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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) PRESIDENTE DAS

TURMAS RECURSAIS DO ESTADO DO CEARÁ

NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil, profissão, e-mail, RG


e CPF, residente e domiciliada no endereço, vem, respeitosamente, à presença
de Vossa Excelência, por intermédio de seu procurador subscrito, impetrar:

MANDADO DE SEGURANÇA

Em face da autoridade coatora, Excelentíssimo (a) Senhor (a) Doutor


(a) Juiz (a) da _ª Unidade do Juizado Especial Cível, nome da autoridade,
pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:

DA JUSTIÇA GRATUITA

Requer o impetrante os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, por ser


hipossuficiente na forma da lei, conforme declara no instrumento procuratório,
não podendo, portanto, arcar com as custas processuais e honorários
advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família.

O acesso à justiça é direito de todos, e quem não tem condições de


arcar com as custas processuais não pode ser privado desse direito, assim
preceitua o princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição, artigo 5º,
inciso XXXV da Constituição de 1988 e art. 98 e SS. do novo Código de
Processo Civil.

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DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA

Informa o art. 1º da Lei nº 12.016/2009, a qual disciplina o Mandado de


Segurança Individual e Coletivo, bem como dá outras providências, que o
referido remédio constitucional possui como objeto proteger direito líquido e
certo do cidadão brasileiro, desde que o mesmo não esteja amparado pelos
remédios constitucionais do habeas corpus e do habeas data, senão vejamos:

Art. 1o Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito


líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, sempre que,
ilegalmente ou com abuso de poder, qualquer pessoa física ou jurídica sofrer
violação ou houver justo receio de sofrê-la por parte de autoridade, seja de que
categoria for e sejam quais forem as funções que exerça.

Informa o parágrafo segundo da referida lei que não cabe mandado de


segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores
de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias
de serviço público. O art. 5º e incisos também informam que não se
considerará mandado de segurança:

a. de ato do qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo,


independentemente de caução;

b. de decisão judicial da qual caiba recurso com efeito suspensivo;

c. de decisão judicial transitada em julgado.

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Veja-se que a propositura do presente mandamus para que haja o
deferimento da Justiça Gratuita (direito líquido e certo dos impetrantes) não é
objeto de entendimento de nenhum dos comandos acima citados.

A Jurisprudência hodierna, de forma pacífica, entende que o MS é


veículo judicial apto para discutir indeferimento de Justiça Gratuita quando não
há outro recurso a ser utilizado, como é no presente caso, em que há negativa
por parte do Juízo Singular na Justiça Gratuita requerida pelos impetrantes.
Vejamos inteiro teor da negativa:

(colocar decisão negando o deferimento de Justiça Gratuita)

Seguem Jurisprudências que autorizam a impetração de mandado de


segurança no presente mandamus, vejamos:

