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Somos bons? E os outros?

Plano de Aula 1 - Hobbes

Nome do Professor:
Vitor Paiva Werchez 8992928

Disciplina: Turma:
Sociologia 2° Ano – E. Médio

1. Texto principal
RIBEIRO, J. S. P. Os Contratualistas em questão: Hobbes, Locke e Rousseau.
Prisma Jurídico, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 3-24, 2017.

2. Abordagem e Metodologia
Teórico-prática. Com enfoque na metodologia Freiriana, em que o docente
relaciona a realidade do aluno com a matéria, sendo um mediador no processo de
aprendizagem, na geração da autonomia do aluno, em busca das próprias
respostas.

3. Conteúdo e Desenvolvimento
Para começar a abordar os teóricos políticos contratualistas e suas
diferentes percepções, junto realizar a leitura do capítulo 1 (Constituindo o Estado
Moderno) e do capítulo 2 (Thomas Hobbes), do texto: “Os Contratualistas em
questão: Hobbes, Locke e Rousseau”, de Josuel Stenio da Paixão Ribeiro, que faz
uma esclarecedora introdução sobre o tema e discorre sobre a teoria de Hobbes,
que enxerga o homem de natureza egoísta, visto que o próprio estado de natureza

deu a cada um o direito a tudo; isso quer dizer que, num estado
puramente natural, ou seja, antes que os homens se comprometessem por meio
de convenções ou obrigações, era lícito cada um fazer o que quisesse, e contra
quem julgasse cabível e por tanto possuir, usar e desfrutar tudo que quisesse ou
pudesse obter. Ora, como basta um homem querer uma coisa qualquer para que
ela já lhe pareça boa, e o fato dele a desejar já indica que ela contribui, ou pelo
menos lhe parece contribuir, para sua conservação […], de tudo isso então
decorre que, no estado de natureza, para todos é legal ter tudo e tudo cometer. E
é este o significado daquele dito comum, “a natureza deu tudo a todos”, do qual
portanto o entendemos que, no estado de natureza a medida do direito esta na
vantagem que for obtida. (HOBBES, 2002, p. 32).

E também que

o estado de natureza não é caracterizado pela sociabilidade, mas por seu


contrário: a guerra de todos contra todos. A agressão, real ou possível, gera de
início o medo, e em seguida o impulso para sair do medo mediante um pacto
baseado na renúncia de cada indivíduo aos próprios direitos naturais.
(GINZBURG, 2014, p. 19).

Dessa forma, é importante o aluno começar a relacionar e entender como


essa teoria foi fundamental para a concepção de Estado como legitimo monopólio
da força, visto que numa “guerra de todos contra todos”, o mais importante seria
pactuar um Contrato Social para exercício da confiança mútua. E relacionar a
influência dessa teoria do “homem ser o lobo do homem”, da noção de Leviatã, na
construção e idealização de Estados autoritários e monarquias que eclodiram no
mundo ocidental.
Esse debate é importante para trazer o aluno para o cerne do assunto. A
partir do momento que questionamos a natureza da nossa própria bondade,
maldade, e esse inquietante exercício se expande para nossos conhecidos e quem
amamos, o assunto se torna insaciável, produtivo e relacional. Um ótimo momento
para aplicação dos exercícios.

4. Habilidades previstas

Habilidade Geral: Compreender que a humanidade só existe na alteridade e a


importância do respeito pelas diferenças e nas relações.

Objetivos Conceituais:

⮚ Refletir sobre estado de natureza;


⮚ Compreender o conceito de ‘Contrato Social’ e como ele está em nosso
cotidiano;

Objetivos Atitudinais:
⮚ Conscientizar sobre as diferentes formas de entender e significar o mundo,
os elementos da natureza e suas relações;

⮚ Incentivar e conscientizar sobre opiniões, visões de mundo diferentes e o


respeito entre as mesmas;

5. Exercícios

Exercício 1

Para Hobbes, o poder deve ser:


a) distribuído de maneira igualitária entre toda população;
b) das assembleias populares;
c) da Igreja;
d) do Estado; (x)

Exercício 2

1. Segundo o autor, o estado de natureza é um ótimo momento para conciliar


interesses

Portanto

2. Qualquer tipo de Contrato Social se faz desnecessário

a) Ambas são verdade. E a 2 justifica a 1;


b) Ambas são verdade, mas a 2 não justifica a 1;
c). Ambas são mentira; (x)
d) 1 é mentira e a 2 é verdade, mas não se justificam;

Exercício 3

“Leviatã”, obra de Hobbes que faz referência a um ser bíblico, se relaciona com a
ideia de um Estado:

a) autoritário; (x)
b) liberal;
c) anarquista;
d) comunista;
Exercício 4
Dentro da concepção de Hobbes, um rei representa:

a) A lei e o corpo social; (x)


b) A vontade da nobreza;
c) O interesse da monarquia;
d) NDA;

Exercício 1
Thomas Hobbes entendia o estado de natureza de forma egoísta e caótica.
Descreva mais e melhor esse modo dele de enxergar a sociedade e seus
desdobramentos (Contrato Social).
R:

Exercício 2
Como você acha que entender a visão do Hobbes pode te ajudar a entender e
significar o mundo? Você concorda com o autor?
R:

Exercício 3
Nas próximas aulas, veremos 2 outros contratualistas: qual você acredita que seja
a diferença nas teorias deles? Como você acredita que essas diferenças podem
impactar na política e organização social?
R:

6. Referências Bibliográficas

GINZURG, Carlo. Medo, reverência, terror: Quatro ensaios de iconografia política


tradução Federico Carotti, Joana Angélica d’Avila Melo, Júlio Castañon Guimarães — 1a
ed. —São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

HOBBES, T. Do cidadão (1642), Trad. Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Martins
Fontes, 1992. (Coleção Clássicos).

RIBEIRO, J. S. P. Os Contratualistas em questão: Hobbes, Locke e Rousseau. Prisma


Jurídico, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 3-24, 2017.

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