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FILOSOFIA E SUAS ORIGENS.

Professor. Alison E. D. Sipauba


Termo Filosofia surgiu na Grécia Antiga para denominar a busca de homem
na construção do conhecimento e para o entendimento do que está ao seu redor
(natureza, humanidade etc).
Foi por meio da preocupação em formular um conhecimento, por meio das
condições intelectuais dos seres humanos que a palavra filosofia surgiu. No sentido
etimológico da palavra, Filosofa é a junção de duas expressões gregas:
Philía: Amor / Sophia: Conhecimento. Ou seja, “Amor ao Conhecimento”
Nesse Contexto, fazer Filosofia é se colocar na posição de “dúvida”, ou melhor, é
questionar o que acontece ao nosso redor, uma vez que, somente com a dúvida que iremos
encontrar as respostas. È por meio de hábito de se fazer perguntas que podemos encontrar a
verdade sobre algo ou sobre alguma coisa.

OS CAMPOS DA FILOSOFIA:
Lógica:
O estudo da forma e da estrutura do próprio pensamento; procurando assim, o método ideal de
raciocínio, análise e pesquisa.
Metafísica:
É o campo mais complexo da Filosofia. Pois compreende o estudo da realidade última das coisas, da
natureza do ser, da mente humana, do conhecimento, dos sentidos, das relações entre o homem e a matéria.
Analisa as definições, essências e conceito de todas as coisas. Quando questionamos sobre o “que é” ou “o
que pode ser” alguma coisa,
Estética:
Quando abordamos questões sobre a finalidade da beleza para o ser humano, ou seja, a natureza do
“belo”. Ou seja, é o estudo das formas de representações e das considerações sobre o belo, sobre as artes e
demais formas de expressão de cultura.
Ética:
Estuda os valores e atos humanos; busca estabelecer os princípios e a conduta justa.
Política:
Estuda as formas de como o homem se organiza em espaços públicos e de como seria uma
organização social ideal.

Enfim, o ato de filosofar envolve, fundamentalmente, uma mudança de postura diante da vida,
descartando as explicações que nos foram impostas como verdadeiras e estabelecendo novas regras ao jogo.
Passamos a ver o mundo de maneira diferente, com um olhar mais atento e certeiro.
Conhecendo além dos aspectos superficiais das coisas, principalmente sua razão de ser, com certeza
estaremos mais próximos de uma condição de vida mais livre. De posse dessa condição, podemos lutar pela
dignidade humana ou nos tornarmos criaturas passivas, omissas, indiferentes. Todas essas possibilidades
dependem, em última análise, do amor que temos pela vida e do respeito que nutrimos por nós mesmos.
Para trabalhar a questão de quando viveu um filósofo,
deve ser considerada a sua posição na clássica divisão da
História da Filosofia:
Filosofia Antiga, Filosofia Medieval, Filosofia
Moderna e Filosofia Contemporânea. Além disso, mesmo
respeitando essa tradição, convém considerar a especificidade
de cada autor, evitando generalizações. Importa, aqui, levar em
conta o contexto histórico-social em que viveu o pensador.

A REALIDADE FILOSÓFICA GREGA: MITOLOGIA.


Mito são narrativas utilizadas pelos povos gregos antigos para explicar fatos da realidade e
fenômenos da natureza, as origens do mundo e do homem, que não eram compreendidos por eles. Os mitos se
utilizam de muita simbologia, personagens sobrenaturais, deuses e heróis. Todos estes componentes são
misturados a fatos reais, características humanas e pessoas que realmente existiram.
Mito, do grego mýthos, é uma narrativa tradicional cujo objetivo é explicar a origem e existência das
coisas. Esse foi o recurso utilizado durante anos para explicar tudo o que existe no Universo. Desta forma,
foram criados mitos para explicar a origem dos homens, dos sentimentos, dos fenômenos naturais, entre outros.
O mito era considerado uma história sagrada, narrada pelo rapsodo - que supostamente era a pessoa escolhida
pelos deuses para transmitir oralmente as narrativas.
Filosofia (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria») é o estudo de problemas
fundamentais relacionados à existência, ao conhecimento, à verdade, aos valores morais e estéticos,
à mente e à linguagem. Ao abordar esses problemas, a filosofia se distingue da mitologia e da religião por sua
ênfase em argumentos racionais; por outro lado, diferencia-se das pesquisas científicas por geralmente não
recorrer a procedimentos empíricos em suas investigações.

O "Milagre Grego"
O chamado "milagre grego" tem referência a uma transição
relativamente rápida da consciência mítica para a consciência
filosófica na Grécia Antiga. Os gregos possuíam uma forte tradição
oral pautada nas narrativas dos mitos, o que dava conta de construir o
pensamento coletivo e sua leitura de mundo.
A partir do final do século VII a.C., surge a filosofia como a
atitude de explicar o mundo de forma lógica e racional. Durante muitos anos, considerou-se essa passagem da
mitologia para a filosofia como algo sem muita explicação, um milagre.
Entretanto, não foi propriamente um milagre o que levou os gregos a filosofar. Uma série de fatores
afetaram o contexto grego e culminaram nessa mudança:
• o comércio, as navegações e a diversidade cultural;
• o surgimento da escrita alfabética;
• o surgimento da moeda;
• a invenção do calendário;
• o surgimento da vida pública (a política).
Todos esses fatores reunidos tornaram possível que os gregos buscassem um conhecimento mais
desmistificado que se aproximasse das questões humanas. Encontraram na razão humana, uma ferramenta
para a construção de um novo tipo de conhecimento.
Através do pensamento metódico e regrado oferecido pela razão, os gregos passaram a racionalizar as
questões práticas do cotidiano e encontrar uma certa ordenação das coisas e do universo.