RECURSO ORDINÁRIO EM AGRAVO REGIMENTAL EM MANDADO


DE SEGURANÇA DO LITISCONSORTE PASSIVO NECESSÁRIO 1 - PEDIDO
DE CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS DA JUSTIÇA GRATUITA. PESSOA
FÍSICA. 1.1 - De acordo com a Orientação Jurisprudencial 269 da SBDI-1, "o
benefício da justiça gratuita pode ser requerido em qualquer tempo ou grau de
jurisdição, desde que, na fase recursal, seja o requerimento formulado no prazo
alusivo ao recurso". Ademais, os benefícios da justiça gratuita às pessoas
físicas orientam-se unicamente pelo pressuposto do estado de miserabilidade
da parte, comprovável a partir de o salário percebido ser inferior ao dobro do
mínimo, ou mediante simples declaração pessoal do interessado. 1.2 - Na
hipótese, o pedido foi efetuado dentro do prazo recursal, com declaração do
estado de miserabilidade em conformidade com a lei. Pedido deferido. 2 -
EXECUÇÃO. PENHORA DE CRÉDITOS PERANTE TERCEIRO.
CABIMENTO. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL 93 DA SBDI-2 .
LIMITAÇÃO. 2.1 - O litisconsorte passivo postula, no recurso ordinário, o
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restabelecimento do bloqueio de créditos perante terceiro, até o limite do valor
exequendo. 2.2 - A penhora sobre créditos que a executada possua perante
outras empresas assemelha-se à penhora sobre faturamento. Portanto, deve-
se agir com cautela ao proceder à constrição dos bens, a fim de não inviabilizar
o empreendimento. 2.3 - Observa-se que a impetrante não colacionou provas
de modo a permitir conclusão segura a respeito de que o bloqueio determinado
pudesse inviabilizar a atividade empresarial. Soma-se a isso o fato de que a
execução se faz em benefício do credor. Assim, o princípio da efetividade da
execução e a plena garantia de satisfação do crédito trabalhista prevalecem
sobre o princípio da execução menos gravosa ao devedor. 2.4 - Não se
reconhece a existência de ilegalidade no ato coator tampouco a configuração
de direito líquido e certo da impetrante. 2.5 - No entanto, a fim de que a
execução se processe de forma menos gravosa para a executada e, ao mesmo
tempo, seja garantido ao exequente o recebimento dos créditos trabalhistas
que lhe são devidos, deve ser limitada a penhora a 5% (cinco por cento) dos
créditos perante terceiros, consoante a Orientação Jurisprudencial 93 da SBDI-
2. Recurso ordinário do litisconsorte passivo conhecido e parcialmente provido.

(TST - RO: 7196020165050000, Relator: Delaíde Miranda Arantes,


Data de Julgamento: 20/11/2018, Subseção II Especializada em Dissídios
Individuais, Data de Publicação: DEJT 23/11/2018)

AGRAVO DE INSTRUMENTO – MANDADO DE SEGURANÇA –


ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA – Decisão que indeferiu o benefício da
justiça gratuita – Pleito de reforma da decisão – Cabimento – Agravante que
pode ser enquadrado na condição de necessitado a que alude o art. 98 do CPC
– Declaração de pobreza e documentos juntados aos autos que são suficientes
para demonstrar a hipossuficiência – Decisão reformada – AGRAVO DE
INSTRUMENTO provido para conceder os benefícios da justiça gratuita ao
agravante.
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(TJ-SP 20900435620178260000 SP 2090043-56.2017.8.26.0000,
Relator: Kleber Leyser de Aquino, Data de Julgamento: 20/02/2018, 3ª Câmara
de Direito Público, Data de Publicação: 22/02/2018)

RECURSO ORDINÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. CABIMENTO.


DECISÃO QUE INDEFERE BENEFÍCIO DA JUSTIÇA GRATUITA. DECISÃO
INTERLOCUTÓRIA PROFERIDA NA FASE DE CONHECIMENTO.
EXISTÊNCIA DE RECURSO PRÓPRIO. ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL
Nº 92 DA SBDI-2. 1. Trata-se de mandado de segurança interposto em face da
decisão interlocutória por meio da qual foi indeferido o pedido de justiça gratuita
formulado nos autos da reclamação trabalhista. 2. É cediço que o Direito
Processual do Trabalho orienta-se pelo princípio da irrecorribilidade imediata
das decisões interlocutórias, de modo que somente poderão ser reapreciadas
no recurso interposto contra a decisão definitiva, conforme se depreende do §
1º do artigo 893 da CLT, que, in casu , é o recurso ordinário. 3. Desse modo,
existindo recurso próprio capaz de provocar a revisão do ato inquinado como
ilegal, qual seja, o recurso ordinário, deve ser reconhecida a existência de
óbice intransponível ao cabimento do mandamus . Inteligência da Orientação
Jurisprudencial nº 92 da SBDI-2. 4. Recurso ordinário a que se nega
provimento.

