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Número: 0841674-97.2022.8.10.0001
PODER DO REQUERIDO uma vez que : SEM NOTICIFICAÇAO PRÉVIA, a autora NÃO
alegando que a Prescrição dar-se-á do momento de passados 5 cinco anos das nomeações
CONCURSO, nem para a Autora recorrente nem mesmo para outros concorrentes,
demonstrando por não ter obedecido a ordem de chamamento e classificação de acordo com
Edital, pois o dado legal seria o de chamar todos os outros candidatos aprovados na primeira
O termo inicial dos prazos decadencial e prescricional para ações que objetivam
impugnar atos ilegais praticados em concursos públicos deve ser fixado com base no interesse
processual. Portanto, não houve desídia da parte Impetrante e nem desistência expressa da
vaga.
aos quais essa trouxe a baila, porque procurou aleatoriamente após saber da morte de uma
das delegadas, no caso, a delegada Claudia Maciel, dessa forma, do mesmo modo que uma
convocação o prazo inicia-se e da data da ciência do ato lesivo a autora vem salientar que o
artigo 189 do Código Civil consagra o princípio da actio nata, segundo o qual a prescrição só
começa a correr após a efetiva lesão do direito. Reza esse dispositivo legal:
Art. 189. Violado o direito, nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue,
De tal modo, o art. 189 do CC/02 presume a ciência imediata do indivíduo que teve seu direito
Consagra-se a Teoria da Actio Nata, portanto, para a proteção daqueles que não tiveram a
Destarte, faz-se a Teoria da Actio Nata importante proteção ao direito do indivíduo de ver
elementar que a violação em si do direito não basta para deflagrar a sua fluência, pelo simples
fato de que apenas o conhecimento da lesão possibilita ao respectivo titular o exercício eficaz
do direito de ação.
lesão ao direito subjetivo pelo seu respectivo titular. Com isso, a boa-fé é prestigiada
de modo mais vigoroso, obstando que o titular seja prejudicado por não ter tido
conhecimento da lesão que lhe foi imposta. Até porque, e isso não se põe em dúvida, é
tenha imediato conhecimento. (Curso de Direito Civil, Vol. 1, 10ª ed., JusPodivm, p.
726).” (grifamos)
motivo pelo qual inafastável o óbice da Súmula 283 do STF. 3. Ademais, esta
FARIA, DJe 8.8.2018; REsp. 1.666.688/SP, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe
provimento.
prescrição é regida pelo princípio da actio nata, sendo certo que o curso do prazo
somente tem início com a efetiva lesão do direito tutelado, oportunidade em que nasce
existência de ilegalidade em seu curso. 4. Hipótese em que foi manejada ação ordinária
que alega preterição em concurso público dentro do prazo previsto no art. 1o. do
do voto dos acórdãos recorrido e paradigma, realizando-se o cotejo analítico entre ambos,
requisitos legais e regimentais (art. 541, parágrafo único, do CPC e art. 255 do RI/STJ)
impede o conhecimento do Recurso Especial com base na alínea c, III, do art. 105 da
recorrida foi aprovada em concurso público para psicóloga judiciária dentro do número de
vagas previstas no edital do certame. 4. O STJ orienta-se no sentido de não é lícito à
nomeação dos aprovados dentro do limite das vagas ofertadas, em respeito às suas
legítimas expectativas quanto à assunção do cargo público. 5. Pelo princípio do actio nata,
o curso do prazo prescricional apenas tem início com a efetiva lesão do direito tutelado,
pois nesse momento nasce a pretensão a ser deduzida em juízo, acaso resistida. No caso
sub examine, a pretensão nasceu quando a recorrida constatou que não seria mais
convocada. 6. Recurso Especial parcialmente conhecido e, nessa parte, não provido (REsp.
A Administração não pode agir ao seu “bel prazer”. Ao contrário, deve estrita observância ao
cumprimento da lei, bem como aos princípios da igualdade e da razoabilidade. Assim, constatou-se, no caso em apreço,
que a Administração Pública violou os princípios da igualdade.
