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ÍNDICE
ÉTICA ......................................................................................................................................... 4
FILOSOFIA DO DIREITO ............................................................................................... 15
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 18
DIREITOS HUMANOS ...................................................................................................... 36
DIREITO INTERNACIONAL .......................................................................................... 38
DIREITO TRIBUTÁRIO ................................................................................................... 41
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 49
DIREITO AMBIENTAL ..................................................................................................... 60
DIREITO CIVIL ................................................................................................................... 63
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .................................................. 71
CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ............................................................... 74
PROCESSO CIVIL .............................................................................................................. 77
DIREITO EMPRESARIAL................................................................................................ 93
DIREITO PENAL ............................................................................................................... 100
PROCESSO PENAL........................................................................................................... 110
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................. 119
PROCESSO DO TRABALHO ......................................................................................... 129
DICA 01
DAS ELEIÇÕES DA OAB
Regulamentada nos artigos 63 a 67 do EAOAB e nos artigos 128 a 137-C do Regulamento
Geral da Advocacia e da OAB.
A votação será direta, dos advogados regularmente inscritos e mediante cédula única.
DICA 02
DOS CANDIDATOS NAS ELEIÇÕES
Quando advogado tiver sofrido condenação por infração disciplinar, mas foi
reabilitado, poderá se inscrever à candidatura se:
MANDATO
O início da candidatura se
dará em primeiro de
janeiro do ano seguinte ao
da eleição, salvo Conselho
Federal. *
DICA 04
COMPOSIÇÃO DAS CHAPAS E ELEIÇÃO
Os integrantes da Chapa que obtiver a maioria absoluta dos votos válidos.
O voto será:
Secreto.
DICA 06
DAS CHAPAS DO CONSELHO FEDERAL, CONSELHO SECCIONAL E SUBSEÇÃO
Presidente;
Vice-Presidente;
Secretário-Geral;
Secretário-Geral Adjunto;
Tesoureiro.
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Presidente;
Vice-Presidente;
Secretário-Geral;
Secretário-Geral Adjunto;
Tesoureiro;
3 Conselheiros Federais;
Conselheiros Seccionais;
Diretoria Da Caixa.
Presidente;
Vice-Presidente;
Secretário-Geral;
Secretário-Geral Adjunto;
Tesoureiro.
DICA 07
DA EXTINÇÃO DO MANDATO
Dos casos em que o mandato será extinto automaticamente, antes da data do seu
término:
ATENÇÃO! esta é uma questão atual e poderá ser cobrada no Exame de Ordem.
DICA 09
A RESPEITO DAS DOAÇÕES PARA A CAMPANHA E A PROPAGANDA ELEITORAL
As doações para campanha, poderá acontecer desde o Registro da Chapa, poderá ser
feita por Advogados, sendo eles candidatos à Eleição ou não.
A doação não poderá ser aceita por:
→ Sociedade de advogados;
→ Empresas;
→ Não advogados.
PROPAGANDA ELEITORAL:
A propaganda será proibida quando realizada antes do registro, nesse caso caberá:
→ Advertência para suspensão da propaganda no prazo de 24 horas;
→ Multa de 01 a 10 anuidades, no caso de desrespeitar a advertência;
→ Em caso de Reincidência, a chapa poderá ser INDEFERIDA.
DICA 10
VEDADO AO ADVOGADO
Atuar em processos que tenham trâmite com a OAB, salvo em causa própria.
Doação de recursos financeiros, caso não 90 dias anteriores a data das eleições.
haja projeto anterior a doação.
DICA 11
OS REQUISITOS PARA AS ELEIÇÕES
DICA 12
DAS INFRAÇÕES E SANÇÕES DISCIPLINARES
As sanções e as infrações disciplinares estão dispostas nos artigos 34 a 43 do EAOAB.
Realização de ato contrário à lei destinado a fraudá-la por meio de seus clientes ou
terceiro;
DICA 14
DA SUSPENSÃO PREVENTIVA
Suspender o advogado
preventivamente.
No caso de inépcia profissional, ficará suspenso até fazer prova da sua habilitação.
DICA 16
DA EXCLUSÃO DO ADVOGADO
Para a aplicação desta sanção é necessário a manifestação favorável de 2/3 dos membros
do Conselho Seccional competente.