FILOSOFIA E O ATO DE FILOSOFAR


O surgimento da Filosofia se deu na Grécia, mais precisamente com a formação da pólis - cidade-
Estado grega. Lá, os cidadãos discutiam política em público, tentando chegar à melhor forma de organização
da sociedade.
Isso motivava o uso do raciocínio, da reflexão. Com o tempo, as pessoas não discutiam apenas
política, mas se indagavam acerca de vários aspectos, o que levou ao crescimento da investigação.
Desta forma, a transição entre o pensamento mítico e o pensamento racional aconteceu de forma
progressiva. Os filósofos pré-socráticos buscaram nos elementos da natureza a resposta sobre as origens. Saiba
mais em Filósofos Pré-Socráticos.
O que Mito e a Filosofia têm em comum? É que ambos buscam explicar as origens, sendo basicamente
essa a característica que os aproxima. Vejamos, entretanto, quais as suas diferenças.

MITO FILOSOFIA

Fantástico, imaginário Verdadeiro, real

Sobrenatural Natural

Inquestionável Questionável

Fantasia, incoerência Razão, coerência

Irracional Lógico
Até a Idade Média não havia diferença entre Filosofia e Ciência. Com o desenvolvimento da análise
e investigação, todavia, surgiram a Matemática, a Química, a Geografia, a Sociologia, enfim, as diversas áreas
científicas. A Filosofia é, assim, a origem para todas as ciências.

OBRAS MITOLOGICAS
Hesíodo foi um grande poeta grego que viveu no século 8 a.C. Sua obra mais conhecida é a Teogonia,
que nos conta como o mundo surgiu a partir dos primeiros deuses, seus amores e suas lutas. Teogonia significa
"o nascimento dos deuses". Ela constituía, com os poemas de Homero, a cartilha na qual os gregos aprendiam a
ler, a pensar, a entender o mundo e a reverenciar o poder dos deuses. De certa forma, a Teogonia é o mais antigo tratado
de mitologia grega que chegou até nós.
Homero foi um poeta da Grécia Antiga que nasceu e viveu no século VIII a.C. É autor de duas das
principais obras da antiguidade: os poemas épicos Ilíada e Odisséia.

Obras atribuídas a Homero:

Ilíada – poema épico grego, considerado o mais antigo da literatura ocidental. São 15.693 versos que narram
os acontecimentos do último ano da Guerra de Tróia (cidade chamada de Ilion pelos gregos). A Ilíada é um
poema épico cuja autoria é atribuída a Homero, poeta grego, do século VIII a.C. Nesta obra, o autor descreve
a Guerra de Troia (entre gregos e troianos) em vinte cantos. Na Ilíada, Homero conta o penúltimo ano desta
guerra, que durou dez anos.
Esta obra é uma das mais importantes da antiguidade. Não retrata fielmente a guerra, pois foi escrita quatro
séculos após o fato, mas é um ótimo relato histórico sobre a cultura, o comportamento e a vida cotidiana dos
gregos antigos. Aquiles, Heitor, Ulisses e Agamenon são os principais personagens deste poema.
Homero utilizou a cultura oral (histórias que o povo contava) para escrever esta obra.

Principais personagens lendários que aparecem na Ilíada:

- Helena: esposa de Menelau, foi sequestrada por Paris, um dos filhos do rei de Troia.
- Paris: filho do rei Príamo de Troia
- Menelau: rei lendário grego (esposo de Helena).
- Eneias: um dos mais importantes chefes militares de Troia.
- Aquiles: herói grego e principal guerreiro que participou da Guerra de Troia.
- Ulisses: herói lendário da mitologia grega.

Odisséia – são 24 cantos que narram a viagem de volta do herói grego Odisseu (Ulisses) da Guerra de Tróia.
São 10 anos de aventuras até chegar na Ilha de Ítaca, onde era rei. A Odisseia é a continuação da Ilíada, que
conta acontecimentos míticos da Guerra de Troia. A guerra só terminou graças a uma artimanha de Ulisses: o
cavalo de Troia.

CURIOSIDADES
Além da Ilíada, é atribuída a Homero a obra Odisseia, onde é retratado o retorno dos gregos de
Troia para a Grécia. Eles passam por diversas aventuras, enfrentando ciclopes, sereias e outros personagens
da mitologia grega.

Período Pré-Socrático
Os primeiros filósofos buscaram encontrar uma ordem na physis (natureza)
Os primeiros filósofos, conhecidos como filósofos da
natureza (physis) ou filósofos pré-socráticos foram os
responsáveis pelo estabelecimento da filosofia como área do
conhecimento.
Buscaram estabelecer princípios lógicos para a formação
do mundo. A natureza desmitificada (sem o auxílio das
explicações míticas) era o objeto de estudo.

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