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Memorex OAB – Exame XXXVIII – Rodada 03
Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.
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disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:
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Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
Rodada 04 09/05/23
Rodada 05 12/05/2023
Rodada 06 16/05/2023
Convém mencionar que todos que adquirirem o material completo irão receber TODAS AS
RODADAS já disponíveis, independente da data de compra.
Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode custar sua aprovação.
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com
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Memorex OAB – Exame XXXVIII – Rodada 03
ÍNDICE
ÉTICA ............................................................................................ 4
FILOSOFIA DO DIREITO ............................................................... 15
DIREITO CONSTITUCIONAL .......................................................... 18
DIREITOS HUMANOS .................................................................... 36
DIREITO INTERNACIONAL ............................................................ 39
DIREITO TRIBUTÁRIO .................................................................. 43
DIREITO ADMINISTRATIVO .......................................................... 50
DIREITO AMBIENTAL.................................................................... 63
DIREITO CIVIL ............................................................................. 67
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE ................................. 75
DIREITO EMPRESARIAL ................................................................ 99
DIREITO PENAL.......................................................................... 105
PROCESSO PENAL....................................................................... 116
DIREITO DO TRABALHO.............................................................. 130
PROCESSO DO TRABALHO........................................................... 142
DIREITO ELEITORAL................................................................... 153
DIREITO FINANCEIRO ................................................................ 168
DIREITO PREVIDENCIÁRIO ........................................................ 176
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ÉTICA
DICA 01
DO MANDATO/PROCURAÇÃO
O mandato ou procuração é o meio pelo qual o cliente confere poderes ao advogado
para representá-lo judicial ou extrajudicialmente.
DICA 02
TIPOS DE MANDATO
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DICA 04
DO INÍCIO E TÉRMINO DO MANDADO
INÍCIO: TÉRMINO:
DICA 05
RENÚNCIA DO MANDATO
ATENÇÃO!!
DICA 06
DA REVOGAÇÃO DO MANDATO
A revogação do mandato poderá ocorrer:
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DICA 07
DO SUBSTABELECIMENTO
Transferência de poderes de um advogado constituído para outro.
Ato pessoal do advogado, sendo:
DICA 08
PONTOS IMPORTANTES
O advogado deve guardar segredo profissional ao postular contra ex-cliente ou
empregador em nome de terceiros;
Na situação descrita anteriormente, o advogado deve aguardar o prazo de 02 anos da
rescisão contratual ou demissão para postulação;
Fica proibido (defeso) ao advogado funcionar como preposto e advogado,
simultaneamente no mesmo processo.
DICA 09
DA PUBLICIDADE
Fundamento legal: Art. 39 A 47-A CED; Art. 5º e 7º EAOAB
A publicidade tem caráter informativo, por isso, preza pela descrição e sobriedade.
é vedado captação de clientela e mercantilização da profissão.
a publicidade, será informativa, discreta e sóbria.
DICA 10
VEDAÇÕES AO ADVOGADO QUANTO AOS MEIOS DE PUBLICIDADE
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DICA 11
VEDAÇÕES AO ADVOGADO
É vedado ao advogado:
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DICA 14
PUBLICIDADE
Ainda sobre matéria de publicidade, o advogado:
não deve fornecer dados de contato, como endereço, telefone;
DICA 15
DA INCOMPATIBILIDADE E DO IMPEDIMENTO
Fundamento legal: Art. 27 A 30 EAOAB.
INCOMPATIBILIDADE IMPEDIMENTO
ARTIGO 30
ARTIGO 28 EAOAB
EAOAB
PROIBIÇÃO
PROIBIÇÃO PARCIAL
TOTAL
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DICA 16
DA INCOMPATIBILIDADE
As causas de incompatibilidade estão descritas nos incisos de i a viii do artigo 28
EAOAB, sendo:
Aqueles que ocupam cargo/ funções de DIREÇÃO EM SETOR PÚBLICO, nas fundações
concessionárias de serviço público.
Ex.: ESCREVENTE
DICA 17
ATIVIDADES INCOMPATÍVEIS COM A ADVOCACIA
São atividades incompatíveis com a advocacia:
Atividade Policial – cargo ou função vinculados e de qualquer natureza;
Militares;
Ocupantes de cargos e funções ligados a contribuição parafiscal e lançamento de
tributos;
diretor ou gerente de instituições financeiras, ainda que privada.
Ex.: bancos.
MACETE! Cargos e funções de direção e gerência serão incompatíveis.
É importante que o candidato, se possível, fala uma leitura dos incisos indicados acima,
pois este é um tema de alta incidência na OAB.
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IMPORTANTE!
DICA 18
EXCEÇÕES DAS INCOMPATIBILIDADES
A exceção aos membros do poder judiciário, será o cargo do juiz eleitoral, onde o
advogado, poderá exercer a advocacia e a função de juiz eleitoral, tendo a limitação em
atuar junto a justiça eleitoral, podendo atuar em outros órgãos.
Aos militares, aplica-se àqueles que estão na ativa, sendo marinha, exército e
aeronáutica.
ATENÇÃO!
DICA 19
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE A INCOMPATIBILIDADE
→ Sobre aposentado e exonerado, não são incompatíveis;
→ Militares na reserva também não são incompatíveis;
→ O ocupante de cargo ou função que não esteja exercendo-a temporariamente, ainda é
incompatível ao exercício da advocacia.
→ Nos casos de incompatibilidade em caráter definitivo, a inscrição do advogado será
cancelada. Art. 11, IV, §1º EAOAB.
→ Exercício de atividade incompatível, impossibilita a inscrição nos quadros da OAB,
seja estagiário ou advogado.
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DICA 20
ADVOGADO APROVADO PARA O CARGO DE TÉCNICO JUDICÁRIO
Nos casos em que o advogado, inscrito na OAB, é aprovado em concurso público para
o cargo de técnico judiciário, este, terá sua inscrição, cancelada.
DICA 21
DO IMPEDIMENTO
O impedimento será a proibição parcial no exercício da advocacia. (art. 30, incisos I e II
EAOAB).
CUIDADO!
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Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:
I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública
que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das
pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista,
fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou
permissionárias de serviço público.
Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes dos cursos
jurídicos.
DICA 22
DA EXCEÇÃO DO IMPEDIMENTO
Os docentes de curso jurídico são excluídos do inciso i do artigo 30 do EAOAB.
ATENÇÃO!
O advogado só poderá ministrar aulas em curso de direito, sendo ele impedido para
ministrar aulas de direito em curso de administração, como exemplo.
Essa exceção é apenas aplicável a docentes nas universidades públicas, sendo livre
para ser docente em universidades privadas.
DICA 23
DA ATIVIDADE EXCLUSIVA DA ADVOCACIA
Procurador do Trabalho;
Defensores Gerais;
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DICA 24
ADVOGADO INCOMPATÍVEL
ATENÇÃO! Cai em prova:
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FILOSOFIA DO DIREITO
DICA 26
PENSAMENTO JURÍDICO OCIDENTAL – JEAN – JACQUES ROUSSEAU
Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) – O pensador suíço é o famoso autor do famoso livro
“O contrato social”, onde discute a origem da sociedade, descreve o estado de
natureza e polemiza o estado cívico. É dele a frase: “O homem nasce bom, a sociedade
o corrompe.” É importante que você saiba que ao falarmos de Rousseau estamos falando
também do movimento iluminista, pois era defensor de suas ideias.
Lembrando: Rousseau, Hobbes e Locke são contratualistas, ou seja, para eles o
Estado em si, quando se celebra um “contrato social”, aonde as pessoas abrem mão de
certa liberdade em troca de segurança, saindo assim do estado de natureza para o estado
social. Mas, diferenciando-o de outros, para Rousseau o processo de contrato social não
foi justo, já que as pessoas trocaram sua liberdade por uma servidão, e não por uma
proteção (segurança) legitima. Logo, Rousseau tem este tom mais crítico ao contrato
social que os demais autores.
Veja como a banca já cobrou este assunto:
b) A vontade de todos.
RESPOSTA: Letra D.
COMENTÁRIO: O interesse em comum é a ideia basilar do livro O contrato social, pois
na sua visão deverá haver um interesse social em comum.
E cuidado com a alternativa B, pois a defesa de Rousseau não se concentra na vontade
de todos, mas no interesse em comum.
DICA 27
JOHN STUART MILL
Aluno de Bentham, sendo um defensor do princípio da liberdade, onde o indivíduo não
deve explicações à sociedade, desde que suas ações não causem danos. As ideias de Mill
são mais voltadas à busca da felicidade, mas sem fazer ao próximo, sendo assim a versão
mais “suave” do utilitarismo do Jeremy Bentham. Ou seja, buscar os prazeres certos e
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opor-se à dor. E mais: Ele tinha uma escala de prazeres, sendo alguns vistos como ruins,
e estes prazeres ruins seriam os que causam mal à outra pessoa.
b) o Direito Natural, que possui como base a própria natureza das coisas, seja o
fundamento primeiro e último de todas as leis, para que o desejo de ninguém se
sobreponha ao convívio social.
c) os sentimentos morais que são inatos aos seres humanos e conformam, de fato, uma
parte de nossa natureza, já que estão presentes em todos, sejam a base da legislação.
d) as leis de cada país garantam a liberdade de cada indivíduo em buscar sua própria
felicidade, ainda que a felicidade de um não seja compatível com a felicidade de outro.
RESPOSTA: Letra A.
DICA 28
MONTESQUIEU
Autor de "Espírito das Leis", o pensador francês tinha visões mais alinhadas ao
pensamento de Locke, mesmo sendo nobre, enxergava a decadência da monarquia, e
tinha uma preocupação em fazer a mudança do governo de forma mais ponderada. Vem
deste filósofo a ideia de separação dos poderes. Lembrando que a separação dos poderes
foi trabalhada de forma mais incisiva pelos Federalistas.
Visionário, Montesquieu já previa um possível conflito entre a nobreza e o povo.
Conflito este que eclodiu na Revolução Francesa. Montesquieu concebeu o Poder
Judiciário, e mais: Ele via a divisão de poderes como algo necessário, parasse manter o
equilíbrio.
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DICA 29
TEORIA DE IMMANUEL KANT
Immanuel Kant (1724-1804) é um dos maiores representantes da filosofia do século
XVIII, fundou o criticismo filosófico. O pensamento do filósofo Immanuel Kant teve
grande influência na limitação entre moral e direito. Logo, para Kant os seres humanos
são livres, mas para ele também a liberdade em si não é fazer o que se deseja
(como os utilitaristas), uma vez que fazer o que se deseja torna o ser humano escravo de
suas vontades. Ou seja, para Kant o homem deve fazer o que é certo, não pelo medo da
consequência, mas sim pela razão correta de uma ação.
Sua obra mais conhecida é “Crítica da Razão Pura”, mas também há outras obras, como
por exemplo “A Metafísica dos Costumes”, “A Fundamentação da Metafísica dos
Costumes” entre outros.
DICA 30
TEORIA DE HUGO GRÓCIO
O holandês Hugo Grócio nasceu em 1583, em uma cidade bem comercial. Muitos o
consideram o pai do Direito Internacional. Era um defensor do jusnaturalismo,
porém para ele o direito natural nasce na natureza humana racional. É de suma
importância que você saiba que foi nesta época que houve uma espécie de separação da
teologia da ética. Protestante, Grócio tinha uma preocupação com conflitos religiosos,
tanto com os conflitos entre católicos e protestantes quanto com os conflitos entre os
protestantes (arminianos X calvinistas). Ou seja, ele traz um sistema de justiça, direito
natural e ética baseado na razão, sem interferências de cunho religioso. Suas ideias fazem
parte do chamado jusnaturalismo racional.
Mas por qual motivo ele é considerado como pai do Direito internacional?
Simples, na visão do pensador Grócio, ele discorre sobre uma sociedade internacional, que
tivesse regras de convivência pacificas, com base no concesso, algo muito parecido com o
que vemos hoje nas Nações Unidas.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 31
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: HABEAS CORPUS
ATENÇÃO!
HABEAS CORPUS:
sua principal finalidade é a proteção à liberdade de locomoção
contra abuso de poder e ilegalidades; ao passo que sua principal característica é a
informalidade.
DICA 32
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE SEGURANÇA E HABEAS DATA
MANDADO DE SEGURANÇA:
tem por objetivo resguardar direito líquido e certo
contra abuso de poder ou ilegalidade praticado por autoridade pública ou agente de
pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;
Caráter subsidiário, uma vez que será utilizado quando não couber impetração de
habeas corpus ou habeas data.
HABEAS DATA:
será concedido habeas data com o objetivo de assegurar o
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público; ou
ainda para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo ou processo sigiloso,
judicial ou administrativo.
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DICA 33
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS: MANDADO DE INJUNÇÃO E AÇÃO POPULAR
MANDADO DE INJUNÇÃO
cabível em caso de omissão total ou parcial de norma
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania, ex. art. 37, VII,
CF/88.
AÇÃO POPULAR:
qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o
Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural.
Não é necessário a ocorrência de efetivo dano patrimonial para que a ação seja
proposta; isto é; a lesão à moralidade não pressupõe a lesão material.
DICA 34
REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
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DICA 35
NACIONALIDADE
A Constituição Federal, em seu Art. 12, §2º, proíbe diferenciação entre brasileiros natos e
naturalizados.
Carreira diplomática;
ATENÇÃO!
DICA 36
DIREITOS POLÍTICOS
São direitos que asseguram a soberania popular, através do alistamento eleitoral, o qual
garante o exercício da cidadania.
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DICA 37
DIREITOS POLÍTICOS
Sobre o tema dos direitos políticos, tem sido cobrado em provas de concursos apenas a
literalidade dos dispositivos legais dos arts. 14 a 16, da CF.
DIREITO DE VOTAR
Analfabetos Estrangeiros
DICA 38
DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS
Os direitos políticos positivos permitem a participação do indivíduo no processo
eleitoral e na vida política do Estado.
ATENÇÃO!
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18 anos para Vereador.
DICA 39
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
Os direitos políticos negativos referem-se às inelegibilidades, condições específicas que
impedem o registro da candidatura.
São hipóteses:
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Caso não renuncie o mandado, haverá uma causa de inelegibilidade relativa, que o
impedirá de disputar as eleições ao Senado Federal.
DICA 41
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – INELEGIBILIDADE EM RAZÃO DO
PARENTESCO
Essa espécie de inelegibilidade relativa, quanto ao parentesco, também somente se
aplica aos cargos de Chefe do Executivo.
Dispõe o art. 14, §7º, da CF que “São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.”
Suponha que o filho do Governador do estado A queira concorrer às próximas eleições
para o cargo de deputado estadual do estado A. Caso o Governador esteja exercendo o
seu mandato, o filho do Governador não poderá se candidatar ao cargo de deputado
estadual daquele mesmo estado.
Exceções:
Se o filho do governador do estado A se candidatar para deputado estadual ou qualquer
outro cargo em outro estado, não haverá inelegibilidade;
Se o filho do governador já exercia o cargo político de deputado estadual no estado A,
não haverá inelegibilidade se ele se candidatar à reeleição, mesmo que o governador seja
seu pai;
Por fim, se o Governador renunciar ao mandato 6 meses antes do pleito, o seu filho
poderá se candidatar a cargo eletivo no mesmo estado.
DICA 42
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – MILITARES
Os militares conscritos são inalistáveis e, por consequência, são inelegíveis de forma
absoluta.
Os militares alistáveis, que não estão conscritos, são elegíveis, atendidas as seguintes
condições:
Militar com menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
Militar com mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
DICA 43
DIREITOS POLÍTICOS – PERDA, SUSPENSÃO E ANTERIORIDADE DA LEI
ELEITORAL
É vedada a cassação dos direitos políticos, contudo é possível a perda ou suspensão
(art. 15, da CF).
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PERDA SUSPENSÃO
Fique atento!
A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não
se aplicando à eleição que ocorra até 1 ano da data de sua vigência.
(OAB 2022 - EXAME XXXIV) Faltando um ano e meio para a eleição dos cargos políticos
federais e estaduais, é promulgada pelo Presidente da República uma lei que estabelece
diversas alterações no processo eleitoral. Alguns partidos políticos se insurgem, alegando
ser inconstitucional que essa lei produza efeitos já na próxima eleição. Afirmam que uma
nova lei eleitoral não pode ser aplicada na eleição imediata, pois isso contrariaria o
princípio da anterioridade.
No que tange à discussão referida, a possibilidade de a referida lei produzir efeitos já nas
próximas eleições é
(a) constitucional, já que o lapso temporal, entre a data de entrada em vigor da lei e a
data da realização da próxima eleição, não afronta a regra temporal imposta pela
Constituição Federal.
(b) inconstitucional, por violação expressa ao princípio da anterioridade da legislação
eleitoral, nos limites que a Constituição Federal de 1988 a ele concedeu.
(c) inconstitucional, porque qualquer alteração do processo eleitoral somente poderia vir a
ocorrer por via do poder constituinte derivado reformador.
(d) constitucional, pois a Constituição Federal não impõe ao legislador qualquer limite
temporal para a realização de alteração no processo eleitoral.
Gabarito: Letra A
Comentário:
No caso da questão verifica-se que a lei foi promulgada 1 ano e meio antes da eleição
apresentada, de modo que a nova norma pode ser aplicada a eleição seguinte, conforme
previsão do art. 16 da Constituição Federal.
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Art. 16, CF. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.
DICA 44
PARTIDOS POLÍTICOS - DISPOSIÇÕES GERAIS
A Constituição Federal dispõe sobre os partidos políticos no art. 17. Vejamos algumas
das regras mais importantes:
Vigora o Princípio da Liberdade de Organização Partidária, pois é livre a criação,
fusão, incorporação e extinção de partidos políticos.
Essa liberdade, contudo, é mitigada. Devem ser respeitadas a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana.
Não confundir o Pluripartidarismo, com o Fundamento da República (art. 1º, da
CF) Pluralismo Político.
caráter nacional;
proibição de recebimento de recursos financeiros estrangeiros;
ATENÇÃO!
Dispõe ainda o art. 17, §5º, da CF - Ao eleito por partido que não preencher os requisitos
previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda
do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada
para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo
de rádio e de televisão.
JURISPRUDÊNCIA
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ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade partidária importante
para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da eleição sejam
minimamente preservadas. Daí a legitimidade de se decretar a perda do mandato do
candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. O sistema majoritário,
adotado para a eleição de presidente, governador, prefeito e senador, tem
lógica e dinâmica diversas da do sistema proporcional. As características do sistema
majoritário, com sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda do
mandato, no caso de mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a
soberania popular (CF, art. 1º, parágrafo único; e art. 14, caput). [ADI 5.081, rel.
min. Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-8-2015.]
DICA 45
CLÁUSULA DE BARREIRA
Artigo 17, §3º - “Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:
obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou
ATENÇÃO!
Essa rígida “cláusula de barreira”, contudo, somente será aplicada a partir das eleições
de 2030, prescrevendo a EC n. 97/2017 regras de transição.
CURIOSIDADE:
Na legislatura seguinte às eleições de 2018:
obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com
um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas;
b) tiverem elegido pelo menos 9 Deputados Federais distribuídos em pelo menos
1/3 das unidades da Federação;
obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um
mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas;
b) tiverem elegido pelo menos 11 Deputados Federais distribuídos em pelo menos
1/3 das unidades da Federação;
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NA LEGISLATURA SEGUINTE ÀS ELEIÇÕES DE 2026:
obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com
um mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada uma delas;
FORMAS DE GOVERNO
MONARQUIA REPÚBLICA
Irresponsabilidade; Responsabilidade;
Hereditariedade; Eletividade;
SISTEMA DE GOVERNO
PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO
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FORMAS DE ESTADO
DICA 47
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO - ADMINISTRATIVA
A República Federativa do Brasil compreende a União, Estados, DF e Municípios.