A esta sanção é dada a publicidade dos atos.
DICA 17
DA SANÇÃO DE CENSURA
Nos casos em que não se enquadra a suspenção aplica-se a censura.
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Abandonar causa sem justo motivo ou, antes de decorrido dez dias da comunicação
da denúncia;
DICA 18
CONVERSÃO DA CENSURA EM ADVERTÊNCIA
A censura poderá ser convertida em advertência nos casos em que o advogado tenha
alguma circunstância atenuante, sendo elas:
Sendo ela:
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DICA 21
DA CONDUTA INCOMPATÍVEL COM A OAB E A SUSPENSÃO
Jogos de azar;
Prescrição:
05 anos.
Será aplicada ao processo paralisado por mais de 03 anos, devendo assim, ser arquivado
após prescrição, de ofício ou a requerimento da parte interessada.
DICA 23
DO QUINTO CONSTITUCIONAL
O quinto constitucional está previsto no artigo 94 da CF. Determina que um quinto das
vagas de Desembargadores são advindos por este meio.
12
Na indicação aos Tribunais, o indicado pela lista sêxtupla não pode estar em cargo da
OAB.
A OAB é responsável em elaborar a lista sêxtupla.
DICA 24
A RESPEITO DA DECISÃO INDEVIDA EM PROCESSO DISCIPLINAR
Decisão, em grau de julgamento, com base em fundamento em que as partes não se
manifestaram anteriormente por falta de oportunidade, é indevida, ainda que seja sobre
matéria a ser decidida de ofício.
A exceção para tal dispositivo será quanto a medidas de urgência.
DICA 25
DA RECUSA A DEVOLUÇÃO DOS BENS PELO ADVOGADO AO CLIENTE
Fica obrigado ao advogado a devolver bens, valores e documentos confiados ao seu poder
pelo cliente.
Também é dever do advogado prestar contas de forma pormenorizada.
OBS.: Os honorários advocatícios não se incluem entre os valores a serem devolvidos.
13
14
DICA 26
RUDOLF VON IHERING
Autor de “A Luta pelo Direito” e crítico de Savigny (muito embora ele gostasse de alguns
pontos específicos), Rudolf von Ihering tinha ideias marxista, entretanto mais ponderado,
sem culpabilizar a burguesia pelos conflitos existentes na sociedade. E mais: ele afirmava
que o indivíduo tem o dever ético, de lutar por seus próprios direitos, dever este que
ele tem consigo e também com toda a sociedade.
“O fim do direito é a paz, o meio de que se serve para consegui-lo é a luta. Enquanto o
direito estiver sujeito às ameaças da injustiça – e isso perdurará enquanto o mundo for
mundo –, ele não poderá prescindir da luta. A vida do direito é a luta: a luta dos povos, dos
governos, das classes sociais, dos indivíduos” (Rudolf von Ihering).
CUIDADO! Em uma questão recente, caiu uma alternativa sobre a chamada “Ideia de
Volksgeist - espírito do povo” é de Savigny e não de Ihering.
Gabarito: Letra A.
Comentário: Para este autor, o fim do Direito é a paz; o meio de atingi-lo, a luta. Esta
ideia de luta do direito lhe dá um caráter de vida, de vivacidade. Logo, o direito é uma
força viva.
DICA 27
FRIEDRICH CARL VON SAVIGNY
Alemão da cidade de Frankfurt, extremamente estudado em direito das coisas (mais
precisamente no tema posse), ele era opositor à elaboração de um Código alemão, pois
cria no volkgeist (“espírito do povo”) e na força dos costumes e da tradição, aonde o povo
deveria ter preferência sobre o Estado. Perceba que a ideia de Savigny é completamente
oposta à de Hobbes, em “O Leviatã”, que defendia um Estado totalitário acima do povo.
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15
Plano da validade
Plano da existência
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16
17
DICA 31
PODER LEGISLATIVO: DISPOSIÇÕES GERAIS
O tema sobre o Poder Legislativo corresponde aos artigos 44 ao 58, da Constituição Federal.
O Poder Legislativo é exercido pelo congresso nacional, o qual é composto pela Câmara
dos Deputados e Senado Federal.
