Você está na página 1de 9

1° Grupo

FILOSOFIA POLITICA NA IDADE MODERNA

A Filosofia moderna surge no inicio do século XVI e termina no fim do século XVIII período
Extremamente rico em acontecimentos políticos.

A época moderna, em síntese, apresenta três características fundamentais:

a) A libertação do Homem em relação às explicações teológicas da realidade, através da


razão;
b) A libertação do Homem dos regimes ditatoriais, através da democracia;
c) A libertação do Homem da dependência da natureza, através da técnica.

Esta triplica característica que dita a Emancipação do Homem fez com que os filósofos
pensassem sobre os temas tradicionais da filosofia política.

 NICOLAU MAQUIAVEL (1469-1527)

Maquiavel viveu em Florescia no tempo dos Medici. Esteve preocupado com a Itália que estava
dividida em principados e Contados e que cada um possuía seus os próprios guerreiros
(Soldados).

Maquiavel, que aspirava ver a Itália Unificada, esboça a figura do príncipe capaz de
promover um estado forte e estável.

Em sua Obra ‘’O príncipe’’, Maquiavel desenhou em linhas gerais o Comportamento de um


príncipe capaz de unificar a sua Itália.

Para tal, Maquiavel parte dos pressupostos de que os homens, em geral, seguem
cegamente as suas paixões, esquecendo-se mais depressa da morte do pai do que da perda do
património.

As paixões referidas, são alem da cobiça e do desejo do prazer, a preguiça, a insolência


entre outros.

Por isso que para Maquiavel torna-se imperioso que o governante da republica prepare as leis
segundo o pressuposto de que os Homens são réus. E que o príncipe deve impor-se mais pelo
termo do que pelo amor, para alcançar seus objectivos: preservar a sua vida e do Estado. Porem,
adverte que não deve esquecer a sua reputação.

 THOMAS HOBBES (1588-1679)


Inglês, Oriundo de uma família pobre, conviveu com a nobreza, na qual recebeu apoio e
Condições para estudar, e defendeu fortemente o direito absoluto dos reis, ameaçado pelas novas
tendências liberais. Preocupou-se com a problemática do conhecimento e da política.

Para Hobbes, a origem do Estado é fruto de contrato social, decorrendo de conflitos entre os
indivíduos. Na sua óptica, o Homem conheceu dois estados:

 Primeiro é natural e segundo Contratual

Para Hobbes os interesses egoístas, fazem com que o homem torna-se um lobo para o outro
homem (Homem homini lúpus). As disputas geram uma guerra de todos contra todos.

O medo e o desejo de paz levaram o homem a fundar um Estado social e autoridade política,
abdicando os seus direitos em favor do soberano, que, por sua vez, terá um poder absoluto.

 JOHN LOCKE (1632-1704)

Igualmente Inglês e Contemporâneo do Hobbes, era descendente de uma família Burgueses


comerciante. Interessou-se também, para além dos gneseologicos, pelos problemas políticos.

A Contribuições de Locke encontra-se registada principalmente na sua Obra “ Dois


tratados sobre o Governo’’.

Tal como Hobbes, Locke distingue dois Estados em que o Homem terá estado :

 Estado de natureza e o Estado Contratual.

Este difere do primeiro na Concepção do Estado de natureza. Para Locke, no estado de natureza,
os homens são livres, iguais e independentes, e não um estado de guerra de todos contra todos,
como cada um é juiz em causa própria.

Pela Liberdade natural do Homem ele não pode ser expulso da sua propriedade e ser submetido
ao poder politica de outrem sem dar o seu consentimento.

A renúncia à liberdade natural da pessoa acontece quando as pessoas concordam em


juntar-se e unir-se em Comunidade para viver com segurança, conforto e paz umas com as
outras. Deve ser aços de todos.

Portanto, quem abandona o estado de natureza e entra na comunidade abandona todo o


poder necessário aos fins que ditaram a reunião em sociedade, à maioria da comunidade, a
menos que concordem expressamente num número maior do que a maioria.

Para Locke, uma sociedade política surge do assentimento de qualquer número de homens livres
capazes de constituírem uma maioria para se unirem e incorporarem tal governo do mundo.
 CHARLES DE MONTESQUIM (1689-1755)

Pensador reconhecido no saber enciclopédia e pai do Constitucionalismo Liberal moderno.

Escreveu em 1748 a sua obra “ L’Esprit de Lois (O espírito das Leis). Nesta obra,
Montesquim define como tipos sociólogos fundamentais do Estado, a democracia, a
monarquia e o despotismo e apresenta as leis constitutivas de cada um nos vários sectores da
vida humana.

O grande mérito de Monterquim, em política, foi o de ter desenvolvido a conhecida


teoria de separação de poderes, em que advoga a separação dos poderes Legislativos,
Executivos e Judiciosa, com fim de dividir as funções entre os órgãos do Estado (Parlamento,
governo e tribunais).

Esta divisão impede que alguém deles actue despoticamente. O Poder Legislativo tem a função
de criar as leis. Este papel é desempenhado pelo parlamento.