A CF adotou o que a doutrina denomina de Federalismo de 3º GRAU, pois além das
esferas Federal e Estadual, reconheceu os Municípios como integrantes da Federação.
A União, estados, DF e Municípios são autônomos, o que significa que são dotados de
autoadministração, auto-organização e autogoverno.
Vejamos:
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DICA 49
COMPETÊNCIAS
Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
Emitir moeda;
PA
GE
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Conceder anistia;
toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos
e mediante aprovação do Congresso Nacional;
PA
GE
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DICA 51
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
A Competência privativa está relacionada a matéria legislativa.
Mnemônico: CAPACETE PM
C Civil
A Agrário
P Penal
A Aeronáutico
C Comercial
E Eleitoral
T Trabalho
E Espacial
P Processual
M Marítimo
Desapropriação;
Serviço postal;
Trânsito e transporte;
Populações indígenas;
PA
GE
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Seguridade social;
Registros públicos;
PA
GE
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DICA 54
COMPETÊNCIA CONCORRENTE
A Competência concorrente se relaciona com matérias legislativas e são
compartilhadas entre a União, estados e DF.
ATENÇÃO!
Mnemônico:
T Tributário
E Econômico
P Penitenciário
U Urbanístico
F Financeiro
Juntas comerciais;
Produção e consumo;
PA
GE
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DICA 55
COMPETÊNCIA CONCORRENTE
Na competência concorrente, a CF enumerou diversos assuntos que deverão ser
disciplinados pela União, estados e DF.
Caso a União edite uma norma GERAL depois que o Estado já disciplinou o tema de
forma plena (geral e específica), a norma federal suspende a lei estadual, no que for
contrário.
ATENÇÃO!
DICA BÔNUS
COMPETÊNCIA DOS ESTADOS
A competência legislativa dos estados é residual, o que significa que o estado irá legislar
sobre as matérias que não sejam de competência da União e nem dos municípios.
Existem duas previsões importantes sobre a capacidade legislativa dos estados na CF.
PA
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CAPACETE PM; Previdência social, proteção e
defesa da saúde;
Seguridade social;
Procedimentos em matéria
Direito Processual. processual.
PA
GE
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DIREITOS HUMANOS
DICA 56
OUTROS INSTRUMENTOS
A base dos instrumentos normativos foi a DUDH (Declaração Universal de Direitos
Humanos) e os pactos internacionais, mas com o tempo outros foram desenvolvidos
com o objetivo de prevenção da discriminação ou a proteção de vulneráveis.
Por existir muitas convenções, mesmo que seja raro, pode ocorrer conflitos, devendo no
caso prevalecer a que melhor protege a dignidade da pessoa.
Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo
Facultativo.
DICA 57
SISTEMAS REGIONAIS DE PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS
A organização é realizada por camadas, busca uniformizar com as diretrizes gerais
que devem ser aplicadas em respeito à especificidade de cada um, mas estão todos
interconectados
Sistemas Regionais:
Europa: Convenção Europeia dos Direitos Humanos (1953).
Américas: Convenção Americana sobre Direitos Humanos (1978).
África: Carta dos Direitos Humanos e dos Povos (1981) – Organização da Unidade
Africana.
PA
GE
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Muçulmanos: Declaração do Cairo sobre Direitos Humanos no Islã promulgada pela
Organização para a Cooperação Islâmica (OCI).
Ásia: Carta Asiática dos Direitos Humanos (1986).
Sistemas Nacionais.
DICA 58
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS (OEA)
Criado em 1949, está sediada em Washington/EUA, possui 35 estados-membros, todos
os países das Américas e o Caribe (exceto: Guiana Francesa que integra o sistema
europeu).
Possui uma segurança coletiva, pois um ato contra a integridade ou inviolabilidade do
território ou contra soberania de um Estado, será considerada um ato de agressão contra
todos os demais Estados.
Visa também o desenvolvimento integral de seus membros, o que acaba
interligando os direitos de primeira e segunda dimensão.
DICA 59
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS (PACTO DE SAN JOSÉ DA
COSTA RICA)
Celebrada em San José, em 1969, é o principal instrumento do sistema Interamericano,
ratificada e promulgada pelo Brasil em 1992.
O Brasil ratificou e promulgou com reservas dos artigos 43 e 48, ou seja, precisa de
anuência do Brasil para a realização das visitas e inspeções.
O Direito à vida está previsto no artigo 4º da Convenção Americana, direito básico para
o exercício dos demais.
A Convenção não aboliu a pena de morte, apenas em 1990 por meio do protocolo
facultativo, onde os Estados podem apresentar reserva para aplicá-la, o Brasil utilizou a
reserva ao estabelecer que não haverá pena de morte, salvo em caso de guerra
declarada.
O direito a integridade pessoal/proibição de tortura, está presente o art. 5º da
Convenção, seja qual for o ato ilícito cometido, todo indivíduo tem direito a tal
integridade.
Proibição da escravidão e da servidão/trabalho forçado, previsão do art.6º da
Convenção, o Brasil já foi chamado diversas vezes para responder por denúncias.
Direito à Liberdade Pessoal/Proibição da Prisão por Dívida (art.7º) refletiu na questão
da prisão do depositário infiel, inclusive gerou a súmula vinculante 25.
A Convenção estabeleceu também garantias processuais (art.8º), direito a
indenização (art. 10), liberdade de pensamento e de expressão/censura prévia
(art. 13), direito de retificação ou resposta (art.14), direito de circulação e de
residência (art.22) e suspensão de garantias em período de ameaça ao Estado(art.27).
PA
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DICA 60
COMISSÃO E CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS
São órgãos de fiscalização, a comissão é um órgão executivo/quase judicial (mais
cobrada no exame da OAB) e a corte é órgão jurisdicional.
PA
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DIREITO INTERNACIONAL
DICA 61
INGRESSO E PERMANÊNCIA REGULAR NO BRASIL
O estrangeiro ao ingressar no Brasil deverá apresentar um dos documentos previstos
no art. 5º da Lei 13.445/2017, dentre eles o mais comum é o passaporte, mas cabe a
apresentação do laissez-passer, autorização de retorno e salvo-conduto.
De Visita (entrada de curta duração e sem intenção de estabelecer residência, usado nos
casos de turismo, negócios, trânsito, atividades artísticas ou desportivas e outras hipóteses
definidas em regulamento);
PA
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O REFÚGIO é mais geral, pode abranger situações de perigo a coletividade, possui
diretrizes definidas na Convenção das Nações Unidas dos Refugiados.
NÃO serão considerados como refugiados aqueles que praticaram crimes contra a
paz, crimes hediondos, crimes contra a humanidade, tráfico internacional de
entorpecentes e crimes comuns.
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DICA 64
CONCESSÃO DA EXTRADIÇÃO
Ocorre a partir de um juízo de deliberação, uma análise apenas dos requisitos formais.
o fato que motivar o pedido não for considerado crime no Brasil ou no Estado
requerente;
o Brasil for competente, segundo suas leis, para julgar o crime imputado ao
extraditando; a lei brasileira impuser ao crime pena de prisão inferior a 2
(dois) anos;
o fato constituir crime político ou de opinião (o crime pode deixar de ser considerado
político ou de opinião quando da apreciação do STF, na forma do art. 82, § 4º, da Lei n.
13.445/2017);
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DICA 65
FASE PROCESSUAL DA EXTRADIÇÃO
O processo de extradição ocorre em duas fases, uma administrativa e outra judicial:
A segunda fase, A JUDICIAL, onde o STF possui competência para processar e julgar
o processo de extradição, não podendo julgar o mérito, apenas analisará os requisitos.
Procedente a extradição: autorização não vincula o Presidente (livre para decidir
extraditar ou não, de acordo com sua conveniência e oportunidade).
Improcedente a extradição: vincula o Presidente (o Presidente não poderá extraditar
o indivíduo) - negada a extradição em fase judicial, não se admitirá novo pedido baseado
no mesmo fato.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
DICA 66
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
A não cumulatividade é o direito que o contribuinte tem de compensar em operações
futuras o tributo que ele já pagou. Quando apurar créditos e débitos realiza-se a
compensação.
Exemplo: “A” apura crédito na entrada e débito na saída, e realiza a compensação. No
caso, ele irá transferir o produto a 120 para B. B ao receber o produto irá perceber que 20
reais são fruto de ICMS, destacando-os como “crédito”. Ao vender o produto para C, por
200 reais, deveria incidir 40 reais de ICMS, esse será o “débito”. Compensando-se crédito
e débito, “B” realmente pagou a título de ICMS, 20 reais. Porém, ele pode transferir o
encargo econômico do tributo para “C”, vendendo-lhe o produto a 260 reais.
DICA 67
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
No caso da substituição tributária, quando o fato gerador não ocorre, o responsável
tem direito a restituição preferencial e imediata.
Exemplo: A (indústria) vende automóvel para B (comerciante) por 30.000 reais. “A”
terá que antecipar os tributos dessa transação, e os que incidem na transação de B ao
consumidor, ficando com um déficit de caixa (pois B e C somente lhe pagam depois de
ocorrido o FG). Não ocorrendo a venda do carro, ela terá direito à restituição.
Ademais, quando o fato gerador se realiza com valores diferentes dos “estimados” pelo
ente tributante, é devida a restituição ou complementação do tributo. STF no RE
10979998 (hipótese complementação), na ADI 2675 e ADI 2777, concluiu que se trata de
presunção relativa, assim, se o bem for vendido a valor menor/maior deve o contribuinte
ser ressarcido/complementar.
DICA 68
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
A responsabilidade por transferência (derivada ou de 2º grau) ocorre quando há uma
obrigação do devedor (responsável ou contribuinte) que é deslocada a outra pessoa
em razão de algum evento (inovação subjetiva).
Responsabilidade do responsável é subsidiária, supletiva, pessoal ou solidária a
obrigação do contribuinte. Contribuinte pratica o fato gerador e continua no polo passivo.
Porém, ocorre outro fato/situação (previsto em lei) irão transferir responsabilidade para
outra pessoa, de forma subsidiária, solidária ou integral.
DICA 69
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
O Código Tributário Nacional traz a cláusula geral de responsabilidade tributária,
afirmando que a lei de cada ente pode prever como responsável tributário o terceiro,
relacionada ao fato gerador (não pode praticá-lo, porque senão seria contribuinte), como
sendo a pessoa obrigada ao pagamento do tributo, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a supletivamente, exclusivamente ou ainda solidariamente
(está previsto em outro artigo do CTN).
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
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Art. 128, CTN - Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo
expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato
gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou
atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação.
BENS IMÓVEIS: referem-se aqueles tributos que por base a propriedade, a posse
e o domínio útil do imóvel. Nesses casos será responsável o adquirente será
responsável pelo recolhimento dos tributos. Entendimento do STJ é que essa
responsabilidade é aditiva, permanecendo o alienante no polo passivo, porque não há lei
que o retire deste local (AgInt no Agravo em REsp nº 942.940). Assim, tanto o vendedor
quanto o adquirente podem ser demandados pelo fisco. Inclusive, o adquirente será
considerado responsável pelos tributos não pagos anteriores do imóvel. Porque tributos
possuem característica propter rem, a dívida acompanha a coisa com quem quer que
esteja.
Ex.: “A” vende imóvel para “B”, “B” passa a ser considerado contribuinte, pois é o
adquirente. Se o adquirente é pessoa que possui imunidade tributária, ele mesmo assim
poderá ser demandado, porque imunidade impede pessoa de ser contribuinte e não
responsável. Adquirente não será obrigado ao pagamento do tributo quando no momento
da aquisição houver prova da quitação do tributo, ou quando adquirir o imóvel em hasta
pública.
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pessoalmente responsáveis: III - o espólio, pelos tributos devidos pelo de cujus até a data
da abertura da sucessão. Espólio é representado pelo inventariante.
Depois de ocorrida a partilha, o cônjuge meeiro e os sucessores responderão, até o
limite da herança. Art.131 CTN II - o sucessor a qualquer título e o cônjuge meeiro, pelos
tributos devidos pelo de cujus até a data da partilha ou adjudicação, limitada esta
responsabilidade ao montante do quinhão do legado ou da meação;
Aberto o inventário espólio pode praticar fato gerador (na condição de contribuinte),
hipótese em que o inventariante responderá solidariamente ao espólio. Art. 134. CTN Nos
casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas
omissões de que forem responsáveis: IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo
espólio.
EM RESUMO:
DICA 72
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
PA
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Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas
jurídicas de direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada
por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou
sob firma individual.
Se a dissolução da empresa ocorrer de forma irregular, é possível a responsabilização
do sócio-gerente (unicamente, sócio com poder de administração).
Ex.: Pessoa Jurídica “A” que vende estabelecimento (padaria) para Pessoa Jurídica “B”,
e B continua realizando a atividade da padaria naquele estabelecimento, B será
responsável pelas dívidas tributárias ocasionadas pelos fatos geradores realizados por A.
Se B altera a atividade, ou seja, transforma aquele estabelecimento em um açougue, não
responderá pelas dívidas tributárias do contribuinte A.
Essa responsabilidade é solidária, pois o alienante não sairia do polo passivo da
obrigação, podendo o fisco cobrar dos dois. Não há responsabilidade integral se o
alienante continua a atividade/inicia nova atividade dentro de um período de seis
meses, pois neste caso tem bens para responder, fazendo que a responsabilidade do
adquirente seja subsidiária. Ou seja, em nenhum momento o vendedor (contribuinte) sai
do polo passivo. Art. 133. A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de
outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou
profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou
sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou
estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: I - integralmente, se o alienante
cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; II - subsidiariamente com o
alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis meses a contar da
data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, indústria ou
profissão.
DICA 75
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
PA
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HIPÓTESES:
Síndico pelo tributo devido pela massa falida. Comissário pelo tributo do concordatário.
DICA 76
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Síndico pelo tributo devido pela massa falida. Comissário pelo tributo do concordatário.
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DICA 77
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
Os diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado
para que respondam por atos praticados com excesso de poder, infração a lei, contrato ou
estatuto social devem possuir poder de gestão/administração.
CUIDADO!
DICA 78
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
O mero inadimplemento do tributo não enseja a responsabilização do sócio-gerente
ou diretor.
SÚMULA Nº 430
Assim, se há uma pessoa jurídica que pratica fato gerador do ICMS, essa PJ deve
calcular, declarar e pagar o tributo. Se a pessoa jurídica não paga tributo o Fisco
considerava que ocorreu uma infração à lei (que prevê como ocorrerá o lançamento), ao
contrato social e ao estatuto, gerando responsabilidade ao sócio administrador por
infração. Porém, o STJ entendeu que não há responsabilidade do sócio gerente, pois com
isso se estaria aniquilando a pessoa jurídica, pois não haveria proteção ao patrimônio dos
sócios. Porque pessoa jurídica pode estar devendo até por opção empresarial.
DICA 79
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
PA
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Memorex OAB – Exame XXXVIII – Rodada 03
Mudança da sede da atividade sem comunicação ao Fisco e sem alterar o contrato
social: nesse há violação ao contrato social, que equivale a dissolução irregular. Ou
seja: inadimplemento aliado à dissolução irregular da PJ gera responsabilidade do sócio-
gerente. Falência: não é hipótese de dissolução irregular.
ME/EPP: é possível a dissolução da empresa sem a quitação dos tributos devidos (art.9º,
§5º da LC 123/06). Independente disso é possível a responsabilização dos sócios se a
dissolução ocorrer de forma irregular e houver inadimplemento.
DICA 80
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA
PA
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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 81
LICITAÇÃO (Lei nº. 14.133/2021) - MODALIDADES E CRITÉRIOS
Contratação de bens e
PREGÃO Menor preço e maior desconto
serviços comuns
DIÁLOGO
Novação tecnológica Todas as modalidades
COMPETITIVO
DICA 82
CONTRATAÇÃO DIRETA
A contratação direta pode ocorrer nos casos de dispensa e inexigibilidade.
Serão necessários os seguintes DOCUMENTOS:
Estimativa de despesa;
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Justificativa de preço;
DICA 83
CONTRATAÇÃO DIRETA INDEVIDA
Dolo;
Fraude;
Erro grosseiro.
Nesses casos o contratado e o agente público serão responsáveis pelo dano causado
ao erário de forma solidária!
A responsabilidade solidária faz com que os dois sejam responsáveis na mesma
medida e ao mesmo tempo.
A responsabilidade solidária pelo dano não exclui a responsabilidade penal ou
administrativa.
DICA 84
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Será inexigível a licitação quando for inviável a competição, ou seja, não existe
possibilidade de competição.
São as hipóteses:
PA
GE
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DICA 85
INEXIGIBILIDADE DE LICITAÇÃO
Serão inexigíveis os seguintes serviços técnicos especializados de natureza
predominantemente intelectual com profissionais ou empresas de notória
especialização:
DICA 86
CONCEITOS IMPORTANTES DA INEXIGIBILIDADE
Empresário exclusivo:
Notória especialização:
Profissional ou a empresa
PA
GE
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Trabalho essencial;
Reconhecidamente adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
DICA 87
DISPENSA PELO VALOR
Os valores serão duplicados para compras, obras e serviços contratados por consórcio
público ou por autarquia OU fundação qualificadas como agências executivas na
forma da lei.
DICA 88
EXEMPLOS DE OUTRAS LICITAÇÕES DISPENSÁVEIS
Materiais de uso das Forças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
administrativo;
PA
GE
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o ato que autorizou sua lavratura,
o número do processo da licitação ou da contratação direta e
a sujeição dos contratantes às normas desta Lei e às cláusulas contratuais.
Os contratos deverão estabelecer com clareza e precisão as condições para sua
execução, expressas em cláusulas que definam os direitos, as obrigações e as
responsabilidades das partes, em conformidade com os termos do edital de licitação e
os da proposta vencedora ou com os termos do ato que autorizou a contratação direta e
os da respectiva proposta.
DICA 90
TERMO DE CONTRATO
A Administração convocará regularmente o licitante vencedor para assinar o termo de
contrato ou para aceitar ou retirar o instrumento equivalente, dentro do prazo e nas
condições estabelecidas no edital de licitação, SOB PENA de decair o direito à contratação,
SEM prejuízo das sanções previstas na Lei 14.133/21.
O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1 vez, por igual período, mediante
solicitação da parte durante seu transcurso, devidamente justificada, e desde que o
motivo apresentado seja aceito pela Administração.
Será facultado à Administração, quando o convocado não assinar o termo de contrato ou
não aceitar ou não retirar o instrumento equivalente no prazo e nas condições
estabelecidas, convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classificação, para
a celebração do contrato nas condições propostas pelo licitante vencedor.
Decorrido o prazo de validade da proposta indicado no edital SEM convocação para a
contratação, ficarão os licitantes liberados dos compromissos assumidos.
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DICA 91
CLÁUSULAS OBRIGATÓRIAS
São necessárias em todo contrato cláusulas que estabeleçam:
as garantias oferecidas para assegurar sua plena execução, quando exigidas, inclusive
as que forem oferecidas pelo contratado no caso de antecipação de valores a título de
pagamento;
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os casos de extinção.
DICA 92
DA DIVULGAÇÃO NO PORTAL NACIONAL DE CONTRATAÇÕES PÚBLICAS (PNCP)
A divulgação no Portal Nacional de Contratações Públicas (PNCP) é condição
indispensável para a eficácia do contrato e de seus aditamentos e deverá ocorrer nos
seguintes prazos, contados da data de sua assinatura:
do cachê do artista,
do transporte,
da hospedagem,
da infraestrutura,
da logística do evento e
PA
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em até 45 (quarenta e cinco) dias úteis após a CONCLUSÃO do contrato: os
quantitativos executados e os preços praticados.
compras com entrega imediata e integral dos bens adquiridos e dos quais NÃO
resultem obrigações futuras, inclusive quanto a assistência técnica, independentemente
de seu valor.