A legislatura é o período de trabalhos das Casas Legislativas (Congresso, Câmara e
Senado) e tem duração de 4 anos.
IMPORTANTE:
A função do Poder Legislativo é a de controle externo da administração pública, que
compreende a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial
da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, que será
exercida com auxílio do tribunal de contas.
18
Autorizar, por 2/3 dos seus membros, a instauração de processo contra o Presidente
e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado.
OBS.: As competências da Câmara dos Deputados estão previstas no art. 50, da CF. As
competências listadas acima são as mais importantes, ressaltando a de autorizar a
instauração de processo contra o Presidente da República.
Essa autorização é aplicada tanto para os processos comuns, instaurados em face do
presidente, quanto para os processos que versam sobre crime de responsabilidade
(impeachment).
DICA 33
PODER LEGISLATIVO - SENADO FEDERAL
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, funcionará como Presidente o do
Supremo Tribunal Federal, limitando-se a condenação, que somente será proferida por
dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com inabilitação, por oito
anos, para o exercício de função pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais
cabíveis.”
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DICA 34
PODER LEGISLATIVO - REUNIÕES
O Congresso Nacional se reúne do dia 02 de fevereiro até 17 de julho; e do dia 1º de
agosto até 22 de dezembro.
Sessões preparatórias: cada uma das casas legislativas (Câmara e Senado) vão se
reunir a partir do dia 1º de fevereiro do primeiro ano da legislatura, para a posse dos
membros e para a eleição das respectivas Mesas (compreende o Presidente da Câmara e
do Senado, Vice-presidente, 1º Secretário, 2º Secretário).
ATENÇÃO!
20
CPI
As regras acima são válidas para CPIs instauradas em âmbito federal e estadual.
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RESUMINDO
O parlamentar NÃO pode ser preso, salvo em caso de flagrante delito inafiançável; e o
processo por crime cometido após a diplomação pode ser SUSTADO.
DICA 39
IMUNIDADES DOS DEPUTADOS E SENADORES
Os Deputados Federais, Estaduais e Distritais (DF) e os Senadores gozam de
prerrogativa de foro, imunidade material e imunidade formal.
O foro por prerrogativa de função depende do cargo exercido:
Deputados Federais e Senadores – STF.
Deputados Estatuais e Distritais – o foro depende do crime praticado e do bem jurídico
atingido, podendo ser o Tribunal de Justiça do Estado ou do Distrito Federal; TRF ou TRE.
DICA 40
IMUNIDADE DOS VEREADORES
Os vereadores, integrantes do Poder Legislativo Municipal, possuem apenas IMUNIDADE
MATERIAL, que é restrita aos limites do município onde exercem a função (art. 29, VIII,
da CF).
23
IMUNIDADES PARLAMENTARES
DICA 41
PROCESSO LEGISLATIVO - FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E
ORÇAMENTÁRIA - TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO - DO PROCESSO LEGISLATIVO
decretos legislativos;
resoluções.
ATENÇÃO!
24
elaboração;
redação;
alteração; e
ATENÇÃO!
Normas secundárias: têm fundamento de validade nas normas primárias. São aquelas
que prescrevem a conduta lícita, sendo consideradas somente como conceitos auxiliares do
conhecimento jurídico. As regras secundárias, por sua vez, outorgam poderes aos
particulares ou às autoridades públicas para criar, modificar, extinguir ou determinar os
efeitos das regras do tipo primárias, como, por exemplo, os decretos de execução.
Processo ordinário: o processo que leva a criação das leis ordinárias é bem parecido
com o processo de criação das leis complementares, a diferença está apenas no quórum
de aprovação. Como o próprio nome esclarece, o processo ordinário é destinado a
elaboração de leis ordinárias.
Processo Sumário: também é o processo para elaboração de leis ordinárias, porém com
o prazo máximo de 100 (cem) dias.
Processo Especial: Servirá para outras normas que não as leis ordinárias
Devido processo legislativo: direito público subjetivo dos parlamentares, que podem
impetrar mandado de segurança quando as normas constitucionais referentes à
elaboração de determinada espécie normativa não forem respeitadas.
25
do Presidente da República;
ATENÇÃO!
DICA 44
ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO
Os atos que compõem o processo legislativo são: iniciativa, emendas, deliberação e
votação, sanção ou veto, promulgação e publicação.
