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TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
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Rodada 02 18/09/2023
Rodada 03 25/09/2023
Rodada 04 02/10/2023
Rodada 05 05/10/2023
Rodada 06 09/10/2023
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Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode custar sua aprovação.
Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.
Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com
ÍNDICE
ÉTICA ......................................................................................................................................... 4
FILOSOFIA DO DIREITO ............................................................................................... 13
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 16
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 25
DIREITO INTERNACIONAL .......................................................................................... 28
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................................................... 31
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 36
DIREITO AMBIENTAL ..................................................................................................... 45
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 47
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .................................................. 56
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................... 58
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................. 62
DIREITO EMPRESARIAL................................................................................................ 77
DIREITO PENAL ................................................................................................................. 81
PROCESSO PENAL............................................................................................................. 92
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................. 100
PROCESSO DO TRABALHO ......................................................................................... 111
DICA 01
DOS DIREITOS DO ADVOGADO
ATENÇÃO!
DICA 02
NOTÓRIA ESPECIALIZAÇÃO
Art. 3º-A e parágrafo único do EAOAB, inserido pela Lei nº 14.039 de 2020.
Considerado notória especialização, profissionais ou sociedades de advogados, que de-
sempenham estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, entre
outras atividades que permita concluir que o trabalho prestado por tal profissional é indis-
cutivelmente mais adequado àquela prestação de serviço.
Esse tipo de prestação é considerado técnico e singular, o que facilita a contratação
direta pela administração pública (Dispensando possível licitação).
DICA 03
DA INVIOLABILIDADE DO ESCRITÓRIO DO ADVOGADO
De acordo com o Art. 7º, inciso II EAOAB, o local de trabalho do advogado é inviolável,
tanto quanto todo seu instrumento de trabalho relativos à advocacia:
ARQUIVOS E DA-
DOS
É INVIOLÁVEL
CORRESPONDÊN-
CIAS
COMUNICAÇÕES TELEFÔNI-
CAS, ELETRONICA E TELEMÁ-
TICA
O advogado poderá ter acesso, sem restrições, aos seguintes locais, serviços ou
situações:
Presos;
Detidos;
A prisão mencionada será cautelar, pois se trata de ser anterior a sentença transitada
em julgado.
DICA 09
DO DESAGRAVO PÚBLICO
É um ato formal que objetiva mostrar repúdio a ofensas contra a classe dos advo-
gados.
Injúria;
Difamação;
É direito do advogado ter instalações condignas para exercer sua profissão em:
Fóruns,
Tribunais,
Juizados,
Delegacias de polícia,
Presídios,
Entrada em tribu-
nais sem ser sub-
metida a detec-
tor de metal e ------------------- ------------------- -------------------
aparelho raio x.
Período da gravi-
dez.
Reserva de vaga
em garagens dos
------------------- ------------------- -------------------
foros.
Período da gravi-
dez.
Suspensão de Suspensão de
prazos processu- prazos proces-
ais, quando for a suais, quando for
------------------- ------------------- única patrona da a única patrona da
causa, com notifica- causa, com notifi-
ção do cliente. cação do cliente.
Por 30 dias. Por 30 dias.
Prisão do advogado.
A infração desses dispositivos, gera detenção de 2 a 4 anos e multa.
Advogado Estagiário
Art. 8º, incisos I ao VII do EAOAB Art. 9º, incisos I e II, §§ 1º ao 4º da EAOAB
Não exercer atividade Incompatível Inciso II, §2º - Vedada Inscrição, o Aluno
que exercer atividade incompatível.
Idoneidade Moral *** (próxima dica) Idoneidade Moral *** (próxima dica)
O advogado pode exercer sua profissão em todo território nacional, com liberdade, tendo
sua inscrição:
Inscrição principal: Realizada no CONSELHO
SECCIONAL em cujo território pretende esta-
belecer DOMICILIO PROFISSIONAL (Art.
10 EAOAB).
Inscrição do
Advogado
10
A inscrição do advogado, uma vez cancelada, não será restaurada com numeração
anterior, cabendo então nova inscrição, e, para isso, será preciso verificar e preencher os
requisitos presentes no Art. 8 do EAOAB.
DICA 17
DAS ATIVIDADES PRIVATIVAS DA ADVOCACIA
Atividades de consultoria;
Assessoria,
11
Juizados Federais;
Fazenda Pública;
Justiça do Trabalho
Juiz de Paz.
O jus postulandi, não alcança: Ação rescisória, MS, Ação Cautelar e recursos referentes
ao TST.
12
DICA 19
NORBERTO BOBBIO - ANTINOMIAS
Critérios:
Critério Hierárquico: Norma constitucional prevalece sobre Lei complementar e lei or-
dinária.
Critério cronológico: Lei posterior prevalece sobre lei anterior. Lex posterior derogat
legi priori.
QUESTÃO SIMULADA.
A antinomia é uma situação na qual são colocadas em existência duas normas, das
quais uma obriga e a outra proíbe, ou uma obriga e a outra permite, ou uma proíbe e
a outra permite o mesmo comportamento. Um jurista que abordou muito este assunto
foi:
a) Miguel Reale
b) Joaquim Barbosa
c) Norberto Bobbio
d) Santo Agostinho
Gabarito: Letra c.
DICA 20
ULPIANO
Ulpiano, importante jurista romano, resumiu em três os conceitos pelos quais devia ser
regida a sociedade romana e consequentemente suas leis: Não prejudicar ninguém, vi-
ver honestamente e dar a cada um aquilo que lhe corresponde (Iustitia est constans
et perpetua voluntas ius suum cuique tribuendi).
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
13
Ser filosofo: O bom orador deve sempre buscar o porquê de fatos importantes (Ex.:
O que é justiça? O que é a vida?).
Ser moralista: Para Cícero, ser moralista era o mesmo que ser coerente, ou seja, você
defender atitudes que segundo seus valores, são as corretas.
Ser ator: Um bom orador deve, segundo Cícero, seria você passar a emoção correta no
momento correto.
Ser poeta: É o que traz no seu discurso a beleza das palavras, trazendo ao discurso
argumentos que realmente convençam.
DICA 22
POSITIVISMO JURÍDICO
14
QUESTÃO SIMULADA.
“A única questão que se nos apresenta para ser decidida consiste em saber se os réus,
dentro do significado do N.C.S.A. (n.s.) § 12-A, privaram intencionalmente da vida a
Roger Whetmore. O texto exato da lei é o seguinte: “Quem quer que intencionalmente
prive a outrem da vida será punido com a morte”. Devo supor que qualquer observador
imparcial, que queira extrair destas palavras o seu significado natural, concederá imedi-
atamente que os réus privaram “intencionalmente da vida a Roger Whetmore”. (FULLER,
1976, p.42).
No livro “O caso dos exploradores de caverna”, o ministro Keen profere o seu voto a favor
da execução dos exploradores, levando muito a sério o que a lei fala, não se afastando
do legalismo. Assim, suas falas são carregadas de uma hermenêutica da legislação de
forma literal.
Podemos afirmar que a visão do ministro Keen está alinhada ao:
a) Jusnaturalismo
b) Socialismo
c) Juspositivismo
d) Capitalismo
Gabarito: Letra c.
DICA 23
JUSNATURALISMO
Totalmente oposto ao positivismo jurídico (ou seja, o direito devidamente positivado em
lei), sendo o jusnaturalismo é defensor do direito natural. O jusnaturalismo tem como
fontes a razão e a moral. Para os jusnaturalistas, a lei que esteja em sentido contrário ao
direito natural não é direito.
Fontes do direito natural: Na Grécia, a razão era uma das fontes do direito natural,
sendo assim as leis não poderiam ser diferentes da razão, mas sim em sentido convergente
à razão. Já na Europa medieval, a vontade de Deus era também vista com uma fonte
de direito natural. E mais: Agostinho de Hipona (também chamado de Santo Agostinho)
dizia que a vontade de Deus era igual à razão.
QUESTÃO SIMULADA:
“uma lei injusta simplesmente não é lei”. Agostinho de Hipona
Santo Agostinho, também conhecido como Agostinho de Hipona, era um ferrenho de-
fensor do direito natural, que tem como uma de suas bases a razão. Na sua visão, a
vontade de Deus era alinhada à razão. Diante de tais informações, podemos dizer que
ele era um defensor do:
a) Ideal revolucionário contra pensamentos teológicos;
b) Jusnaturalismo;
c) Juspositivismo;
d) Capitalismo de base.
Gabarito: Letra B
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DICA 24
CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES – QUANTO AO CONTEÚDO
Mista: Uma classificação ainda polêmica, e não sendo adotada por alguns doutrinadores.
Essa teoria traz que, nos termos do art. 5º, § 3º, da Constituição Federal, os Tratados e as
Convenções de direitos humanos, aprovados em cada casa do Congresso, em dois turnos,
com voto de 3/5 de seus membros equivalerão a uma Emenda Constitucional, ou seja, um
documento de natureza constitucional que está fora da Constituição, sendo adotado tanto
o critério material como o formal. É a Teoria do Bloco da Constitucionalidade, através da
qual não é constitucional apenas o que está na CF, mas toda e qualquer regra de natureza
constitucional. Portanto, para alguns, o sistema que usamos é o misto.
Portanto, ao analisar a Constituição Federal de 1988 em relação com seu conteúdo,
pode-se dizer que ela é formal ou formalmente. O que seria dizer que a constituição é o
modo de ser do Estado, estabelecido em documento escrito. Não se há de pesquisar qual o
conteúdo da matéria. Tudo o que há na constituição é matéria constitucional. Essa
distinção hoje perde o sentido, carreando toda a doutrina no sentido de considerar materi-
almente constitucional tudo o que formalmente nela se contiver.
DICA 25
QUANTO A ESTABILIDADE
Rígidas: constituições que exigem, para sua alteração, um processo legis mais árduo do
que o processo de alteração das normas não constitucionais.
Fixas: podem ser alteradas por poder igual ao que a criou, poder constituinte originário.