ATENÇÃO!
DICA 93
DAS PRERROGATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO
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DICA 94
DA ALTERAÇÃO DOS CONTRATOS E DOS PREÇOS
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Sônia, que trabalha como faxineira diarista, quebrou o fêmur da perna direita em razão
do ocorrido e ficou internada no hospital por 60 dias, sem poder trabalhar.
Após receber alta, Sônia procurou você, como advogado(a), para ajuizar ação
indenizatória em face
(a) da concessionária, com base em sua responsabilidade civil objetiva, para cuja
configuração é desnecessária a comprovação de dolo ou culpa de Rafael.
(b) do Estado, como poder concedente, com base em sua responsabilidade civil direta e
subjetiva, para cuja configuração é prescindível a comprovação de dolo ou culpa de
Rafael.
(c) de Rafael, com base em sua responsabilidade civil direta e objetiva, para cuja
configuração é desnecessária a comprovação de ter agido com dolo ou culpa,
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
PA
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assegurado o direito de regresso contra a concessionária.
(d) do Município, como poder concedente, com base em sua responsabilidade civil
objetiva, para cuja configuração é imprescindível a comprovação de dolo ou culpa de
Rafael.
Gabarito: letra A.
Nessa situação, o Estado apenas irá ser responsável pelo dever de indenizar caso a
concessionária não tenha recurso financeiros para cumprir a obrigação. Por isso, fala-se
que a responsabilidade do Estado (nesse caso) será subsidiária.
DICA 97
RESPONSABILIDADE CIVIL POR ATO LEGISLATIVO
Em regra, não cabe indenização.
Exceção:
Atualmente, aceita-se a responsabilidade do Estado por atos legislativos pelo menos nas
seguintes hipóteses:
Leis inconstitucionais;
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Exceção: o Estado poderá ser dispensado de indenizar se ele conseguir provar que a
morte do detento não podia ser evitada. Neste caso, rompe-se o nexo de causalidade
entre o resultado morte e a omissão estatal.
Responsabilidade civil do Estado por danos decorrentes do comércio de fogos de
artifício
Info 969, STF: (...) Para que fique caracterizada a responsabilidade civil do Estado por
danos decorrentes do comércio de fogos de artifício, é necessário que exista a violação de
um dever jurídico específico de agir, que ocorrerá quando for concedida a licença para
funcionamento sem as cautelas legais ou quando for de conhecimento do poder público
eventuais irregularidades praticadas pelo particular. (...) (STF. Plenário. RE 136861/SP,
rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
11/3/2020) (repercussão geral – Tema 366)
DICA 99
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Em suma, lembrar sempre que, quanto ao órgão que exerce, são três formas de controle
realizado, são eles: Executivo, Legislativo e Judiciário. O Executivo, é realizado pela
própria administração pública, ao passo que o Legislativo é exercido pelo tribunal de
contas e pelo parlamento (leia-se: Câmara, Senado e Assembleia Legislativa). Por sua
vez, o Judiciário atua somente em casos que são levados ao seu conhecimento, como
situações de ilegalidade, violação de princípios constitucionais, desvio de poder e
finalidade...
A administração pode exercer o controle sob seus próprios atos? SIM! O STF,
inclusive, já pacificou isso através da Súmula 473 (vale a pena dar uma lida, essa súmula
é a “queridinha” das bancas”
DICA 100
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Quanto ao fundamento, é importante lembrar que o controle realizado pela
administração pública pode ser hierárquico ou finalístico. Vejamos:
HIERÁRQUICO
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DICA 101
CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: REVOGAÇÃO DO ATO
Quanto ao controle realizado pela Administração Pública nunca é demais lembrar quando
um ato pode ou não ser revogado. Nessa linha de raciocínio, nada melhor que uma
tabela para melhor compreensão. Vejamos:
DICA 102
FORMA DE CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Formas de controle da administração pública:
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DIREITO AMBIENTAL
DICA 103
DOS ESPAÇOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS
Tendo em vista que alguns espaços territoriais possuem características ambientais
diferentes, é imprescindível que o Poder Público dê especial proteção, em observância ao
direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, indispensável à sadia
qualidade de vida.
Esta é uma competência comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios que
devem definir os espaços territoriais e protegê-los de forma especial.
APP legalmente definida: são aquelas assim definidas pela simples localização da área.
APP por ato do Poder Executivo: são também chamadas de APP’s administrativas,
são localizadas em áreas cobertas com florestas ou outras formas de vegetação. É
necessária declaração de interesse social através de ato do chefe do poder Executivo.
DICA 105
RESERVA LEGAL
Constitui Reserva Legal a área localizada no interior da propriedade ou posse rural,
possuindo a função de assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos
naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e
promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigo e a proteção de fauna
silvestre e da flora nativa.
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Enquanto a APP pode se dar tanto em imóveis rurais quanto urbanos, a Reserva Legal é
aplicável apenas às propriedades e posses rurais.
A Reserva Legal deve ser conservada com sua cobertura de vegetação nativa.
Os percentuais que devem ser observados nas Reservas Legais são os seguintes:
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Admite-se tanto o uso indireto quanto o uso direto sustentável dos seus atributos
naturais.
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florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável
de florestas nativas. Permite visitação. São públicas.
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DIREITO CIVIL
DICA 108
TEORIA GERAL DOS CONTRATOS
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DICA 110
DESDOBRAMENTOS DA BOA-FÉ OBJETIVA
VENIRE CONTRA A parte não pode ter um comportamento contrário ao que foi
FACTUM estipulado com os contratantes.
PROPRIUM
DICA 111
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
Para a formação de um contrato é necessário a vontade das partes, prestação e uma
finalidade (plano de existência).
São requisitos necessários à validade de um contrato (art.104, CC):
Partes capazes;
Objeto lícito, possível e determinado ou determinável;
Forma prescrita ou não defesa em lei.
TOME NOTA: A formação do contrato ocorre mediante a manifestação da
vontade. No entanto, há situações em que o silêncio da parte importa anuência em
contratar. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o
autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa (art. 111, CC).
DICA 112
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
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OBS: Reputar-se-á́ celebrado o contrato no lugar em que foi proposto (art. 435,
CC). Entretanto, se as partes residirem em países distintos, considera-se o domicílio
do proponente (art. 9º, § 2º, LINDB).
DICA 113
VÍCIOS REDIBITÓRIOS
São defeitos desconhecidos ou ocultos no objeto do contrato que prejudica o uso ou
reduz o seu valor.
PRAZOS PARA INGRESSAR COM A AÇÃO EDILÍCIA:
DICA 114
EVICÇÃO
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DICA 116
RESOLUÇÃO
DICA 117
TEORIA DO ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL
A teoria do adimplemento substancial impede que uma das partes peça a resolução do
contrato por motivo de inadimplência mínima. Essa teoria tem por objetivo obstar o
credor de resolver a ligação contratual em razão de inadimplemento de ínfima parcela da
obrigação. A via judicial cabível para esse fim é a ação de resolução contratual.
"A teoria do substancial adimplemento visa a impedir o uso desequilibrado do direito de
resolução por parte do credor, preterindo desfazimentos desnecessários em prol da
preservação da avença, com vistas à realização dos princípios da boa-fé e da função social
do contrato"- Ministro Luis Salomão STJ REsp 1.051.270
DICA 118
CONTRATO DE COMPRA E VENDA
O contrato de compra e venda é um contrato bilateral, oneroso e comutativo em que uma
das partes transfere a propriedade de um bem para a outra mediante o
pagamento de um valor pecuniário.
Elementos essenciais:
Consentimento das partes;
Objeto: que deve ser lícito, possível, determinado ou determinável;
Preço: valor em pecúnia (dinheiro) do bem, que será́ designado pelas partes ou por
um terceiro, que deverá aceitar a incumbência (art. 485, CC).
DICA 119
TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE
A transferência da propriedade do bem ocorrerá em momentos diversos, de acordo com a
sua natureza. Se o bem for móvel, a tradição do bem transfere a sua propriedade. Se o
bem for imóvel, somente o registro no respectivo Registro de Imóveis operará a sua
transferência.
IMPORTANTE! O comprador é o responsável pelas despesas referentes ao
contrato e transferência, ao passo que o vendedor é o responsável pelas despesas
relativas à entrega do bem.
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DICA 120
CLÁUSULA DE RETROVENDA
A cláusula de retrovenda autoriza o vendedor, em prazo previamente estipulado (3
anos) a reaver o bem para si. Para isso, deverá devolver o valor recebido pelo bem e
restituir as despesas do comprador. Em caso de recusa do comprador, o vendedor poderá
exigir o retorno do bem judicialmente, realizando depósito judicial do seu valor (arts. 505
a 508, CC).
A cláusula de retrovenda pode ser exercida pelos herdeiros ou legatários do
falecido.
A cláusula de retrovenda poderá́ ser exercida contra terceiro adquirente (e ensejará
no cancelamento da venda).
DICA 121
CONTRATO DE DOAÇÃO
Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu
patrimônio bens ou vantagens para o de outra (art. 538 a 564, CC).
A doação é um contrato que pode ser feito por escritura pública ou particular.
A doação verbal só́ é válida quando o que se doou for um bem móvel de baixo
valor.
NÃO CONFUNDIR: A doação simples é um contrato gratuito, ao passo que a
doação que estipula encargo ao beneficiário (doação modal) é um contrato oneroso.
DICA 122
ESPÉCIES DE DOAÇÃO
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DICA 123
HIPÓTESES DE NULIDADE DA DOAÇÃO
A doação pode ser anulada em determinados casos:
Doação de todo o patrimônio. É nula a doação de todos os bens sem reserva de
parte, ou renda suficiente para a subsistência do doador (art. 548, CC);
Doação que exceder a parte disponível (a parcela referente à legítima dos
herdeiros necessários será́ considerada nula, art. 549, CC).
IMPORTANTE: A doação do cônjuge adúltero feita para amante é ANULÁVEL
(produz efeitos enquanto não declarada por sentença). São legitimados para propor Ação
Anulatória os herdeiros e o cônjuge em até 2 anos da dissolução do casamento (art. 550,
CC).
DICA 124
CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
Trata-se de um contrato em que uma pessoa (prestador ou executor) compromete-se a
realizar uma determinada atividade em favor de outra pessoa (tomador ou
solicitante), mediante certa remuneração (preço ou salário civil).
IMPORTANTE: Com o fim de evitar a contratação de serviços escravos, a lei
estabelece que o contrato de prestação de serviço só pode ser celebrado pelo prazo
máximo de 04 anos.
DICA 125
CONTRATO DE EMPREITADA
É o contrato pelo qual uma pessoa (dono da obra ou tomador) se compromete a pagar
determinada remuneração a outra pessoa (empreiteiro ou prestador) para a realização
de uma determinada obra.
NÃO CONFUNDIR: Na empreitada, há uma preocupação com o resultado
propriamente dito (obrigação de resultado). Já na prestação de serviço, há uma
preocupação maior com o fazer, com a atividade (obrigação de meio).
DICA 126
CONTRATO DE COMODATO
O contrato de comodato, é o empréstimo de bem infungível/insubstituível, sendo
conhecido como empréstimo de uso. Ex.: Empréstimo de imóvel/móvel.
O comodatário deve conservar a coisa, não podendo desviar o uso e deverá restituir a
coisa, pagando as despesas do uso.
Se a coisa se deteriorar ou perecer sem a culpa do comodatário, mesmo assim ele será
responsável pelas perdas e danos.
Se o comodatário não entregar a coisa, o comodante poderá arbitrar o aluguel pena,
junto com perdas e danos.
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DICA 127
CONTRATO DE MÚTUO
Trata-se do empréstimo de coisas fungíveis/substituíveis, sendo que o mutuário é
obrigado a restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do mesmo gênero, mesma
qualidade e mesma quantidade. Ex: Empréstimo de dinheiro.
OBS: O Contrato celebrado com menor de idade, sem autorização do seu
responsável, não poderá ser cobrado pelo mutuante a restituição dele (art. 588 e 589,
CC).
DICA 128
CONTRATO DE FIANÇA
Pelo contrato de fiança (contrato acessório), uma pessoa garante satisfazer ao credor
uma obrigação assumida (contrato principal) pelo devedor, caso este não a cumpra
(art. 818, CC).
O fiador responde somente até o limite de onde se obrigou (arts. 822 e 823, CC).
Caso o contrato principal seja declarado nulo ou desconstituído, a fiança seguirá o mesmo
caminho, pois é um contrato acessório.
DICA 129
BENEFÍCIO DE ORDEM
O contrato de fiança é subsidiário, isto é, em regra, a responsabilização do fiador é
subsidiária em relação ao devedor. Logo, o fiador goza do benefício de ordem. Nesse
caso, o credor deve primeiro cobrar o devedor e, se infrutífera a cobrança, após esgotar
todo o patrimônio do devedor, poderá cobrar o fiador. Salvo estipulação em contrária,
não há solidariedade entre o devedor e o fiador.
DICA 130
CONTRATO DE LOCAÇÃO
É o contrato pelo qual uma das partes se obriga a ceder à outra, por tempo determinado
ou não, o uso e gozo de coisa não fungível, mediante certa retribuição (art. 565, CC).
LOCADOR LOCATÁRIO
Deve entregar a coisa ao locatário no Deve cuidar do bem como se fosse seu;
estado de servir de uso a que se destina;
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DICA 131
CONTRATO DE SEGURO
O contrato de seguro é aquele em que o segurador se compromete a garantir ao
segurado, em caso de ocorrência de um sinistro, a indenização contra eventuais riscos
referentes a uma pessoa ou coisa.
IMPORTANTE: A Súmula 610 do STJ determina que o suicídio não é coberto nos
dois primeiros anos de vigência do contrato de seguro de vida, ressalvado o direito
do beneficiário à devolução do montante da reserva técnica formada.
DICA 132
CONTRATO DE CORRETAGEM
Pelo contrato de corretagem, uma pessoa, não ligada a outra em virtude de mandato, de
prestação de serviços ou por qualquer relação de dependência, obriga-se a obter para a
segunda um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas (art. 722, CC).
PEGADINHA DE PROVA:
Caso a venda do imóvel ocorra sem a participação do corretor e no contrato não conste
expressamente cláusula de exclusividade, não se faz necessário o pagamento da
comissão. Por outro lado, se constar cláusula expressa de exclusividade, será
necessário o pagamento da comissão mesmo que o corretor não tenha atuado na venda
do imóvel (art. 726, CC).
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ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE
DICA 133
CESSAÇÃO DA TUTELA
Cessará com a maioridade civil ou emancipação do menor ou se o menor cair sob
poder familiar, no caso de reconhecimento ou adoção.
Pessoas maiores de 18 anos estão aptas para adotar, independentemente de seu estado
civil.
O adotante deve ser pelo menos 16 anos mais velho do que o adotando.
A sentença de adoção:
inscrita no registro civil mediante mandado do qual não se fornecerá certidão;
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Registro civil da adoção: constará o nome dos adotantes com pais e seus ascendentes;
conferirá ao adotado o nome do adotante, podendo modificar o pronome, se quiser; não
constará nenhuma informação sobre a origem do ato.
DICA 135
ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA
É um requisito previsto no ECA que permite que os pais e o menor convivam, para que
criem laços afetivos.
O período do estágio é de 90 (noventa) dias, podendo ser prorrogado por igual período
mediante decisão fundamentada.
Pode ser dispensado se o adotando já estiver sob guarda ou tutela do adotante.
É acompanhado pela equipe interprofissional a serviço da Justiça da Infância e da
Juventude, que apresentarão relatório minucioso acerca da conveniência do deferimento
da medida.
O estágio deverá ser cumprido em território nacional, caso a pessoa for domiciliada
fora do país, será de no mínimo 30 dias e no máximo 45 dias.
DICA 136
CADASTRO NACIONAL DE ADOÇÃO
adoção unilateral;
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DICA 137
PREFERÊNCIA NO TRÂMITE DA ADOÇÃO E OS CRITÉRIOS DE IDADE PARA
ADOÇÃO
O adotante: maiores de 18 anos e deverá ser pelo menos, 16 anos mais velho
que o adotando.
Caso a criança ou o adolescente tiver doença crônica ou deficiência, o processo terá
prioridade.
O prazo máximo de duração do processo de 120 dias, prorrogável uma vez, mediante
decisão fundamentada.
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CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
DICA 138
RESPONSABILIDADE CIVIL NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
No âmbito do direito do consumidor, foi adotada a teoria do risco da atividade e previu a
responsabilidade civil objetiva, ou seja, independente de comprovação de culpa,
presentes o dano e nexo de causalidade entre a ação/omissão e o dano, haverá a
responsabilidade civil.
Justifica-se a adoção da responsabilidade objetiva porque, diante da produção em massa e
da sociedade de consumo atual, não se poderia priorizar a responsabilidade subjetiva,
tendo em vista a vulnerabilidade do consumidor, que, muitas vezes não teria como
comprovar a responsabilidade do fornecedor.
A Teoria do Risco da Atividade significa que, aquele que exerce atividade econômica
para obtenção de lucro, deverá assumir os riscos do empreendimento, promovendo a
justiça distributiva na medida em que poderá alocar nos preços o valor do próprio risco.
São Elementos Da Responsabilidade Civil Objetiva:
Dano ou prejuízo ao consumidor.
Nexo de causalidade - vínculo que une ação ou omissão do fornecedor e o dano ou
prejuízo ao consumidor.
Defeito ou Vício do produto.
Ao contrário da responsabilidade civil objetiva, para a responsabilidade civil OBJETIVA
inexiste a exigência de dolo ou culpa.
Enquanto a responsabilidade civil prevista no CC/02 é dividida em Responsabilidade
contratual e Responsabilidade Extracontratual ou aquiliana, para o Direito do
Consumidor, a responsabilidade civil é unitária e deriva de um defeito ou vício do
produto. Nesse sentido, a Responsabilidade Civil objetiva do direito do consumidor é uma
responsabilidade civil unitária por defeito ou vício do produto.
Por fim, a responsabilidade civil no direito do consumidor é objetiva e solidária,
vinculando uma cadeia de fornecedores, consoante se verá adiante.
DICA 139
DEFEITO/FATO DO PRODUTO OU SERVIÇO
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I - sua apresentação;
II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi colocado em circulação
STJ, em decisão de 2021, STJ. 2ª Seção. REsp 1.899.304/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 25/08/2021, consoante minuciado no DOD (dizer o direito), “A simples
comercialização de alimento industrializado contendo corpo estranho é suficiente para
configuração do dano moral, não sendo necessária a sua efetiva ingestão”.
Haverá, na hipótese mencionada, um risco concreto à saúde e segurança do
consumidor, ou seja, a responsabilidade civil por fato do produto.
DICA 140
VÍCIO DE PRODUTO OU DE SERVIÇO
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o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor
ou importador;
força maior externa - evento previsível ou imprevisível, porém inevitável, decorrente das
forças da natureza, como um raio, a tempestade, etc.
Rizzatto Nunes explica que “quando o Código de Defesa do Consumidor afasta a força
maior e o caso fortuito, certamente os está afastando quando digam respeito aos
elementos intrínsecos ao risco da atividade do transportador, ou seja, o fortuito interno.