26
“É a faculdade que se atribui a alguém ou a algum órgão para apresentar projetos de lei
ao Legislativo” (Silva).
→ do Congresso Nacional.
→ ao Presidente da República;
→ ao Procurador-Geral da República; e
Disponham sobre:
militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções,
estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva.
27
Iniciativa restrita: o titular só pode propor lei para uma matéria específica.
Iniciativa conjunta: dois ou mais legitimados são necessários, em conjunto, para iniciar
a lei. Não existe mais no Brasil.
Iniciativa geral plena: o legitimado pode propor projeto de lei sobre qualquer assunto.
Não existe no Brasil.
Iniciativa geral: o legitimado pode propor projeto de lei sobre qualquer tema que não
seja privativo/reservado ou exclusivo. No Brasil, é conferida aos Deputados, Senadores,
Comissões, Presidente da República e cidadãos (iniciativa popular).
DICA 47
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, que utilize,
arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
28
assinar prazo para que o órgão ou entidade adote as providências necessárias ao exato
cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;
29
Saúde;
Previdência social; e a
Assistência social.
Princípios e Objetivos:
DICA 50
SAÚDE
A saúde será garantida mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do
risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços
para promover, proteger ou recuperar a saúde.
30
Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um;
31
DICA 53
FAMÍLIA
Considerando que a família é a base da sociedade brasileira, a Constituição Federal confere
à família proteção especial.
STF: reconhecimento da união estável entre homem e mulher, ainda que do mesmo
sexo, que tenham como objetivo a formação de entidade familiar.
32
as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias
marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, EXCLUÍDAS, destas, as que contenham
a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade
ambiental federal, e as referidas no art. 26, II (Bens dos Estados);
o mar territorial;
É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios
a participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos
hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no
respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva,
ou compensação financeira por essa exploração.
A faixa de até 150 km (cento e cinquenta quilômetros) de largura, ao longo das fronteiras
terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa do
território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.
33
Águas correntes;
Águas dormentes;
Do solo;
Do subsolo.
BENS PÚBLICOS EM ESPÉCIE – CONCEITOS IMPORTANTES:
Terrenos de Marinha e acrescidos: São áreas que, banhadas pelas águas do mar ou
dos rios navegáveis, em sua foz, se estendem a distância de 33 metros para a área
terrestre, contados da linha do preamar médio do ano de 1831. Conforme o art. 20,
VII, da CRFB, os terrenos de marinha e seus acrescidos, pertencem à União.
Ilhas: As ilhas costeiras e oceânicas foram incluídas entre os bens da União pela
CRFB. Pertencem aos Estados as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que
estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Município ou
terceiros (art. 26, II, da CRFB). A EC nº 46/05 retirou da União o domínio de terrenos nas
ilhas sedes de municípios, mas não afetará as áreas de marinha e as áreas tituladas como
da União nas ilhas sede de município.
Aos Estados pertencem o domínio das demais águas públicas. Segundo o texto
constitucional, pertencem-lhes o disposto no art. 26, I, da CRFB/88. Nenhuma referência
foi feita na CRFB/88 sobre o domínio do Município sobre as águas públicas. Como a divisão
constitucional abrangeu todas as águas, é de considerar-se que não mais tenha aplicação o
art. 29 do Código de Águas (Decreto 24.643/34), quando admitiu pertencerem aos
Municípios as águas situadas em seu território
34
Terras Devolutas: Em sentido jurídico, terras devolutas são aquelas que não se acham
aplicadas a algum uso público NEM se encontram no domínio particular por
qualquer título legítimo. Se enquadram como bens dominicais. Tanto a União, como
Estados e Municípios possuem terras devolutas. Aquelas indispensáveis à defesa das
fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à
preservação ambiental, definidas em lei, pertencem à União.
“As concessões de terras devolutas situadas na faixa de fronteira, feitas pelos Estados,
autorizam, apenas, o uso, permanecendo o domínio com a União, ainda que se
mantenha inerte ou tolerante, em relação aos possuidores”.
Terras indígenas: Entre os bens da União incluem-se as terras tradicionalmente
ocupadas pelos indígenas (art. 20, XI, da CF). No título dedicado à Ordem Social, a
Constituição tem um capítulo denominado "Dos índios", com dispositivos que explicitam
a questão dessas terras (art. 231 e seus parágrafos).