O Poder Executivo tem a função de implementação das leis e de as fazer cumprir e esse papel é
desempenhado pelo governo, nas suas múltiplas

O Poder Judicial serve para julgar aqueles que se encarregam dessa tarefa.

Esta Separação de poderes deve ser cumprida.

 JEAN-JACQUES ROUSSEAU (1712-1778)

Rousseau nasceu em Guarnecer, na Suíça, e viveu a partir de 1742 em Paris, onde fervilhavam as
Ideias Liberais que Culminaram na Revolução Francesa em 1789.

Conquistou a amizade de Diderot, Voltaire, entre outros, e que se tornaram conhecidos como
enciclopédia que divulgava os novos, ideias, saber: tolerância religiosa, Confiança na razão livre,
oposição à autoridade excessiva, naturalismo, entusiasma pelas técnicas e pelos progressos.

Rousseau faz a sua reflexão política nas suas obras “O discurso sobre a Desigualdade entre os
Homens e o Contrato Social”

Partindo da hipótese de o homem se ter encontrado num estado de natureza e num outro Estado
de natureza.

O Controlo social, para ser legítimo, deve ser fruto do consentimento de todos os membros da
sociedade. Cada associado aliena-se totalmente, isto é, renuncia a todos os seus direitos a favor
da comunidade.
2° Grupo

FILOSOFIA POLITICA NA IDADE COMTEMPORANEA

 HEGEL E O HEGELIANISMO

É de altear que se falar da Filosofia Politica Contemporânea sem referir Hegel é procurar
dificultar a compreensão da Filosofia Politica na nossa época.

A Filosofia do Estado de Hegel resume-se à subordinação do indivíduo ao Estado, no qual este


se dissolve em nome de uma ordem suprema. Para Hegel, o indivíduo, no Estado, é um simples
objecto e não o sujeito do seu destino. A sua vontade é sufocada pela vontade do Estado e o
indivíduo perde a sua liberdade.

 JOHN RAWLS

O pensamento politico do Filosofo norte-americano encontram-se patentes nas suas obras “ uma
teoria de Justiça de 1971” e “O Liberalismo Politico”.

A obra “Uma teoria de Justiça “ esta dividida em três partes. A primeira parte trata das teorias, a
segunda das instituições e a terceira dos fins.

Para Rawls, a Justiça é a estrutura de base da sociedade e a primeira virtude das instituições
virtuais. Ainda para ele, uma sociedade justa deve fundar-se na igualdade de direitos. A justiça
não pode ser deduzida partir das concepções de bem difundida na sociedade, porque se alia ao
utilitarismo.

Assim, a justiça deve ser encarada como a capacidade concedida a pessoa para escolher os seus
próprios fins. Rawls sabe que, na estrutura de base, os homens ocupam posições diferentes, o que
origina desigualdade em termos de posição social.

Por isso, a justiça em de corrigir estas desigualdades. A definição dos princípios da nova
organização social deve ser feita a luz de “ véu de ignorância”, para que ninguém efectue
escolhas em funções da sua situação pessoal de desigualdade. Portanto, a Justiça em Rawls deve
ser entendida como equidade.

Para Rawls, os princípios da Justiça devem ser classificados em ordem lexical e, por
consequência, a liberdade não se pode limitar se não em nome da própria liberdade.

Há dois casos a referir:

a) Uma redução da liberdade deve reforçar o sistema total da liberdade que todos partilham
b) Uma desigualdade só deve ser aceitável se servir para beneficiar os cidadãos menos
favorecidos.
Surge então, o princípio da diferença, com a finalidade de limar com as desigualdades,
organizando-as, na condição de todos beneficiarem, principalmente os desfavorecidos. Para
isso, o Estado deve dividir-se em quatro departamentos:

 Departamento da estabilização;
 Departamento das transferências sociais;
 Departamento para a repartição;
 Departamento das atribuições.

 KARL POPPER (1902-1994)

Karl Raimundo Popper nasceu em 1902, em Viena, na Áustria. Estudou Matemática, Física,
Filosofia, Psicologia e Historia da Musica.

Deu aulas no ensino Secundário e participou nos encontros de café do círculo de Viena.

Escreveu a “Lógica da Descoberta Cientifica”em 1934. Por ser de descendência Judaica, foi
vítima da perseguição Nazi e viu-se a encontrar um refúgio. Em 1937 fugiu para a Grã-Bretanha.
Entre 1938 a 1946, deu aulas de Filosofia na Universidade de Nova Zelândia, tendo escrito,
nesse período, as suas obras políticas “Pobreza do Historicismo e A Sociedade Aberta e os
seus inimigos”.

Depois, regressou a Grã-Bretanha e manteve a sua carreira Universitaria.

As principais obras de Popper são as seguintes:

 Lógica da Descoberta Cientifica (1934);


 A Sociedade Aberta e os seus inimigos (1943);
 Pobreza do Historicismo (1944);
 Conjecturas e Refutações; O Crime do Crescimento do Conhecimento Cientifico (1963);
 Conhecimento Cientifico, um enfoque Evolucionário (1973);
 Sociedade Aberta. Universo Aberto (1982);
 Para um Mundo Melhor (1989).