Contudo, quando se trata de fortuito externo, está se fazendo referência a um evento que
não tem como fazer parte da previsão pelo empresário na determinação do seu risco
profissional. A erupção de um vulcão é típica de fortuito externo porque não pode ser
previsto. Ocorre igualmente em caso de terremoto ou maremoto (ou, como se diz
modernamente, tsunami). E, claro, o mesmo se dá na eclosão de uma pandemia, como
está da Covid-19.”
O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter
sido colocado no mercado.
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Em se tratando de uma obrigação de resultado, poderá ser decretada a inversão
do ônus da prova, para que o fornecedor comprove que realizou o serviço de forma
adequada.
DICA 142
ASPECTOS ESPECÍFICOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL QUANTO AOS VÍCIOS DO
PRODUTO OU SERVIÇO
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a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de
eventuais perdas e danos.
Caso o vício seja insanável, o consumidor poderá, alternativamente e por sua escolha,
requerer a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas
condições de uso; a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada,
sem prejuízo de eventuais perdas e danos ou o abatimento proporcional do preço. Além
disso, o fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o
instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais.
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PROCESSO CIVIL
DICA 143
DOS PRONUNCIAMENTOS DO JUIZ
Os pronunciamentos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e
despachos.
Sentença é o pronunciamento por meio do qual o juiz, com fundamento nos arts. 485
(sem resolução de mérito) e 487 (com resolução de mérito), põe fim à fase cognitiva do
procedimento comum, bem como extingue a execução.
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O horário vigente no juízo perante o qual o ato deve ser praticado será considerado para
fins de atendimento do prazo.
Durante as férias forenses e nos feriados, não se praticarão atos processuais,
excetuando-se:
as citações, intimações e penhoras que poderão ser realizadas no período de férias
forenses, onde as houver, e nos feriados ou dias úteis fora do horário estabelecido e a
tutela de urgência.
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Memorex OAB – Exame XXXVIII – Rodada 03
caso de descumprimento. A decorrência do descumprimento injustificado é a instauração
de processo administrativo.
Caso seja intimado e o advogado não devolva os autos no prazo de 3 dias, perderá
o direito à vista fora de cartório e incorrerá em multa correspondente à metade do
salário-mínimo. Verificada a falta, o juiz comunicará o fato à seção local da Ordem dos
Advogados do Brasil para procedimento disciplinar e imposição de multa.
Se a situação envolver membro do Ministério Público, da Defensoria Pública ou da
Advocacia Pública, a multa, se for o caso, será aplicada ao agente público responsável
pelo ato. Verificada a falta, o juiz comunicará o fato ao órgão competente responsável
pela instauração de procedimento disciplinar contra o membro que atuou no feito.
DICA 147
DO PROCEDIMENTO CONTRA JUIZ OU RELATOR QUE INJUSTIFICADAMENTE
EXCEDER OS PRAZOS
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DICA 148
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ACERCA DA COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS
Os atos processuais serão cumpridos por ordem judicial.
A regra é que os atos devem ser cumpridos dentro do limite territorial da comarca em que
tramita o processo. Assim, o próprio órgão jurisdicional que deu a ordem executará seu
cumprimento por intermédio dos auxiliares da justiça (tema já tratado anteriormente).
Esse é o chamado princípio da aderência ao território.
Entretanto, caso os atos devam ser cumpridos fora dos limites territoriais da comarca,
será expedida carta para a prática.
O tribunal poderá expedir carta de ordem para juízo a ele vinculado, se o ato houver de
se realizar fora dos limites territoriais do local de sua sede.
Admite-se ainda, a prática de atos processuais por meio de videoconferência ou outro
recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real.
As cartas a serem expedidas são:
de ordem, pelo tribunal;
rogatória, para que órgão jurisdicional estrangeiro pratique ato de cooperação
jurídica internacional, relativo a processo em curso perante órgão jurisdicional
brasileiro;
precatória, para que órgão jurisdicional brasileiro pratique ou determine o
cumprimento, na área de sua competência territorial, de ato relativo a pedido de
cooperação judiciária formulado por órgão jurisdicional de competência territorial
diversa;
arbitral, para que órgão do Poder Judiciário pratique ou determine o cumprimento, na
área de sua competência territorial, de ato objeto de pedido de cooperação judiciária
formulado por juízo arbitral, inclusive os que importem efetivação de tutela provisória.
OBS: Se o ato relativo a processo em curso na justiça federal ou em tribunal superior
houver de ser praticado em local onde não haja vara federal, a carta poderá ser dirigida
ao juízo estadual da respectiva comarca.
DICA 149
DA INTIMAÇÃO
A intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém dos atos e dos termos do
processo.
É facultado aos advogados promover a intimação do advogado da outra parte por
meio do correio, juntando aos autos, a seguir, cópia do ofício de intimação e do aviso de
recebimento.
O ofício de intimação deverá ser instruído com cópia do despacho, da decisão ou da
sentença.
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As intimações realizam-se, sempre que possível, por meio eletrônico, na forma da
lei.
O Ministério Público, à Defensoria Pública e à Advocacia Pública são obrigados a manter
cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos.
A intimação será feita por oficial de justiça quando frustrada a realização por meio
eletrônico ou pelo correio.
A certidão de intimação deve conter:
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a indicação do lugar e a descrição da pessoa intimada, mencionando, quando
possível, o número de seu documento de identidade e o órgão que o expediu;
a declaração de entrega da contrafé;
a nota de ciente ou a certidão de que o interessado não a apôs no mandado.
Caso necessário, a intimação poderá ser efetuada com hora certa ou por edital.
DICA 150
DA DISTRIBUIÇÃO E DO REGISTRO
Todos os processos estão sujeitos a registro, devendo ser distribuídos onde houver
mais de um juiz.
A distribuição, que poderá ser eletrônica, será alternada e aleatória, obedecendo-se
rigorosa igualdade.
A lista de distribuição deverá ser publicada no Diário de Justiça.
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se a parte estiver representada pela Defensoria Pública;
se a representação decorrer diretamente de norma prevista na Constituição Federal ou
em lei (como no caso das advocacias públicas ou do MP em relação aos incapazes).
DICA 152
DO VALOR DA CAUSA
A toda causa será atribuído valor certo, ainda que não tenha conteúdo econômico
imediatamente aferível.
O valor da causa possui diversas utilidades no processo civil, como por exemplo servir de
base de cálculo para a taxa judiciária.
De acordo com o art. 292 do CPC, o valor da causa constará da petição inicial
ou da reconvenção e será:
se a obrigação for por tempo indeterminado ou por tempo superior a 1 ano → igual
a uma prestação anual;
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econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas
correspondentes.
O réu poderá impugnar, em preliminar da contestação, o valor atribuído à causa
pelo autor, sob pena de preclusão, e o juiz decidirá a respeito, impondo, se for o caso, a
complementação das custas.
DICA 153
DA TUTELA PROVISÓRIA
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DICA 154
DO PROCEDIMENTO DA TUTELA ANTECIPADA REQUERIDA EM CARÁTER
ANTECEDENTE
Concedida a tutela antecipada, autor tem o prazo mínimo de 15 dias para aditar a
petição inicial, sob pena de extinção do processo. O réu vai ser citado e intimado para a
audiência de conciliação ou de mediação.
Em sendo indeferida a tutela, o autor terá o prazo de 5 dias para emendar a petição
inicial, sob pena de extinção do processo.
Não interposto “recurso” contra decisão concessiva de tutela antecipada, pedida em
caráter antecedente, há estabilização da decisão e a extinção do processo.
Contudo, essa decisão não faz coisa julgada material, uma vez que essa pressupõe
decisão judicial de cognição exauriente, sendo que no caso da tutela de urgência
antecipada em caráter antecedente, o juízo é de cognição sumária (mais simples).
ATENÇÃO!
Não cabe ação rescisória nos casos estabilização da tutela antecipada de urgência.
(En. 33 FPPC).
Para uma primeira corrente, qualquer forma de oposição, e não apenas o recurso em si,
seria suficiente para impedir a estabilização.
Já para uma segunda corrente, apenas o recurso propriamente dito, que no caso é
o Agravo de Instrumento impede a estabilização.
O STJ, no informativo 658, adotou esse entendimento, ao afirmar que apenas a
interposição de agravo de instrumento contra a decisão antecipatória dos efeitos da tutela
requerida em caráter antecedente é que se revela capaz de impedir a estabilização, nos
termos do disposto no art. 304 do Código de Processo Civil.
Outra discussão relevante é quanto a interposição desse recurso pelo assistente simples.
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Nesse sentido o Enunciado 501, FPPC aduz que a tutela antecipada concedida em caráter
antecedente não se estabilizará quando for interposto recurso pelo assistente simples,
salvo se houver manifestação expressa do réu em sentido contrário.
Quanto a estabilização em face da Fazenda Pública, prevalece que é possível. Assim
como também é possível a negociação processual acerca da estabilização da tutela
antecipada antecedente.
A tutela antecipada antecedente pode ser deferida em ação rescisória, nesse caso, porém,
não ocorrerá a estabilização.
Enunciado 43, CJF: Não ocorre a estabilização da tutela antecipada requerida em
caráter antecedente, quando deferida em ação rescisória.
DICA 155
DA TUTELA DE EVIDÊNCIA
A tutela da evidência será concedida, independentemente da demonstração de
perigo de dano ou de risco ao resultado útil do processo, quando:
ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou o manifesto propósito
protelatório da parte;
as alegações de fato puderem ser comprovadas apenas documentalmente e houver
tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em súmula vinculante (nessa
hipótese o juiz poderá decidir liminarmente);
se tratar de pedido reipersecutório fundado em prova documental adequada do
contrato de depósito, caso em que será decretada a ordem de entrega do objeto
custodiado, sob cominação de multa (nessa hipótese o juiz poderá decidir liminarmente);
a petição inicial for instruída com prova documental suficiente dos fatos
constitutivos do direito do autor, a que o réu não oponha prova capaz de gerar
dúvida razoável.
DICA 156
DA FORMAÇÃO DO PROCESSO
De acordo com o art. 312 do CPC/15, considera-se proposta a ação quando a petição
inicial for protocolada, todavia, a propositura da ação só produz quanto ao réu os efeitos
mencionados no art. 240 (induzir litispendência, tornar litigiosa a coisa ou constituir em
mora o devedor, ressalvado o disposto nos arts. 397 e 398 depois que for validamente
citado.
Importa lembrar aqui que a “interrupção da prescrição operada pelo despacho que
ordena a citação, ainda que proferido por juízo incompetente, retroagirá à data de
propositura da ação”, conforme disposto no §1º, do art. 240 do CPC.
DICA 157
DOS REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL
A petição inicial indicará:
o juízo a que é dirigida;
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os nomes, os prenomes, o estado civil, a existência de união estável, a profissão, o
número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional da Pessoa
Jurídica, o endereço eletrônico, o domicílio e a residência do autor e do réu;
Caso não disponha dessas informações, poderá o autor, na petição inicial, requerer ao juiz
diligências necessárias à sua obtenção.
A petição inicial não será indeferida se, a despeito da falta dessas informações, for
possível a citação do réu.
A petição inicial não será indeferida pelo não atendimento dessas informações se a
obtenção delas tornar impossível ou excessivamente oneroso o acesso à justiça.
o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
o pedido com as suas especificações;
o valor da causa;
as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
a opção do autor pela realização ou não de audiência de conciliação ou de
mediação.
A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
DICA 158
DA EMENDA À PETIÇÃO INICIAL
O juiz, ao verificar que a petição inicial não preenche os requisitos dos arts. 319 e 320 ou
que apresenta defeitos e irregularidades capazes de dificultar o julgamento de mérito,
determinará que o autor, no prazo de 15 dias, a emende ou a complete, indicando com
precisão o que deve ser corrigido ou completado.
Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
Aplica-se aqui o princípio da primazia do julgamento do mérito. Ademais, trata-se de
um direito subjetivo do autor e não mera faculdade do juiz.
DICA 159
DO INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL
for inepta;
não atendidas as prescrições do art. 106 (Se o advogado não declarar, na petição
inicial ou na contestação, o endereço, seu número de inscrição na Ordem dos
Advogados do Brasil e o nome da sociedade de advogados da qual participa, para o
recebimento de intimações e não suprir a omissão no prazo legal e art. 321 (emenda
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da inicial).
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O juiz também poderá julgar liminarmente improcedente o pedido se verificar,
desde logo, a ocorrência de decadência ou de prescrição.
§ 2º. Não interposta a apelação, o réu será intimado do trânsito em julgado da
sentença, nos termos do art. 241 (Transitada em julgado a sentença de mérito proferida
em favor do réu antes da citação, incumbe ao escrivão ou ao chefe de secretaria
comunicar-lhe o resultado do julgamento.
Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 dias.
Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo, com a citação do
réu, e, se não houver retratação, determinará a citação do réu para apresentar
contrarrazões, no prazo de 15 dias.
DICA 161
DO JULGAMENTO ANTECIPADO DO MÉRITO
O julgamento antecipado do mérito é uma situação que autoriza o juiz a julgar o processo
conforme seu estado, não necessitando adentrar nas provas.
O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito,
quando:
não houver necessidade de produção de outras provas;
O STJ não admite que o juiz julgue antecipado o mérito, porque não há necessidade
da produção de provas, e no dispositivo indefira o pedido justamente por
insuficiência de provas.
JURISPRUDÊNCIA:
o réu for revel, ocorrer o efeito material da revelia e não houver requerimento de prova
do réu revel.
Caso o juiz julgue o mérito do processo de forma antecipada profere sentença, cabendo
apelação. Por outro lado, se o juiz indefere, não cabe Agravo de Instrumento.
DICA 162
DO ÔNUS DA PROVA
O ônus da prova é um encargo atribuído a um sujeito processual para demonstração
de determinadas alegações.
É justamente por se tratar de um encargo e não de um dever, é que não se pode exigir o
cumprimento pela parte. O ônus da prova pode ser atribuído pelo legislador, pelo juiz ou
por convenção das partes.
Conforme já decidiu o STJ, o ônus da prova é um ônus imperfeito, significando dizer que
se a parte deixou de se desincumbir não será necessariamente prejudicada.
O ônus da prova incumbe:
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ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor.
DICA 163
FATOS QUE NÃO DEPENDEM DE PROVA
De acordo com o art. 374 do CPC/15, não dependem de prova os fatos:
Notórios;
Que são aqueles que fazem parte do cotidiano, perceptível dentro da cultura do chamado
“homem médio”.
A notoriedade por der relativa ou geral.
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pela ré não podem prejudicá-la. Consideradas as normas processuais em vigor, assinale a
afirmativa correta.
A) O advogado da demandada está correto, pois competia à demandante a prova dos
fatos constitutivos do seu direito.
B) O advogado da demandante está correto, porque a prova, uma vez produzida, pode
beneficiar parte distinta da que a requereu.
C) O advogado da demandante está incorreto, pois o princípio da aquisição da prova não é
aplicável à hipótese.
D) O advogado da demandada está incorreto, porque as provas só podem beneficiar a
parte que as produziu, segundo o princípio da aquisição da prova.
GABARITO: B.
DICA 165
PRINCÍPIO DA PERSUASÃO RACIONAL
Por este princípio, o juiz deverá indicar na decisão as razões que levaram ao seu
convencimento, conforme art. 371, segunda parte, que assim prevê “(...) e indicará na
decisão as razões da formação de seu convencimento.
Portanto, o sistema de persuasão racional foi expressamente adotado pelo CPC/15, e
através dele, o juiz indicará as razões do seu convencimento, ou seja, a persuasão
racional que conduziu ao seu convencimento.
Destoa do sistema tarifário/Legal em que as provas têm pesos pré-definidos, a confissão,
por exemplo, é vista como “a rainha das provas”.
E também do chamado sistema de valoração da livre convicção ou persuasão íntima,
segundo o qual, ao juiz é admitido que se convença até mesmo de provas fora dos autos,
tendo o magistrado absoluta liberdade para decidir.
DICA 166
PROVA EMPRESTADA
Trazida expressamente pelo CPC/15, o qual possibilitou a utilização da prova produzida
em outro procedimento.
O art. 372 do CPC assim prevê: “O juiz poderá admitir a utilização de prova produzida
em outro processo, atribuindo-lhe o valor que considerar adequado, observado o
contraditório.”.
A prova emprestada quando é trasladada para outro processo ela muda de
categoria, passando à categoria de prova documental
É possível a utilização até mesmo de provas produzidas em justiças distintas.
Neste sentido:
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Desde que observado o devido processo legal, é possível a utilização de provas colhidas
em processo criminal como fundamento para reconhecer, no âmbito de ação de
conhecimento no juízo cível, a obrigação de reparação dos danos causados, ainda que a
sentença penal condenatória não tenha transitado em julgado.
Fique atento!
En. 30, CJF – É admissível a prova emprestada, ainda que não haja identidade de partes,
nos termos do art. 372 do CPC.
DICA 167
DA ATIPICIDADE DOS MEIOS DE PROVA
As partes podem empregar meio atípicos de prova, ou seja, meios além daqueles
expressamente previstos no CPC, que são os chamados meios típicos, como prova pericial,
documental, testemunhal etc.
Conforme o art. 369 do CPC, as partes têm o direito de empregar todos os meios
legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não especificados neste
Código, para provar a verdade dos fatos em que se funda o pedido ou a defesa e influir
eficazmente na convicção do juiz.
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DIREITO EMPRESARIAL
DICA 168
DIREITO SOCIETÁRIO - SOCIEDADE DE PROPÓSITO ESPECÍFICO
O Código Civil, em seu art. 981, parágrafo único, prevê que a atividade econômica a ser
exercida pela sociedade pode se restringir à realização de um ou mais negócios
determinados. Nesse contexto, surge a sociedade de propósito específico, que, nos
dizeres da doutrina de André Santa Cruz, terá objeto social único, sendo constituída
para desenvolver determinado projeto, sendo um mero instrumento de sua controladora
para o atingimento de tal finalidade, podendo assumir a forma de uma sociedade limitada
ou uma sociedade anônima. Não se trata de um novo tipo societário.
DICA 170
CONSTITUIÇÃO DA SOCIEDADE SIMPLES
A constituição da sociedade simples está prevista no artigo 997 do CC/02, devendo ser
realizada através de contrato escrito, particular ou público, com o mínimo de cláusulas
a seguir previstas, a seguir previstas:
nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos sócios, se pessoas naturais,
e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;
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As três primeiras figuras foram plenamente tratadas pelo novo Código Civil. As
sociedades anônimas estão disciplinadas na Lei n. 6.404/76, e as sociedades em
comandita por ações regem-se pelas normas relativas às sociedades anônimas, com
algumas regras impostas pelo Código Civil (arts. 1.090 a 1.092).
Dentre os tipos societários, os mais usados no cotidiano, assim como exigidos em provas
são a sociedade limitada e a sociedade anônima, sendo essa última mais utilizada para
grandes empreendimentos.
A sociedade civil pode adotar qualquer tipo societário, salvo sociedade anônima, que
necessariamente deverá ser empresarial.
DICA 172
DIREITO SOCIETÁRIO - CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
Quanto ao regime de constituição, a sociedades podem ser:
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As organizações empresariais ou societárias, nascentes ou em operação recente, cuja atuação
caracteriza-se pela inovação aplicada a modelo de negócios ou a produtos ou serviços
ofertados são chamadas de:
a)Sociedades limitadas
b)Sociedades anônimas
c)Startups
d)Sociedades ilimitadas
GABARITO: C.