Até porque, é impossível por Parte da autora – parte mais frágil- uma listagem de todos os
candidatos classificados no concurso de que trata a presente demanda, convocados e/ou nomeados para
tomar posse no cargo de, indicando quais critérios determinaram a convocação de cada um deles, a fim de
que se possa verificar a regularidade das convocações e nomeações promovidas pelo réu frente ao que
favorecidos requerentes:
Então perguntamos: É certo o Estado a seu bel-prazer escolher de forma espontânea sem nenhuma
Esses parâmetros foram elaborados para todos os candidatos, traçados dentro dos
princípios do Direito Administrativo, e primam pela forma igualitária de
tratamento.”
Ocorre, Exa. Que não houve desclassificação, porque a Autora nem chegou a fazer ser oportunizada a
fazer as outras etapas do concurso, conforme diz o Edital.
O inciso VII. Edital que trata DO JULGAMENTO DA PROVA DE CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS II é bem claro
em seu inciso item 1:
1. Para Delegado de Polícia a prova de Conhecimentos Específicos II será aplicada para todos os candidatos
e será corrigida somente a dos candidatos habilitados nas provas objetivas, na forma do Capítulo VI.
“É preciso ter em mente que o edital é a base para qualquer concurso público. Na
ausência de uma legislação própria que regula os certames, as normas editalícias dão o norte para
o regular curso do processo de seleção. Daí se dizer no popular que o edital é lei entre as partes. Em
que pese o edital do certame ter força de lei e vincular a administração pública e os administrados,
ele não pode e nem deve conter previsão ou interpretação que vá de encontro às normas legais.” (
WELITON SOUSA CARVALHO Juiz de Direito da Fazenda Pública, Timon 31/03/2021Processo N.: 0803769-
80.2019.8.10.0060 Autor(a): HELKER DE CASTRO FEITOSA Advogado(s) do reclamante: ARTHUR ALVES DIAS,
THIAGO RIBEIRO BARRETO Réu: ESTADO DO MARANHÃO (CNPJ=06.354.468/0001-60)
A autora já demonstrou que foi habilitada nas provas objetivas. Saindo em edital.
Porem não foi convocada para a próxima Etapa.
V- DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA PUBLICIDADE
ato.
Não é razoável a comunicação de candidatos apenas via Diário Oficial, uma vez
que é permitido ao órgão público responsável pelo concurso fazer a convocação pessoal dos
meios para a ampla divulgação de todos os atos relativos ao certame, pois, além do interesse
para que o governo possa prestar os serviços à coletividade com maior eficiência.
entendimento:
requerer novamente sua convocação, nomeação e posse para o cargo público utilizando as vias
judiciais, pois a exigência de um acompanhamento contínuo por vários anos do Diário Oficial fere,
exercer, se fosse de seu interesse, seu direito à nomeação e posse. 2. De acordo com o
Federal, é dever da Administração conferir aos seus atos a mais ampla divulgação
Inteiro Teor do Acórdão - Site certificado - DJe: 14/09/2011 Página 6de 8 Superior
aprovado em concurso público que não cumpriu com um dos requisitos do edital, qual
formação, não tomou conhecimento do início do curso, tendo frequentado apenas 20%
das aulas. 3. Em primeiro lugar, existe determinação pelo edital, que é a "lei do
concurso", que o candidato aprovado na primeira fase do concurso, deve possuir
recorrente teve frequência de apenas 20% das aulas, não cumprindo, desta forma, com
anterior e a referida convocação, uma vez que é inviável exigir que o candidato
sendo convocado nesse mesmo edital para o curso de formação realizado nos dias 23,
administração, que poderá comprovar no processo judicial por exemplo, que tentou contato com o
candidato por meio dos dados informados no ato de cadastro, e mesmo assim ele ficou inerte, aí sim o
ato será válido, pois ficou registrado as tentativas de contato, e caberia ao próprio candidato atualizar
seus dados, o que lembramos que não é o caso da presente ação uma vez que a Autora nem chegou
Agora, apenas publicar o ato no diário oficial anos após a última atualização do
concurso não atente ao requisito da ampla publicidade. Já temos entendimento pacificado no STJ, que
apenas mediante publicação do chamamento em diário oficial quando passado considerável lapso
temporal.
convocação, ou seja, da ciência do fato e terá até 5 anos, a contar dessa data, para acionar o judiciário
É direito dos candidatos serem convocados para o cargo que tanto batalharam,
VI- DO PEDIDO:
liminar,
para o fim de determinar que o RÉU chame a Autora para participar das outras fases
(assinada digitalmente)
Helena Salomão Avenida Antares, n.913, Recanto dos Vinhais, São Luís -