16
DICA 26
QUANTO A FORMA
DICA 27
QUANTO A ORIGEM
Pactuada: Decorre de um acordo entre dois grupos sociais, havendo mais de um titular
do poder constituinte. Um exemplo é a Carta Magna de 1215, que decorreu de um acordo
entre o rei e a nobreza.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
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DICA 28
QUANTO A EXTENSÃO
Analíticas: Abrangem todos os assuntos que entende relevantes. São amplas, extensas,
prolixas, detalhas, como a nossa Constituição de 1988, por exemplo.
Quanto à Extensão a Origem a Constituição Federal é analítica, pois examina e re-
gulamenta todos os assuntos que entende relevantes. Contém normas materialmente cons-
titucionais e normas formalmente constitucionais. Por essa razão, é extensa e prolixa.
Constituição Dirigente: Além de fixar direitos e garantias, fixa metas estatais, fixa uma
direção para o Estado.
Quanto à Finalidade a Constituição Federal de 1988 é dirigente, pois além de criar
limites para a atuação do Estado com a previsão de direitos e garantias fundamentais, cria
direitos, garantias e metas para o Governo. Dirige programas institucionais para o Estado,
preocupa-se não só com o presente, mas também com o futuro, buscando condicionar os
órgãos estatais à satisfação de objetivos predefinidos. O termo “dirigente” significa que a
Constituição “dirige” a atuação futura do Estado, por meio da previsão de metas. E carac-
teriza-se pela presença de normas constitucionais de eficácia limitada definidoras de prin-
cípios programáticos.
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DICA 31
CLASSIFICAÇÃO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Vale relembrar como a nossa Constituição Federal pode ser classificada hoje:
P Promulgada
E Escrita
D Dogmática
R Rígida
A Analítica
F Formal
19
20
Sentido sociológico: Segundo Lassale, a Constituição seria a soma dos fatores reais
de poder dentro de uma sociedade. Uma constituição só seria legítima se representasse o
efetivo poder social, refletindo as forças sociais que constituem o poder, caso não ocorresse,
ela seria ilegítima, seria uma mera folha de papel.
Sentido político: Para Carl Schmitt a Constituição é uma decisão política fundamen-
tal do titular do constituinte. E traz as normas de organização do Estado, limitação do es-
tado, direitos individuais, normas de conteúdo materialmente constitucionais.
Sentido jurídico: Para Hans Kelsen a Constituição é fruto da vontade racional do ho-
mem, e não das leis naturais. É considerada norma jurídica pura, abstraindo-se de qualquer
consideração de cunho político, social, filosófico. Para o sentido lógico-jurídico Constitui-
ção significa norma fundamental hipotética, cuja função é servir de fundamento lógico
transcendental da validade da Constituição jurídico-positiva, que equivale à norma positiva
suprema, conjunto de normas que regula a criação de outras normas, lei nacional no seu
mais alto grau.
Sentido jurídico-positivo: norma posta - Constituição escrita que ocupa o todo do or-
denamento jurídico.
DICA 34
SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
21
DICA 35
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS
Os princípios constitucionais são aqueles que guardam os valores fundamentais da
ordem jurídica e servem como limite de atuação para o agente público. São
nos princípios constitucionais que se condensa bens e valores considerados fundamentos de
validade de todo sistema jurídico. Vejamos o que diz texto constitucional:
“Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e
Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como
fundamentos:
A soberania;
A cidadania;
O pluralismo político.”
O Texto constitucional também traz no parágrafo único que, todo o poder emana do povo,
que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Consti-
tuição.
22
Do ponto de vista interno – significa dizer que o Estado Brasileiro é superior a qualquer
outra organização existente ou que venha existir.
Do ponto de vista externo - é dizer que o Brasil está em situação de igualdade formal
perante os demais Estados internacionais, com os quais pode estabelecer relações sem vín-
culo de sujeição.
No entanto, é importante notar que a soberania nacional está cada vez mais complexa em
uma sociedade que não encontra fronteiras. Nesse cenário, se faz necessário a frequente
utilização do direito estrangeiro para resolver questões nacionais, sobretudo quando os con-
flitos envolvem tratados de direitos humanos. Um exemplo disso é a incidência da GDPR,
lei de proteção de dados europeia, para todos os negócios brasileiros que operem na Europa.
23
ATENÇÃO!
24
DICA 40
CONCEITO DE DIREITOS HUMANOS
Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), “os direitos humanos são direitos ine-
rentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade,
etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição”.
Para André Ramos, “consiste na qualidade intrínseca e distintiva de cada ser humano,
que o protege contra todo tratamento degradante e discriminação odiosa, bem como asse-
gura condições matérias mínimas de sobrevivência. Consiste em atributo que todo indivíduo
possui, inerente à sua condição humana”.
Direitos Fundamentais: direitos positivados na ordem interna dos Estados (na Constitui-
ção).
DICA 41
FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS
Importante pontuar que não existe uma lista fechada de direitos humanos e o reconheci-
mento de tais direitos, passam por uma constante evolução histórica.
Teoria positivista: Fundamentados nos textos legais dos Estados, encontram seu
preceito de validade forma na Constituição.
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PRIMEIRA GERAÇÃO:
SEGUNDA GERAÇÃO:
TERCEIRA GERAÇÃO:
QUARTA GERAÇÃO:
QUINTA GERAÇÃO:
26
27
DICA 44
CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO
O Direito Internacional Público é um conjunto de preceitos que regem as relações in-
ternacionais.
São regidos por princípios, a saber: soberania, autonomia (não ingerência), respeito
aos direitos humanos, interdição do uso da força e cooperação internacional.
Indivíduos
DICA 45
FONTES DO DIREITO INTERNACIONAL
Servem para a solução de casos concretos.
Costume internacional;
Decisões judiciárias; e
Doutrina.
FIQUE ATENTO (A)!
O rol é exemplificativo/não taxativo, podemos incluir no rol os atos unilaterais e a analo-
gia.
Não há hierarquia entre as fontes.
DICA 46
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS (OIs)
São formadas pela vontade dos Estados, com o objetivo de coordenar as atividades
relacionadas a cada missão.
Ex.: A ONU que tem uma missão de manutenção da paz e segurança internacional.
28
A escolha da sede da OI cabe aos próprios membros, podendo ser escolhido a ins-
talação em um território não membro, após a escolha é celebrado o acordo-sede.
29
A naturalização ordinária está prevista no art. 12, II, alínea a, da CF: adquiram a nacio-
nalidade brasileira, exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas residên-
cia por um ano ininterrupto e idoneidade moral. Para os não originários de países de língua
portuguesa, os critérios estão previstos no art.65 da Lei 13445/2017.
A naturalização extraordinária está prevista no art. 12, II, alínea b, da CF: os estrangei-
ros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do Brasil há mais de
quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade
brasileira.
Situação especial dos portugueses, previsão no art. 12, II, § 1º CF, cabível apenas para
os portugueses com residência permanente no Brasil, existe um Tratado de Amizade, co-
operação e consulta garantindo a reciprocidade e são atribuídos os direitos inerentes ao
brasileiro naturalizado.
30
Capacidade Tributária Ativa: É a aptidão para exigir o tributo. Esta aptidão é delegá-
vel inclusive para pessoas privadas.
31
DICA 53
PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE TRIBUTÁRIA
O princípio da anterioridade tributária – ou princípio da eficácia diferida – está normatizado
nas alíneas b e c do inciso III do art. 150 da CF.
A alínea b fala sobre a anterioridade anual ou anterioridade de exercício. A alínea c, por sua
vez, inserida pela EC n.º 42/2003, refere-se à anterioridade nonagesimal.
32
Lembrando sempre que a nossa CF/88 prevê as seguintes hipóteses para a instituição
do Empréstimo Compulsório:
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Taxa judiciária;
Taxa do lixo.
IMPORTANTE: Os emolumentos cobrados pelos serviços notariais e de registro têm
natureza de taxa.
DICA 62
TAXAS DE POLÍCIA
As taxas de polícia são cobradas para remunerar o exercício efetivo do poder de polícia
pelo Estado. São exemplos de taxas de polícia:
34
35
DICA 64
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
A Administração Pública é o conjunto de órgãos e entidades que integram a estrutura ad-
ministrativa do Estado, com o objetivo de efetivar a vontade política para cumprimento do
interesse público.
O Governo decide qual política adotar e a máquina pública (Administração Pública) executa
o rumo adotado.
DICA 66
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS
L egalidade
I mpessoalidade
M oralidade “L I M P E”
P ublicidade
E ficiência
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O princípio da legalidade possui dupla acepção, uma que diz respeito à Administração
Pública e outra aos particulares, vejamos:
Administração pública: pode fazer apenas o que a lei determina (ato vinculado) ou
autoriza (ato discricionário).
Em que pese ser o expoente máximo do Estado Democrático de Direito, o princípio da le-
galidade, excepcionalmente, pode ser relativizado, permitindo que o Poder Público ladeie às
disposições legais. Nos casos de decretação do estado de defesa e de sítio; e de edição
de medida provisória, o Chefe do Poder Executivo detém maior liberdade de atuação.
DICA 68
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
DICA 69
PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Impõe aos agentes públicos o dever de atuar de forma honesta. Sua atuação dever pautar-
se pelos princípios da boa-fé e probidade.
A ação popular, prevista no artigo 5º, inciso LXXIII, é instrumento de controle da morali-
dade administrativa.
Caso o agente público não atue com a probidade prevista, o parágrafo 4º, do artigo 37,
prevê que os atos de improbidade acarretarão em suspensão dos direitos políticos;
perda da função pública; indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário.
37
DICA 71
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA
Foi introduzido na CF/88 a partir da EC nº. 19/98. Com o advento da emenda citada,
passou-se do modelo de administração burocrática para o de administração gerencial.
O agente público deve conjugar a busca da melhoria da qualidade dos serviços públicos com
a racionalidade dos gastos públicos.
DICA 72
Quanto à criação das entidades da Administração Indireta, a CF/88, nos incisos XIX e XX,
do artigo 37, dispõe que somente por lei (ordinária) poderá ser criada autarquia e auto-
rizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fun-
dação, cabendo à lei complementar, no caso da fundação, definir as áreas de sua atuação.
Nota-se que a lei ordinária cria (direto) a autarquia e autoriza a criação dos demais
entes administrativos.
38
Quanto à posição estatal - cai bastante nas provas - os órgãos podem ser: indepen-
dentes, autônomos, superiores e subalternos.
