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Entenda a
gênese do pensamento político
moderno
Redação Brasil Paralelo
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De acordo com eles, os homens eram livres — podiam fazer o que quisessem —
e eram iguais, possuíam as mesmas possibilidades e as mesmas limitações.
Thomas Hobbes
Thomas Hobbes afirmou que o homem podia tudo no estado de natureza. Por
ser plenamente livre, se quisesse algo, empreenderia todos os meios necessários
para alcançá-lo.
Na visão de Hobbes, o ser humano é mau por natureza. Seus desejos e prazeres
buscam realizar o mal sem se importar com as consequências.
Por não haver regras, nem autoridades para impor a ordem, o mais forte
subjugava o mais fraco, que se via de todo impotente perante a injustiça. Se os
desejos humanos se cruzassem, a barbárie imperaria.
Foi nesse contexto que Hobbes proclamou sua famosa frase: “O homem é o lobo
do homem”.
Por ter tamanho poder sobre todos os homens, Hobbes chamou o Estado de
grande Leviatã (nome dado na Antiguidade a um monstro gigantesco, com
aparência de crocodilo).
Seu principal livro, onde desenvolve as ideias aqui resumidas, chama-se Leviatã.
Jean-Jacques Rousseau
Em sua teoria, Rousseau afirma que a vida no estado natural era boa, sem
conflitos, que o homem vivia sozinho e realizado.
Rousseau não sabe como nem por que os homens realizaram o contrato social,
ele não consegue demonstrar como era a vida no estado de natureza.
Em seu principal livro, Do Contrato Social, Rousseau escreve:
John Locke
Sua posição pode ser vista como um meio termo entre Rousseau e Hobbes.
Para Locke, existem 3 direitos dados pela natureza que nenhum homem pode
modificar:
Vida;
Liberdade;
Propriedade.
Para que o homem não viva em constantes conflitos, onde o mais forte sai
vencedor independente de estar certo ou não, o ser humano constitui o governo
para alcançar a justiça.
Segundo Locke:
Para Locke, o Estado deve interferir o mínimo possível na vida das pessoas,
apenas para garantir que os 3 direitos básicos sejam respeitados.
Crítica ao método
Rousseau, no início de sua principal obra, Do Contrato Social, afirma o seguinte:
Ele tratou a base de todas as suas teorias apenas com esse parágrafo.
Neste parágrafo, porém, ele admite ignorar como aconteceu o contrato social.
Este é o ponto mais importante do pensamento destes autores, uma vez que tal
pacto é o que impediu os homens de serem felizes e trouxe o mal ao mundo,
segundo Rousseau. Segundo Hobbes e Locke, o pacto é o que legitima o poder e
as ações do Estado da forma que eles pregam.
Rousseau não comprovou a tese histórica de que o homem vivia livre e feliz
antes da vida em sociedade, havendo perdido tudo isso por causa da
propriedade privada.
Em Lógica, estuda-se que se a premissa estiver errada, tudo que dela se segue
também está errado.
Para os críticos, se a proposição de que o contrato social acabou com a felicidade
do homem primitivo não for verdadeira, todas as soluções e argumentos de
Rousseau em todas as suas obras estão erradas. O que falta ao argumento é uma
base que seja real.
Sem a base histórica, resta aos contratualistas apenas sua opinião, sua
suposição ou ideia.
Ademais, o ser humano não adquire qualquer tipo de conhecimento que não seja
passado por outra pessoa que antes já o possuía.
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Estes, que vivem no estado mais natural que se pode encontrar no mundo
moderno, em conjunto com o que a historiografia demonstra acerca dos mais
antigos homens, possuem:
Conflitos — aqueles que vivem no estado natural, não são bons selvagens como
Rousseau afirmou. De acordo com os registros históricos, os índios e os esquimós e
as sociedades mais antigas também tiveram sérios conflitos.
Essas realidades demonstram o contrário do que foi visto nas principais ideias
dos contratualistas.
Uma discussão na sala de aula do professor Peter Kreeft demonstra essa questão
(retirado do livro É razoável crer?, de Alfonso Aguiló. Ed. Quadrante, SP, 2007.):
Conta Peter Kreeft, um grande escritor e professor
americano, que, um dia, ao dar uma das suas aulas
de ética, um aluno lhe disse que a Moral era uma
coisa relativa e que ele, como professor, não tinha o
direito de ‘impor-lhe os seus valores.
Para grande parte dos que se opõem a um relaxamento moral, ao não aceitar os
limites impostos pela natureza das coisas e pelos valores transcendentais, as
tragédias podem se tornar justificáveis.
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natureza?
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