“Pertencem ao domínio e administração da União, nos termos dos artigos 4, IV, e 186,
da Constituição Federal de 1967, as terras ocupadas por silvícolas”.
“As margens dos rios navegáveis são domínio público, insuscetíveis de expropriação e,
por isso mesmo, excluídas de indenização”.
35
DICA 56
MULHERES
A violência contra mulher constitui uma das formas de violação dos direitos humanos.
A Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra a
mulher, adotada pela ONU e promulgada pelo Brasil pelo Decreto 4377/2002, busca
eliminar:
Toda a distinção, exclusão ou restrição baseada no sexo e que tenha por objeto ou
resultado prejudicar ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício pela mulher,
independentemente de seu estado civil, com base na igualdade do homem e da mulher, dos
direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural
e civil ou em qualquer outro campo.
A Convenção possui um protocolo facultativo, que permite a apresentação de
denúncias sobre violação dos direitos por ela consagrados.
Nasce para os Estados, a responsabilidade de eliminar discriminação e assegurar
igualdade em relação aos homens.
A Lei 9.029/95 que proíbe a exigência de atestados de gravidez e esterilização, e outras
práticas discriminatórias, para efeitos admissionais ou de permanência da relação jurídica
de trabalho e rompimento da relação de trabalho por ato discriminatório, dá o direito à
reparação pelo dano moral e se quiser, a reintegração.
DICA 57
CRIANÇAS
As crianças são consideradas mais frágeis, necessitando assim, de proteção e cuidados
especiais.
A Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela ONU e promulgada pelo
Brasil (Decreto n. 99.710/1990) possui grande relevância para a proteção dos direitos
existentes hoje.
Para a Convenção, não existe distinção de criança e adolescente, considera criança,
todo ser humano com menos de dezoito anos, previsão diferente da que consta no
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Prevê o direito à vida; liberdade de expressão (não é absoluto); manifestação do
pensamento; privacidade e honra, importância dos meios de comunicação; integridade
física e moral; educação e imagem, igualdade e liberdade.
DICA 58
ÍNDIOS
O documento internacional para proteção da comunidade indígena é a Convenção 169 da
Organização Internacional do Trabalho (OIT) promulgada pelo Brasil através do Dec.
n.5051/2004 (revogado pelo Decreto nº10.088/2019).
O Estatuto do índio possui o propósito de preservar a sua cultura e integralos,
progressiva e harmoniosamente, à comunhão nacional.
É assegurada aos índios e suas comunidades, a proteção das leis do país, nos termos em
que se aplicam aos demais brasileiros.
36
Por tratar de um tema relativamente novo, não há muitas legislações, sendo necessário
recorrer a jurisprudência para a resolução do conflito levado ao judiciário.
O Decreto 9.883/2019 dispõe sobre o Conselho Nacional de Combate à Discriminação e o
trabalho do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoções dos Direitos de
Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais, que estabelece na resolução 12/2015.
Em relação ao transgênero, um ponto importante é o direito ao nome social, foi aprovado o
Decreto n. 8727/2016, que reconhece o nome social e a identidade de gênero.
DICA 60
PRESOS
A defesa dos direitos dos presos é um ponto bastante crítico, de um lado, o preconceito e o
pensamento de que os presos deveriam sofrer privação de garantias e direitos individuais e
do outro, a militância dos direitos humanos, que prevê a proteção da dignidade da pessoa
humana.
O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade. Assim, afigura-se
ofensa à dignidade do preso, bem como desrespeito à lei, impedir a visita da esposa ou
companheira àquele que se encontra preso.
37
DICA 61
REGRAS DE CONEXÃO NO BRASIL
A legislação brasileira apresenta regras ou elementos de conexão para a aplicação e
resolução do caso concreto.
Obrigação a ser executa no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada,
admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato.
Sucessão por morte ou por ausência = lei do país que domiciliado o defunto ou o
desaparecido.
Se o bem estiver situado no Brasil e a lei brasileira for favorável para os herdeiros, esta
prevalecerá.