- Independentes
- Autônomos
Os órgãos podem ser: - Superiores
- Subalternos
DICA 76
ÓRGÃOS INDEPENDENTES
Também são chamados de órgãos primários do Estado, pois exercem as funções outor-
gadas diretamente pela Constituição Federal.
39
DICA 78
ÓRGÃOS SUPERIORES
DICA 79
ÓRGÃOS SUBALTERNOS
Os órgãos subalternos são todos aqueles subordinados a órgãos mais elevados, com
reduzido poder de decisão e predominância de atribuições de execução.
Ex.: Delegacia
DICA 80
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA - DOS ÓRGÃOS - CLASSIFICAÇÃO
Compostos: em sua estrutura, reúnem outros órgãos menores, com função idêntica ou
funções auxiliares.
40
- Personalidade jurídica
Órgãos não possuem - Patrimônio próprio
- Capacidade processual
Personalidade jurídica
Patrimônio próprio
Capacidade processual
DICA 82
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
A administração indireta é composta por pessoas jurídicas, com personalidade jurídica:
Autarquias;
Fundações;
Empresas Públicas;
Sociedades de Economia Mista;
As pessoas jurídicas que se enquadram na administração indireta necessitam de lei para
sua existência.
DICA 83
DIFERENÇAS: EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
DIFERENÇAS
41
DICA 84
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA AUTAR-
QUIA
Características da autarquia:
42
DICA BÔNUS
TERCEIRO SETOR: ENTIDADES PARAESTATAIS
43
São pessoas jurídicas privadas que não integram a estrutura da administração direta
ou indireta, mas colaboram com o Estado no desempenho de atividades de interesse pú-
blico, mas não exclusivas de Estado, de natureza não lucrativa. Integram o chamado Ter-
ceiro Setor.
44
DICA 86
DO MEIO AMBIENTE E A CONSTITUIÇÃO FEDERAL – ART. 225
A CF/88 possui vários dispositivos protetivos ao meio ambiente, motivo pelo qual já foi
cunhada pelo STF como Constituição Ecológica e Constituição Verde.
O art. 225 da CF/88 é a chamada norma matriz e prevê que todos têm direito ao
meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo classificado como bem de uso co-
mum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, cabendo ao Poder Público e à co-
letividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gera-
ções.
DICA 87
LICITAÇÃO VERDE
A licitação verde, princípio da licitação verde ou princípio da licitação sustentável trazem a
ideia de que o processo licitatório deve estar unido com o desenvolvimento nacional susten-
tável, de preferência aquelas propostas que preservem o meio ambiente.
Em suma: Licitação verde é uma ferramenta de sustentabilidade nas mãos da Administração
Pública.
DICA 88
DA RESPONSABILIDADE DOS CAUSADORES DE DANOS AMBIENTAL
Conforme expressamente previsto na CF/88, as condutas e atividades consideradas le-
sivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções
penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos cau-
sados.
A Mata Atlântica.
A Serra do Mar.
45
46
DICA 91
LINDB: VIGÊNCIA DAS NORMAS
De acordo com o art. 1º da Lei de Introdução ao Direito Brasileiro (LINDB), a lei começa a
vigorar em todo o país 45 dias depois de oficialmente publicada. Entretanto, nos Estados
estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia 3 meses de-
pois de oficialmente publicada (art. 1º, § 1º LINDB).
IMPORTANTE: A lei só ganha vigência depois da vacatio legis (lapso temporal
necessário para que as pessoas tenham conhecimento de sua existência).
DICA 92
LINDB: REVOGAÇÃO DAS NORMAS
Após cumprida a vacatio legis e entrando em vigor, a lei continuará vigendo até que
venha outra e, expressa ou tacitamente, a revogue (princípio da continuidade das nor-
mas). A revogação de uma lei, no sistema brasileiro, só é admitida por outra lei que a
revogue (art. 2º LINDB).
Pegadinha de prova:
DICA 93
PESSOA NATURAL
De acordo com o art. 1º do CC, toda pessoa é capaz de direitos e deveres na vida civil.
A capacidade civil pode ser dividida de três formas: capacidade de fato, capacidade de
direito e capacidade plena.
47
48
Voluntária – realizada com a concessão dos pais, por meio de escritura pública,
tendo o menor 16 anos completos.
A pessoa jurídica tem direitos da personalidade por equiparação legal e, em razão disso,
pode sofrer dano moral (posicionamento do STJ).
49
TOME NOTA:
A pessoa jurídica de direito privado tem existência a partir dos atos constitutivos no
respectivo registro.
QUESTÃO DE PROVA:
Voluptuárias – empreendidas por mero deleite, com o fito, tão somente, de embele-
zar o bem.
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50
Bem de família voluntário – instituído por ato de vontade da entidade familiar, por
meio da formalização do registro de imóveis, gerando dois efeitos: impenhorabilidade limi-
tada e inalienabilidade relativa (arts. 1711 a 1717 do CC).
Fato jurídico é todo evento natural ou humano que possui repercussão na esfera
jurídica.
O fato jurídico em sentido estrito é aquele que ocorre sem vontade humana e pode
ser subdividido em:
51
OBS: Caso haja algum vício nos requisitos de validade, o negócio jurídico será
inválido.
DICA 106
REQUISITOS DE EFICÁCIA DO NEGÓCIO JURÍDICO
Ex.: João irá ganhar um Ex.: Joana dará à Lúcia Ex.: Pedro doa sua
carro de Pedro quando for um carro no Natal desse casa para Joaquim para
aprovado no vestibular. ano. que ele construa uma
creche.
52
Ex.: João compra um faqueiro e se dispôs a pagar a quantia de 1 mil reais, acreditando
que o objeto era de prata. O vendedor, por sua vez, aceita o valor sem hesitar. Passado
algum tempo, João descobre que o faqueiro não era de prata.
DICA 108
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: DOLO
No dolo o sujeito é colocado em erro intencionalmente pela outra parte e, por isso,
pode haver indenizações de prejuízos oriundos do comportamento astucioso. Desse modo,
configura-se o dolo por meio de expediente astucioso empregado para conduzir alguém à
prática de um ato que o prejudique e aproveite ao autor do dolo ou a terceiro.
DICA 109
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: LESÃO E ESTADO DE PERIGO
A lesão é o prejuízo resultante da enorme desproporção existente entre as prestações de
um contrato no momento de sua celebração, determinada pela inexperiência de uma das
partes. O objetivo da lei é evitar a exploração usurária de um dos contratantes com o outro,
que não precisa ter conhecimento da parte contrária (art. 157, CC).
Já o estado de perigo é uma situação de extrema necessidade (conhecida pela parte con-
trária) que conduz uma pessoa a celebrar um negócio jurídico em que se assume uma
obrigação desproporcional e excessivamente onerosa (art. 156, CC).
DICA 110
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: COAÇÃO MORAL
Coação moral é toda ameaça ou pressão injusta exercida sobre uma pessoa para obrigá-
la, contra sua vontade, a praticar um ato ou realizar um negócio. O que a caracteriza é
o emprego da violência psicológica para viciar a vontade. Para a coação ser configurada, ela
deve ser grave, causar temor à vítima e constituir ameaça de prejuízo à pessoa, seus bens
ou à sua família (art. 151, CC).
Ex.: Joana vai fazer uma doação para Luiz porque foi ameaçada de morte caso não o
faça.
DICA 111
DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO: FRAUDE CONTRA CREDORES
A fraude contra credores diz respeito à hipótese de um devedor que possui o débito e a
responsabilidade, mas que pratica atos de dilação patrimonial, com a nítida intenção,
de que no futuro, não tenha bens para pagamento da dívida. Em razão disso, resta
ao credor ajuizar uma ação pauliana ou revocatória para anular os atos praticados pelo
devedor.
53
NÃO CONFUNDIR:
Diversamente do que ocorre na reserva mental, na simulação os contratantes agem em
conluio para prejudicar terceiro. Na reserva mental o declarante não age em conluio
com o declaratário. A simulação invalida o negócio jurídico e a reserva mental não.
DICA 113
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
PRESCRIÇÃO DECADÊNCIA
Pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. Pode ser reconhecida de ofício pelo
juiz.
54
ATENÇÃO!
DICA 115
BEM DE FAMÍLIA
O bem de família surgiu com o intuito de proteger a habitação da família, que é consi-
derada pelo nosso ordenamento, como base da sociedade.
55
DICA 116
HISTÓRICO
Por muitos anos, a criança e o adolescente não tiveram seus direitos resguardados em
nenhuma legislação brasileira, a nível mundial também não existia.
Apenas em 1830 foi criada uma norma referente à criança no Brasil, já no ano de 1890,
o Código Penal legislou sobre os adolescentes em conflito com a lei, seguindo o mesmo
entendimento do Código de menos de 1919, uma visão marginalizada e assistencialista
em relação à criança e ao adolescente, sem qualquer interesse no reconhecimento em su-
jeito de direitos.
A nível mundial (direito internacional) algumas declarações tiveram grande relevância para
a proteção dos direitos existentes hoje, podendo ser destacada a Declaração de Genebra,
a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração dos Direitos da criança
(passou a considerar a criança e o adolescente como sujeito de direito).
56
Será exercido, em igualdade de condições, pelo pai e pela mãe, que possuem deveres
e responsabilidades compartilhadas no cuidado e na educação da criança.
Na falta ou impedimento de um dos pais, o outro exercerá com exclusividade.
DICA 120
OBRIGAÇÕES DERIVADAS DO PODER FAMILIAR
O art. 22 do ECA e, de forma mais abrangente, o art. 1634 do CC estabelece as obrigações
decorrente do exercício do poder familiar.
57
DICA 121
INICIAÇÃO AO DIREITO DO CONSUMIDOR - CONCEITOS INICIAIS
Deve-se entender que o CDC é uma lei principiológica, ou seja, é uma lei que serve
de norma geral para outras normas que cuidem de relações de consumo. Dessa forma, por
exemplo, uma lei que trate dos planos de saúde individuais está sujeita à incidência conco-
mitante do CDC, como norma geral.
DICA 122
CONSUMIDOR
Mas, afinal, o que a lei considera como consumidor? O CDC traz a seguinte previsão:
Art. 2°. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto
ou serviço como destinatário final.