(TST - RO: 149810220115010000 14981-02.2011.5.01.0000, Relator:


Guilherme Augusto Caputo Bastos, Data de Julgamento: 13/08/2013,
Subseção II Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT
23/08/2013)

Então, é sabido que pode o mandado de segurança ser interposto


contra atos judiciais quando se tratar de uma decisão teratológica (como é o

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presente caso), mas desde que não haja ofensa à coisa julgada e que sobre a
decisão atacada não caiba recurso com efeito suspensivo.

DOS FATOS

O impetrante ingressou com duas ações judiciais no _º Juizado


Especial Cível de Fortaleza/CE, em desfavor de Fulano (processo nº
xxxxxxxxxxxxxxx) e de Sicrano (processo nº xxxxxxxxxxxxxxx) (processos em
anexo).

Em sede de audiência de instrução, no processo de nº


xxxxxxxxxxxxxxx, o magistrado (a) coator (a) determinou a vinculação da
decisão de um processo para com o outro, pois, de acordo com a mesma,
possuem objetos análogos.

No processo acima indicado, foi julgado improcedente os pedidos


formulados em sede Inicial, sem que fosse observado o próprio despacho da
autoridade coatora no processo de nº xxxxxxxxxxxxxxx (decisão em anexo).

Foi apresentado recurso inominado, sendo deferidas as benesses da


Justiça Gratuita (processo que se encontra com o relator Irandes Bastos
Sales).

No processo de nº xxxxxxxxxxxxxxx, mesmo o requerido sendo revel, a


magistrada competente julgou improcedente os pedidos formulados, baseada
no depoimento unilateral do requerido Fulano, em prestação de informações do
mesmo no inquérito de nº xxxxxxxx, negando os erros materiais indicados em
sede de embargos de declaração, bem como indeferindo a Justiça Gratuita
requerida pelos ora impetrantes (há de se lembrar que a própria autoridade

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coatora vinculou os dois processos, e em um deles, deferiu a Justiça Gratuita,
e no outro, não).

Sem que haja qualquer outro recurso para que se impugne o


indeferimento das benesses da Justiça Gratuita, os impetrantes vêm impetrar o
presente mandado de segurança por terem seus direitos líquidos e certos
lesionados, quais sejam:

- Art. 98 do Código de Processo Civil, que dispõe que a pessoa natural


ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar
as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à
gratuidade da justiça, na forma da lei;

- Art. 93, IX da CRFB/1988, que estabelece que todos os julgamentos


dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas as
decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado
no sigilo não prejudique o interesse público à informação (Princípio da
motivação das decisões judiciais);

- Art. 5º da LINDB, que informa que na aplicação da lei, o juiz atenderá


aos fins sociais a que ela se dirige e às exigências do bem comum;

- Art. 8º do CPC, que dispõe que ao aplicar o ordenamento jurídico, o


juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e
promovendo a dignidade da pessoa humana e observando a
proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência; e

- Afronta aos princípios gerais do Direito, como a Boa-Fé.


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DO DIREITO

DO DIREITO À JUSTIÇA GRATUITA

Informa o art. 98 do CPC que a pessoa natural ou jurídica, brasileira ou


estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas
processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na
forma da lei. Os impetrantes são servidores públicos municipais, possuem
renda compatível para que haja deferimento dos pedidos de Justiça Gratuita.
Segue Jurisprudência que corrobora com o pensamento acima esposado:

EMENTA: APELAÇÕES PRINCIPAL E ADESIVA. JUÍZO DE


ADMISSIBILIDADE. JUSTIÇA GRATUITA. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL.
CRISE FINANCEIRA. FATO NOTÓRIO. DEFERIMENTO DO BENEFÍCIO.
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE DÉBITO. CRÉDITO
CONSIGNÁVEL. OBRIGAÇÃO QUESÍVEL. INEXISTÊNCIA DE MORA.
REPETIÇÃO DO INDÉBITO. ART. 42, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CDC.
AUSÊNCIA DE PAGAMENTO A MAIOR. SENTENÇA PARCIALMENTE
REFORMADA. - É de se deferir a gratuidade a servidor público que teve
afetada sua capacidade financeira pelos atrasos de pagamentos de subsídios e
vencimentos por parte do Estado - A despeito do atraso apontado na
consignação das parcelas, se ele não pode ser imputado ao servidor público -
eis que a obrigação é quesível -, não há falar em inadimplência - Uma vez que
o tomador do crédito não pagou quantia indevida, inaplicável a dobra prevista
no art. 42, parágrafo único, do CDC. Da mesma forma, lastreada a cobrança
judicial em interpretação razoável - embora equivocada - do contrato, não há
falar em má-fé, o que impede a aplicação do art. 940 do CC/2002.

