.

Os sofistas discursavam ser detentores de uma nova moral afirmando saber preparar os

cidadãos Gregos para seu convívio na sociedade referente a política, ética e conduta do

indivíduo sendo os padrões civis da época e sua utilidade a palavra como realização de

debates sociais.

Havia na democracia Grega dois princípios fundamentais que eram a isonomia, ou seja,

a igualdade de todos perante a lei e a outra era a isegoria, isto é, o direito de todo o cidadão

de expressar minuciosamente sua opinião em público sendo levada em consideração na hora

da decisão coletiva daí toda a necessidade da retórica ou argumentação através da palavra

segundo o que os sofistas ensinavam.

Em geral a sofística era defensora da democracia pois proporcionava o prestígio dos

discursos, argumentos e palavras voltadas ao convencimento das ideias sendo recorrente na

sociedade a discussão então os sofistas defenderam o modo tradicionalista discutindo se a

sociedade (leis, costumes, organização social, tradição) entre outros, era de natureza humana

ou mero favorecimento a ele próprio.

A ideia dos sofistas estava espalhada na sociedade Grega dos séculos 5 e 4 A.C não

podendo nós afirmarmos que o sofismo era um sistema filosófico pois seus pensamentos

eram discordantes entre seus pensadores na sua raiz.


Sócrates e os Sofistas

Diferentemente dos sofistas que cobravam caro pelos serviços de oratória para melhor

compreendimento dos cidadãos dentro de uma sociedade baseada em sua democracia

Sócrates oferecia seu produto gratuitamente como forma de expansão do conhecimento

humano e sua moral em meio aos questionamentos sociais da época e a conduta de cada

indivíduo.

O panorama dos sofistas era achar que sabiam de todas as respostas para as pessoas

sobre diferentes pontos de vista, porém Sócrates afirmava que não tinha todo o conhecimento

sobre o ser humano e quando alguém se apresentava as pessoas dizendo que já sabia de tudo

Sócrates usava a famosa frase “Sei que nada Sei” como forma estratégica de ensinar e

precaver o ser humano de ser detentor de toda a verdade plena e absoluta da existência.

Ao se posicionar diante da sua estratégica falta do Saber Sócrates abria espaço para o

diálogo e novos conhecimentos humanos sendo contrário a posição didática da autoritária da

retórica e oratória do ensinamento dos sofistas ressaltando que a aparente ignorância de

Sócrates era o seu imenso desejo do conhecimento sobre todas as coisas fazendo com que seu

talvez seu interlocutor fosse capaz de fazer desaparecer e saciar a curiosidade de Sócrates

manifestando suas dúvidas e espantos do seu tempo.

Os sofistas por sua vez procuravam responder somente a retórica que eles entendiam

conhecer sobre base da argumentação com técnicas aos seus discípulos para convencer

pessoas a persuadir outras com uma oratória avançada com alto padrão intelectual buscando

uma única verdade sem poder de questionamento independente do grau de entendimento e

temperamento de quem os procurava.


A fala positiva e vitoriosa dos sofistas não se conectava a possibilidade de

questionamento ou um fato surpreendente e se compararmos os discursos socráticos e sofistas

não vemos um ponto de convergência no discurso de ambos porque um seguia sempre por

uma visão questionadora e o outro determinava uma verdade sem que houvesse outro

caminho para determinado fim.

O pensamento socrático se cruzava aos sofistas, porém ambos seguiam em direção

oposta e essa discordância é o ponto de partida da filosofia para a expressão do debate sobre

alto teor discursório estabelecendo a dinâmica do diálogo entre uma conversa e outra.

O único elemento do debate que relacionava suas teorias é que uma parte queria

convencer a outra sobre sua verdade gerando a polêmica filosófica de quem tem a razão ou de

um possível impasse, na visão de Sócrates o convencimento vinha da própria parte que fazia

a pergunta onde ele direcionava a resposta presente no próprio ser humano, porém para os

sofistas o argumento era válido sem qualquer regra desde que a fala fosse satisfatória para

convencer o indivíduo que em outras palavras para o sofismo o fim justificava os meios e

para Sócrates todo processo era válido do começo ao fim.

