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Índice

1 Introdução........................................................................................................................4

2 Contratualismo.................................................................................................................5

3 Os filósofos contratualistas..............................................................................................5

3.1 Thomas Hobbes........................................................................................................5

3.2 Condições pré-contrato.............................................................................................6

4 Contrato...........................................................................................................................7

4.1 O Contrato social......................................................................................................7

4.2 John Locke...............................................................................................................7

4.3 Rousseau...................................................................................................................8

5 Conclusão......................................................................................................................10

6 Bibliografia....................................................................................................................11

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1 Introdução
O presente trabalho da disciplina de Filosofia vamos falar sobre o contrato social ou
contratualista. O ponto inicial da maior parte dessas teorias «contratualista» é o exame da
condição humana na ausência de qualquer ordem social estruturada, normalmente chamada
de "estado de natureza". Nesse estado, as ações dos indivíduos estariam limitadas apenas
por seu poder e sua consciência.

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2 Contratualismo
Para o contratualismo, o Estado surgiu a partir de um contrato social firmado entre as
pessoas: um grande pacto entre os homens, no qual estes cedem parcela de sua liberdade e
direitos em troca de proteção do ente Estatal. Daí é que se legitima o Estado a definir regras
sociais.

Desse ponto em comum, os proponentes das teorias do contrato social tentam explicar, cada
um a seu modo, como foi do interesse racional do indivíduo abdicar da liberdade que teria
no estado de natureza para obter os benefícios da ordem política.

Contrato social, de acordo com o contratualismo, indica uma classe de teorias que tentam
explicar os caminhos que levam as pessoas a formarem Estados e/ou manterem a ordem
social. Essa noção de contrato traz implícito que as pessoas abrem mão de certos direitos
para um governo ou outra autoridade a fim de obter as vantagens da ordem social.

Nesse prisma, o contrato social seria um acordo entre os membros da sociedade, pelo qual
reconhecem a autoridade, igualmente sobre todos, de um conjunto de regras, de um regime
político ou de um governante.Antes do contrato social, os indivíduos vivam em estado de
natureza, e, somente após o advento dele, passaram a viver em sociedade

As teorias sobre o contrato social se difundiram entre os séculos XVI e XVIII como forma
de explicar ou postular a origem legítima dos governos e, portanto, das obrigações políticas
dos governados ou súditos. Thomas Hobbes (1651), John Locke (1689) e Jean-Jacques
Rousseau (1762) são os mais famosos filósofos do contratualismo.

3 Os filósofos contratualistas
Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau são filósofos contratualistas porque
defendem a origem do Estado na base de um contrato social que permitiu o homem a sair
do estado de natureza para o estado de sociedade.

3.1 Thomas Hobbes


Thomas Hobbes (1588-1679), filósofo inglês, defendeu a doutrina do direito natural em sua
obra “Leviathan”, de 1651.

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Segundo Hobbes, no estado de natureza os seres humanos dispõem de liberdade ilimitada e
são guiados unicamente pelos desejos de sobrevivência e satisfação pessoal, o que gera
conflitos e guerras. É dele que vem a máxima: “o homem é o lobo do homem”.

Dessa maneira, Hobbes se afasta da ideia de que o ser humano é um animal político por
natureza, tal qual sustentado por Aristóteles. De acordo com Hobbes, o estado de natureza é
hipotético, ou seja, ele nunca existiu realmente.

Ora, apesar de “no estado de natureza” a liberdade ser ilimitada, há solidão, escassez de
recursos e medo constante.

A solução para os conflitos gerados pelo estado de natureza é negociar as liberdades


individuais através de um pacto social, que prevê algumas regras sociais.

Através da celebração do contrato, surge a “moral contratualista”, que é relativa ao


contrato, ou seja, depende dele.

Assim, para Hobbes, é de extrema importância que os indivíduos cumpram os acordos


racionalmente firmados por eles próprios.

A criação do Estado funda-se, portanto, no contrato social firmado em razão do receio de


violência de terceiros e do desejo de desfrutar da vida e da posse de bens materiais
tranquilamente.

3.2 Condições pré-contrato


Thomas Hobbes no livro Leviatã (1651), tenta pensar de forma progressista a formação da
sociedade, desenvolvendo não um estudo histórico, nem uma hipótese realista, mas um
estudo teórico, uma espécie de experimento mental, da constituição do estado, a partir de
seus próprios elementos. Ele usa uma concepção atomista, desenvolvendo um pensamento
a partir dos elementos mais básicos e singulares que constituem a sociedade e o Estado, que
chama de 'Leviatã' − sendo o Leviatã um monstro, no sentido de enorme e poderoso, tendo
até vida própria. A questão da vida do Leviatã está associada à concepção de vida como
movimento, pois para Hobbes tudo que se move por conta própria teria vida, podendo-se
assim dizer que o Estado tem vida. Os elementos básicos que Hobbes usa para pensar uma
sociedade antes mesmo de ela existir são os indivíduos, os homens.

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4 Contrato
Diante dessa situação surge a necessidade de algo que garanta que os outros não ataquem,
além de garantir que os contratos feitos, assim como os direitos, sejam garantidos. A
questão do contrato surge devido a ele ser uma transferência mútua de direito, em que uma
pessoa por meio de sinais transfere um direito que era dela para outra pessoa. Hobbes tem
uma concepção de que toda a sociedade se baseia em contratos de toda espécie, pois para
estabelecer uma troca faz-se necessário ter um contrato, assim como outras diversas
situações é necessário uma transferência de direitos. Os contratos são estabelecidos por
sinais, podem ser expressos ou inferenciais. Os expressos são palavras que indicam a
transferência e compreendem aquilo que significam, como abdico, dou, vendo, quero que
isto seja teu, dei. Eles podem estar no presente, passado ou futuro. Os sinais inferenciais
são consequências dos gestos, ações, do silêncio, da omissão de ações que indiquem a
transferência.

