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Principais ideias

Temos dois aspectos para apresentar como centrais na obra


hobbesiana, sendo um do campo da Filosofia teorética e outro da
Filosofia prática. No campo teorético, Hobbes era um empirista,
defendendo que não há qualquer tipo de representação mental
anterior à experiência. Porém, a grande produção filosófica do
pensador está ligada à Filosofia prática, ou seja, à Filosofia política.
No campo político, o inglês defendeu:

O estado de natureza humano como momento de inaptidão natural


para a vida social;

A sociedade como uma composição complexa de “átomos”, que são


os indivíduos;

O contrato social como formação da comunidade humana que retira


o homem de seu estado de natureza;

A necessidade da monarquia para estabelecer a ordem entre as


pessoas."
Contrato social

Hobbes parte do pressuposto de que houve um momento hipotético


em que os seres humanos eram selvagens e viviam em seu estado
natural. Para ele, esse momento era caótico, pois o ser humano é,
para Hobbes, naturalmente inclinado para o mal. Segundo o
filósofo, os seres humanos precisam da intervenção de um corpo
estatal forte, com leis rígidas aplicadas por uma monarquia forte,
para que eles saiam de seu estado natural e entrem no estado civil.
Hobbes afirma que, em seu estado de natureza, “o homem é o lobo
do homem”.

O estado civil seria a solução para uma convivência pacífica, em


que o ser humano abriria mão de sua liberdade para obter a paz no
convívio social. O monarca, argumenta o filósofo, pode fazer o que
for preciso para manter a ordem social. A propriedade privada, para
Hobbes, não deveria existir e a monarquia é justificada pela sua
necessidade como garantia do convívio seguro."

Obras
As principais obras de Thomas Hobbes são:

De Cive: primeira parte de uma trilogia composta por livros que


falam sobre a condição humana em seu estado natural, por meio da
liberdade, a religião e o governo.

De Corpore: a segunda parte de sua trilogia é um livro que envolve


Filosofia e Ciências Naturais. Nele, o filósofo fala
sobre a necessidade de se entender o movimento como cerne do
trabalho filosófico.

De Homine: fala sobre as paixões humanas e sua inclinação natural


que pode levar à promoção da guerra.
Leviatã
A obra mais conhecida de Hobbes é Leviatã, ou matéria forma e
poder. Nela, Hobbes escreve sua teoria política contratualista de
maneira mais completa. Um fator interessante que envolve a escrita
desse livro é que Hobbes o escreveu e publicou em inglês, ao
contrário do que fez com seus outros livros e do que era feito na
época, quando era comum entre os intelectuais escrever seus livros
em latim. O objetivo desse feito era que a população inglesa, em
meio à crise da monarquia, pudesse ler e entender a necessidade
da instituição monárquica na formação política da sociedade.

O leviatã é um monstro marinho descrito no antigo testamento, que


tem como caraterística o seu tamanho e sua força imensos, e a
ideia de que ele protege as criaturas marinhas menores e mais
frágeis. O Estado, para Hobbes, sob sua forma monárquica, seria
um leviatã que protegeria os seres humanos, criaturas frágeis, da
própria maldade humana."

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