Período Socrático ou Clássico

Período também chamado de Clássico, teve como principal foco as questões

relacionadas ao ser humano. Discutiam-se questões sobre a alma, virtudes e vícios. Nessa

fase, a democracia se estabeleceu na Grécia. Os principais nomes desse período foram:

Sócrates e Platão.
Sócrates e Platão

Sócrates não escreveu nada de seu próprio punho deixando apenas discípulos e

admiradores para contarem sua história onde quem mais fala sobre Sócrates segundo os

registros históricos é Platão narrando suas conversas com o seu mestre sendo Sócrates um

homem simples e público segundo as narrativas contadas por seu discípulo com base nas

falas com outras pessoas.

Sócrates não cobrava nada pelo seu ofício conversando com pessoas de todos os níveis

sociais de sua época, porém não era qualquer assunto que cabia nas discussões que ele tinha

com os outros indivíduos porque o que Sócrates conversava era sobre o aparente

desconhecimento do seu ouvinte.

A partir desse momento ele demonstrava sua própria falta de conhecimento sobre todos

os seus próprios questionamentos e assuntos que outras pessoas já se intitulavam

conhecedoras de toda a verdade onde Sócrates ao reconhecer sua falta de saber era mais sábio

que aqueles outros que julgavam já saber de tudo, provando em seu tempo muitas das razões

e pensamentos deveriam ser consertados.

Em seus diálogos a causa para se chegar a conceber uma ideia e construir os conceitos

era reconhecer que não sabia de nada justamente para confrontar as concepções ditas como

uma única e verdadeira ao passo de fazer com as projeções humanas andassem por diferentes

modos e vivencias do saber.


Em um primeiro momento Sócrates fazia uma análise daquilo que queria saber sobre o

assunto em questão conduzindo a fala de modo a fazer novos questionamentos em cima das

afirmações de seu ouvinte a ponto de fazer com que quem mostrasse certeza naquilo que

dizia se perdesse por completo em seus conceitos afirmativos até suas ideias não fazerem

mais sentido como únicas e absolutas.

Por meio das perguntas Socráticas juntamente as afirmações do indivíduo fazia com

que quem afirmasse tal pensamento não mais reconhecesse seus diálogos como verdades

irrefutáveis, sendo a grande cartada de Sócrates que em sua ironia fazia o ser humano

levantar sempre novos questionamentos onde ele já considerava ter todas as respostas.

A segunda etapa do método Socrático consiste em pegar fragmentos das perguntas

destruídas colocando em debate a afirmação do ouvinte formulando assim novos conceitos

querendo Sócrates que o intelectual de seus discípulos gerasse sempre novas ideias tendo em

vista que ela sempre esteve presente no ser humano.

Para atingir tal conhecimento Sócrates acreditava que era preciso superar todos os

sentidos humanos e tudo que se vê aqui na terra alcançando vidas passadas já concebida no

mundo e nas ideias antecessoras a vida humana mostrando também em seus debates a

ignorância humana em afirmar que conhecia tudo para em seguida mostrar a verdade que

seus ouvintes queriam possuir sendo a filosofia de Sócrates.

Platão e a Academia
Platão equipava virtude ao conhecimento estando a coragem ao lado da razão, portanto

ela deveria dominar o indivíduo porque para Platão tem o poder de analisar e direcionar a

pessoa para níveis de clareza e consciência mental chamando o que se dá na alma como

educação sendo o Espírito a busca pelo bem sendo a finalidade total de todos os seus atos.

Assim a filosofia realizada na academia de Platão era pela oralidade, a vida comunitária

regida pelos discursos, diálogos e educação da alma e a formação Platônica baseava-se no

método Socrático e a matemática (fonte de Pitágoras) sendo que a matemática nos fornece

ordem e harmonia nos dando olhar natural para a formação do mundo.

Platão sofreu desilusões com a política diante da corrupção e violência do sistema

humano constatando que ela é muito distante da filosofia sendo incomparáveis pois ele via a

filosofia como a regente de todas as coisas a nível pessoal e público para um governo em uma

cidade justa podendo ser concretizado se os governos fossem filósofos.