4.1 O Contrato social


Assim se faz necessário que haja o Estado e ele é estabelecido a partir de contratos entre os
próprios homens, em que eles abrem mão de parte de sua liberdade e transfere diretos ao
estado para ele poder garantir por meio da força, o cumprimento de outros contratos e assim
o fim do clima de guerra. O estado pactua com cada um dos homens e garante a cada um
que a sua parte do contrato seja cumprida, sendo assim o pacto é recíproco.

4.2 John Locke


John Locke (1633-1704) foi um filósofo inglês. Sua principal obra é o "Segundo tratado
sobre o governo civil", de 1681.

Ao contrário de Hobbes, Locke não vê com pessimismo o estado de natureza, ou um


cenário onde "o homem seria o lobo do homem". Para ele, há paz no estado de natureza e
ela somente é rompida quando surge a necessidade de um terceiro imparcial para decidir as
lides sociais. Além disso, Locke acredita que o estado de natureza teria existido de fato, não
sendo só uma idealização (como enxergava Hobbes).

Há uma lei da razão, chamada de lei natural que nos aconselha a aceitar as limitações da
liberdade para assegurar nossas vidas e propriedades.

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Para Locke, a propriedade é um direito natural, em sentido genérico. O termo propriedade
(property) possui um significado específico: é o conjunto de bens que asseguram os direitos
fundamentais, ou seja, bens que são a própria conservação e condução de uma vida
confortável.  Assim, a finalidade do Estado é a preservação da propriedade contra ataques
internos e externos.

Locke rechaça a ideia de submissão total ao Estado, ao afirmar que o contrato social reserva
os direitos à vida, liberdade e propriedade. Para limitar o poder Estatal, então, a fim de que
ele não interfira no exercício dos direitos naturais, Locke propõe a divisão dos poderes
entre o Legislativo e o Executivo.

Posteriormente, Montesquieu aperfeiçoou esta teoria, formando o sistema tripartite que


conhecemos hoje.

4.3 Rousseau
Rousseau (1712-1778) foi um filósofo suíço que compartilhou da concepção naturalista,
reconhecendo a existência de um estado de natureza.  

Para ele, no estado de natureza, os seres humanos são amorais e não distinguem o bom do
mau, simplesmente vivendo em harmonia naturalmente. O "bom selvagem", desta forma,
vivia feliz, sem trabalho e sem deveres, a não ser a procriação. Era um estado de igualdade
absoluta. A igualdade só foi rompida quando surgiu o cultivo da terra e, por consequência,
a propriedade privada. Aquele que cercou o primeiro pedaço de terra e chamou-o de "seu"
instaurou a sociedade civil e, com isso, a desigualdade entre os homens.

O "Contrato social", ao considerar que todos os homens nascem livres e iguais, encara o
Estado como objeto de um contrato no qual os indivíduos não renunciam a seus direitos
naturais, mas ao contrário, entram em acordo para a proteção desses direitos, onde o Estado
é criado para preservar. O Estado é a unidade e, como tal, representa a vontade geral, que
não é o mesmo que a vontade de todos. Em Rousseau existem vários níveis de vontade: a
vontade geral, que se trata da vontade do corpo formado por toda a comunidade política
(por todos os cidadãos); a vontade particular de um indivíduo ou de um grupo formado
apenas por uma pequena parcela dos indivíduos da sociedade; e a vontade de todos, que é a
soma de todas as vontades particulares e que não deve ser confundida com a vontade geral.

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A vontade geral, conforme dito, somente pode existir e ser estabelecida por uma
comunidade política legítima, dentro de uma República.

A desigualdade foi aprofundada com os avanços da técnica e do conhecimento, pois


começaram a surgir diferenças entre letrados e iletrados, ricos e pobres, senhores e
escravos.

A existência do Estado sancionou as desigualdades e suprimiu a liberdade.

É por isso que, para Rousseau, o contrato social não teria sido um processo justo, já que
muitos trocaram sua liberdade pela servidão. O direito natural (a liberdade naturalista
absoluta) estava, portanto, em contradição com a existência do direito positivo.Ele propõe
então um pacto legítimo baseado na verdadeira vontade geral, a qual deveria ser definida
por todos em uma gigantesca assembleia e obedecida voluntariamente por cada indivíduo,
inclusive o soberano.

Nota-se que o pensador aborda o contrato social tanto como a fonte dos males sociais
quanto um instrumento de realização da vontade geral, contrapondo aquilo que é com
aquilo que deveria ser.

Rousseau não pressupõe um retorno ao estado de natureza, mas uma forma de associação
política que assegure os ideais de liberdade e igualdade.

5 Conclusão
Após concluir o trabalho pudemos aprender que:

Para o contratualismo, o Estado surgiu a partir de um contrato social firmado entre as


pessoas: um grande pacto entre os homens, no qual estes cedem parcela de sua liberdade e
direitos em troca de proteção do ente Estatal;

Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau são filósofos contratualistas porque
defendem a origem do Estado na base de um contrato social que permitiu o homem a sair
do estado de natureza para o estado de sociedade;

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Thomas Hobbes no livro Leviatã (1651), tenta pensar de forma progressista a formação da
sociedade, desenvolvendo não um estudo histórico, nem uma hipótese realista;

Diante dessa situação surge a necessidade de algo que garanta que os outros não ataquem,
além de garantir que os contratos feitos, assim como os direitos, sejam garantidos;

Posteriormente, Montesquieu aperfeiçoou esta teoria, formando o sistema tripartite que


conhecemos hoje.

6 Bibliografia
https//Wikipedia/contratualismo.com

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