DICA 174
DIREITO SOCIETÁRIO - CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
Quanto à responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais:
Fábio Ulhoa Coelho, quanto à essa importante classificação, explica que em razão do
PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PATRIMONIAL, ou seja, da personalização da sociedade
empresária, os sócios não respondem, em regra, pelas obrigações desta. Continua Coelho
afirmando que se a pessoa jurídica é solvente, quer dizer, possui bens em seu patrimônio
suficientes para o integral cumprimento de todas as suas obrigações, o ativo do
patrimônio particular de cada sócio é, absolutamente, inatingível por dívida social. Mesmo
em caso de falência, somente após o completo exaurimento do capital social é que se
poderá cogitar de alguma responsabilidade por parte dos sócios, ainda assim condicionada
a uma série de fatores.
Assim, a responsabilidade dos sócios pelas obrigações da sociedade empresária é
sempre subsidiária, porque é legalmente assegurado aos sócios o direito de exigirem o
prévio exaurimento do ativo do patrimônio social (CC, art. 1.024; CPC, art. 795, § 1.º).
Esgotadas as forças do patrimônio social é que se poderá pensar em executar bens do
patrimônio particular do sócio por saldos existentes no passivo da sociedade.
No presente caso, as sociedades, quanto à responsabilidade dos sócios, haverá
três tipos:
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DICA 175
DIREITO SOCIETÁRIO - CLASSIFICAÇÃO DAS SOCIEDADES
Quanto às condições para alienação da participação societária, pode-se classificar as
sociedades como:
Sociedades de pessoas: Aqui os atributos pessoais dos sócios são mais importantes
do que o próprio capital. Há um vínculo maior entre os sócios e, dessa forma, apenas
poderá ingressar na sociedade àquele que for autorizado pelos demais sócios. ingressará
na sociedade aquele expressamente autorizado pelos demais sócios. Ex: sociedades em
nome coletivo e comandita simples.
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dessa forma, promover ação de execução com cópia do título, devendo ser juntado
documento original, em regra. Exceção: títulos de crédito eletrônicos, por exemplo.
de livre negociação;
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DIREITO PENAL
DICA 178
CONCURSO DE PESSOAS
O concurso de pessoas possui previsão legal nos artigos 29 e 30 do Código Penal.
Vejamos:
Art. 29. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
Teoria pluralista
Ex. 1: Maria quer furtar uma TV e, para isso, chama Priscila para lhe auxiliar. Priscila
aceita prontamente e, juntas, subtraem a TV. Logo em seguida, repartem o proveito
obtido na empreitada criminosa. Nesse caso, ambas respondem pelo mesmo crime, qual
seja, furto qualificado (art. 155, §4º, inciso IV, CP).
Ex. 2: Gisele, servidora da prefeitura de São Paulo, convida sua amiga Jéssica para
cometer crime contra a administração pública (furtar computadores da repartição).
Jéssica, que atua na área de família como advogada, sabe da condição de servidora
pública de Gisele. No dia combinado, as duas entram na repartição e furtam dois
computadores. Ambas respondem por peculato, em razão da teoria monista.
DICA 180
TEORIA UNITÁRIA MONISTA
A teoria unitária monista é utilizada para aplicação de pena no concurso de pessoas em
que todos os autores, coautores e partícipes respondem pelo mesmo crime.
Coautores: Conduta típica é praticada por mais de uma pessoa, pode ser caracterizada
pelo princípio da divisão do trabalho.
Partícipes: Não realiza a conduta típica, não pratica diretamente os atos de execução.
A participação é, pois, necessariamente, acessória e secundária.
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DICA 181
TEORIAS DO CONCURSO DE PESSOAS - TEORIA DUALISTA
TEORIA DUALISTA: Segundo essa teoria, devem ser reconhecidos tipos de autor e
tipos de partícipe.
Exemplificando: É como se a legislação estivesse assim: Matar (autor) alguém e ajudar
(partícipe) alguém a matar alguém (não foi adotado em nenhuma legislação, em regra).
TEORIA PLURALISTA: De acordo com essa teoria, cada colaborador pode e deve
responder por seu próprio crime. É adotada de modo excepcional pelo Código Penal
em dois grupos de casos:
1º grupo - Previsão expressa da conduta de cada colaborador em um tipo autônomo.
Exemplo do art. 317 e 333 (corrupção), 124 e 126 (aborto) e o 342 e 343 (falso
testemunho e suborno para falso testemunho) do CP.
2º grupo - Cooperação dolosamente distinta.
Nos termos do artigo 29, §2º do CP, “se algum dos concorrentes quis participar de crime
menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até metade, na
hipótese de ter sido previsível o resultado mais grave”.
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praticado por Paulo, uma vez que não tinha a intenção de roubo, mas apenas de praticar
o furto.
DICA 183
CONCURSO DE PESSOAS
REQUISITOS:
Relevância causal das condutas: Relação de causa e efeito entre cada conduta
com o resultado que é utilizado na teoria da equivalência dos antecedentes causais.
Liame subjetivo entre os agentes: Vontade de colaborar para o mesmo crime. NÃO
É necessário o acordo prévio entre os agentes, bastando que um venha a aderir a vontade
do outro.
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DICA 184
AUTORIA COLATERAL
A autoria colateral ocorre quando duas ou mais pessoas, ignorando uma ação de outra,
realizam condutas convergentes, objetivando a execução do mesmo crime.
Teoria objetivo-formal
TEORIAS QUE BUSCAM
CARACTERIZAR E DIFERENCIAR Teoria objetivo-material
AUTORIA E PARTICIPAÇÃO
Teoria subjetiva
Pessoal, é muito comum que o aluno que com muita dúvida aqui e se enrole todo nesse
conteúdo. Por isso, fique atento!
Teoria objetivo-formal
Essa teoria é a tradicionalmente adotada no Brasil.
Segundo a teoria objetivo-formal, autor é quem realiza o verbo nuclear do tipo,
enquanto o partícipe quem colabora sem realizar o verbo.
Teoria objetivo-material
Autor é aquele que tem a mais importante contribuição para a prática criminosa; é
aquele que contribui de forma essencial para o delito.
O partícipe é secundário, apenas auxilia o autor.
Crítica: Muito aberta, muito difícil de aplicar. Ainda que se aproxime dos próprios
conceitos de autoria e participação, a proposta não explica como distinguir quem é o mais
importante (autor) e quem é o auxiliar (o partícipe).
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DICA 187
AUTORIA E PARTICIPAÇÃO: TEORIA SUBJETIVA
TEORIA SUBJETIVA
Autor é quem é o dono dos motivos do crime, ou seja, quem realmente quer cometê-lo.
Partícipe é quem tem vontade de auxiliar, isto é, vontade de participe.
Essa teoria foi adotada por décadas na Alemanha.
Para Claus Roxin, a autoria pode ser identificada nas seguintes situações:
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Art. 30 - Não se comunicam as circunstâncias e as condições de caráter pessoal,
salvo quando elementares do crime.
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DICA 191
DAS PENAS
DICA 192
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
ESPÉCIES REGIMES
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DICA 193
PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE – FIXAÇÃO DA PENA
DICA 194
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO
Prestação pecuniária
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DICA 195
PENAS DE MULTA
PENAS DE MULTA
O valor do dia multa será arbitrado pelo juiz, em montante que varie entre 1/30 e 5
vezes o valor do maior salário-mínimo vigente à época do fato;
Mínimo de 10 dias-multa e máximo de 360 dias-multa;
Crimes são
idênticos, ou seja,
previstos no
HOMOGÊNIO mesmo tipo
penal.
CONCURSO
MATERIAL / REAL
Crimes são
distintos, ou seja,
não estão
HETEROGÊNEO previstos no
mesmo tipo
penal.
Mais de uma ação ou omissão, dois ou mais crimes, idênticos ou não (art. 69, CP);
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Homogêneo ou heterogêneo.
DICA 197
CONCURSO DE CRIMES
Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não.
CONCURSO
FORMAL / IDEAL
O agente atua com
desígnios
IMPERFEITO autônomos.
Uma ação ou omissão de dois ou mais crimes, idênticos ou não (art. 70, CP);
1) Próprio ou perfeito
Produz dois ou mais resultados, sem agir com desígnios autônomos;
Adota-se o sistema de exasperação, onde aplica-se mais grave das penas cabíveis,
se forem iguais, somente uma delas, aumentada de 1/6 até a metade em qualquer
caso.
2) Impróprio ou imperfeito
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o réu pelos dois crimes imputados e o magistrado, ao aplicar a pena, reconheceu o
concurso material.
Diante da sentença publicada, Félix indaga, reservadamente, se sua conduta efetivamente
configuraria concurso material de dois crimes de homicídio dolosos. Na ocasião, o(a)
advogado(a) do réu, sob o ponto de vista técnico, deverá esclarecer ao seu cliente que
sua conduta configura dois crimes autônomos de homicídio,
(a) em concurso material, sendo necessária a soma das penas aplicadas para cada um dos
delitos.
(b) devendo ser reconhecida a forma continuada e, consequentemente, aplicada a regra
da exasperação de uma das penas e não do cúmulo material.
(c) devendo ser reconhecido o concurso formal próprio e, consequentemente, aplicada a
regra da exasperação de uma das penas e não do cúmulo material.
(d) devendo ser reconhecido o concurso formal impróprio, o que também imporia a regra
da soma das penas aplicadas.
Gabarito: Letra D
Comentário:
No caso apresentado pela questão, verifica-se que Félix agiu com uma só conduta e esta
foi com dolo em todos os resultados. A isso se denomina "desígnios autônomos", previsto
na segunda parte do artigo 70, CP. Em face disso, Félix se enquadra no concurso formal
IMPRÓPRIO, que tem como consequência a somatória das penas.
DICA BÔNUS
CRIME CONTINUADO
O crime continuado se dá quando o agente, mediante mais de uma ação ou omissão,
pratica dois ou mais crimes da mesma espécie e, pelas condições de tempo, lugar,
maneira de execução e outras semelhantes, devem os subsequentes ser havidos como
continuação do primeiro.
Crime continuado
Os crimes são da mesma espécie, com as mesmas condições de tempo, local e modo
de execução;
Adota-se o sistema de exasperação, onde aplica-se mais grave das penas cabíveis,
se forem diversos, aumenta-se de 1/6 a 2/3.
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PROCESSO PENAL
DICA 198
DAS PROVAS: PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO ÀS PROVAS ILÍCITAS
São inadmissíveis no processo as provas obtidas por meios ilícitos.
Se, por exemplo, um réu é torturado na delegacia e, diante disso, acaba confessando
a prática de um crime, essa confissão é NULA, pois obtida por meios ilícitos. Da
mesma forma, um “grampo” (interceptação telefônica) realizado pela autoridade policial
sem a observância dos requisitos legais também será considerado ilícito.
Fique atento!
O termo “prova ilícita” não é o mais apropriado. O correto seria se referir às PROVAS
ILEGAIS, como sendo aquelas em contrariedade à lei de modo geral.
Ex: grampo clandestino, realizado por investigador particular contratado pelo réu, em
que há uma confissão de uma terceira pessoa acerca da autoria do crime. O juiz poderia
utilizá-la para absolver aquele acusado.
DICA 200
PROVA ILÍCITA POR DERIVAÇÃO
Um tema extremamente importante e muito cobrado em provas diz respeito às provas
ilícitas por derivação.
Aqui se aplica uma famosa teoria no processo penal, conhecida de Teoria dos frutos da
árvore envenenada.
Segundo essa teoria, se uma árvore é envenenada, os frutos que dela derivam também
estarão envenenados. Trazendo para o processo penal, se uma prova é ilícita, as provas
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que dela derivam também serão ilícitas.
Ex.: Supondo que um policial faça um “grampo” ilegal num conhecido traficante da
Polícia. Com isso, ele descobre todo um esquema de traficância realizado numa
determinada região. Diante dessa descoberta, e tentando retomar ao campo da licitude, o
delegado representa ao juiz, postulando um mandado de busca domiciliar. Esse mandado
é concedido e durante a busca de fato se encontra uma grande quantidade de drogas.
Essa busca, apesar de revestida dos requisitos de legalidade, é considerada ilícita, pois
derivada de uma outra prova ilícita. Entenderam?
Vejam e atentem-se bem à redação do art. 157, §1º do CPP: “são também inadmissíveis
as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de
causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma
fonte independente das primeiras”.
DICA 201
EXCEÇÃO À TEORIA DO FRUTO DAS ÁRVORES ENVENENADAS
Certo, nós vimos então que as provas ilícitas e suas derivadas são inadmissíveis no
processo, devendo ser desentranhadas.
Contudo, o próprio art. 157, §1º e §2º excepciona 2 hipóteses em que mesmo as provas
que se derivem das ilícitas podem ser admitidas, a saber:
Teoria da fonte independente – por força dessa teoria, se a autoridade policial
obtiver novos elementos de informação a partir de uma fonte autônoma de prova, que
não guarde qualquer relação de dependência com a prova originariamente ilícita, os dados
probatórios são admissíveis.
Por força do art. 157, §2º, considera-se fonte independente aquela que, por si só,
seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal,
seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova.
Teoria da descoberta inevitável – caso fique demonstrado que a prova derivada da
ilícita seria produzida de qualquer modo, independente da prova ilícita, tal prova
deve ser considerada válida.
Ex: a polícia recebe uma denúncia de que alguém está cometendo um crime
ambiental, ao manter animais silvestres na sua residência. Requer um mandado de busca
e apreensão dos animais. Durante o cumprimento do mandado, descobre-se que o local
também era utilizado como depósito de drogas, além de encontrar uma arma com
numeração raspada.
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Veja que dois crimes, que não eram inicialmente objeto de investigação, foram “achados”
pela polícia. A isso se dá o nome de serendipidade, ou encontro fortuito de provas. As
provas encontradas são válidas e admitidas!
DICA 203
IMPEDIMENTO DO JUIZ QUE CONHECER A PROVA ILÍCITA
Essa é muito importante! Por isso, tenha redobrada atenção!
Trata-se de inovação do Pacote Anticrime, que veio em boa hora.
Por força do art. 157, §5º, o juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada
inadmissível NÃO poderá proferir sentença ou acórdão.
Antes dessa reforma, o juiz declarava a prova como ilícita, determinava o seu
desentranhamento (retirada) dos autos do processo, mas continuava sendo competente
para realizar o seu julgamento. Isso certamente comprometia a sua parcialidade,
compreendem?
É por isso que o pacote anticrime veio para dizer: olha juiz… se você tiver acesso a
alguma prova ilegal, você não pode continuar a julgar não, pois sua parcialidade estará
comprometida. Passa o processo para o seu substituto, para que ele proceda ao
julgamento.
DICA 204
PROVA ILÍCITA
RESUMINDO:
Devem ser
Inadmissibilidade desentranhadas
da prova ilícita O juiz que conhecer
do conteúdo da prova
ilícita NÃO pode
decidir (art. 157, §5)
Princípio da
vedação à prova Exceção: Teoria da
ilícita fonte independente
(art. 157, §2)
Inadmissibilidade da
prova ilícita por
derivação (teoria
do fruto da árvore Exceção: teoria da
envenenada) descoberta
inevitável
DICA 205
PRINCÍPIO DA LIBERDADE PROBATÓRIA
Em função dos interesses envolvidos no processo penal (liberdade individual x direito de
punir do Estado), adota-se a mais ampla liberdade probatória, seja quanto ao momento,
quanto ao tema ou ainda quanto aos meios de prova.
Liberdade quanto ao momento da prova:
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As provas podem ser produzidas a qualquer momento.
O art. 231 do CPP dispõe que, salvo os casos expressos em lei, as partes podem
apresentar documentos em qualquer fase do processo.
Mas, há algumas exceções, em que se limita a produção da prova.
Rol de testemunhas: o art. 41 do CPP prevê o chamado “rol de testemunhas”, que
deve ser apresentado pela acusação na própria peça acusatória (a “petição inicial”, que
pode ser a denúncia ou queixa-crime); pela defesa, deve ser apresentada durante a
resposta à acusação, conforme art. 396-A do CPP.
Júri: o art. 479 do CPP prevê que não é admitida a exibição ou leitura de documentos
que não sejam juntadas com antecedência mínima de 3 dias úteis. Vejam, portanto,
que aquela realidade retratada nos filmes americanos, em que uma prova é encontrada e
exibida nos minutos finais do julgamento pelo Júri, causando uma reviravolta no
julgamento, não reflete a realidade aqui do Brasil...
Liberdade quanto ao tema da prova:
As provas podem ser produzidas sobre quaisquer fatos pertinentes ao processo.
Na prática, inclusive, é comum que o advogado arrole alguma testemunha apenas para
provar a boa conduta individual e social, além da personalidade do réu, já que isso influi
no cálculo final de eventual condenação, nos termos do art. 44, inciso III do Código Penal.
É o que é chamado de testemunha abonatória, de antecedente ou de beatificação.
Diz-se de “beatificação” porque a testemunha vai lá só pra falar que o réu é praticamente
um santo na sua vida privada... rs
A despeito dessa liberdade, o art. 400, §1º autoriza que o juiz indefira a produção das
provas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. Suponha que o réu
arrole uma testemunha que não tem muito a agregar, e que ainda resida em outro país,
só com o intuito de atrasar o andamento do processo e com isso alcançar a prescrição. O
juiz pode indeferir...
Liberdade quanto aos meios de prova:
As partes possuem ampla liberdade probatória, podendo se valer de meios de prova
nominados (previstas expressamente no CPP), quanto inominados. Dessa forma, as
partes possuem o direito de empregar todos os meios legais e moralmente legítimos para
provar a verdade dos fatos.
É por isso que se diz que não vigora no processo penal o princípio da taxatividade das
provas, pelo qual só se admitem as provas previstas de maneira específica na lei.
DICA 206
PROVA QUANTO AO ESTADO DAS PESSOAS
Essa é importante!
Nós vimos que há liberdade quanto aos meios de prova, de forma que a parte pode se
valer de todos os meios legais e moralmente legítimos para provar a verdade dos
fatos.
Todavia, há casos em que a lei limita essa liberdade quanto aos meios de prova,
afirmando que determinado fato somente pode ser provado por meio de uma prova
específica.
Isso ocorre, por exemplo, quando o CPP prevê que, quanto ao estado das pessoas,
serão observadas as restrições estabelecidas na lei civil (art. 155, parágrafo único).
Dessa forma, para se provar a condição de cônjuge, por exemplo, é necessária a certidão
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de casamento.
É em função dessa previsão legislativa também que, para provar a morte do agente e
extinguir a punibilidade do crime, é indispensável a certidão de óbito (art. 62, CPP).
Da mesma forma, nos termos da Súmula 74 do STJ: para efeitos penais, o
reconhecimento da menoridade do réu requer prova por documento hábil, como a
certidão de nascimento, o RG, CNH etc.
DICA 207
A IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
Durante a instrução do processo, o juiz tem contato com o réu, com testemunhas, com a
vítima. De forma que desenvolve uma sensibilidade maior, já que tem a oportunidade
de ver as provas “olho no olho”.
É por isso que se desenvolveu esse princípio da identidade física do juiz, de forma que o
juiz que presidir a instrução deverá proferir a sentença (art. 399, §2º, CPP).
Ou seja, o juiz que presidir a instrução (ouvir as testemunhas, participar da produção das
provas) deve ser o juiz a proferir a sentença. Isso em função da maior sensibilidade
desenvolvida pelo juiz ao ter contato mais próximo com as provas.
Flexibilização: a identidade física do juiz não impede a realização de atos de instrução
realizados por videoconferência ou por carta precatória.
DICA 208
SISTEMAS DE AVALIAÇÃO DA PROVA
O que se estuda aqui é a vinculação do juiz a alguma prova. Ok, as provas foram
produzidas. Uma testemunha falou claramente que viu o acusado, no dia e hora do crime,
no cinema, o que seria um álibi para ele. O juiz então é obrigado a absolver o réu, com
base nessa prova?
Temos basicamente 3 sistemas sobre a avaliação da prova.
