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AO JUIZO DA 3º VARA DA FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE JOÃO PESSOA, ESTADO DA

PARAÍBA

NOS AUTOS DO PROCESSO DE Nº XXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA, ente federativo já devidamente qualificado nesses


autos vem, através de procurador público com poderes postulatórios outorgados por lei,
com endereço funcional localizado no Palácio Municipal, situado na Avenida XXXXXXX, Nº
XXXXXX, João Pessoa, PB, local onde recebe intimações, vem por meio desta apresentar:

CONTESTAÇÃO

Em desfavor LUANA FIGURA LINDA DOUTRO MUNDO, igualmente qualificado nos


autos do presente processo, oportunidade em que expõe razões de fato e de direito para
requerer ao final:

1. DA TEMPESTIVIDADE

A citação do promovido para fins de oferta de contestação ocorreu por meio


eletrônico, via sistema do PJE, no dia 30 de abril de 2021 (sexta-feira), conforme se verifica na
aba processual “Expedientes”, razão por que o prazo de defesa iniciou no primeiro dia útil
seguinte, ou seja 03 de maio de 2021 (segunda-feira), de modo que, o prazo final é dia 14 de
junho de 2021 (segunda-feira).

Assim, observando-se a data de protocolo dessa contestação, requer-se o seu


conhecimento para que o processo seja extinto, sem resolução de mérito ou,
subsidiariamente, seja julgado a demanda, venha ser indeferida, dados fundamentos outrora
expostos.

2. RESUMO DOS FATOS ALEGADOS NA PETIÇÃO INICIAL

A autora alega ter sido autuada de forma indevida pelos agentes públicos no exercício
de ofício, em ordem que as infrações se deram em datas distintas sendo a primeira no dia
28/11/2015 e a outro no dia 23/12/2015, de forma a alegar nunca ter transitado por local já
citado nos autos, onde viera a cometer as infrações.

A demandante em sua exordial, recorre a justiça com o intuito de anular tais


autuações de infrações, a mesma ainda requer indenização.
3. DAS PRELIMINARES

3.1 Inepcia da petição inicial

Ao analisar a prefacial da demandante, observa-se que esta não respeita os


requisitos estabelecidos pelo art 319 do CPC (tendo em vista da ausência do valor da causa),
razão por que resta ausente específico pressuposto processual de validade, afinal a exordial
queda-se inepta.

Quando ausente pressupostos processuais de validade, o processo deve ser extinto


sem resolução de mérito, aplicando-se assim, o disposto no art 485, inciso IV do Código de
Processo Civil.

3.2 Ausência de interesse processual

Observa-se nos autos o não requerimento de julgo em justiça de trânsito, não


havendo assim recurso interposto ,pela demandante, na JARI do referido Órgão executivo de
trânsito. Assim, descumprindo com ritos naturais, como precede o Art 281 do CTB, referente a
arquivamento do AIT e seu registro julgado insubsistente.

4. DA DEFESA DE MÉRITO

4.1 Incompatibilidade de requerer direito de justiça Gratuita

Conforme observado, a requerente solicitou gratuidade de justiça, conforme previsto


no CPC, contudo a mesma não comprova insuficiência de recursos para arcar com os gastos
judiciais, assim como descrito no art 98 do CPC.

4.2 Ausência amparo legal para solicitação de anulação do AIT

Não obstante, a mesma solicita anulação dos autos lavrados pelos agentes da
autoridade de trânsito, valendo-se de um possível erro operacional. Porém o Agente da
autoridade tem competência de lavratura do AIT, passada a competência pela própria
autoridade de trânsito, previsto no Art 280 do CTB e em seus parágrafos 2º.3º e 4º do referido
artigo. Como também prever na Resolução 371/10 no Manual de Fiscalização de Trânsito-
Volume I.

A impossibilidade de aplicação de medida administrativa prevista para infração, não


invalidará a autuação pela infração de trânsito bem como, a imputação de penalidades
previstas na regra.

Relativo ao órgão autuante, a administração pública possui poderes, instrumentos,


que permitem a administração cumprir suas finalidade, sobrepor-se a vontade da lei , a
vontade individual, o interesse público ao interesse privado.
5 DOS PEDIDOS FINAIS

Pelo exposto, o promovido requer o acolhimento das preliminares para fins de


extinção do processo sem resolução de mérito.

Caso rejeição das preliminares, requer-se a total improcedência da demanda a luz


dos fundamentos expostos nos tópicos 4.1 e 4.2 acima.

Por fim requer, o promovido, produção de provas permitidas em direito, em especial


o depoimento da parte autora, juntando novos documentos, provas testemunhal, enfim tudo
com a finalidade de comprovação de razão fáticas e jurídicas.

Ao proferir sentença de improcedência, seja por acolhimento das preliminares ou


por julgo de mérito impróprio, pugna-se a condenação do autor pagamento de custas e
honorários de sucumbência.

Nestes termos pede-se deferimento.

João Pessoa, de 2021

Domingos Adelmar Almeida do Rego Barros

Procurador Geral do Município de João Pessoa

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