Pensamento Politico

Condicionado pelo Terror Nazi, de que foi Vitima, Popper reflectiu sobre a génese e
Fundamentação ideológica dos regimes totalitários.

Devido as suas investigações, chegou a conclusão que tais regimes (Totalitários) foram
idealizados por Platão, Hegel e Marx, baseando-se na visão destes Filósofos sobre o
Historicismo.

Popper Concebe duas Sociedades: Sociedade Fechada e Sociedade Aberta.


 A Sociedade Aberta, baseia-se no exercício crítico da razão Humana, como sociedade
que não apenas tolera mas também estimula no seu interior e por meios de Instituições
Democráticas a Liberdade dos indivíduos e dos grupos, tendo em vista a solução dos
problemas sociais, ou seja, as reformas Continuas.
 A Sociedade Fechada, é uma sociedade totalitária concebida organicamente organizada
tribal mente segundo normas não modificáveis.
Por fim, nas suas principais ideias Popper diz que a única atitude justificável para atingir
a verdade é através do diálogo, o Confronto de ideias por meio não violentos.
3° Grupo
FORMAS DE SISTEMA POLITICOS
Sistema Politico é a maneira como uma Comunidade Politica se estrutura e exerce o
poder político. A estrutura do poder de uma Comunidade Politica é feita de duas formas:
 Como Regime Politico e;
 Como Sistema de Governo.

Regime Politico refere-se as relações que se estabelecem entre o indivíduo e a sociedade


política, cuja ideologia o poder político tem a missão de complementar no âmbito Jurídico.

Sistema de Governo concerna a titularidade e à estruturação do poder político, com a finalidade


de determinar os seus titulares e órgãos estabelecidos para o seu exercício.

 REGIMES POLITICOS

O pensamento político clássico impõe a monarquia à república.

 Monarquia – governo de um só homem;


 Republica – governo de um colégio ou assembleia.

Actualmente, a distinção entre monarquia e república baseia-se no modo como é designado o


chefe do Estado.

 Monarquia – é o regime político em que a designação do Chefe do Estado se faz por


herança.
 Republica – é o regime politico em que a designação do chefe do Estado se faz por
formas diversas, por eleição directa dos cidadãos ou pelos seus representantes, por golpe
de estado, por legislação, etc.,, as não por herança.

Os regimes políticos classificam-se em Ditatoriais ou Democráticos.

O regime é Ditatorial quando:

 Há uma ideologia exclusiva ou liderante;


 Há um aparelho para impor a ideologia;
 Não há uma efectiva garantia dos direitos pessoais dos cidadãos;
 Não existe livre participação na designação dos governos;
 Não existe u, controlo dos exercícios dos governantes.

O regime é Democrático quando:

 Não existe uma ideologia dominante ou liderante;


 Não existe um aparelho para impor a ideologia;
 Existe uma efectiva garantia dos direitos pessoais dos cidadãos;
 Existe livre participação na designação dos governantes;
 Existe um controlo do exercício das funções dos governantes.

Por sua vez, os regimes ditatoriais subdividem-se em: autoritários e totalitários.

 SISTEMA DE GOVERNO

Os sistemas de governo se dividem em:

 Ditatoriais e Democráticos

O sistema de governo ditatorial subdivide-se em: Monocrático e Autocrático

 Monocrático quando o poder é exercido por um órgão singular.


 Autocrático quando o órgão é exercido por um órgão colegial, por um grupo ou por um
partido politico.

O sistema de governo democrático classifica-se em: Directo, Semidirecto e Representativo.

 Democrático Directo – a assembleia-geral dos cidadãos exerce integralmente as suas


funções (só é aplicável em pequenos Estados).
 Democrático Semidirecto – a constituição prevê a existência de órgãos representativos
da soberania popular através de um referendo (Consulta ao povo através da votação de
alguma ideia em discursão).
 Democrático Representativo – o poder político pertence a colectividade, mas é exercida
por órgãos que actuam por autoridade em nome dele e tendo como titular indivíduos
escolhidos como intervenção dos cidadãos que a compõem.

FILOSOFIA POLITICA EM AFRICA


 GENESE DO NACIONALISMO

A Filosofia Politica Africana esta estruturalmente ligada ao Pan-Africanismo. O Pan-


Africanismo, alem de lutar pelo reconhecimento dos negros no mundo, traçou, principalmente
com Du Bois, linhas para uma Filosofia Africana.

Por Filosofia Africana entende-se o Conjunto de pensamentos relativos a emancipação e


ao reconhecimento do homem negro, quer dentro do seu continente quer fora dele.

A Filosofia Politica Africana Contém o Pensamento de Vários autores e tem como


objectivo a libertação física e psíquica do jogo Colonial do Continente Africano.

N° 5 Congresso Pan-Africano, que teve lugar em Manchester, em Inglaterra, em 1945, Du Bois


Passou o testemunho Politico a N’Krumah. Daquele momento em diante, as principais figuras da
Filosofia Africana seriam Nkrumah e Senhor. Estes dois homens esforçaram-se por lançar as
bases da Politica do Estado Africano.

Você também pode gostar