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consideração. – súmula 74, STJ
DICA 209
ÔNUS DA PROVA NO PROCESSO PENAL
Ônus da prova é o encargo que as partes têm de provar as alegações por ela
formuladas no bojo do processo. Dessa forma, se a parte não se desincumbir do seu ônus
da prova, poderá sofrer prejuízos, tendo em vista que a pretensão pode ser solucionada
de forma contrária aos seus interesses.
Pelo art.156 do CPP, a prova da alegação incumbe a quem a fizer. Guardem isso, pois
acredito que caso a banca cobre o tema ônus da prova haverá uma cobrança da letra fria
da lei.
Todavia, indo além do texto legal, é muito comum se afirmar que, como desdobramento
do princípio da presunção de inocência, no processo penal o ônus da prova
incumbe à acusação.
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ACUSAÇÃO: deve
provar a
materialidade do
crime e a autoria
DICA 210
INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ
Essa é importante!
A temática sobre a iniciativa probatória do juiz deve ser analisada em dois momentos
distintos:
Antes de iniciada a ação penal;
Durante o processo penal.
Quando falamos de iniciativa probatória do juiz, estamos estudando se o juiz pode, de
ofício (ou seja, sem provocação de ninguém), determinar a realização da prova, sob o
pretexto da busca da verdade real.
Na fase investigatória (antes do início da ação penal), o juiz não pode agir de ofício.
Não poderá o juiz, portanto, produzir provas de ofício durante o inquérito policial.
CUIDADO: o art. 156, inciso I, prevê que o juiz pode ordenar, de ofício, mesmo antes
do início da ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e
relevantes. Mas, prevalece na doutrina o entendimento de que esse artigo é
inconstitucional, uma vez que a iniciativa probatória do juiz na fase de investigação
ofenderia o sistema acusatório.
Esse entendimento da estrita vedação à iniciativa probatória na fase de investigação é
o que prevalece. Todavia, é importante vocês conhecerem a redação literal do art. 156, I,
já que as bancas podem cobrar questões literais do CPP...
Para confirmar esse entendimento, vejam o que ensina Renato Brasileiro de Lima:
“se o STF concluiu pela inconstitucionalidade do juiz inquisidor previsto no art. 3º da
revogada lei 9034/95, conclusão semelhante deverá se dar em relação à nova redação do
art. 156, inciso I do CPP”.
Durante o curso do processo penal, o art. 156, inciso II do CPP admite que o juiz possa
determinar, de ofício, no curso da instrução, a realização de diligências para dirimir
dúvida sobre ponto relevante.
A interpretação que se dá a esse inciso é que o juiz pode, de modo subsidiário,
determinar a produção de provas que entender pertinentes e razoáveis, dirimindo
dúvida sobre algum ponto relevante.
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Apesar de criticável por grande parte da doutrina, o entendimento que prevalece é pela
iniciativa probatória do juiz de forma residual, durante a ação penal. Essa iniciativa
probatória pode ser exercida tanto nos crimes de ação pública como nos crimes de ação
privada.
Portanto, prevalece o entendimento segundo o qual a iniciativa do juiz durante a ação
penal é subsidiária, só podendo atuar para dirimir dúvida sobre algum ponto relevante.
DICA 211
INICIATIVA PROBATÓRIA DO JUIZ
O pacote anticrime prevê no art. 3º-A no CPP que [...] “o processo penal terá estrutura
acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da
atuação probatória do órgão de acusação”.
Veja, portanto, que está vedada a iniciativa probatória do juiz na fase de investigação. Da
mesma forma, está vedada a substituição da atuação probatória do órgão de acusação, o
que demonstra que, mesmo na fase processual, a atuação probatória do juiz é subsidiária,
supletiva, não podendo o magistrado se imiscuir na função probatória do MP.
Com isso, o juiz só tem iniciativa probatória na fase processual, e mesmo assim, de forma
residual, para dirimir dúvida sobre algum ponto relevante.
DICA 212
EXAME DE CORPO DE DELITO
Corpo de delito é o conjunto de vestígios materiais ou sensíveis deixadas pela
infração penal, estando relacionado à própria materialidade do crime.
Quando se fala em corpo de delito não está se referindo a um “corpo”, a um cadáver. Pelo
contrário, estamos falando de qualquer vestígio material deixado pela infração penal.
Exemplo: o vidro quebrado da casa; o esperma na cena de estupro; etc.
O exame de corpo de delito, portanto, é uma espécie de perícia realizada em âmbito
criminal, cuja finalidade é comprovar a materialidade (a existência) do crime, nas
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infrações penais que deixam vestígios.
O juiz não fica adstrito ou subordinado ao laudo pericial, podendo discordar das
conclusões dos peritos. Dessa forma, o juiz pode proferir sua decisão em sentido diverso
do laudo pericial.
Quando não for necessária ao esclarecimento da verdade, o juiz ou autoridade
policial negará a perícia requerida pelas partes, salvo o caso do exame de corpo de
delito.
O art. 184 do CPP ressalva expressamente o exame de corpo de delito, pois essa perícia
é de realização obrigatória nas hipóteses em que a infração penal deixa vestígios.
Além disso, o exame de corpo de delito pode ser realizado a qualquer dia e a
qualquer hora.
DICA 213
EXAME DE CORPO DE DELITO
Nos termos do art. 158 do CPP: “quando a infração deixar vestígios, será
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado”.
Fique atento!
O exame de corpo de delito pode ser direto, quando os peritos o realizam diretamente
sobre a pessoa ou objeto da ação delituosa, ou indireto, quando não é propriamente um
exame, uma vez que os peritos se baseiam nos depoimentos das testemunhas em razão
do desaparecimento dos vestígios.
QUESTÃO FGV – OAB, 2021.
Vanessa foi presa em flagrante, logo após cometer um crime de furto em residência. A
proprietária do imóvel, Jurema, 61 anos, informou aos policiais que viu, pelas câmeras de
segurança, Vanessa escalando o alto muro da residência e ingressando na casa,
acreditando a vítima que a mesma rompeu o cadeado da porta, já que este encontrava-se
arrombado. Por determinação da autoridade policial, um perito oficial compareceu à
residência de Jurema e realizou laudo pericial para confirmar que o muro que Vanessa
pulou era de grande altura e demandava esforço no ato. Deixou, porém, de realizar a
perícia no cadeado e na porta por onde Vanessa teria entrado na casa.
Vanessa foi denunciada pelo crime de furto qualificado, sendo imputado pelo Ministério
Público a qualificadora da escalada e do rompimento de obstáculo. No curso da instrução,
assistida a ré pela Defensoria Pública, as partes tiveram acesso ao laudo pericial e, em
seu interrogatório, Vanessa confessou os fatos, inclusive o rompimento do cadeado para
ingresso na residência, bem como informou que sabia que a lesada era uma senhora de
idade. A vítima Jurema não compareceu, alegando que não poderia deixar sua residência
exposta, já que o cadeado da casa ainda estava arrombado, argumentando ser idosa,
acostando sua carteira de habilitação, e destacando que as imagens da câmera de
segurança, já juntadas ao processo, confirmavam a autoria delitiva.
Você, como advogado (a), foi constituído(a) por Vanessa para a apresentação de
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alegações finais. Considerando as informações expostas, você deverá alegar que
(a) a perícia realizada no muro não poderá ser considerada prova, mas tão só elemento
informativo a ser confirmado por provas produzidas sob o crivo do contraditório, tendo em
vista que as partes não participaram da elaboração do laudo.
(b) deve ser afastada a qualificadora com fundamento no rompimento de obstáculo, já
que não foi produzida prova pericial, não sendo suficiente a confissão da acusada.
(c) a perícia realizada para demonstrar a escalada foi inválida, pois não foi realizada por
dois peritos oficiais, nos termos da determinação do Código de Processo Penal.
(d) a idade da vítima não foi comprovada por documento idôneo, não podendo ser
reconhecida agravante por tal fundamento.
GABARITO: Letra B
COMENTÁRIO: Para resolver essa questão bastava que o candidato tivesse conhecimento
do art. 158, do CPP, que assim dispõe: [...] “quando a infração deixar vestígios, será
indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a
confissão do acusado”.
DICA 214
EXAME DE CORPO DE DELITO
O art. 158 é rico em informações que podem despencar na sua prova. Portanto, guardem:
1ª REGRA: a obrigatoriedade do exame de corpo de delito
Pela redação do art. 158 do CPP, o exame de corpo de delito é indispensável quando a
infração penal deixar vestígios.
Por isso que se diz que, nos crimes transeuntes (aqueles que não deixam vestígios),
não há exame de corpo de delito.
Já nos crimes não transeuntes (aqueles crimes que deixam vestígios materiais), o
exame de corpo de delito é obrigatório.
Portanto, guarde: o exame de corpo de delito só é obrigatório nos crimes não
transeuntes, ou seja, naqueles que deixam vestígios.
O art. 167 do CPP prevê uma certa flexibilização a essa obrigatoriedade do exame de
corpo de delito, passando a prever que, quando os vestígios tiverem desaparecido, a
prova testemunhal poderá supri-lo.
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Quando o exame de corpo de delito for obrigatório (nos crimes não transeuntes, ou seja,
que deixam vestígios), a confissão do acusado não pode supri-lo!
DICA 215
EXAME DE CORPO DE DELITO – RESUMO
O exame de corpo de delito é importantíssimo para a prova de vocês.
Visando esquematizar o assunto, no intuito de facilitar ainda mais o estudo de vocês,
consolidei as principais informações abaixo:
DICA 216
PERITOS
De acordo com o art. 159 do CPP, a perícia deve ser realizada por 1 perito oficial,
portador de diploma de curso superior.
Na ausência de perito oficial, a perícia deve ser realizada por 2 peritos, duas pessoas
idôneas, portadoras de diploma de curso superior, preferencialmente na área específica
objeto da perícia. Nesse caso de peritos não oficiais, devem prestar o compromisso de
bem e fielmente desempenhar o encargo (art. 159, §§2º e 3º).
PERITOS
PERITO NÃO OFICIAL DOIS peritos não oficiais. Devem prestar compromisso.
O laudo pericial deve ser entregue no prazo máximo de 10 dias, podendo ser
prorrogado em casos excepcionais, a requerimento do perito.
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DICA 217
CADEIA DE CUSTÓDIA DA PROVA
ESSA É MUITO IMPORTANTE! VAI CAIR!!!!
Trata-se de inovação do Pacote Anticrime.
A cadeia de custódia é um conjunto de procedimentos que garantem a
autenticidade das evidências coletadas e examinadas, de forma que não haja lugar para
qualquer tipo de adulteração.
De acordo com o art. 158-A do CPP, considera-se cadeia de custódia o conjunto de
procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do
vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio
a partir de seu reconhecimento até o descarte.
A observância do procedimento de coleta e preservação dos vestígios materiais (cadeia de
custódia) é o que garante que aquele vestígio de fato pertence àquele caso,
garantindo a sua integridade e inviolabilidade.
Suponha uma pessoa flagrada vendendo determinado entorpecente. Essa droga deverá
passar por um exame toxicológico, para constatar a natureza e a quantidade da droga e,
consequentemente, a materialidade do crime. Por isso, a droga apreendida pela
autoridade policial deverá ser apreendida, etiquetada e lacrada, documentando-se
todos os procedimentos dessa cadeia de custódia.
Para facilitar seus estudos, abaixo uma tabela com os principais atos:
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DICA 219
CADEIA DE CUSTÓDIA DA PROVA
Pessoal, muitas vezes os atos da cadeia de custódia são “lógicos”. É meio óbvio falar que
o ato de coleta do vestígio significa recolhê-lo para fins de análise, por exemplo.
Mas, há alguns cuidados na análise deste artigo, principalmente na hora de resolver
alguma questão na prova de vocês, como:
ACONDICIONAMENTO ARMAZENAMENTO
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Por fim, saiba que o recebimento é um ato formal, que documenta a
transferência da posse do vestígio.
CADEIA DE CUSTÓDIA DA PROVA
Central de custódia: são locais destinados à guarda e controle dos vestígios. Nas
centrais de custódia, a entrada e saída do vestígio devem ser protocoladas, além de
documentar e identificar todas as pessoas que tenham acesso ao vestígio. Isso tudo é
uma forma de evitar uma indevida manipulação ou ingerência sob o vestígio.
Lacre: o recipiente em que o vestígio for acondicionado deve ser selado com lacres,
com numeração individualizada, de forma a garantir a inviolabilidade e idoneidade do
vestígio. Deve-se documentar cada rompimento do lacre, sendo que o lacre rompido será
acondicionado no interior do novo recipiente.
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DIREITO DO TRABALHO
DICA 220
PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS OU RESULTADOS (PLR)
A participação nos lucros da empresa é o “método de remuneração complementar do
empregado, com o qual se lhe garante uma parcela dos lucros auferidos pelo
empreendimento econômico do qual participa” - SÜSSEKIND, Arnaldo et al. Instituições de
direito do trabalho, 22. ed., v. 1, p. 483
Em outras palavras, o empregado tem este direito, sendo uma chance ao empregado de
ter essa participação nos lucros.
PLR é normatizada pela lei 10.101/00, que faz a regulamentação da participação dos
trabalhadores nos lucros e resultados de uma empresa. Esta participação tem por
objetivo incentivar a produtividade dos empregados.
Tem natureza salarial? Não tem natureza salarial e, portanto, não pode servir como
base para incidência do FGTS e das contribuições previdenciárias, nem tampouco
refletindo em férias + 1/3 e no 13º salário.
São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de
sua condição social: participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da
remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme
definido em lei.
DICA 221
EQUIPARAÇÃO SALARIAL
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§6º No caso de comprovada discriminação por motivo de sexo ou etnia, o juízo
determinará, além do pagamento das diferenças salariais devidas, multa, em favor do
empregado discriminado, no valor de 50% (cinquenta por cento) do limite máximo dos
benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
Sabendo disto, temos dois sujeitos aqui:
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DICA 223
SALÁRIO IN NATURA
A ideia do salário utilidade é de tornar o emprego mais atrativo. O salário in natura é o
salário pago em valor não pecuniário.
Mas cuidado: O Empregador pode adimplir parte do salário em dinheiro e parte em
utilidade, todavia desde que a parte paga em dinheiro seja de no mínimo 30%.
Lembrando que o objeto fornecido pelo empregador para o trabalho não pode ser
considerado salário in natura. Exemplo: Com a pandemia, algumas empresas forneceram
notebooks para que seus empregados pudessem trabalhar de suas casas. Esses notebooks
não são salário in natura.
DICA 224
DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO (OU GRATIFICAÇÃO DE NATAL)
Tem sua regência pela Lei n. 4.090/62, ao qual todo trabalhador tem direito previsto até
pela CF, mais precisamente no art. 7º, VIII da Constituição Federal. A lei 4.749/65 e o
Decreto n. 57.155/65 também falam sobre o 13º salário.
O 13º salário proporcional será devido nas seguintes hipóteses de rescisão do
contrato de trabalho:
Pedido de demissão;
Aposentadoria do empregado;
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norma não pode subtrair o seu valor ou até mesmo suprimir este benefício – Você pode
verificar isto no art. 611-B, V c/c art. 611-A, caput, da CLT.
E atenção: Apesar de haver a possibilidade do pagamento em dias diferentes para
os empregados (Ex: W recebe dia 01 e Y recebe dia 05), o motivo do pagamento em
diferentes dias não poderá ser de cunho discriminatório, como por exemplo pagar primeiro
os funcionários homens para depois pagar as funcionárias mulheres.
DICA 225
PDV OU PDI
O plano de demissão voluntária (PDV) ou plano de demissão incentivada (PDI) é um ato
feito pela empresa, geralmente em empresas com estabilidade, com empregados que
estão na empresa a muito tempo. Ao aderir ao PDV, o empregado está pedindo
demissão (fazendo com que este perca a direito ao aviso prévio), porém com um incentivo
financeiro da empresa, à ser elaborado pela empresa. E mais: Ao aderir ao PDV, o
empregado fica proibido de ajuizar futuramente ação contra o empregado, salvo se houver
alguma ressalva no PDV (o que é raro).
Só a empresa privada pode aderir ao PDV? Não, tanto a empresa pública quanto
a privada podem aderir ao PDV.
O PDV tem que tipo de natureza jurídica? Tem natureza indenizatória.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
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QUESTÃO EXAME DA ORDEM XXXI, 2019.
A sociedade empresária Ômega Ltda. deseja reduzir em 20% o seu quadro de pessoal,
motivo pelo qual realizou um acordo coletivo com o sindicato de classe dos seus
empregados, prevendo um Programa de Demissão Incentivada (PDI), com vantagens
econômicas para aqueles que a ele aderissem.
Gilberto, empregado da empresa havia 15 anos, aderiu ao referido Programa em
12/10/2018, recebeu a indenização prometida sem fazer qualquer ressalva e, três meses
depois, ajuizou reclamação trabalhista contra o ex-empregador. Diante da situação
apresentada e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta.
(a) A adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI) não impede a busca, com
sucesso, por direitos lesados.
(b) A quitação plena e irrevogável pela adesão ao Programa de Demissão Incentivada
(PDI) somente ocorreria se isso fosse acertado em convenção coletiva, mas não em
acordo coletivo.
(c) O empregado não terá sucesso na ação, pois conferiu quitação plena.
(d) A demanda não terá sucesso, exceto se Gilberto previamente devolver em juízo o
valor recebido pela adesão ao Programa de Demissão Incentivada (PDI).
GABARITO: C.
COMENTÁRIO: Art. 477 – B da CLT: “Plano de Demissão Voluntária ou Incentivada, para
dispensa individual, plúrima ou coletiva, previsto em convenção coletiva ou acordo
coletivo de trabalho, enseja quitação plena e irrevogável dos direitos decorrentes da
relação empregatícia, salvo disposição em contrário estipulada entre as partes.”
DICA 226
SEMANA ESPANHOLA
A semana espanhola é uma maneira de compensar em casos que envolvam uma jornada
de trabalho na qual o empregado que produz uma jornada semanal de 44 horas labora
40 horas numa semana e 48 horas em outra, sempre de forma alternada.
Em outras palavras, o empregado labora as 40 horas em uma semana, e 48
horas na semana posterior, de maneira intercalada. Observe a OJ seguinte:
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL
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DICA 227
PISO SALARIAL
Tendo sua normatização no art. 7º, V, da Constituição Federal, o piso salarial nada mais é
do que o valor mínimo da remuneração que pode ser pago a determinada categoria
profissional, variando conforme cada profissão.
Um exemplo: O engenheiro civil tem seu piso salarial de R$ 6.651,41, o que quer dizer
que ninguém pode contratá-lo por menos que este valor. O piso também é chamado por
alguns de salário normativo.
Tome nota! Vale a pena ressaltar que a LC 103/2000 autorizou, mediante iniciativa
do Poder Executivo, que Estados e DF instituíssem piso salarial para os empregados que
não tenham piso salarial definido em lei federal, convenção ou acordo coletivo de
trabalho.
DICA 228
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE
O direito aos chamados adicionais de insalubridade e de periculosidade é previsto por
muitas legislações, inclusive a CF/88:
Art.7, XXIII da CF/88: adicional de remuneração para atividades penosas, insalubres ou
perigosas, na forma da lei;
O adicional de insalubridade está normatizado no art. 192 da CLT:
O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por
cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e
mínimo. Para que você tenha uma percepção melhor do adicional de insalubridade,
observe as informações abaixo:
Consequências: Adoecimento
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DICA 229
ADICIONAL DE PERICULOSIDADE
No caso da periculosidade temos a espécie de trabalho ou local que pode causar o
falecimento do profissional, sem que haja o adoecimento prévio. Por exemplo: Pessoa
que trabalha com explosivos em uma pedreira.