O conceito acima previsto na lei, que é o conceito stricto sensu ou standard, traz então a
possibilidade de ser considerado consumidor tanto a pessoa física, como a pessoa jurídica,
e revela de extrema importância atentar para o conceito geral de destinatário final.
Somente os destinatários finais, de acordo com a legislação, é que serão considerados
consumidores.
A doutrina, por sua vez, traz a seguinte interpretação sobre quem seria o destinatário
final:
Teoria Maximalista – consumidor seria qualquer pessoa física ou jurídica que retira do
mercado de consumo um bem ou serviço. Para essa teoria, não importa se o bem/ser-
viço adquirido servirá para atendimento pessoal ou profissional, como no caso em que uma
indústria adquire matéria-prima (também chamado insumo) para produzir um bem e o
revende.
Teoria Finalista ou Subjetiva – consumidor seria aquele que retira o bem ou serviço
para necessidades próprias, é o destinatário fático e econômico, isto é, exclui do con-
ceito de consumidor a figura do consumidor intermediário, que adquiriria o produto apenas
como insumo.
58
Ex.: empresa que adquire obra de arte apenas para enfeitar a sala de recepções, mas
cujo objeto social seja a comercialização de veículos.
DICA 123
JURISPRUDÊNCIAS ATUALIZADAS SOBRE CONCEITO DE CONSUMIDOR: APLICA-
ÇÃO DO CDC
Em maio de 2021, o STJ aplicou, mais uma vez a teoria mitigada do conceito de consumidor
para considerar o adquirente de unidade imobiliária, mesmo não sendo o destinatário
final do bem, entendendo que o referido adquirente, ainda que tenha comprado o imóvel
apenas para investimento, como estava de boa-fé e não se tratava de especialista em in-
vestimentos imobiliários, estava presente a vulnerabilidade e, portanto, foi considerado con-
sumidor. (STJ, 4ª T. AgInt no AREsp 1786252/RJ, Min. Antonio Carlos Ferreira).
Súmula 608, STJ: Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano
de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão.
DICA 125
JURISPRUDÊNCIAS ATUALIZADAS SOBRE CONCEITO DE CONSUMIDOR: NÃO APLI-
CAÇÃO DO CDC
Em julho de 2020, o STJ entendeu pela não aplicabilidade do CDC ao produtor rural
que adquire insumos agrícolas, pois não considerado destinatário final nos termos do
art. 2º do CDC. Nesse sentido:
59
JURISPRUDÊNCIA
Em outra decisão recente de 2020, também constatou-se que não incide o código de defesa
do consumidor na relação entre acionistas investidores e a sociedade anônima de ca-
pital aberto com ações negociadas no mercado de valores mobiliários.
Não se aplica o CDC aos contratos administrativos, tendo em vista que a Administra-
ção Pública já goza de outras prerrogativas asseguradas pela lei.
Também não se aplica o CDC ao Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por
Veículos Automotores de via Terrestres ou por sua carga, a pessoas transportadas ou não
– DPVAT. (INFO 614, STJ).
DICA BÔNUS
CONSUMIDOR POR EQUIPARAÇÃO
60
61
O tema ação é muito importante para sua prova. Por isso, vejamos alguns pontos im-
portantes:
Art. 20. É admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocorrido a vio-
lação do direito, ou seja, a parte poderá pleitear tão somente ação declaratória, mesmo
que o receio de insegurança jurídica tenha evoluído para uma lesão a direito. De acordo
com a doutrina, esse dispositivo prestigia a autonomia individual;
Art. 18. Ninguém poderá pleitear direito alheio em nome próprio, SALVO quando auto-
rizado pelo ordenamento jurídico;
Parágrafo único. Havendo substituição processual, o substituído poderá intervir como
assistente litisconsorcial;
Elementos da Ação: para que se tenha uma ação será necessário haver partes (pelo
menos um autor e um réu), essas partes pretendem um objeto (que se materializa na ação
pelo pedido). Para que a prestação da tutela jurisdicional lhe seja favorável deverão trazer
fatos consistentes e fundamentá-los juridicamente, ou seja, irão expor a causa de pedir;
62
Causa de Pedir: essa por sua vez se subdivide em causa de pedir próxima que são os
fundamentos jurídicos e causa de pedir remota que são os fatos.
Quanto a causa de pedir, o CPC adota a chamada teoria da substanciação, segundo a
qual é necessário explicitar os fundamentos jurídicos e os fatos, ou seja, a causa de pe-
dir próxima e remota.
Pedido: em regra deve ser certo (expresso), salvo em alguns casos em que o pedido é
implícito: juros, correção monetária, verbas de sucumbência (incluídos os honorários
advocatícios) e prestações vincendas. O pedido também deve ser, em regra, determi-
nado. Quando se fala em determinação do pedido, está-se falando em liquidez, ou seja,
no aspecto quantitativo da petição.
Ex.: pedido para que o réu entregue uma biblioteca, com todos os livros contidos nesta;
Ex.: ação que pleiteia perdas e danos por atropelamento, na qual não é possível quanti-
ficar inicialmente os lucros cessantes por estar a vítima hospitalizada.
Ex.: muito utilizado é a ação de exigir contas. Somente sendo possível definir o valor que
o autor faz jus após a prestação de contas do réu.
DICA 129
DA CUMULAÇÃO DE PEDIDOS
O CPC traz a possibilidade de cumulação de pedidos contra um mesmo réu, ainda que não
haja conexão entre esses pedidos, não precisando os pedidos decorrerem de um mesmo
fato.
Cumulação própria simples: pedidos independentes. Juiz pode conceder, qualquer de-
les ou ambos.
63
Cumulação imprópria subsidiária: juiz conhece o segundo pedido após não conhecer
o primeiro.
Ex.: pede-se a anulação do casamento, subsidiariamente (se não der) pede o divórcio.
Cumulação imprópria alternativa: autor formula mais de um pedido para que o juiz
acolha qualquer deles. É como se o autor dissesse que tanto faz qual o juiz acolher, sem
que exista uma ordem de preferência.
DICA 130
DA POSSIBILIDADE DE MODIFICAÇÃO DO PEDIDO
64
O CPC, também trouxe tal princípio em seu art. 7º, afirmando que cabe ao juiz zelar pelo
efetivo contraditório. Esse contraditório efetivo (também chamado de dinâmico), é di-
ferente do chamado contraditório estático e se firma em três pilares:
Poder de influência: não basta a ação e reação, as partes devem ter o poder de influ-
enciar o ato decisório.
Proibição de decisão surpresa: juiz não pode surpreender as partes com as chamadas
decisões de terceira via, ou seja, juiz não pode decidir com fundamento sobre o qual
não tenha dado às partes oportunidade de manifestação, mesmo se tratando de matéria
sobre a qual deva decidir de ofício. É a previsão do art. 10 do CPC.
Entretanto, o próprio dispositivo legal traz situações que excepcionam esta regra:
Contraditório inútil: ocorre quando a decisão é proferida sem a oitiva da parte, mas é
favorável a ela.
ATENÇÃO!
65
Ex.: expresso no CPC é o art. 1000, que prevê que a parte que aceitar expressa ou
tacitamente a decisão não poderá recorrer.
DICA 135
DA REPRESENTAÇÃO EM JUÍZO DAS PESSOAS JURÍDICAS E FORMAIS
As pessoas jurídicas e formais possuem capacidade de ser parte desde que devidamente
representadas, sejam elas sujeitos ativos ou passivos da ação.
A Pessoa Jurídica: por quem os respectivos atos constitutivos designarem ou, não
havendo essa designação, por seus diretores.
66
DICA 136
CAPACIDADE POSTULATÓRIA
Os estagiários, de acordo com o Estatuto da OAB, somente podem praticar atos jun-
tamente ao advogado e sob responsabilidade deste.
O art. 3º da Lei 8.906/94 prevê que o exercício da atividade de advocacia no território
brasileiro e a denominação de advogado são privativos dos inscritos na Ordem dos Advoga-
dos do Brasil (OAB).
§2º, O estagiário de advocacia, regulamente inscrito, pode praticar os atos previstos no art.
1º, na forma do regimento geral, em conjunto com advogado e sob responsabilidade deste.
Existem situações em que pessoas sem formação jurídica poderão postular, como
por exemplo nos juizados especiais ou no caso de habeas corpus.
DICA 137
DO INSTRUMENTO DE MANDATO
Nos termos do art. 104 do CPC, o advogado não é admitido a postular em juízo sem
procuração, salvo para evitar preclusão, decadência ou prescrição, ou para praticar ato
considerado urgente.
Nestas hipóteses, o advogado deverá, independente de caução, apresentar a procuração
no prazo de 15 dias, prorrogável por igual período.
Caso o mandato não seja juntado dentro do prazo legal, os atos praticados pelo advo-
gado serão considerados ineficazes, ficando o advogado responsável pelas despesas e
por perdas e danos.
Conforme previsto no art. 105 do CPC, a procuração geral para o foro, outorgada por
instrumento público ou particular assinado pela parte, habilita o advogado a praticar todos
os atos do processo, exceto receber citação, confessar, reconhecer a procedência do pe-
dido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre o qual se funda a ação, receber, dar
quitação, firmar compromisso e assinar declaração de hipossuficiência.
67
Para que haja a conexão, conforme previsto no art. 55 do CPC, é preciso que haja
identidade da causa de pedir ou pedido.
SÚMULAS DO STJ
Súmula 515 do STJ: A reunião de execuções fiscais contra o mesmo devedor constitui
faculdade do Juiz.
Súmula 235 do STJ: A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já
foi julgado.
Caso a ação contida tenha sido proposta primeiro haverá a reunião das ações. Ao con-
trário, se a ação continente tiver sido proposta antes, a ação contida será extinta
sem resolução do mérito.
DICA 139
DENUNCIAÇÃO DA LIDE
A denunciação da lide pode ser feita tanto pelo autor como pelo réu.
Conforme art. 127 do CPC, feita a denunciação pelo autor, o denunciado poderá assumir
a posição de litisconsorte do denunciante e acrescentar novos argumentos à petição inicial,
procedendo-se em seguida à citação do réu.
