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Biobibliografia
Thomas Hobbes nasceu em Westport na Inglatera no ano 1588, século XVI e morreu
1679, século. XVII. Foi um pensador matemático além de filósofo e teórico político.
Estudou os clássicos e com 14 anos traduziu Medeia, escrita por Eurípedes, mas foi aos
15 anos que entrou na universidade em Oxford, onde aprendeu lógica e filosofia. Entre
1608-1610 foi tutor de Lord Hard Wich com quem viajou pela Itália e se fixou na
França. Nessa Época começou a estudar as obras de Galileu, Kepler e Euclides e teve
influência decisiva na formação de suas ideias filosóficas partindo deles. Numa época
em que a situação política anunciava uma guerra civil, Hobbes, sustentou violentos
debates sobre suas ideias, uma vez que estava a favor do poder real.
Foi autor de obras como: De Cive (1645), defende nesta obra que a igreja e o estado
formam um mesmo corpo e seria o monarca quem teria o direito de interpretar as
escrituras para além de decidir sobre questões religiosas isto é, o Estado é de certa
forma superior a Igreja. Esta consideração fez com que a sua obra fosse censurada pela
igreja. Publicou a famosa obra Leviatã (1651) onde defende a monarquia absoluta, a
razão disso advêm da experiência vivida por ele em sociedade. No entender de Hobbes (
:3-4) o homem é Deus do outro homem e que o homem é lobo do homem. O primeiro é
verdadeiro se compararmos os cidadãos entre si; e o segundo se cotejamos as cidades.
Desta forma, pode-se entender que o homem é um ser completo, isto é, dotado de
qualidades que podem ser socialmente exercidas na polis, em contrapartida, esse mesmo
homem vira lobo do outro homem em busca da sobrevivência. De Corpore (1655) nesta
obra reduzia a filosofia aos estudos dos corpos em movimento. Para além da obra De
Homine (1658) onde tratou especificamente do movimento envolvido no conhecimento
e apetite humana.
Na sua visão contratualista o estado deve deter todo o poder, só assim é que é possível
organizar a sociedade. Deste modo, a ordem se impõe ao caos. Hobbes (apud Cultrera)
propõe um contrato social como meio de salvaguardar a vida dos cidadãos, propõe a
substituição do estado de natureza pelo estado de sociedade, a proposta é que os homens
renunciem as suas vontades egoístas e apresentem a um representante ou monarca que
decidirá pelo bem comum de todos. Criando um Estado que garanta segurança e tirando
o homem da condição de guerra de todos contra todos, portanto, a razão natural requer
que abdiquemos as nossas próprias vontades, por causa do medo da guerra os homens
submeteram-se ao estado.
3. Estado absolutista
Entende-se por absolutismo o sistema político que define o poder absoluto do monarca
sobre o estado, uma vez que este, não abre espaço para uma possível partilha de poder,
pois, “… deveria, portanto, reconhecer que todo conflito é, no fundo, um conflito de
crenças…” (HOBBES, 2003 :32). A disposição natural do homem não é para vida
harmónica em sociedade, mas sim é regida pelo egoísmo e pela busca de auto
preservação e por isso não existiam fundamentos para a justificação da sociedade, deste
modo surge o Leviatã que empunhará “com tanta ênfase […] que as leis da natureza
são contrárias a nossas paixões naturais, as quais nos fazem tender para parcialidade,
o orgulho, a vingança […] e os homens não tiram prazer algum […], isso, quando não
existe um poder capaz de manter a todos em respeito” (HOBBES, 2002 :30). Dito isto,
pode-se notar que sendo o homem mau, egoísta por natureza, precisa abdicar-se dos
seus direitos de natureza renunciando a sua liberdade original em prol da convivência
pacífica. Transferindo a um leviatã o direito de governar, surgiria a sociedade política
organizada e expressada na pessoa de soberano porque o que é absoluto na transferência
do direito de governar ao Leviatã é a renúncia irrevogável à transferência, isto é, uma
vez renunciado e transferido ao soberano não há reversão, por via disso, o poder do
Leviatã seria ilimitado uma vez que estabelece e salvaguarda a paz comum e segurança
social, viria com ele as noções do bom e justo moralmente, isso com o surgimento das
leis. E o poder do súbdito, de obedecer, é limitado.
4. CONTRATO SOCIAL
O autor sugeriu que para que reine a paz e as pessoas possam viver em paz, deve-se
criar um fundamento racional para que tudo isso acabar. Ele propôs o seguinte: para
melhor estancar-se essa guerra dever-se-ia compreender como o homem vivia
antigamente antes de viver em sociedade, esse tal estado que o homem vivia o Hobbes
chama de estado de Natureza. Na filosofia política Hobbes distingue dois tipos de
estado da humanidade que são: estado natural e estado Contratual.
ESTADO NATURAL
Esse estado de natureza, o homem vive em estado de guerra de todos contra todos, ‶ No
Estado natural não há paz, não há felicidade, não há tranquilidade reina a «guerra de todos
contra todos», na qual cada um se porta em relação aos outros como um verdadeiro lobo″
(HOBBES apud IEDA 2013:36) Então para que o homem viva em paz, é necessário que se
faça um contrato social, (por abordar já a seguir)
ESTADO Contratual
O que de certo modo paira sobre a relacao entre os individuos é a questao ligada ao
poder, este poder está associado a questão da liberdade que, na possessão de todos vai
gerar uma oposição que implica a que todos sejam perdedores, isto no que se chama de
estado natural. Se afirmamos que todos os homens são naturalmente providos de
liberdade e poder de agir tanto quanto a sua vontade permitir, podemos inferir por via
disso que existe ausência da propriedade, podendo tudo ser todos e simultaneamente de
niguem. Este estado de igualidade faz com que a necessidade de posse perante essa
igualidade entre os homens seja iminente, e nas palavras de Hobbes ,,Se todos possum o
poder entao ele nao significa nadaˮ. E neste sentido a ideia do conflito entre os
homens caracteriaza a condicao humana devido a igualidade de poder existente entre
estes. O poder aqui existente não é na sua essencia para se usar contra o outrso, mas é
usado perante situações que colocam o homem a ver o outro como obstáculo para o
alcance dos seus objectivos pessoasis.
Num ambiente de extremo medo e hostilidade e igualidade, propõe-se como saída deste
clima a cedencia de poder, isto para criar a desigualidade como forma de garantir a paz
e seguranca. daí que o poder politico temo seu surgimento fruto da necessidade de
estabilidade. Os homens vão aliienar e não delegar o seu poder para um soberano, e os
limites do poder do soberano tem o seu fim no dia em que os homes prefirerem morrer
do que continuar a obedecer o soberano.
Tendo em conta a configuração do poder político. Visto que a alienação do poder foi
fruto de um pacto entre as pessoas, pode-se considera-lo por alguns como um
absolutista e para outros como um liberal. O primeiro assenta-se no facto da
independência e o poder de acção no poder político que é conferido ao presidente, e o
ultimo baseia-se no facto deste poder ser fruto de um processo "democrático". O poder
político
No que diz respeito a forma de Governo, Hobbes defende a Monarquia, porém não no
mesmo sentido das monarquias absolutas tradicionais., na concessão do poder por um
ser transcendente mas sim na ideia segundo a qual o poder só pode ser eficiente se for
exercido de forma absoluta.
HOBBES, THOMAS. (2003). Leviatã. Trad. João Paulo Monteiro e Maria Beatriz
Nizza Da Silva. Martins Fontes, São Paulo.