Art. 195 – A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo
as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do
Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
A propósito: O mesmo empregado não poderá receber o adicional de insalubridade
e de periculosidade ao mesmo tempo. Isto quer dizer que se o empregado tiver direito
ao recebimento de ambos os adicionais, deverá optar por apenas um deles.
Para que você tenha uma percepção melhor do adicional de periculosidade, observe as
informações abaixo:
Consequências: Morte
% de adicional: 30%
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DICA 231
FGTS
O FGTS é um fundo pecuniário que foi criado pelo governo federal com o intuito de
formar uma reserva financeira para o empregado. O depósito será realizado
mensalmente pelo empregador e equivale a 8% do salário. Não há desconto para o
trabalhador.
Pense no FGTS como uma poupança compulsória do empregado, que, em regra, o
empregado saca quando dispensado sem motivo (sem justa causa). Mas há exceções: O
empregado pode sacá-lo para, por exemplo, comprar seu imóvel.
Qual o valor do FGTS? 8% da remuneração
Art. 7º da CF/88: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que
visem à melhoria de sua condição social:
III - fundo de garantia do tempo de serviço;
Entendimento jurisprudencial
OJ SDI-1 195, TST: “Não incide a contribuição para o FGTS sobre as férias indenizadas”.
DICA 232
AVISO PRÉVIO
É a comunicação da rescisão do contrato de trabalho por uma das partes, podendo
ser dado tanto pelo empregador quanto pelo empregado, sendo urbano ou rural.
Em outras palavras: É um direito que é conferido pela lei, inclusive em casos de
contratos por prazo determinado e de rescisão antecipada. E mais: Não é possível que o
empregado renuncie este direito.
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Veja o que diz a Súmula 276 do TST:
AVISO PRÉVIO. RENÚNCIA PELO EMPREGADO. O direito ao aviso prévio é
irrenunciável pelo empregado. O pedido de dispensa de cumprimento não exime o
empregador de pagar o respectivo valor, salvo comprovação de haver o prestador dos
serviços obtido novo emprego.
Art. 487 da CLT: Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser
rescindir o contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima
de:
I - 8 dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior;
II - 30 dias aos que perceberem por quinzena ou mês, ou que tenham mais de 12 (doze)
meses de serviço na empresa.
Sou professor e fui dispensado durante o período das férias escolares. Tenho
direito ao aviso prévio? Sim, segundo a súmula 10 do TST “O direito aos salários do
período de férias escolares assegurado aos professores (art. 322, caput e § 3º, da CLT)
não exclui o direito ao aviso prévio, na hipótese de dispensa sem justa causa ao término
do ano letivo ou no curso das férias escolares”.
DICA 233
AVISO PRÉVIO - JORNADA REDUZIDA OU DISPENSA DO TRABALHO POR SETE
DIAS
Em casos em que tal aviso for dado pela figura do empregador, no decorrer do tempo
do aviso, o horário de trabalho do empregado será diminuído de acordo com uma das
seguintes regras, a ser escolhida pelo empregado, sem que haja qualquer prejuízo do
salário integral (art. 488, CLT):
Redução de 7 dias corridos do período do aviso prévio, sem que haja a redução de
duas horas nos dias trabalhados.
A redução do horário de trabalho durante o aviso prévio dado pelo empregador
ocorrerá de forma obrigatória, não devendo em hipótese alguma ser trocada pelo
pagamento das horas que foram trabalhadas.
Veja o que diz a súmula seguinte:
É ilegal substituir o período que se reduz da jornada de trabalho, no aviso prévio, pelo
pagamento das horas correspondentes.
DICA 234
ESTABILIDADE NO EMPREGO - GESTANTE
Segundo o art. 10, II, b, ADCT, a gestante não pode ser dispensada de seu trabalho,
de forma arbitrária ou sem justa causa, desde a confirmação da gravidez até 5
meses após o parto.
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Mas daí pode nascer uma dúvida: Em caso de contrato por tempo determinado, a
gestante ainda possui direito à estabilidade? Sim, segundo a súmula 244, III do TST, a
empregada gestante tem direito à estabilidade provisória prevista no art. 10, inciso II,
alínea “b”, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, mesmo na hipótese de
admissão mediante contrato por tempo determinado.
Composição (art. 164, caput, CLT): Cada CIPA deverá ser formada pelos
representantes da empresa e pelos empregados, em concordância com os critérios
devidamente adotados na NR 5 da Portaria n. 3.214/78.
Mandato (art. 164, § 3º, CLT): O mandato dos membros eleitos da CIPA deverá
perdurar por 1 ano, sendo permitida uma reeleição.
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Exemplo: Se houverem 4 representantes do empregador, deverão ter também 4
representantes dos empregados. E o representante do empregador sempre será o
presidente da CIPA. Só que é preciso que você saiba que a estabilidade é concedida
somente para os empregados representantes dos empregados, titulares e suplentes.
E mais: O dirigente sindical somente poderá ser dispensado por justa causa se esta
for apurada em inquérito judicial para apuração de falta grave, o que está
normatizado na súmula 379, TST.
DICA 237
MEMBRO DE CONSELHO FISCAL DE SINDICATO E ESTABILIDADE
O membro de conselho fiscal de sindicato tem direito à estabilidade? Não.
Essa mesma linha de pensamento se aplica ao delegado sindical, que também não
tem direito à estabilidade, conforme o disposto na OJ SDI-1 369, TST.
Resumindo: Tanto o membro de conselho fiscal de sindicato quanto o delegado sindical
NÃO têm direito à estabilidade.
DICA 238
DIRETOR DE COOPERATIVA DE CONSUMO E ESTABILIDADE
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DICA 239
MEMBROS DO CONSELHO CURADOR DO FGTS E ESTABILIDADE
Há ainda mais uma modalidade de empregado com direito à estabilidade
provisória: É a categoria dos representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes,
no Conselho Curador do FGTS.
Mas cuidado: Tal estabilidade só existe da nomeação até 1 ano após o término do
mandato de representação.
Veja o disposto a seguir:
Art. 3º da Lei 8.036/90, § 9º: Aos membros do Conselho Curador, enquanto
representantes dos trabalhadores, efetivos e suplentes, é assegurada a estabilidade no
emprego, da nomeação até um ano após o término do mandato de representação,
somente podendo ser demitidos por motivo de falta grave, regularmente comprovada
através de processo sindical.
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PROCESSO DO TRABALHO
DICA 240
PROCEDIMENTO SUMÁRIO
O procedimento sumário também é chamado de “dissídio de alçada”, é normatizado
pela lei 5.584/70 e possui como intuito mais básico dar mais celeridade às causas
trabalhistas que tem o valor da causa de até 2 salários-mínimos.
Lembrando que o prazo para interpor e contra-arrazoar qualquer recurso será de 8
dias. Lembrando sempre que a assistência judiciária, nos termos da lei supracitada, será
prestada ao trabalhador ainda que não seja associado do respectivo Sindicato.
Sobre pedido de revisão neste caso: O pedido de revisão, que não terá efeito
suspensivo deverá ser instruído com a petição inicial e a Ata da Audiência, em cópia
autenticada pela Secretaria da Junta, e será julgado em 48 (quarenta e oito) horas, a
partir do seu recebimento pelo Presidente do Tribunal Regional.
DICA 241
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
É uma petição inicial, primeiro ato de um processo trabalhista. Se um dos requisitos
for descumprido, haverá o julgamento sem resolução do mérito, por inépcia da petição
inicial, conforme normatizado no art. 840, § 3º, da CLT.
Um ponto de extrema importância é que não há mais a necessidade da citação do artigo
319 do CPC de forma subsidiária e supletiva para fundamentar a reclamação trabalhista,
após a Reforma Trabalhista.
Em outras palavras: Leu o enunciado e viu que não há momento processual
anterior, estaremos diante de uma Reclamação Trabalhista, ok?
Nome da peça
Honorários
Pedidos
Valor da causa
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DICA 242
SÚMULAS IMPORTANTES SOBRE RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se
alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.
DICA 243
PRESCRIÇÃO BIENAL
Na prescrição bienal, temos a situação em que ocorre tal prescrição 2 anos depois do
término do contrato de trabalho, dando assim um prazo temporal para que se busque
os direitos trabalhistas.
Em outras palavras, havendo a extinção do contrato de trabalho, dá-se o prazo de 2
anos para que a pessoa ajuíze uma ação trabalhista.
Por exemplo: Joquinha tem seu contrato de trabalho extinto em novembro de 2015,
logo ele deverá propor ação trabalhista até novembro de 2017. Caso não o faça, teremos
a prescrição total, ou seja, nada mais poderá ser buscado na justiça trabalhista.
DICA 244
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL
O trabalhador só poderá buscar, de forma retroativa, os cinco anos passados. Ou seja,
somente poderá ser pleiteado os direitos, verbas e parcelas, dos cinco anos anteriores
da data do ajuizamento da ação.
Exemplo: Maria deseja ingressar com uma ação trabalhista em face de seu ex
empregador, uma vez que trabalhou no estabelecimento nos anos de 2010 a 2021.
Contudo, aqui, tendo Maria ingressado com ação em 2021, ainda que trabalhado num
período de onze anos, apenas poderá pleitear os direitos relativos aos anos de 2017 a
2021.
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Lembrando sempre que, tanto no caso de prescrição bienal quanto no caso da prescrição
quinquenal, uma vez pronunciada a prescrição, teremos a extinção do feito com resolução
do mérito, conforme nos traz o art. 487, II, do CPC.
Fique atento!
Nos casos de ações declaratórias, como por exemplo na ação para reconhecimento
de vínculo, não corre a prescrição, como traz o art. 11, § 1º, da CLT. Também não
corre prazo prescricional contra o empregado menor de 18 anos, conforme traz o art. 440
da CLT.
DICA 245
BENS IMPENHORÁVEIS
Os bens impenhoráveis estão elencados no art. 833 do CPC, sendo:
Os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à
execução;
Os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do
executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns
correspondentes a um médio padrão de vida;
Os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de
elevado valor;
Os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de
aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas
por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os
ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o § 2º
do art. 833 do CPC.
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JURISPRUDÊNCIA
DICA 246
Vamos esquematizar!
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Inexistência ou nulidade da citação
Perempção
Litispendência
Coisa julgada
Conexão
Convenção de arbitragem
Falta de caução
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JURISPRUDÊNCIA
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DICA 251
HABEAS DATA
É um remédio constitucional com intuito de ter acesso às informações constantes de
bancos de dados de repartições públicas ou particulares acessíveis a todos para, se
for caso, inclusive retificá-las.
Na Justiça do Trabalho o Habeas Data tem cabimento nos seguintes casos:
Para ter acesso a dados relativos ao FGTS junto à Caixa Econômica Federal;
Art. 821 da CLT: Cada uma das partes não poderá indicar mais de três testemunhas,
salvo quando se tratar de inquérito, caso em que este número poderá ser elevado a
seis.
Importante!
Não são todos os casos de estabilidade provisória que ficam sujeitos ao inquérito judicial!
Vamos ver mais disto na dica posterior.
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(c) O ajuizamento do recurso ordinário, com o prazo decadencial para tal ajuizamento de
30 dias, sendo obrigatório que a petição seja escrita.
(d) O ajuizamento do recurso de revista, com o prazo decadencial para tal ajuizamento de
30 dias, sendo obrigatório que a petição seja verbal.
Gabarito: Letra B.
DICA 253
CASOS EM QUE O INQUÉRITO É DESNECESSÁRIO
O inquérito é uma medida judicial de suma importância. Mas há alguns empregados que
tem a estabilidade provisória, entretanto podem ser demitidos, independentemente do
ajuizamento da ação de inquérito judicial.
Que tal observarmos quem são:
Gestante
Acidentado
Cipeiro eleito pelos empregados
Membro eleito para compor a comissão de representantes dos empregados nas
empresas
Importante
O prazo para o empregador ajuizar este tipo de ação é de 30 dias, conforme normatizado
pelo art. 494 da CLT, e claro, este prazo é decadencial.
E onde está normatizado o prazo? Vejamos:
DICA 254
AÇÃO MONITÓRIA
A ação monitória é uma petição inicial, que é um tipo de atalho, visando que a pessoa
possa receber um crédito ou bem de forma mais célere, necessitando este de uma prova
escrita, como uma nota promissória.
A ação monitória tem sua previsão no CPC, dos arts. 700 ao 702.
Ao ajuizar esta ação, caso o juiz concorde e veja que está tudo ok, ele poderá conceder
um mandado monitório, mesmo sem a citação do réu. Caso réu discorde, ele poderá
apresentar embargos monitórios.
Em outras palavras, quando o enunciado tiver a informação de que se trata do
primeiro ato do processo e que o cliente (empregado) tem um documento que comprova o
adimplemento, não sendo este um título executivo, estaremos diante do cabimento de
uma ação executória.
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DICA 255
DISSÍDIO COLETIVO
É uma demanda trabalhista que será ajuizada com o intuito de tutelar interesses
gerais e abstratos das categorias profissionais e econômicas que estejam envolvidas.
Admite-se o jus postulandi, conforme disposto no art. 791, § 2º, da CLT.
As partes envolvidas são o suscitante (quem instaura) e o suscitado (parte contrária).
Há requisitos? Sim:
DICA 257
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
A ação de consignação em pagamento é uma petição inicial, que dá ao devedor o
direito de pagar.
No caso do direito processual do trabalho, é comum o enunciado trazer a informação de
que há objetos do empregado na empresa, que esta deseja devolver, ou ainda que o
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funcionário morreu e a empresa tem dúvidas sobre quem é o credor das verbas
rescisórias, ajuizando em face do espólio do falecimento.
E o empregado pode ajuizar essa ação em face do empregador? Embora raro, é
possível sim. Imagine o exemplo do empregado que deseja devolver uma ferramenta para
a empresa e está se recusa a receber. O empregado então ajuíza esta ação.
Sendo comum que nos casos envolvendo essa ação se fale em verbas rescisórias,
trazemos para você algumas informações sobre ela:
Distrato/Rescisão por mútuo acordo (art. 484-A da CLT) = saldo de salários + férias
vencidas (+1/3) + férias proporcionais (+1/3) + 13º salário proporcional + 1/2 aviso
prévio proporcional (se indenizado) + indenização de 20% do FGTS + saque de 80% do
FGTS
Culpa recíproca (Súmula 14 do TST) = saldo de salários + férias vencidas (+1/3) + 1/2
férias proporcionais (+1/3) + 1/2 13º salário proporcional + 1/2 aviso prévio proporcional
+ indenização de 20% do FGTS + saque do FGTS
Força maior = saldo de salários + férias vencidas (+1/3) + férias proporcionais (+1/3)
+ 13º salário proporcional + aviso prévio proporcional + indenização de 20% do FGTS +
saque do FGTS + saque do SD.
DICA 258
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO- APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DO CPC
Na CLT não há artigo falando sobre esta ação, logo aplicaremos de forma subsidiária o
CPC, mais precisamente falando os arts. 539 a 549. Lembrando sempre que os
fundamentos que explicam o motivo da consignação de bens ou valores estão nos arts.
334 e 335 do CC:
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DICA 259
MANDADO DE SEGURANÇA
O mandado de segurança é um remédio constitucional (assim como o habeas data e
habeas corpus), tendo previsão legal no art. 5º, LXIX e LXX, da CF/88 e Lei nº
12.016/2009, devendo haver direito líquido e certo.
Lembrando que este remédio tem um prazo decadencial de 120 dias, a partir do
momento da ciência do ato coator, como traz o art. 23 da Lei 12.016/2009: “O direito de
requerer mandado de segurança extinguir-se-á decorridos 120 (cento e vinte) dias,
contados da ciência, pelo interessado, do ato impugnado”.
E mais: no caso de decisões interlocutórias, já que não há a possibilidade de interpor
recurso algum, cabe a impetração de mandado de segurança. Também cabe a
impetração do MS em casos de decisão de antecipação dos honorários periciais.
Cabe recurso ordinário para o TST em caso acórdão proferido pelo TRT
julgando o mérito do mandado de segurança? Sim, quem traz esta disposição é a
Súmula 201 do TST.
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DIREITO ELEITORAL
DICA 260
INELEGIBILIDADES
São obstáculos colocados pela Constituição Federal ou por Lei Complementar para o
exercício da capacidade eleitoral passiva, por algumas pessoas, em decorrência de uma
condição ou diante de certas circunstâncias.
Não prejudicam o exercício dos outros direitos políticos. Ou seja, o inelegível poderá
eventualmente votar, criar ou integrar partidos ou propor ação popular.
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ATENÇÃO!!
Desde o RESPE 32.507, julgado em 17.12.2008 não é mais admitida esta possibilidade.
DICA 264
INELEGIBILIDADES – DESINCOMPATIBILIZAÇÃO DO CHEFE DO EXECUTIVO
Se o Titular do Poder Executivo desejar concorrer a outro cargo Executivo, deverá
renunciar ao mandato até seis meses antes das eleições (artigo 14, parágrafo 6º, da
Constituição Federal).
ATENÇÃO!!
Se um Prefeito deseja se candidatar a Governador, deverá seis meses antes das eleições
renunciar ao mandato de prefeito.
DICA 265
INELEGIBILIDADE REFLEXA
Atinge os parentes daqueles que ocupam cargos no Executivo (artigo 14, parágrafo 7º, da
Constituição Federal), tornando inelegíveis no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de
Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo
se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
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DICA 266
RELEMBRANDO PARENTESCO PARA ENTENDER INELEGIBILIDADE REFLEXA
São parentes em linha reta os ascendentes (pais, avôs etc.) e descendentes (filhos,
netos etc.), conforme previsto no artigo 1591 do Código Civil.
São parentes em linha colateral ou transversal, até o quarto grau, as pessoas que
provém de um só tronco, sem descenderem umas das outras (artigo 1592, do Código
Civil).
Ex.: o filho de um tio (primo) é parente de quarto grau (conta-se um grau de você até
seu pai, mais um grau até seu avô comum, mais um grau até o tio ou tia e, finalmente o
último grau ao chegar no primo).
DICA 267
INELEGIBILIDADES E A LEI DA FICHA LIMPA (LEI COMPLEMENTAR Nº 135/10)
Advinda de uma proposta de iniciativa popular, a Lei da Ficha Limpa promoveu alterações
na Lei Complementar n.º 64/90 (Lei das Inelegibilidades).
Fixação do mesmo prazo de oito anos para a restrição dos direitos políticos pela
inelegibilidade.
LEMBRE-SE:
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Nas Ações Declaratórias de Constitucionalidade números 29 e 30, o Supremo Tribunal
Federal entendeu que a inelegibilidade não tem natureza jurídica de pena e, por isso,
não pode se submeter ao Princípio da Presunção de Inocência, previsto no artigo 5º, inciso
LVII, da Constituição Federal. Neste caso, não é necessário aguardar o trânsito em
julgado da decisão que desencadeou a inelegibilidade para que esta possa iniciar-se
bastando que a decisão decorra de um órgão colegiado (tribunal).
DICA 268
LEI COMPLEMENTAR Nº 64/90
Emanadas de autoridades administrativas (art. 1º, I, alíneas “g”, “m”, “o” e “q”).
Oriundas de autoridades políticas (art. 1º, I, alíneas “b”, “c”, “g” e “k”).
Geradas por presunção (art. 1º, I, alínea “i”; e inciso II, 1 a 16, alíneas “b”, “d”, “f”,
“h”, “g”, “i” e “j”).
Fundadas em condenação judicial civil (art. 1º, I, alíneas “c”, “d”, “g”, “j”, “l”, “n” e
“p”).
