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KW: Lutero, bíblia como referência, ilegítimo toda instituição cuja conduta não esteja em

conformidade com as escrituras, precursor da relativização da soberania, Locke.

A relação entre a Reforma Protestante e a Guerra dos Camponeses é tema de longo debate. Um
ponto de vista tradicional sobre o assunto é que a Guerra dos Camponeses é resultado direto da
doutrina da liberdade espiritual de Martinho Lutero e da aplicação de suas ideias como justificação
religiosa para um levante social e político. É fato que Lutero forneceu aos líderes camponeses
valiosas ferramentas: seu foco na ideia da sola scriptura enfatiza o sacerdócio de todos os crentes e
seu reforço à ideia de que organizações sociais que contrariem a lei de Deus não comandam
obediência do povo e servem de justificativa para revoltas.

KW: Sobre a justificativa com base na qual Bodin defendeu aa ilimitação do poder real. Ver Robert
Filmer.

na mesma linha de pensamento de santo Tomás de Aquino, Jean bodin afirmava ser a monarquia
o regime mais adequado à natureza das coisas. Argumentava que a família tem um só chefe, o
pai; o céu tem apenas um sol; o universo, só um Deus criador. Assim, a soberania (força de
coesão social) do Estado só podia realizar-se plenamente na monarquia.
...

KW: Ver Ahura Mazda, zoroatrismo; Mandato do céu, China.

O poder absoluto foi sustentado pela teoria do clireito clivino dos reis, defenclida na França pelo
bispo e teólogo Jacques-Bénigne Boussuet e na Inglaterra por Robert Filmer. No entanto, com a
secularização do pensamento político, os filósofos procuravam o fundamento racional do
poder soberano, para legitimá-lo sem recorrer à intervenção clivina ou a qualquer
fundamentação religiosa. Daí a temática recorrente do contrato social dos filósofos Thomas
Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau.

Os filósofos contratualistas partiam da hipótese do estado de natureza, em que o inclivíduo


viveria como dono exclusivo de si e dos seus poderes. Esses pensado res queriam compreender
o que teria justificado abandonar um fictício estado de natureza para constituir o Estado
político, mecliante contrato, bem como cliscutir que tipo de soberania deveria resultar desse pacto.

O ponto crucial não é a história, mas a legitimidade da ordem social e politica, a base legal do
Estado.

Segundo o novo critério, a legitimidade do poder não se funda mais no divino, mas na
representatividade e no consenso.

KW: Estado de natureza segundo Hobbes.

Para Hobbes, no estado de natureza, o ser humano tem direito a tudo:

o direito de natureza, a que os autores geralmente chamam jus naturale, é a liberdade que cada
homem possui de usar seu próprio poder, da maneira que quiser, para a preservação de sua
própria natureza ,ou seja, de sua vida ; e, consequentemente, de fazer tudo aquilo que seu
próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios adequados a esse fim.

KW: Sobre os desastrosos efeitos colaterais gerados pelo Estado de natureza.


Os interesses egoístas predominam e cada um torna-se um lobo para o outro (em latim, homo
homini lupus). As disputas provocam a guerra de todos con tra todos (bellum omnium contra
omnes), com graves prejuízos para a indústria, a agricultura, a navegação, o desenvolvimento
da ciência e o conforto dos indivíduos.

KW: A fim de evitar todo esse estado de coisas, os homens se dispõem a renunciar voluntariamente
dos direitos aos quais teriam acesso no Estado de natureza. Surge, nesse contexto, o Contrato social.

Na sequência do raciocínio, Hobbes pondera que o indivíduo reconhece a necessidade de

[...] renunciar a seu direito a todas as coisas, contentando-se, em relação aos outros homens,
com a mesma liberdade que aos outros homens permite em relação a si mesmo.

A renúncia à liberdade só tem sentido com a transferência do poder a determinada pessoa ou


pessoas. A transferência mútua de direitos, voluntariamente, é o que se chama contrato.

KW:

Desse modo, por não ser sociável por natureza, o ser humano o será por artifício: o medo e o
desejo de paz levam os indivíduos a fundar um estado social e a autoridade política, abdicando
de seus direitos em favor do soberano.
KW:

Para Hobbes, o poder do soberano deve ser absoluto, isto é, ilimitado. A transmissão do poder
dos indivíduos ao soberano deve ser total, caso contrário, por pouco que seja conservada a liberdade
natural, instaura-se de novo a guerra. Cabe ao soberano julgar sobre o bem e o mal, o justo e o
injusto; e ninguém pode discordar dele, pois tudo o que o soberano faz é resultado do
investimento da autoridade consentida pelo súdito.

KW: Preservação da vida e da propriedade individual.

O importante é que, uma vez instituído, o Estado não seja contestado: ser absoluto significa estar
"absolvido' de qualquer constrangimento. Portanto, o indivíduo abdica da liberdade ao dar plenos
poderes ao Estado a fim de proteger sua própria vida e a propriedade individual.

KW;

O poder do Estado é exercido pela força, pois só a iminência do castigo pode atemorizar os
indivíduos. "Os pactos sem a espada [sword] não são mais que palavras [words]", diz Hobbes.
Investido de poder, o soberano pode prescrever leis, escolher conselheiros, julgar, fazer a
guerra e a paz, recompensar e punir. Hobbes preconiza ainda a censura, já que o soberano
é juiz das opiniões e doutrinas contrárias à paz.

KW: A vida do cidadão sob um regime absolutista não é das mais entusiasmantes, porém, conforme
Hobbes adverte, a coisa poderia ser incomparavelmente pior sob a vigência do Estado de Natureza.

Quando, afinal, o próprio Hobbes pergunta se não é muito miserável a condição de súdito diante de
tantas restrições. conclui que nada se compara à condição dissoluta de indivíduos sem senhor ou às
misérias da guerra civil.

PAREI – 304, FILOSOFANDO.

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