68
se o denunciado for revel, o denunciante pode deixar de prosseguir com sua defesa,
eventualmente oferecida, e abster-se de recorrer, restringindo sua atuação à ação re-
gressiva
Havendo uma ação contra dois réus, é possível um dos réus denunciar da lide con-
tra o outro.
Uma denunciação da lide extemporânea pode ser aproveitada caso o denunciado aceite
a denunciação, contestando apenas o mérito da demanda principal, ou seja, se o próprio
denunciado reconhece sua obrigação regressiva, ao contestar somente a inicial, não há
óbice à denunciação intempestiva.
69
O prazo de 30 dias se aplica para chamados que residem na mesma Comarca, pois caso
os terceiros chamados residam em outra Comarca, Seção ou Subseção Judiciária esse prazo
é de 2 meses.
Em caso de ação contra pessoa jurídica é possível atingir o patrimônio dos sócios.
O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da
parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.
Existe ainda a chamada desconsideração inversa, na qual há uma ação contra o sócio
e busca-se atingir o patrimônio da PJ. É muito comum no direito de família, sobretudo no
caso de divórcio.
70
Para que o amicus curiae seja admitido, o juiz analisará a relevância da matéria, a
especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia.
Poderá admitir, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem
pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica,
órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 dias
de sua intimação.
Poderá ocorrer a participação do amicus curiae tanto nas causas de 1º grau como nos
Tribunais.
Relevância da matéria;
Repercussão social.
São irrecorríveis as decisões que solicitam (juiz age de ofício) ou admitem (há reque-
rimento para intervenção) a participação de amicus curiae.
Apesar de certa polêmica, o STF, no Informativo 920 decidiu ser também irrecorrível
a decisão denegatória de ingresso, no feito, como amicus curiae.
A intervenção do amicus curiae não implica alteração de competência. Dessa forma, se
intervém uma autarquia federal em uma ação que tramita na justiça estadual, não haverá
deslocamento para justiça federal.
Embargos de Declaração; e
71
Conforme o art. 218 do CPC, os atos processuais serão realizados nos prazos prescritos
em lei.
Em caso de ser a lei omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade
do ato.
Quando a lei ou o juiz não determinar prazo, as intimações somente obrigarão a
comparecimento após decorridas 48 horas.
Inexistindo preceito legal ou prazo determinado pelo juiz, será de 5 dias o prazo
para a prática de ato processual a cargo da parte.
DICA 144
SUSPENSÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS
Trata-se de uma cláusula aberta, um conceito vago, sendo que em caso de o juiz enten-
der que uma parte opôs obstáculo injustificado poderá reconhecer a suspensão.
Nas hipóteses do art. 313 do CPC também ocorrerá a suspensão dos prazos:
pela morte ou pela perda da capacidade processual de qualquer das partes, de seu
representante legal ou de seu procurador;
72
pelo parto ou pela concessão de adoção, quando a advogada responsável pelo pro-
cesso constituir a única patrona da causa;
DICA 145
PRECLUSÃO TEMPORAL
Verificada a justa causa, o juiz permitirá à parte a prática do ato no prazo que lhe assinar.
Em regra, os prazos são contados com exclusão do dia de início e inclusão do dia
de vencimento, salvo disposição em sentido contrário.
Assim, não conta o dia da intimação, mas apenas o seguinte.
Caso o dia do começo ou do vencimento do prazo coincidir com dia em que o ex-
pediente forense for encerrado antes ou iniciado após o horário normal, esse dia será pro-
traído para o primeiro dia útil seguinte. Trata-se de novidade uma vez que a previsão
do Código anterior era somente para o dia do vencimento.
73
A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao da publicação/in-
timação.
Não se conta em dobro o prazo para recorrer, quando só um dos litisconsortes haja su-
cumbido.
74
Caso a citação seja realizada durante esses impedimentos temporários será anulável.
Há ainda outra previsão no art. 245: quando se verificar que o citando é mentalmente
incapaz ou está impossibilitado de receber a citação.
75
Correio;
Oficial de Justiça;
Edital.
DICA BÔNUS
CITAÇÃO POSTAL
A citação será feita por meio eletrônico ou pelo correio para qualquer comarca
do País – novidade legislativa acrescida pela Lei 14.195/2021. Exceto:
Ações de estado (ações que geram alteração no estado civil, capacidade, nacionalidade)
Ex.: divórcio, anulação de casamento etc.)
Citando incapaz;
76
DICA 151
CONCEITO DE EMPRESÁRIO
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. E mais: Não se considera empre-
sário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda
com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir
elemento de empresa. Qualquer pessoa pode exercer a atividade empresarial, desde que
esteja em pleno gozo da sua capacidade civil, e não esteja impedida por lei. O exercício da
atividade empresarial pressupõe capacidade civil do sujeito que irá exercê-la.
DICA 152
EMPRESÁRIO INATIVO
A falta de arquivamento pelo empresário durante 10 anos consecutivos na Junta Comer-
cial exige que essa notifique o empresário para se manifestar. Decorrido o prazo atribuído
pela própria Junta Comercial sem manifestação do empresário, a Junta Comercial cancelará
o registro do empresário.
Quando cancelado o registro, o empresário passa a ser considerado irregular e perderá
a proteção ao nome empresarial.
DICA 153
IMPEDIMENTOS
Impedimento é uma impossibilidade pessoal de alguns, em razão da função exercida,
de desempenharem a atividade empresarial. Estão impedidos de a desempenharem os
77
Pessoas condenadas pela pratica de determinados crimes – art. 1011, §1º, CC.
DICA 154
TEORIA GERAL DA EMPRESA: ATIVIDADES ECONÔMICAS CIVIS – OUTROS AGEN-
TES ECONÔMICOS EXCLUÍDOS DO CONCEITO DE EMPRESÁRIO
Cooperativas:
Por fim, a terceira situação em que atividade econômica civil não será considerada empre-
sarial, conforme previsão expressa da lei:
Cooperativa nunca será considerada atividade empresária, ainda que tenha elemento em-
presa.
Destaca-se: a cooperativa poderá obter lucro, mas esse não poderá ser o principal
fim da mesma. Ainda que a cooperativa se inscrevesse como empresa na Junta comercial,
nunca poderá ser considerada empresária. De acordo com a lei civil (artigo muito cobrado
em provas!):
Art. 982. Salvo as exceções expressas, considera-se empresária a sociedade que tem
por objeto o exercício de atividade própria de empresário sujeito a registro (art. 967); e,
simples, as demais.
Parágrafo único. Independentemente de seu objeto, considera-se empresária a soci-
edade por ações; e, simples, a cooperativa.
DICA 155
SOCIEDADE DE ADVOGADOS
Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do Brasil) versa, em
seus arts. 15 a 17, sobre a sociedade de advogados, dispondo que ela é uma “(...) socie-
dade simples de prestação de serviço de advocacia (...)” submetida à regulação es-
pecífica prevista na referida lei.
Dessa forma, ainda que haja o elemento empresa (se pensarmos em grandes escritórios
de advocacia, que a pessoalidade do serviço se dilui, parecendo-se mais com uma verda-
deira empresa), a sociedade de advogados não é considerada como sociedade em-
presarial, diante da especialidade do Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do
Brasil. A sociedade de advogados é uma sociedade em nome coletivo, em que seus sócios
respondem solidária e ilimitadamente pelas obrigações sociais.
A Lei 8.906/1994 atualmente permite a constituição de “sociedade unipessoal de advo-
cacia”, isto é, uma sociedade de advogados com apenas um sócio.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
78
79
Art. 35-A. O empresário ou a pessoa jurídica poderá optar por utilizar o número de ins-
crição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) como nome empresarial, seguido
da partícula identificadora do tipo societário ou jurídico, quando exigida por lei.
80
DICA 161
PRINCÍPIOS DO DIREITO PENAL - PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
Nullum crimen sine praevia lege (não há crime sem lei anterior que o defina)
Não há:
Decretos;
81
Vagas;
Imprecisas.
Podem ser:
Homogêneas (sentido amplo): complementação por fonte homóloga (pelo mesmo ór-
gão que produziu a NPB);
Heterogêneas (sentido estrito): complementação por fonte heteróloga (por órgão di-
verso daquele que produziu a NPB).
Proibido:
Intervenção do DP fica
condicionada ao fracasso
Subsidiariedade
das demais esferas de
controle
Princípio da intervenção
mínima
Apenas tutela os bens
Fragmentariedade jurídicos mais relevantes
DICA 166
PRINCÍPIO DA LESIVIDADE
82
por fim, o princípio da lesividade tem por objetivo afastar a "incriminação de condutas
desviadas que não afetem qualquer bem jurídico".
DICA 167
PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA OU BAGATELA
O direito penal não deve se ocupar de condutas insignificantes, incapazes de lesar ou pelo
menos colocar em perigo bem jurídico protegido pela lei penal.
83
Não tem previsão legal no direito brasileiro Está previsto no artigo 59 do CP.
DICA 168
APLICAÇÃO DA LEI PENAL
PRINCÍPIOS APLICADOS
Isso significa que só será crime se a previsão em lei estiver sido criada antes do fato
praticado;
Quando a lei retroage, ela se aplica aos fatos praticados antes de sua criação.
DICA 169
LEI PENAL NO TEMPO
Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime,
cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
FIQUE ATENTO!
A abolitio criminis não cessa os efeitos extrapenais: art. 91, 91-A e 92 do CP - reparação
de dano, perda do mandato, perda do poder familiar, etc.
84
Art. 2º - Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada
em julgado.
Cláusula pétrea, uma vez que também está previsto no art. 5º da CF/88;
Entendimento Jurisprudencial
STF/STJ: não é possível combinação de leis. Analisa-se a nova lei no todo, pois senão o
juiz estaria aplicando uma terceira lei que resultaria na junção de duas leis, atuando como
legislador positivo.
Súmula 471-STJ:
Súmula 501-STJ:
DICA 171
LEI EXCEPCIONAL E LEI TEMPORÁRIA
→ Lei temporária: prazo determinado para sua vigência. Ex.: Lei Geral da Copa.