DICA 269
PROIBIÇÕES
O inciso II do artigo 55 trata dos casos de quebra do decoro parlamentar, ou seja, das
exigências de respeitabilidade do cargo, previstas nos regimentos internos das casas
legislativas.
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DICA 270
INELEGIBILIDADES
SÚMULA TSE Nº 19
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Decorre da procedência de Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) ou Ação de
Impugnação de Mandato Eletivo (AIME) que buscassem responsabilizar o titular ou vice
por abuso de poder político ou econômico.
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n.º 13.260/2016 e Lei n.º 8.072/90.
8. de redução à condição análoga à de escravo;
→ crimes previstos no Código Penal: artigos 149 e 203.
9. contra a vida e a dignidade sexual; e
→ crimes previstos no Código Penal: 121 a 128 e 213 a 234.
10. praticados por organização criminosa, quadrilha ou bando;
→ crimes previstos na Lei n.º 12.850/2013.
DICA 273
INELEGIBILIDADES
A indignidade para o oficialato está prevista no artigo 142, inciso VI, da Constituição
Federal, segundo o qual: “o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno
do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de tribunal militar de caráter
permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra”;
Curiosidade: o artigo 120 do Estatuto dos Militares (Lei n.º 6.880/80) trata da
indignidade e da incompatibilidade para o oficialato, vejamos:
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Esta circunstância já foi abordada anteriormente. Apenas o ato DOLOSO gera
inelegibilidade.
DICA 274
ABUSO DE PODER ECONÔMICO, ADMINISTRADORES DE INSTITUIÇÕES
FINANCEIRAS EM LIQUIDAÇÃO E CONDENADOS EM REPRESENTAÇÕES
ELEITORAIS
SÚMULA TSE Nº 69
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DICA 275
INELEGIBILIDADES
O objeto desta norma é evitar que o político alvo de investigação que pode culminar
em sua cassação pelo Poder Legislativo renuncie ao cargo para manter seus direitos
políticos.
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vínculo conjugal ou de união estável para evitar caracterização de inelegibilidade,
pelo prazo de 8 (oito) anos após a decisão que reconhecer a fraude;
NÃO é mais permitida a doação a candidatos por pessoas jurídicas (artigo 20 da Lei
n.º 9.504/97 e ADI 4650 STF).
CUIDADO: o TSE entende que apenas doações que constituam abuso de poder
econômico gerariam inelegilidade.
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DICA 278
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO PARA CONCORRER AOS CARGOS DE PRESIDENTE E
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Desincompatibilização é o afastamento do funcionário público ou daquele que exerce
certas atividades descritas em Lei, pelo tempo nela previsto, para só então se candidatar.
Ou seja, trata-se da previsão de um lapso temporal mínimo para que o titular de cargo
público ou mandato eletivo afaste-se de suas funções com o objetivo de candidatar-se.
A Lei nº 64/90 prevê um rol de situações bastante extenso, de acordo com o cargo
almejado:
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d) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tiverem competência ou interesse,
direta, indireta ou eventual, no lançamento, arrecadação ou fiscalização de impostos,
taxas e contribuições de caráter obrigatório, inclusive parafiscais, ou para aplicar multas
relacionadas com essas atividades
e) os que, até 6 (seis) meses antes da eleição, tenham exercido cargo ou função de
direção, administração ou representação nas empresas de que tratam os arts. 3° e 5°
da Lei n° 4.137, de 10 de setembro de 1962, quando, pelo âmbito e natureza de suas
atividades, possam tais empresas influir na economia nacional
f) os que, detendo o controle de empresas ou grupo de empresas que atuem no Brasil,
nas condições monopolísticas previstas no parágrafo único do art. 5° da lei citada na
alínea anterior, não apresentarem à Justiça Eleitoral, até 6 (seis) meses antes do pleito,
a prova de que fizeram cessar o abuso apurado, do poder econômico, ou de que
transferiram, por força regular, o controle de referidas empresas ou grupo de empresas
g) os que tenham, dentro dos 4 (quatro) meses anteriores ao pleito, ocupado cargo ou
função de direção, administração ou representação em entidades representativas de
classe, mantidas, total ou parcialmente, por contribuições impostas pelo poder Público
ou com recursos arrecadados e repassados pela Previdência Social
h) os que, até 6 (seis) meses depois de afastados das funções, tenham exercido cargo
de Presidente, Diretor ou Superintendente de sociedades com objetivos exclusivos de
operações financeiras e façam publicamente apelo à poupança e ao crédito, inclusive
através de cooperativas e da empresa ou estabelecimentos que gozem, sob qualquer
forma, de vantagens asseguradas pelo poder público, salvo se decorrentes de
contratos que obedeçam a cláusulas uniformes
i) os que, dentro de 6 (seis) meses anteriores ao pleito, hajam exercido cargo ou
função de direção, administração ou representação em pessoa jurídica ou em empresa
que mantenha contrato de execução de obras, de prestação de serviços ou de
fornecimento de bens com órgão do Poder Público ou sob seu controle, salvo no caso
de contrato que obedeça a cláusulas uniformes
j) os que, membros do Ministério Público, não se tenham afastado das suas funções até
6 (seis)) meses anteriores ao pleito
I) os que, servidores públicos, estatutários ou não, dos órgãos ou entidades da
Administração direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e dos Territórios, inclusive das fundações mantidas pelo Poder Público, não
se afastarem até 3 (três) meses anteriores ao pleito, garantido o direito à percepção
dos seus vencimentos integrais.
ATENÇÃO!!
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DICA 279
DESINCOMPATIBILIZAÇÃO PARA CONCORRER AOS DEMAIS CARGOS
EXECUTIVOS
FIQUE ATENTO: a regra neste caso é o prazo mínimo de seis meses, porém, se o
concorrente for dirigente de entidade representativa ou servidor público, aplicam-se
as regras do inciso anterior, ou seja, respectivamente, quatro e três meses.
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do Estado, observados os mesmos prazos;
b) em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para os cargos de Governador e
Vice-Governador, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos
prazos;
ATENÇÃO!!
A regra para Senado e Câmara é o prazo de seis meses, com exceção do dirigente
de entidade representativa ou servidor público, aos quais aplicam-se os prazos
de quatro e três meses, respectivamente.
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DIREITO FINANCEIRO
DICA 280
ATIVO PERMANENTE, PASSIVO FINANCEIRO E PASSIVO PERMANENTE
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DICA 284
LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL
O controle permite gerenciar o risco por meio de ações fiscalizadoras e de imposição de
prazos na gestão de políticas e de procedimentos, que podem ser de natureza legal,
técnica ou de gestão.
A LRF impõe, ainda, controle de limites e prazos, bem como de sanções em caso de
descumprimento.
Destaca-se que a responsabilização é a obrigação de prestar contas e responder por
suas ações. Como exemplo, a LRF impõe aos entes a suspensão de recebimento de
transferências voluntárias e de realização de operações de crédito em caso de
descumprimento de suas normas;
As disposições da LRF obrigam a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. Nas
referências à União, aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, estão
compreendidos o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos:
os Tribunais de Contas,
A renúncia compreende:
anistia,
remissão,
subsídio,
crédito presumido,
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
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Vale destacar! A despesa total com pessoal será apurada somando-se a realizada no
mês em referência com as dos onze imediatamente anteriores, adotando-se o regime
de competência.
DICA 290
DESPESA COM PESSOAL
A despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação,
não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados:
I - União: 50%
II - Estados: 60%
III - Municípios: 60%
Vale lembrar!
É nulo de pleno direito o ato de que resulte aumento da despesa com pessoal expedido
nos 180 anteriores ao final do mandato do titular do respectivo Poder ou órgão.
DICA 291
DESPESA COM PESSOAL
REPARTIÇÃO DOS LIMITES GLOBAIS
I - NA ESFERA FEDERAL:
a) 2,5% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da União;
b) 6% para o Judiciário;
c) 40,9% para o Executivo;
d) 0,6% para o Ministério Público da União.
II - NA ESFERA ESTADUAL:
a) 3% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado;
b) 6% para o Judiciário;
c) 49% para o Executivo;
d) 2% para o Ministério Público dos Estados.
III - NA ESFERA MUNICIPAL:
a) 6% para o Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município;
b) 54% para o Executivo.
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DICA 292
DESPESA COM PESSOAL
Princípios da LRF:
planejamento;
a transparência;
o controle e a responsabilização.
DICA 294
ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - CONTROLE
Dúvida: quem pode denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de
Contas da União? Vejamos:
Qualquer cidadão;
partido político;
associação ou;
sindicato.
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Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob
pena de responsabilidade solidária.
Insta destacar que a verificação da legalidade dos atos de execução orçamentária será
prévia, concomitante e subsequente.
Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário devem manter, de forma integrada,
sistema de controle interno, com a finalidade de avaliar o cumprimento das
metas previstas no plano plurianual e a execução dos programas de governo e dos
orçamentos da União;
DICA 295
CONTROLE INTERNO E EXTERNO
De acordo com a CF/88, uma das finalidades do controle interno é avaliar o
cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas
de governo e dos orçamentos da União.
O Controle Externo: na esfera federal, o controle externo é exercido pelo Congresso
Nacional, com o auxílio do Tribunal de Contas da União;
Já, nos Estados, é realizado pela Assembleia Legislativa, com auxílio do Tribunal de
Contas do Estado;
Nos municípios, é exercido pela Câmara Municipal, com auxílio também do Tribunal de
Contas do Estado (regra geral) ou do Tribunal de Contas do Município (nas cidades de São
Paulo e Rio de Janeiro) ou do Tribunal de Contas dos Municípios (nos estados da Bahia,
Pará e Goiás).
Por fim, no Distrito Federal é exercido pela Câmara Legislativa com o auxílio do
Tribunal de Contas do Distrito Federal.
DICA 296
ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA-CONTROLE
Compete privativamente à Câmara dos Deputados proceder à tomada de contas do
Presidente da República, quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa;
Compete ao TCU apreciar (e não julgar) as contas prestadas anualmente pelo Presidente
da República, mediante parecer prévio;
É da competência exclusiva do Congresso Nacional julgar anualmente as contas
prestadas pelo Presidente da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos
planos de governo;
Para os demais administradores e responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos
compete ao TCU o julgamento das contas.
DICA 297
ORÇAMENTO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA-CONTROLE
A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar;
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O ciclo orçamentário pode ser definido como uma série de passos, que se repetem em
períodos prefixados, segundo os quais os orçamentos sucessivos são preparados, votados,
executados, os resultados avaliados e as contas julgadas;
A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro decide promover um mutirão para
oferecer assistência jurídica aos presos, visando reduzir a população carcerária do Estado
em 10%. Após a apuração do resultado do mutirão, verificou-se que a redução foi de
apenas 5%, permitindo a constatação de que o mutirão foi falho em relação à eficácia,
que é a medida do grau de atingimento das metas fixadas para um determinado projeto,
atividade ou programa em relação ao previsto. Procura considerar o grau em que os
objetivos e as finalidades do progresso foram alcançados dentro da programação de
realizações governamentais. Se a medida não foi alcançada, falhou na eficácia.
DICA 298
PREÇOS DE SERVIÇO PÚBLICO X TAXAS
Para sua prova, fique atento que preços de serviços públicos e taxas não se confundem,
porque estas, diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança
condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que a instituiu.
A receita patrimonial corresponde ao ingresso proveniente de rendimentos sobre
investimentos do ativo permanente, de aplicações de disponibilidades em operações de
mercado e outros rendimentos oriundos de renda de ativos permanentes; (Aluguéis,
Arrendamentos, Tarifas de Ocupação, Concessão, Permissão, Autorização ou Cessão do
Direito de Uso de Bens Imóveis Públicos).
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Destaca-se que o grupo “amortização da dívida” deverá ser classificado na categoria
econômica das despesas de capital, já “amortização de empréstimos”, que é uma das
origens das receitas de capital.
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DIREITO PREVIDENCIÁRIO
DICA 300
SEGURO-DESEMPREGO
Segundo a Constituição Federal, é garantido o seguro-desemprego ao trabalhador,
em caso de desemprego involuntário, no art. 7º, inciso II.
Ainda, prevê no art. 201, inciso III, proteção ao trabalhador em situação de desemprego
involuntário, visto como risco social que deve ser coberto pelo Regime Geral de
Previdência Social (RGPS).
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Auxílio-Doença;
Auxílio-Acidente;
Salário Maternidade;
Pensão por Morte;
Auxílio-Reclusão;
Entre outros.
DICA 304
DOS BENEFÍCIOS – DO SALÁRIO-FAMÍLIA
O salário-família deve ser pago:
ATENÇÃO!
DICA 305
APOSENTADORIAS
Com relação aos segurados são previstos alguns tipos de aposentadorias pelo sistema
previdenciário brasileiro:
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DICA 306
OS BENEFÍCIOS - DO CÁLCULO DO VALOR DOS BENEFÍCIOS – APOSENTADORIA
PROGRAMADA COMUM – POR IDADE E TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Os segurados aposentados pela aposentadoria programada não fazem jus ao acréscimo de
25% (auxílio acompanhante), ainda que comprove que necessita de assistência
permanente.
Os segurados costumavam pleitear o Poder Judiciário tal acréscimo, mas o STF decidiu
pela improcedência desse acréscimo.
DICA 307
DOS BENEFÍCIOS - APOSENTADORIA PROGRAMADA COMUM – POR IDADE E
TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO - DO CÁLCULO DO VALOR DOS BENEFÍCIOS – DO
REAJUSTE
O assegurado aposentado pela modalidade da aposentadoria programada terá o
reajuste dos benefícios, realizado anualmente, na data em que houver reajuste do
salário-mínimo, com base no INPC (índice nacional de preços ao consumidor), de acordo
com a lei 8.213/91, art. 41-A.
Inferior ao salário-mínimo;
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DICA 309
CONCESSÃO DO BENEFÍCIO – APOSENTADORIA PROGRAMADA
O pagamento do benefício terá como data inicial, a data do requerimento;
ATENÇÃO!
DICA 310
DOS BENEFÍCIOS - DA APOSENTADORIA PROGRAMADA ESPECIAL
Beneficiários da aposentadoria especial que não contribua facultativamente com 20%
do salário de contribuição, terá como Renda Inicial, o valor de 1 salário-mínimo.
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DICA 312
DOS BENEFÍCIOS - DA APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
A concessão da aposentadoria especial da pessoa com deficiência dependerá do grau da
deficiência, que pode ser: grave, moderada e leve.
GRAU DA DEFICIÊNCIA
DICA 313
DOS BENEFÍCIOS - DA APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
O segurado portador de deficiência não poderá utilizar-se cumulativamente dos benefícios
da aposentadoria especial e da aposentadoria da pessoa com deficiência (LC 142/2013).
Caso o segurado com deficiência possua também o período de contribuição especial, por
exposição aos agentes prejudiciais à saúde, deverá optar pela opção mais favorável para
sua aposentadoria.
Caso o segurado pelo RGPS, adquira deficiência após a filiação, deverão ser ajustados
proporcionalmente os parâmetros, e após a conversão, serão somados os períodos,
conforme tabela:
MULHER
FATOR MULTIPLICADOR
TEMPO A SER CONVERTIDO
Para 20 Para 24 Para 28 Para 30
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DICA 314
DOS BENEFÍCIOS - DA APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Caso o segurado pelo RGPS, adquira deficiência após a filiação, deverão ser ajustados
proporcionalmente os parâmetros, e após a conversão, serão somados os períodos,
conforme tabela:
HOMEM
FATOR MULTIPLICADOR
TEMPO A SER CONVERTIDO
Para 25 Para 29 Para 33 Para 35
DICA 315
DOS BENEFÍCIOS - DA APOSENTADORIA DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA
Será feito o cálculo da média aritmética simples dos seus 80% maiores salários.
Renda Inicial da pessoa com deficiência será:
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Até a Lei 9.032/95, o auxílio-acidente era devido somente em situações de acidente
relacionado ao trabalho ou situações equiparadas ao trabalho.
STJ
ATENÇÃO!
DICA 318
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO-ACIDENTE
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DICA 320
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA – EC 103/19
A incapacidade laborativa acontece quando o segurado está incapacitado de exercer suas
atividades.
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Memorex OAB – Exame XXXVIII – Rodada 03
Omniprofissional: quando o empecilho alcança o desempenho de qualquer atividade
laboral;
ATENÇÃO!
Quando o segurado que exerce mais de uma atividade laboral, ficar incapaz de
forma definitiva, de exercer uma delas, o auxílio-doença, deverá ser pago
indefinitivamente.
DICA 322
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA – EC 103/19
O auxílio-doença passou a ser chamado auxílio por incapacidade temporária e poderá ser
concedido nas modalidades previdenciária e acidentária, observado, quanto ao cálculo do
valor do benefício.
ATENÇÃO!
O auxílio por incapacidade temporária não poderá exceder a média dos 12 últimos
salários de contribuição.
DICA 323
DOS BENEFÍCIOS – DO AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA – EC 103/19
A data de início do pagamento do auxílio por incapacidade temporária será da seguinte
forma:
PA
GE
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SEGURADO EMPREGADO:
DEMAIS SEGURADOS:
DICA 324
DOS BENEFÍCIOS – DO SALÁRIO MATERNIDADE
Renda Inicial no salário maternidade dependerá da classe de trabalhador:
Empregada doméstica: a renda mensal inicial (RMI) será correspondente ao seu último
salário;
Adoção, e
Em caso de parto, será pago o benefício por 120 dias, iniciando 28 dias antes do
parto, e terminando 91 dias depois do parto.
PA
GE
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Em caso atípico, os períodos (antes e pós-parto) podem ser aumentados por mais de
2 semanas.
ATENÇÃO!
DICA 326
DOS BENEFÍCIOS – DO SALÁRIO MATERNIDADE
A empresa é a responsável pelo pagamento do salário-maternidade, sendo que
posteriormente o empregador é reembolsado pela compensação de suas contribuições
previdenciárias à União.
A gestante, empregada pelo regime de jornada parcial, que tenha seu salário de
contribuição inferior ao mínimo, receberá o salário-maternidade pago diretamente pelo
INSS. Caso, ainda que em jornada parcial, o salário seja igual ou superior ao mínimo, a
obrigatoriedade de pagamento do benefício é do empregador.
ATENÇÃO!
Aborto involuntário;
PA
GE
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DICA 328
DOS BENEFÍCIOS – DO SALÁRIO-FAMÍLIA
Renda Inicial no salário-família será:
De equivalente a uma cota para cada filho de até 14 anos de idade, se inválido,
independerá da idade.
ATENÇÃO!
O salário-família é pago de forma proporcional aos dias trabalhados no mês em que foi
admitido ou demitido.
Em caso de trabalhador avulso, o pagamento deverá ser feito de forma integral (mês
inteiro).
ATENÇÃO!
PA
GE
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suspenso.
DICA 330
DOS BENEFÍCIOS – DA PENSÃO POR MORTE
Renda Inicial na pensão por morte será:
De 50% do valor da aposentadoria que era recebida pelo segurado falecido na data do
óbito, acrescida de 10% por cada dependente, podendo chegar até a 100% do valor;
ATENÇÃO!
Antes da reforma da previdência (EC 103/19), a pensão por morte era paga no valor
integral da aposentadoria que era recebida pelo segurado na data do óbito.
Ex.: João recebia o valor de R$4.000,00 (quatro mil reais) como aposentadoria. Em
janeiro, João faleceu, e deixou esposa e um filho de 8 anos de idade.
No caso a pensão será de 50% + 10% (esposa) + 10% (filho), dando um total de
R$2.800,00.
O valor final obtido será dividido de forma igual para todos os dependentes, e com a perda
da qualidade de segurado a cota desse dependente também será cessada.
PA
GE
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