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(TJ-MG - AC: 10024142083070001 MG, Relator: José Marcos Vieira,
Data de Julgamento: 11/04/2018, Data de Publicação: 20/04/2018)

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. JUSTIÇA


GRATUITA. SERVIDOR PÚBLICO. HIPOSSUFICIÊNCIA ECONÔMICA.
PRESUNÇÃO RELATIVA. CUSTAS PROCESSUAIS. RECOLHIMENTO AO
FINAL DA DEMANDA. POSSIBILIDADE. RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. 1) Ausente demonstração inequívoca de que o recolhimento das
custas processuais interferirá no sustento próprio, presume-se a condição de
arcar com as despesas do processo. 2) O pagamento das custas processuais,
como regra geral, deve ser efetuado na data do ajuizamento da ação,
entretanto, se a parte, ao buscar a intervenção do Poder Judiciário para
solucionar um pretenso direito violado, declara não se encontrar em condições
financeiras de arcar com a integralidade das custas do processo sem que
importe em prejuízo da manutenção própria e de seus familiares, pode o Juiz,
diante da inexistência de vedação legal, autorizar que as custas processuais
sejam recolhidas ao final da demanda, como forma de garantir o direito de
acesso à justiça constitucionalmente a todos assegurado. 3) Recurso
parcialmente provido.

(TJ-AP - AI: 00025773420168030000 AP, Relator: Desembargador


JOAO LAGES, Data de Julgamento: 09/05/2017, Tribunal)

Assim, possui o impetrante direito líquido e certo relativo à Justiça


gratuita prevista no ordenamento pátrio.

DO PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAS – DA


IMPOSSIBILIDADE DE ATOS CONTRÁRIOS

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Como é sabido, o art. 93, IX da CRFB/1988, dispõe que todos os
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas
todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei limitar a presença, em
determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a
estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado
no sigilo não prejudique o interesse público à informação.

Douto relator, a autoridade coatora vinculou os processos de nºs


xxxxxxxxxxxxxxx e xxxxxxxxxxxxxxx, logo, é inimaginável pensar que haja
deferimento da Justiça Gratuita para um, e não haja para o outro, sob pena
afronta ao comando constitucional acima citado.

Ademais, a Jurisprudência nacional informa que em casos análogos,


deverá ser mantida a Justiça Gratuita, senão vejamos:

MANDADO DE SEGURANÇA. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE


ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. EXISTÊNCIA DE AÇÃO ANTERIOR
RECONHECENDO A ALEGADA HIPOSSUFICIÊNCIA. SEGURANÇA
CONCEDIDA. os Juízes de Direito integrantes da 3ª Turma Recursal dos
Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Estado do Paraná, à unanimidade,
em conceder a segurança nos termos do voto da relator (TJPR - 3ª Turma
Recursal em Regime de Exceção - 0000135-98.2016.8.16.9000/0 - Cornélio
Procópio - Rel.: GIANI MARIA MORESCHI - - J. 16.06.2016)

(TJ-PR - MS: 000013598201681690000 PR 0000135-


98.2016.8.16.9000/0 (Acórdão), Relator: GIANI MARIA MORESCHI, Data de
Julgamento: 16/06/2016, 3ª Turma Recursal em Regime de Exceção, Data
de Publicação: 22/06/2016) (grifos nossos)

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Já não basta a autoridade coatora julgar processos de forma separada
(desobedecendo seu próprio despacho), a mesma ainda nega o pedido de
justiça gratuita no processo de nº xxxxxxxxxxxxxxx, violando o comando
constitucional acima citado.