Características: auto revogabilidade, ultratividade (aplica a lei mesmo depois da lei não
estiver mais em vigor)
85
Extra-ativas (extra-atividade)
Aplicação da lei fora do seu
Ultra-atividade: quando a lei penal,
período de vigência
depois de revogada, avança no tempo
de modo a continuar a regular os fatos
ocorridos durante a vigência. Ex,: Leis
excepcionais, temporárias, crimes
continuados.
Ex.: Ultratividade: Crimes Continuados (quando vários crimes são praticados em conti-
nuidade delitiva – art. 71 do CP) ou permanentes (aquele que o momento consumativa se
prolonga no tempo – sequestro).
DICA 172
TEMPO E LUGAR DO CRIME
L Lugar
U Ubiquidade
T Tempo
A Atividade
86
CPP: teoria do resultado (art. 70). Aplicado nas hipóteses de crimes plurilocais. Abran-
gem lugares distintos, mas todos dentro do mesmo país.
Crimes conexos: crimes conexos são crimes que estão relacionados entre si. Não acei-
tam a ubiquidade uma vez que não constituem unidade jurídica.
87
DICA 173
APLICAÇÃO DA LEI PENAL NO ESPAÇO
Em regra, a lei penal brasileira se aplica aos fatos praticados no território nacional;
→ Lei temporária: prazo determinado para sua vigência. Ex.: Lei Geral da Copa.
Características: auto revogabilidade, ultratividade (aplica a lei mesmo depois da lei não
estiver mais em vigor)
88
Extra-ativas (extra-atividade)
Aplicação da lei fora do seu
Ultra-atividade: quando a lei penal,
período de vigência
depois de revogada, avança no tempo
de modo a continuar a regular os fatos
ocorridos durante a vigência. Ex,: Leis
excepcionais, temporárias, crimes
continuados.
Ex.: Ultratividade: Crimes Continuados (quando vários crimes são praticados em conti-
nuidade delitiva – art. 71 do CP) ou permanentes (aquele que o momento consumativa se
prolonga no tempo – sequestro).
DICA 175
EXTRATERRITORIALIDADE INCONDICIONADA
Princípio de proteção / real / da defesa: aplica-se a lei penal brasileira aos crimes
praticados no exterior quando o bem jurídico violado for brasileiro. O que importa nesse
caso é a função pública exercida pelo Presidente.
89
Crimes contra ao
patrimônio ou a fé P. de proteção / real
Extraterritorialidade pública da adm / da defesa
incondicionada direta e indireta
DICA BÔNUS
EXTRATERRITORIALIDADE CONDICIONADA
Crimes ocorridos fora do Brasil e que o Brasil irá pretender aplicar a sua lei penal brasileira
desde que estejam implementadas algumas condições previstas no art. 7º, II do CP.
90
Crimes praticados em
aeronaves ou
P. da bandeira /
embarcações
pavilhão /
brasileiras, mercantes
representação /
ou de propriedade
subsidiário /
privada, quando em
substituição
território estrangeiro e
aí não sejam julgados
DICA BÔNUS
CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS
RECLUSÃO
CRIMES
DETENÇÃO
INFRAÇÕES
PENAIS
CONTRAVENÇÕES
PRISÃO SIMPLES
("crime anão")
CRIME CONTRAVENÇÃO
91
DICA 176
GARANTIAS DO INVESTIGADO NO INQUÉRITO POLICIAL
COMUNICAÇÃO DA PRISÃO
De acordo com o art. 5º, inciso LXII, da Constituição de 1988 [...] "a prisão de qualquer
pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz compe-
tente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada".
O referido inciso define que a prisão deverá ser publicizada, no sentido de se tornar pú-
blica ao juiz competente e à família do preso, ou à pessoa por ele indicada.
Trata-se de um direito de extrema relevância para o Estado Democrático de Direito.
DICA 177
DIREITO AO SILÊNCIO
Segundo o artigo 5º, inciso LXIII, da Constituição de 1988 [...] "o preso será informado de
seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência
da família e de advogado".
Verifica-se que o referido dispositivo constitucional consagra o direito fundamental ao silên-
cio, uma das implicações do princípio nemo tenetur detegere, segundo o qual ninguém
será obrigado a produzir provas contra si, modalidade da autodefesa passiva.
DICA 178
IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEIS PELA PRISÃO
Um dos direitos constitucionais garantidos ao preso, considerado inclusive uma garantia
fundamental, é o de ter a identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu inter-
rogatório policial. Veja só, na íntegra:
Artigo 5º, inciso LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua
prisão ou por seu interrogatório policial;
Assim, quando da sua prisão, é seu direito saber quem o prendeu ou quem o interrogou e,
inclusive, a não observância desse direito no primeiro caso, pode ensejar ao relaxamento
da prisão, ao passo que no segundo, na nulidade do procedimento.
Resumindo:
Fui preso? Tenho direito de ser informado sobre quem me prendeu ou interrogou.
DICA 179
DA INCOMUNICABILIDADE
Conceito: era a possibilidade de que o preso no IP não tivesse contato com terceiros,
em favor da eficiência da investigação.
Requisitos:
Prazo de 3 dias;
Acesso do advogado.
92
Condução do inquérito: Vejam o art. 2º §1º da Lei 12.830/2013, que prevê que cabe
ao delegado de polícia a condução do inquérito policial, o que reforça a sua natureza
administrativa, e não jurisdicional.
DICA 181
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
93
DICA 182
PROCEDIMENTO INQUISITIVO E DISCRICIONÁRIO
Segundo o renomado doutrinador Nestor Távora, no inquérito policial há concentração de
poder em autoridade única. Logo, há o afastamento do contraditório e da ampla de-
fesa.
Fique atento!
A título de conhecimento, ressalte-se que é possível que o inquérito tenha contraditório e
ampla defesa. Havendo desejo político, é possível a regulação de inquéritos com contradi-
tório e ampla defesa, a exemplo do inquérito para a expulsão do estrangeiro regulado na
Lei de Migração (Art. 58, Lei 13.445/2017).
Acrescente-se que o Inquérito Policial é um procedimento discricionário, ou seja, o De-
legado preside a investigação da forma que entender mais estratégico, adequando-o a re-
alidade do crime apurado.
Tome nota!
As diligências requeridas pela vítima ou pelo suspeito podem ser negadas, salvo
o exame de corpo de delito quando a infração deixar vestígios (arts. 14, 158 e 184 do CPP).
DICA 183
PROCEDIMENTO SIGILOSO E ESCRITO
Cabe ao delegado de polícia velar pelo sigilo em favor da eficiência da investigação (art.
20, CPP).
94
Memorize!
DICA 185
PROCEDIMENTO DISPENSÁVEL
A deflagração do processo independe da prévia elaboração do Inquérito Policial (po-
sição majoritária)
Fique atento! Inquérito indispensável (posição minoritária).
Para Henrique Hoffmann, em posição minoritária, o inquérito é indispensável para a defla-
gração do processo; afinal, é possível que o inquérito seja a fonte de fornecimento de justa
causa para o ajuizamento da ação penal.
DICA 186
CONTRADITÓRIO DURANTE O INQUÉRITO POLICIAL
95
DICA 189
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
96
ATENÇÃO!
97
DICA BÔNUS
ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
O pacote anticrime trouxe significativa alterações no que diz respeito à forma de
arquivamento do inquérito policial, com as modificações no art. 28 do CPP.
Por força do caráter indisponível do inquérito, a autoridade policial não pode mandar
arquivar os autos do inquérito. Além disso, o arquivamento também NÃO pode ser
determinado de ofício pelo juiz.
Na verdade, incumbe exclusivamente ao MP avaliar se os elementos de informação colhidos
são ou não suficientes para o oferecimento da denúncia.
O Pacote Anticrime implementou uma mudança na forma de arquivamento do inquérito
policial, implementando o que se chama de arquivamento no âmbito do Ministério
Público.
Agora, caso o MP entenda que é caso de arquivamento do inquérito, deverá realizar a
comunicação à vítima, ao investigado e à autoridade policial. Ainda, deverá
encaminhar os autos para a instância de Revisão Ministerial, para fins de
HOMOLOGAÇÃO.
PRESTEM BEM ATENÇÃO: quem homologa o arquivamento do inquérito é um “órgão
superior” do próprio Ministério Público, chamado de instância de Revisão Ministerial.
Antes do pacote anticrime, o MP pedia o arquivamento do inquérito ao juiz, que deveria
homologar o arquivamento. No entanto, caso o juiz discordasse do MP e entendesse que
NÃO seria caso de arquivamento, deveria remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça.
Veja, portanto, a novidade: agora o arquivamento não passa pelo crivo do juiz. O juiz não
decide mais se vai ou não arquivar. Se o MP entender que é caso de arquivamento, faz as
comunicações e submete à instância de Revisão Ministerial.
98
ATENÇÃO!
Por conta da concessão de liminar na ADI 6305/DF, pelo Ministro Luiz Fux, está sus-
pensa “sine die” a alteração constante da lei nº 13.964/2019, no que tange o procedi-
mento de arquivamento de inquérito policial. Portanto, até o momento, prevalece a
redação anterior desse artigo, ou seja, MP pede arquivamento e encaminha para
o Magistrado, tendo esse a competência de deferir ou não!
99
DICA 191
CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO
É uma das fontes autônomas do Direito do Trabalho, o sindicato que representa os em-
pregados negocia com o sindicato que representa os empregadores. Logo, de uma forma
mais resumida, a Convenção Coletiva de Trabalho é uma forma de solução de conflitos
entre categorias profissional e econômica.
QUESTÃO SIMULADA:
O sindicato dos bancários faz uma negociação com o sindicato dos banqueiros. Logo,
estamos diante de uma Convenção Coletiva de Trabalho, que é uma:
a) Jurisprudência
b) Fonte heterônoma
c) Fonte autônoma
d) Sentença normativa
Gabarito: Letra C
DICA 192
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
Constante no art. 764 da CLT, este princípio visa evitar o litígio. Havendo, portanto,
sucesso na conciliação, dali nascerá um termo de conciliação, que posteriormente será la-
vrado. E é importante que você saiba que A Lei 9.958/2000 normatiza a existência das
chamadas Comissões de Conciliação Prévia, que tem como base este princípio. Um
ponto de extrema importância também é necessário, na conciliação, que as partes estejam
representadas por advogados diferentes. Veja o que a CLT diz sobre isto:
“Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição
conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado.
