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Principais representantes do empirismo britânico: Francis Bacon, Thomas Hobbes, John Locke, George
Berkeley e David Hume.
T. Hobbes – para ele, tudo tem existência material (ciência dos corpos):
Para ele, bem é aquilo que desejamos alcançar, aquilo que nos agrada e mal é aquilo do qual
queremos fugir, aquilo que nos desagrada, nos ameaça. Assim, o valor fundamental para cada indivíduo
seria a conservação da vida. Assim, se o bem e o mal são relativos, determinados pelos homens, como
será possível essa convivência?
Na época em que viviam, como todos eram absolutamente iguais e livres, viviam num chamado estado de
natureza e medo. Assim, os homens se viram obrigados a abandonar essa liberdade e estabelecer um
acordo, um pacto ou contrato social, o qual teria dado origem ao Estado.
Em sua teoria hipotética, Hobbes concluiu que o homem, embora vivendo em sociedade, não possui o
instinto natural de sociabilidade, como afirmava Aristóteles. Cada homem encara seu semelhante como
concorrente, que precisa ser dominado. Onde não houve o domínio de um homem sobre o outro, existirá
sempre uma competição intensa até que esse domínio seja alcançado.
A consequência obvia dessa disputa infindável entre os homens em estado de natureza foi gerar
um estado de guerra e de matança permanente nas comunidades primitivas. O homem é o lobo do
homem.
Para dar fim à brutalidade social, haveria a necessidade de os homens firmarem um contrato entre si,
pelo qual cada um transferia seu poder de governar a si próprio para um terceiro – o Estado – para que
governasse a todos, impondo ordem, segurança e direção à conturbada vida social.
Leviatã monstro bíblico citado no livro de Jó. Refere-se ao Estado, criação monstruosa do homem,
destinado a pôr fim à anarquia e ao caos da comunidade primitiva.
John Locke – “pai do iluminismo”. Foi adversário ferrenho do absolutismo. Era contrário a Descartes
(afirmava que o homem possui ideias inatas). Para ele, nossa mente, ao nascer, é como uma tábula rasa,
sem nenhuma ideia. Nela, passa a ser escrito a cada experiência sensorial (não há nada em nossa mente
que não tenha passado antes pelos nossos sentidos.
Locke levou suas teorias sobre o conhecimento humano para o campo sociopolítico: assim como não há
ideias inatas, também não deveria existir um poder inato (ou de origem divina), como defendiam os
adeptos do absolutismo monárquico.
Defendia que o poder social deveria nascer de um pacto entre as pessoas. As leis, por sua vez,
deveriam expressar as normas estabelecidas pela própria comunidade que, através do mutuo
consentimento das pessoas, escolheria a forma de governo mais conveniente ao bem comum.
Enquanto Hobbes imagina um estado de natureza marcado pela violência e pela guerra de todos
contra todos, Locke faz uma reflexão mais moderada. Refere-se ao estado de natureza como uma
condição na qual, pela falta de uma normatização geral, cada qual seria juiz de sua própria causa, o que
levaria ao surgimento de problemas nas relações entre os homens. Para evitar esses problemas, é que o
Estado teria sido criado. O Estado teria a função de garantir a segurança dos indivíduos e de seus direitos
naturais, como a liberdade e a propriedade (Segundo tratado sobre o governo).
Jean-Jacques Rousseau – glorifica os valores da vida natural, ataca a corrupção, a avareza e os vícios
da sociedade civilizada. Exalta a liberdade que o homem selvagem teria desfrutado na pureza de seu
estado natural, contrapondo-o à falsidade e ao artificialismo da vida civilizada.
Do contrato social – investiga não só a origem do poder político e se existe uma justificativa válida para os
homens terem submetido sua liberdade ao poder político do Estado, mas também qual a condição
necessária para que o poder político seja legítimo.
Defende a tese de que o único fundamento legítimo do poder político é o pacto social, pelo qual cada
cidadão, como membro de um povo, concorda em submeter sua vontade particular à vontade geral. Isso
significa que cada homem, como cidadão, somente deve obediência ao poder político se esse poder
representar a vontade geral do povo ao qual pertence. O compromisso de cada cidadão é com o seu
povo, e somente o povo é a fonte legítima da soberania do Estado.
Rousseau define o pacto social nos seguintes termos: cada um de nós põe sua pessoa e poder
sob uma suprema direção da vontade geral e recebe ainda cada membro como parte indivisível do todo.
Unindo-se a todos, cada cidadão só deve obedecer às leis – que, por sua vez, devem exprimir a vontade
geral. Assim, respeitar as leis é o mesmo que obedecer à vontade geral e, ao mesmo tempo, é respeitar a
si mesmo, sua própria vontade como cidadão, cujo interesse é o bem comum.