O que queremos informar é que nasceu um direito líquido e certo aos


impetrantes, mediante despacho da própria autoridade coatora.

DO ART. 5º DA LINDB E DO ART. 8º DO CPC

Os comportamentos perpetrados pela autoridade coatora, em especial


a negativa da Justiça Gratuita, por todos os motivos acima elencados, são
contrários ao que foi disposto no art. 5º da LINDB e no art. 8º do CPC, bem
como aos princípios gerais do Direito, em especial a Boa-Fé.

DO PEDIDO DE LIMINAR

A LIMINAR ora requerida é por demais necessária, pois o RECURSO


INOMINADO interposto por inconformação dos impetrantes da sentença da
magistrada do _º Juizado Especial Civil da Comarca de Fortaleza, está sem
subir para apreciação da COLENDA TURMA RECURSAL do Estado do Ceará.

O pedido de liminar faz-se necessário também, tendo em vista ser


transparente o direito líquido e certo dos impetrantes em ter os Benefícios da
Justiça Gratuita, mesmo tendo advogado particular, conforme garantido em lei
e entendimento da Jurisprudência Nacional.

O impetrante está em um momento delicado, pois quer ter um reexame


do julgamento feito pela Impetrada através de uma Turma Recursal do Estado
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do Ceará. O ato da Impetrada está prejudicando esta apreciação, presentes
assim: perigo da demora e probabilidade do direito, sendo relevante os motivos
e possibilidade da ocorrência de lesão irreparável aos direitos dos Impetrantes
se o Recurso Inominado não for apreciado pela Colenda Turma Recursal.

São graves os prejuízos que possam ser causados pela não


observância da magistrada do _º Juizado Especial Civil da Comarca de
Fortaleza em não deferir os Benefícios da Justiça Gratuita, por tudo isto, A
LIMINAR É DE CARÁTER ESSENCIAL.

DOS PEDIDOS

Pelo exposto, presente a violação do direito líquido e certo dos


Impetrantes, qual seja, o de deferimento dos Benefícios da Justiça Gratuita,
configurando-se abuso de poder da autoridade coatora em não o conceder,
com base no que já foi informado acima, requer-se a Vossa Excelência que:

a) A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita ao


impetrante, por não poderem arcar com as custas processuais e honorários,
sem privar-se dos meios necessários às suas subsistências e aos de seus
familiares;

b) Que seja deferida medida LIMINAR, pois estão presentes a


probabilidade do direito e o perigo da demora, tendo em vista que se não for
concedida a subida do Recurso ao juízo ad quem causará danos aos
impetrantes de ordem irreparável;

c) Seja notificada a autoridade apontada como coatora, dentro do prazo


legal, para que informem sobre o ato ilegal, e, que também seja intimado o
digno representante do Ministério Público; e
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d) O processamento do presente mandamus e, após ouvida a
autoridade coatora no prazo legal e ouvido os demais interessados na forma da
lei, seja julgado procedente o PEDIDO do presente MANDADO DE
SEGURANÇA para, concedendo a segurança, determinar que a autoridade
coatora proceda em definitivo a liminar pleiteada e seja deferido pedido de
Justiça Gratuita.

Dá-se a causa o valor de R$ 50,00, apenas para efeitos fiscais.

Termos em que,

Pede Deferimento

Cidade/UF, dia/mês/ano.

Nome do Advogado

OAB/UF Nº XXXX

*assinatura digital* ADVOGADA – OAB/AM 10.959


LUMA VIEIRA MARQUEZ

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*assinatura digital* ADVOGADO – OAB/AM 11.063
PETER MATEUS DE FARIAS
RIBEIRO

*assinatura digital*
MARISA KATIELLY DE FARIAS RIBEIRO
Advogado – OAB/MG nº 211.017

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