§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum.
§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria.”
E não esqueça: Ao ser concluída a conciliação, esta vai se tornar irrecorrível, exceto em
casos onde há prestações devidas à Previdência Social, conforme traz o artigo 831 da CLT.
DICA 193
OIT – ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO
Existem algumas informações de suma importância sobre a OIT: Ela tem personalidade
própria e independente, fazendo parte da Organização das Nações Unidas como órgão
especializado, com sua autonomia administrativa, financeira e de decisão. De uma forma
mais resumida e simplificada: Ela é uma pessoa jurídica de direito público internacio-
nal e de caráter permanente.
É entidade paraestatal? Não, pois não tem características de entidade supraestatal.
100
Conselho de Administração.
ATENÇÃO!
A Reforma Trabalhista trouxe uma certa flexibilização deste princípio, como pode
ser visto, por exemplo, extinção do contrato de trabalho por meio do chamado
comum acordo entre as partes (art. 484-A, CLT). Outro exemplo é a prevalência
do negociado sobre o legislado, ou seja, a negociação coletiva tem prevalência em
algumas situações sobre a lei. Você pode ver isto no art. 611 A da CLT.
101
DICA 196
TRABALHO VOLUNTÁRIO
O trabalho voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação trabalhista ou pre-
videnciária entre as partes nele envolvidas. Logo, não a de se falar na aplicação da CLT
neste trabalho. E mais: Por mais que não gere vínculo laboral, o trabalhador voluntário pode
ser ressarcido pelas despesas que realizar no desempenho das atividades voluntárias, desde
que comprove tais despesas e que elas estejam autorizadas de forma expressa pela enti-
dade a que for prestado este serviço voluntário. Você encontrará esta disposição no artigo
3º da Lei n. 9.608/98.
A lei acima citada ainda traz um formalismo para o trabalho voluntário, requerendo cele-
bração de termo de adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço,
devendo neste termo haver o objeto e as condições do trabalho.
DICA 197
RELAÇÃO DE EMPREGO
Os sujeitos da relação de emprego são o empregado e o empregador.
Pessoalidade;
Subordinação; e
102
DICA 198
TRABALHO AUTÔNOMO
Aqui, não temos a subordinação, ou seja, o trabalhador autônomo labora com indepen-
dência, sem prestar contas a um empregador. Para deixar mais fácil o entendimento: O
autônomo é uma pessoa física que exerce, de forma habitual, uma atividade profissional
devidamente remunerada. A independência e a habitualidade são, portanto, as notas ca-
racterísticas deste tipo de trabalho.
trabalhador Tomador do
avulso serviço
103
Sendo assim, o estágio não cria qualquer vínculo de cunho empregatício, mas é
necessário que sejam preenchidos os seguintes requisitos:
40 horas semanais: Esta jornada se aplica no caso de estudantes de cursos que alter-
nem teoria e prática, nos períodos em que não estão programadas aulas presenciais, desde
que exista uma previsão neste campo no projeto pedagógico do curso e da instituição de
ensino em que estuda.
DICA 201
EMPREGADO DOMÉSTICO
Regulados pela Lei Complementar n. 150/2015, segundo a qual é empregado doméstico
“aquele que presta serviços de forma contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de
finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas, por mais
de 2 (dois) dias por semana”. É proibida a contratação da pessoa menor de 18 anos para
desempenho de trabalho doméstico conforme traz o artigo 1º, parágrafo único da Lei Com-
plementar n. 150/2015.
104
ATENÇÃO!
O empregador doméstico NÃO PODE ser pessoa jurídica, mas somente pode ser pes-
soa física.
Apesar de serem regidos por uma legislação própria, é necessário que você saiba que
limitações temporais imposta pela legislação, que são:
105
Você já ouviu falar no empregado “hipersuficiente”? Isso mesmo. A nossa legisla-
ção trouxe recentemente esta figura, mais precisamente no artigo 444 da CLT. Mas quem
é este empregado? O empregado hipersuficiente é o que é portador de diploma de curso
superior e perceba salário mensal igual ou superior a duas vezes o limite dos be-
nefícios do Regime Geral de Previdência Social. Note que é preciso que haja os dois
requisitos:
Portador de diploma de curso superior + que perceba salário mensal igual ou su-
perior a duas vezes o limite dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social =
Empregado hipersuficiente.
QUESTÃO SIMULADA:
Suzano é empregado da empresa Abobrinha S. A, e tem diploma de curso superior na
área de contabilidade. Além disto, Suzano também recebe um salário superior a duas
vezes o limite dos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Ele deseja acordar
diretamente com seu empregador sobre o banco de horas anual. Mas antes, ele procura
você, um famoso advogado, para saber sobre o assunto. Você esclarece que:
a) Não é possível, pois todo trabalhador é hipossuficiente, pelo disposto no art. 444 da
CLT
b) Não é possível, pois todo trabalhador da área da contabilidade é hipossuficiente,
conforme disposto no artigo 444 da CLT
c) É possível, pois o trabalhador com nível superior (diploma) e que perceba salário
mensal igual ou superior a duas vezes o limite dos benefícios do Regime Geral de Pre-
vidência Social é hipersuficiente e pode negociar diretamente com o empregador sobre
as hipóteses previstas no art. 611-A da CLT
d) É possível, pois a Reforma Trabalhista aboliu a hipossuficiência da figura de todo
empregado, inclusive do trabalhador com nível superior (diploma) e que perceba salário
mensal igual ou superior a duas vezes o limite dos benefícios do Regime Geral de Pre-
vidência Social é hipersuficiente e pode negociar diretamente com o empregador sobre
as hipóteses previstas no art. 611-A da CLT
Gabarito: Letra C
Comentário: Cuidado com a letra D. A Reforma não aboliu a hipossuficiência de todos
os empregados.
106
É a exceção à regra, pois a regra é que o contrato seja por tempo indeterminado.
Logo, o contrato por prazo determinado só pode ser devidamente pactuado de forma ex-
cepcional, sendo válido apenas nas hipóteses seguintes:
contrato de experiência.
Sobre o contrato por experiência: Sobre a prorrogação do contrato de experiência, é neces-
sário que você saiba que o TST já tem posicionamento. Veja:
DICA 207
CONTRATO DE TRABALHO INTERMITENTE
É o tipo de contrato aonde há a prestação de serviços, com a devida subordinação, não
contínua, havendo ainda a alternância de períodos de prestação de serviços e de ina-
tividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de ativi-
dade do empregado e do empregador (art. 443, § 3º, CLT).
A propósito: Os períodos de inatividade não são considerados tempo à disposição do
empregador, podendo o trabalhador prestar serviços a outros contratantes, conforme traz
o art. 452-A, § 5º da CLT.
Importante: Não se aplicam as regras do contrato de trabalho intermitente aos aero-
nautas, regidos por legislação própria.
Certo, mas como funciona a questão da resposta do empregado intermitente?
O empregado recusar a oferta, o que não tira a subordinação para fins do contrato de
trabalho intermitente;
107
Ocorre em três casos: Quando o trabalho for proibido, quando o contrato de trabalho
tiver um objeto ilícito e quando Administração Pública, quer seja direta ou indireta,
contratar empregados sem aprovação prévia em concurso público, como exige o art.
37, II, da CF/88.
E mais: No caso do trabalho proibido, a nulidade terá um efeito ex nunc, não retroagindo.
Já no caso do objeto ilícito, a nulidade terá um efeito ex tunc, retroagindo o contrato desde
sua origem.
E qual a diferença do trabalho proibido para o trabalho com objeto? Um exemplo de
trabalho proibido é o que emprega pessoas menores de forma irregular. Já no caso do
trabalho com objeto ilícito, temos como exemplo a pessoa que trabalha com jogo do bicho.
Veja a OJ seguinte:
OJ 199 do TST
DICA 209
JORNADA DE TRABALHO
Jornada é uma medida de tempo aonde está incluído o tempo diário de trabalho do
empregado. Lembrando sempre que não são considerados como tempo à disposição do
empregador os momentos em que o empregado, por sua escolha própria, busque proteção
pessoal, em caso de insegurança nas vias públicas ou más condições climáticas, bem como
adentrar ou permanecer nas dependências da empresa para exercer atividades particulares
como por exemplo práticas religiosas, lazer, estudo, descanso, momentos de alimentação ,
atividades de relacionamento social, higiene pessoal e troca de roupa ou uniforme, quando
não houver obrigatoriedade de realizar a troca na empresa. Você pode ler tudo isto lá
no art. 4º, § 2º da CLT.
Ex.: Sua prova pode trazer uma situação aonde o empregado, de livre e espontânea
vontade, realize todas as terças um culto ecumênico nas dependências do trabalho, durando
tais cultos uma hora. Essa hora do culto não pode ser computada como tempo à disposição
do empregador.
A propósito, a seguinte súmula é muito importante para quem vai fazer o Exame da OAB.
Veja:
108
DICA 210
JORNADAS ESPECIAIS DE TRABALHO – BANCÁRIO
Algumas categorias possuem jornadas de trabalho especiais. Uma destas categorias é a
dos bancários. O artigo 224 da CLT afirma que a jornada de trabalho destes profissionais
(empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal) será de 6 (seis) ho-
ras contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados. Logo, totalizando 30 horas de
trabalho por semana. Em outras palavras: Os bancários obtiveram a redução de jornada
para seis horas, ante oito horas dos demais trabalhadores.
Sendo assim, o período de desenvolvimento da jornada do bancário é das 7h às 22h,
de 2ª a 6ª feiras.
“O sábado do bancário é dia útil não trabalhado, não dia de repouso remunerado.
Não cabe repercussão do pagamento de horas extras habituais em sua remunera-
ção.”
109
110
DICA 211
IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
O artigo 893, § 1º traz esta disposição, dizendo que são incabíveis recursos de deci-
sões proferidas no decurso do processo, devendo a parte prejudicada esperar que seja
devidamente proferida a decisão final para somente aí dela recorrer. Este artigo afirma o
seguinte:
“Art. 893, § 1º Os incidentes do processo serão resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal,
admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em re-
cursos da decisão definitiva.”
