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Estudantes: Bianca Sales, Vitória Freitas, Paulo Henrique e Kauã Isidoro.

Biografia de Thomas Hobbes


Thomas Hobbes (1588-1679) foi um teórico político e filósofo inglês. Sua obra de
maior destaque é "Leviatã", um tratado político cuja ideia central é a defesa do
absolutismo e a elaboração da tese do contrato social.
Sua teoria a respeito da origem contratual do estado exerceu grande influência no
pensamento dos filósofos Jean-Jacques
Rousseau, Immanuel Kant e dos enciclopedistas.

Teorias e Obras:
● Do Cidadão (1642)
● Leviatã (1651)
● De Corpore (1655)
● De Homine (1658)

Livro Leviatã:
"Leviatã" é uma obra escrita por Thomas Hobbes, publicada em 1651, durante um
período conturbado na história da Inglaterra. Neste livro, Hobbes defende a ideia de
um contrato social que justifica a formação de um governo soberano com poder
absoluto. Ele utiliza a metáfora do Leviatã, um monstro bíblico gigantesco, para
representar esse poder soberano. Segundo Hobbes, os indivíduos concordaram em
abdicar de parte de sua liberdade natural em troca de proteção e segurança
proporcionadas pelo governo.
Hobbes argumenta que, sem um governo forte, a vida dos seres humanos seria
solitária, pobre, desagradável, brutal e curta, devido à constante guerra e
insegurança. Assim, o Leviatã representa o poder estatal necessário para garantir a
ordem e a estabilidade social. Essa obra teve um impacto significativo no
pensamento político e influenciou muitos filósofos e teóricos políticos posteriores.
Thomas Hobbes e sua obra "Leviatã". Hobbes foi um importante filósofo político do
século XVII, conhecido por suas ideias sobre o contrato social e a natureza do poder
político. Em "Leviatã", ele argumenta que, em um estado de natureza, os seres
humanos vivem em um constante estado de guerra e medo, devido à competição
por recursos limitados. Para resolver esse problema, Hobbes propõe a formação de
um governo soberano com poder absoluto, a quem ele chama de Leviatã, que
garantiria a paz e a ordem social. Sua visão do contrato social e da necessidade de
um governo forte exerceu grande influência no desenvolvimento da teoria política
moderna.
Capítulo 1:
Sensação
Demonstra um olhar ao indivíduo de forma única, sem generalização, e que cada
um vive a partir da sensação, ou seja, em medida de sua percepção.
E a partir do nascimento da sensação, vem o apetite, desejo, aversão e ódio. E
explica que o anseio do ser humano é praticar o bem, entretanto mostra que o bem
e o mal são relativos e podem mudar em medida de quem os emprega.
Assim demonstra que o ato de “desejar” não é mais do que um ato derradeiro.
Nos mostra que a felicidade está sujeita à realização de nossos desejos, após isso o
autor demonstra a distinção do animal para com o homem, devido sua inteligência
e comportamento. O conhecimento é algo recorrente na vida do homem devido a
busca pelo porquê e como é isso se aguça a religião e a ansiedade do futuro.

Capítulo 2:
Da Imaginação
Neste capítulo o autor discute a natureza humana e a origem do pensamento.
Hobbes argumenta que a imaginação, ou seja, a capacidade de formar imagens
mentais, é derivada da sensação. Ele compara o movimento observado nas partes
internas do homem, como quando vê ou sonha, com o movimento dos corpos
físicos, e discute a natureza da imaginação e da sensação diminuída. Hobbes
também explora a relação entre a sensação e a percepção, e como isso se
relaciona com a percepção da realidade. No capítulo, o autor estabelece as bases
para sua visão da natureza humana e da mente, fundamentais para seu argumento
sobre o papel do Estado e da sociedade na busca pela paz e pela ordem.
Capítulo 4:
Da Linguagem
Quanto à definição e importância da Linguagem:
“Mas a mais nobre e útil de todas as invenções foi a da linguagem, que consiste em
nomes ou apelações e em suas conexões, pelas quais os homens registram seus
pensamentos, os recordam depois de passarem, e também os usam entre si para a
utilidade e conversa recíprocas, sem o que não haveria entre os homens nem
Estado, nem sociedade, nem contrato, nem paz, tal como não existem entre os
leões, os ursos e os lobos.” (HOBBES. pág. 16)
Quanto à finalidade:
“A linguagem serve para a recordação das consequências de causas e efeitos,
através da imposição de nomes, e da conexão destes.” (HOBBES. pág.17)
Hobbes destaca a importância da linguagem como a mais nobre invenção humana,
fundamental para a comunicação de pensamentos, registro e transmissão de
conhecimento ao longo do tempo. Ele enfatiza que a linguagem não apenas permite
a interação social e a formação da sociedade, mas também desempenha um papel
crucial na busca pelo conhecimento verdadeiro, através da definição precisa dos
termos e da reflexão individual sobre as ideias expressas.

Capítulo 5:
Da Razão e da Ciência
“E na procura da verdade tais discursos não podem ser admitidos.
A sétima aos nomes que nada significam, mas que se tomam e aprendem por
hábito nas escolas, como hipostático, transubstanciar, consubstanciar, eterno agora
e outras semelhantes cantilenas dos escolásticos.
Para aquele que sabe evitar estas coisas não é fácil cair em qualquer absurdo, a
menos que seja pela extensão do cálculo, no qual pode talvez esquecer o que ficou
para trás. Pois todos os homens por natureza raciocinam de forma semelhante, e
bem, quando têm bons princípios. Quem é tão estúpido a ponto não só de cometer
erros em geometria como também de persistir neles, quando outra pessoa lhos
aponta?” (HOBBES. pág.21)
Quanto ao como a razão é obtida:
“Por aqui se vê que a razão não nasce conosco como a sensação e a memória,
nem é adquirida apenas pela experiência, como a prudência, mas obtida com
esforço, primeiro através de uma adequada imposição de nomes, e em segundo
lugar através de um método bom e ordenado de passar dos elementos, que são
nomes, a asserções feitas por conexão de um deles com o outro, e daí para os
silogismos, que são as conexões de uma asserção com outra, até chegarmos a um
conhecimento de todas as consequências de nomes referentes ao assunto em
questão, e é a isto que os homens chamam ciência. E enquanto a sensação e a
memória apenas são conhecimento de fato, o que é uma coisa passada e
irrevogável, a ciência é o conhecimento das consequências, e a dependência de um
fato em relação a outro, pelo que, a partir daquilo que presentemente sabemos
fazer, sabemos como fazer qualquer outra coisa quando quisermos, ou também, em
outra ocasião.
Porque quando vemos como qualquer coisa acontece, devido a que causas, e por
que maneira, quando causas semelhantes vierem ao nosso poder, sabemos como
fazê-las produzir os mesmos efeitos.” (HOBBES. pág.22)

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