A academia tinha o objetivo de transformar o amor para o caminho do bem em uma

atitude completa e radical para se tornar virtuoso inteiramente podendo pensar em algo

comum com a filosofia é que o filósofo escreve atingindo a alma do leitor liberando o

conhecimento universal refletido em cada um de nós de modo diferente, mas sendo ele

sempre vivo e nunca arrancado de nossas mentes e de si mesmo nós tomamos a consciência

da realidade por isso havendo nas conversas um ponto de ligação onde há superação de

visões diferentes ocorrendo também uma liberdade de pensamento ou expressão.

A vida intelectual é um ressignificado para uma nova vida buscando ser livre de

qualquer culpa moral ou a busca cada dia por novos méritos que contemplem a capacidade

plena de adquirir novos conhecimentos ininterruptos tomando a forma lúcida sobre as

verdades eternas fora da doutrina e ilusões do mundo.


Nas questões da virtude o conhecimento oculto não muda nos atos apenas fornecendo

os motivos, mas não modifica a intenção da essência humana que é boa, porém para haver tal

interferência é necessário que nosso lado mais íntimo tome conhecimento para analisar o grau

de consequência que aquela motivação trará a pessoa caso concretize sua ação e é na conduta

do ser humano que ele opera sua virtude sendo na atitude está o fundamento da nossa moral,

porém o conceito só tira o que já está presente dentro do indivíduo.

Platão considerava filósofo aquele que impacta a alma do ser humano por esse motivo

atribuindo muita importância a oralidade podendo os escritos em papel passíveis de muitas

interpretações gerando muitas reações estando ela simplesmente registrada em um papel por

isso nossa alma não identifica palavras, mas sim ela decifra sua origem e fala pelos nossos

sentidos.

Uma palavra escrita precisa ser sentida pelo dom dos nossos sentimentos revelados nos

mais profundos desejos humanos onde ali tudo é contido estando resguardado refrigerado por

nossos pensamentos triturando a base de nossa alma nos diferenciando de outros seres

humanos não capazes de entender por completo nosso íntimo por escrita ou palavras, mas por

tudo aquilo que é dito e feito por cada um de nós.

Período Sistemático

Filosofia Aristotélica
A filosofia de Aristóteles foi crítica em relação ao seu antecessor Platão onde a

principal contestação dele foi o dualismo Platônico que falava em unir o lado sensorial

humano com o mundo físico que conhecemos através das ideias, porém Aristóteles

contestando uma possível conexão de dois mundos pela oratória afirmava não haver um

ponto de ligação onde só existe esse mundo que conhecemos.

Para resolver tal problema Aristóteles partida por um novo caminho dizendo que o

indivíduo possui duas substâncias que não se associam chamadas a matéria (HYLE – marca

da particularidade) e forma (eidos - princípio que determina a matéria proporcionando

uma essência e universalidade).

Sendo assim para Aristóteles todos os indivíduos têm o mesmo princípio que determina

sua origem se diferenciando na questão das características de cada um sendo a forma

imutável e perfeita como dito por Platão, mas não vem de outro mundo sendo parte da

peculiaridade de cada um sendo a HYLE, Aristóteles ainda fala que não existe ideias

inocentes como acreditava Platão onde o intelecto humano pelo meio abstrato separa a

característica humana do princípio da sua origem.

Aristóteles também ignora o conhecimento já desde o nascimento adquirido de modo

natural não provado ou experimentado posteriormente por nossas próprias ações ou

experiencias de vida com outros indivíduos que para ele o que é conhecido por nós vem por

meio das sensações de modo que o intelecto não há tenha absorvido antes.

Agora depois de todo esse processo do saber ele vai mais além e usa a técnica ou arte

usada no termo TECHNÉ que significa saber o porquê, como e de que modo tudo é

construído na formação das pessoas baseado em regras que permitam produzir determinados

resultados dando a possibilidade de ensinar uns aos outros que para Aristóteles conhece a

TECHNÉ nos deixa em um nível mais aperfeiçoado do que apenas conhecer a técnica.
Aristóteles

Antropologia e a Ética Aristotélica

Para alguns estudiosos a concepção antropológica dele de 3 tradições que influenciaram

seu pensamento que era jônica (cujo foco era colocado sobre a natureza), tradição

Socrática (onde predominava o lado intelectual e por último a sofística (voltada a

retórica, cultura e persuasão) porque em sua própria análise Aristóteles faz referência ao

período clássico ou anterior a Sócrates e ao mesmo tempo do novo período iniciado por ele.

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