Em outras palavras, se faz necessário que haja uma decisão definitiva para que assim se
interponha um recurso, não cabendo interposição de recursos diante de uma decisão inter-
locutória.
Mas cuidado, o TST entende que a decisão pode ser impugnada de forma imediata
quando esta afrontar súmula ou orientação jurisprudencial do TST. Vejamos a se-
guir:
DICA 212
PREPOSTO
O preposto é uma pessoa que irá representar outrem na audiência, e ele não precisa
ser empregado do empregador, necessitando ter conhecimento dos fatos ali trabalha-
dos. É preciso também que o preposto apresente uma carta devidamente assinada pelo
representante legal da reclamada ou pelo empregador pessoa física.
O preposto não precisa ser empregado, mas precisa ter uma carta assinada pelo que ele
vai representar e também conhecer o caso ali tratado.
111
DICA 214
TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO
Faz parte da organização da Justiça do Trabalho. O TST (Tribunal Superior do Trabalho),
tem 27 ministros, a sua nomeação é feita pelo Presidente da República e necessário
que haja a devida aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, por meio de
uma sabatina. Esses ministros devem ter mais de 35 e menos de 70 anos.
ATENÇÃO!
Destes 27 Ministros, um quinto das vagas será reservado aos membros da Advo-
cacia e do Ministério Público, o que é o “quinto constitucional”. E importante: No
TST são julgados: Recurso de revista, Recurso Ordinário e embargos ao TST.
112
"Art. 652, CLT. Compete às Varas do Trabalho: (...) f) decidir quanto à homologação de
acordo extrajudicial em matéria de competência da Justiça do Trabalho."
113
INSTITUCIONAIS:
ter ingresso e trânsitos livres, em razão de serviço, em qualquer recinto público ou pri-
vado, respeitada a garantia constitucional da inviolabilidade do domicílio;
114
Processuais:
do membro do Ministério Público da União que oficie perante tribunais, ser processado e
julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelo Superior Tribunal de Justiça;
do membro do Ministério Público da União que oficie perante juízos de primeira instância,
ser processado e julgado, nos crimes comuns e de responsabilidade, pelos Tribunais Re-
gionais Federais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;
ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão de
flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação
àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de responsabilidade;
ser recolhido à prisão especial ou à sala especial de Estado-Maior, com direito à privaci-
dade e à disposição do tribunal competente para o julgamento, quando sujeito a prisão
antes da decisão final; e a dependência separada no estabelecimento em que tiver de ser
cumprida a pena;
não ser indiciado em inquérito policial, observado o disposto no parágrafo único deste
artigo;
ser ouvido, como testemunhas, em dia, hora e Local previamente ajustados com o ma-
gistrado ou a autoridade competente;
receber intimação pessoalmente nos autos em qualquer processo e grau de jurisdição nos
feitos em que tiver que oficiar.
DICA 221
VEDAÇÕES AOS AGENTES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Os membros do Ministério Público possuem algumas vedações que são elencadas no art.
128, § 5°, II, da CF/88. No que tange ao Ministério Público da União, as proibições são
impostas, também, pelo art. 237 da Lei Complementar 75/1993. De acordo com a Consti-
tuição Federal, em seu já citado dispositivo, constituem-se proibições aos agentes do Mi-
nistério Público:
115
o Procurador-Geral do Trabalho
os Subprocuradores--Gerais do Trabalho
os Procuradores do Trabalho.
DICA 222
COMISSÃO DE CONCILIAÇÃO PRÉVIA
116
O Ministério Público do Trabalho pode sim intervir, como um fiscal da lei, tendo assim
uma função importante nas sessões realizadas nos Tribunais Regionais do Trabalho e Tri-
bunal Superior do Trabalho, como também produzindo os pareceres, desde que haja o in-
teresse público evidente na situação.
Uma informação importante para quem estuda este assunto é que o instrumento de atua-
ção judicial do Ministério Público do Trabalho de maior importância é a ação civil
pública, usada na proteção dos interesses metaindividuais no campo trabalhista.
Veja: Não é que os outros instrumentos não são importantes, mas a Ação Civil Pública
é a mais comum, por isso na hora do estudo não pode ser deixada de lado. Há também
outras formas de participação do MPT, como, por exemplo, a ação rescisória, o dissídio
coletivo de greve, a ação anulatória de cláusula convencional, o mandado de segurança
(remédio constitucional a ser melhor trabalhado em dicas posteriores) entre outros.
DICA 224
AÇÃO CIVIL PÚBLICA
Ex.: O conselho profissional dos farmacêuticos não pode ingressar com a Ação civil pú-
blica em um assunto que seja da categoria dos engenheiros.
DICA 225
DESPACHOS
117
Meio Eletrônico;
Transmissão Eletrônica;
Assinatura Eletrônica.
DICA 227
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
O benefício da justiça gratuita está previsto no art. 790, §§ 3° e 4°, da CLT. Observe:
"Art. 790, CLT. Nas Varas do Trabalho, nos Juízos de Direito, nos Tribunais e no Tribunal
Superior do Trabalho, a forma de pagamento das custas e emolumentos obedecerá às
instruções que serão expedidas pelo Tribunal Superior do Trabalho. ( ... )
§ 3° É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de
qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita,
inclusive quanto a trasladas e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou in-
ferior a 40% (quarenta por cento) do limite máximo dos benefícios do Regime Geral de
Previdência Social.
§ 4° O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de
recursos para o pagamento das custas do processo."
A atitude do juiz foi errônea. Veja o que uma súmula do TST diz:
118
DICA 229
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS
Os honorários serão devidos ao advogado, mesmo que atue em causa própria, por
ter representado o processo a parte vencedora. Tenha cuidado com um ponto: Com a Re-
forma Trabalhista, os chamados honorários sucumbenciais não são devidos somente aos
sindicatos, mas também aos advogados particulares.
INFORMAÇÃO IMPORTANTE: O Supremo Tribunal Federal já firmou entendimento,
por intermédio da Súmula 512, de que NÃO há cabimento da condenação em honorários
advocatícios na ação de mandado de segurança.
Há 3 tipos de honorários:
Contratuais;
Assistenciais (nos casos em que o reclamante é assistido pelo sindicato de sua categoria);
Sucumbenciais.
119
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DICA 231
QUEM NÃO PODE SE ALISTAR COMO ELEITOR?
os analfabetos;
juntas eleitorais;
juízes eleitorais.
DICA 233
NO ÂMBITO ELEITORAL, O QUE ACONTECE COM OS JUÍZES AFASTADOS POR MO-
TIVO DE LICENÇA FÉRIAS E LICENÇA ESPECIAL?
Os juízes afastados por motivo de licença férias e licença especial, de suas funções na Jus-
tiça comum, ficarão automaticamente afastados da Justiça Eleitoral pelo tempo correspon-
dente exceto quando com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição,
apuração ou encerramento de alistamento.
Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos
decorrentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais,
ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau,
de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição.
DICA 234
TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL - COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA
121
os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus pró-
prios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais;
os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro
de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por partido, candidato, Ministério Público
ou parte legitimamente interessada.
as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar
da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos.
a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro de cento e
vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitando-se o exercício do mandato eletivo até o seu
trânsito em julgado.
julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos
do Art. 276 inclusive os que versarem matéria administrativa.
DICA 235
COMPETÊNCIA PRIVATIVA
conceder aos seus membros licença e férias assim como afastamento do exercício dos
cargos efetivos;
aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais
Eleitorais;
propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Elei-
toral, indicando a forma desse aumento;
122
responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas em tese por autori-
dade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;
autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa provi-
dência for solicitada pelo Tribunal Regional respectivo;
123
DICA 236
CONCEITO DE DIREITO FINANCEIRO
Estuda o ordenamento jurídico que rege as finanças do Estado e suas relações jurídicas,
e também as relações que se estabeleceram entre o Estado e o particular.
Não, diferentemente de algumas outras disciplinas, como por exemplo, o Direito Civil e
o Direito Tributário, o Direito Financeiro NÃO TEM UM CÓDIGO, propriamente dito. Mas
tem algumas legislações esparsas de extrema importância, que são estas:
Lei 4.320/1964
Importante que você saiba estas são as principais leis, mas não as únicas 😉
DICA 238
A COMPETÊNCIA DA UNIÃO- FOCO NO BANCO CENTRAL
A competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo banco cen-
tral.
É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos ao Tesouro
Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira.
O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro Nacional, com o
objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros.
Mas qual é a natureza jurídica do Banco Central? O BC é uma AUTARQUIA DE NATUREZA
ESPECIAL, criado pela Lei nº 4.595/1964 e com autonomia estabelecida pela Lei Comple-
mentar nº 179/2021.
124
O Banco Central é dirigido por sua Diretoria Colegiada, composta pelos seguintes inte-
grantes, todos indicados pelo presidente da República e aprovados pelo Senado:
Presidente
Diretora de Administração
Diretor de Fiscalização
Diretor de Regulação
125
DICA 241
PRINCÍPIOS UNIVERSAIS
Vedação ao retrocesso social – Os direitos sociais não poderão ter abrangência res-
tringida e quantidade reduzida, visando garantir o mínimo existencial;
Mnemônico: SÓ PROVE!
SO Solidariedade
PRO Proteção
VE Vedação
DICA 242
BENEFICIOS EM ESPÉCIE – BENEFICIO DE PROTEÇÃO À FAMILIA E À MATERNI-
DADE
Auxílio-reclusão – Pago aos dependentes do segurado de baixa renda que esteja cum-
prindo pena em regime fechado.
Pensão por morte – Pago aos dependentes do segurado falecido (cônjuge, com-
panheiro, filho ou irmão menor de 21 anos de idade, ou se maior de 21 anos e inválido,
pais.
126
Classificam-se em:
Segurados Obrigatórios:
Doméstico;
Empregado;
Contribuinte individual;
Trabalhador avulso – presta serviço para várias empresas, sem vínculo empregatício.
Necessária intermediação do órgão gestor de mão-de-obra, ou sindicato da categoria.
DICA BÔNUS
SEGURADOS OBRIGATÓRIOS – TRABALHADOR AVULSO
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conferência de carga;
conserto de carga;
vigilância de embarcações;
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