DICA 62
AUTONOMIA DA VONTADE
As partes podem escolher o direito aplicável ou a jurisdição que será utilizada no caso de
uma controvérsia, conforme previsão do art. 25 do Código de Processo Civil.
38
Na ausência de tratado prevendo a cooperação, ela poderá ser estabelecida com base na
reciprocidade.
O auxílio direto é a via utilizada quando a medida não decorrer diretamente de decisão
de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de delibação no Brasil. Já a
carta rogatória é um pedido estabelecido a órgão jurisdicional de outro país, para que este
colabore na prática de um determinado ato processual.
O auxílio é solicitado pelo estado estrangeiro para a autoridade central e pode ser
solicitado para obtenção e prestação de informações colheita de provas ou para qualquer
outra medida não proibida pela lei brasileira.
Caso a medida não necessite de prestação jurisdicional, a própria autoridade centra deverá
providenciar o cumprimento, caso necessite de prestação jurisdicional, a competência é a
da justiça federal do local da execução da medida.
A legislação brasileira prevê que a decisão estrangeira poderá ser executada no Brasil
por meio da carta rogatória, mas o cumprimento da carta ocorre a partir da concessão do
exequatur, que é o juízo de admissibilidade realizado pelo STJ.
O exequatur funciona como uma “ordem de execute-se”.
39
STJ homologa a sentença após análise dos requisitos e expede uma carta de sentença
ao juízo federal para a execução da sentença estrangeira.
40
DICA 66
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
DICA 67
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SÚMULA VINCULANTE 21
41
DICA 68
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE E EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
42
Note-se que o fato de inexistir tal presunção relativa não significa que a Fazenda Pública
deva negar-se a receber um pagamento parcial de crédito tributário, pelo contrário, é esse
mesmo dispositivo (art. 158, do CTN) que autoriza recebimento de qualquer valor pago pelo
contribuinte.
43
A quem se paga (credor): sujeito ativo (ente competente ou quem possui a capacidade
tributária ativa).
Meio de pagamento: dinheiro (moeda nacional, cheque, vale postal). Lei pode exigir
garantia para pagamento em cheque/postal, desde que não torne obrigação mais onerosa
do que em moeda. Pagamento pode ser feito em estampilha, papel selado ou processo
mecânico, quando previsto em lei. Como se prova o pagamento: recibo, autenticação
bancária, certidão negativa expedida pela Fazenda.
DICA 75
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Art. 160. CTN Quando a legislação tributária não fixar o tempo do pagamento, o
vencimento do crédito ocorre trinta dias depois da data em que se considera o sujeito
passivo notificado do lançamento.
Parágrafo único. A legislação tributária pode conceder desconto pela antecipação do
pagamento, nas condições que estabeleça. Lei pode estabelecer desconto em razão do
vencimento antecipado.
44
Art. 161. CTN - O crédito não integralmente pago no vencimento é acrescido de juros de
mora, seja qual for o motivo determinante da falta, sem prejuízo da imposição das
penalidades cabíveis e da aplicação de quaisquer medidas de garantia previstas nesta Lei
ou em lei tributária. § 1º Se a lei não dispuser de modo diverso, os juros de mora são
calculados à taxa de um por cento ao mês. § 2º O disposto neste artigo não se aplica na
pendência de consulta formulada pelo devedor dentro do prazo legal para pagamento do
crédito.
Os estados/DF podem legislar sobre índice de correção e taxa de juros de mora incidente
sobre seus créditos fiscais, limitando-se aos percentuais estabelecidos pela União para o
mesmo fim (ARE 1216078).
DICA 77
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: IMPUTAÇÃO AO PAGAMENTO
Art. 163. CTN - Existindo simultaneamente dois ou mais débitos vencidos do mesmo
sujeito passivo para com a mesma pessoa jurídica de direito público, relativos ao mesmo
ou a diferentes tributos ou provenientes de penalidade pecuniária ou juros de mora, a
autoridade administrativa competente para receber o pagamento determinará a
respectiva imputação, obedecidas as seguintes regras, na ordem em que enumeradas:
I - em primeiro lugar, aos débitos por obrigação própria, e em segundo lugar aos
decorrentes de responsabilidade tributária;
II - primeiramente, às contribuições de melhoria, depois às taxas e pôr fim aos impostos;
III - na ordem crescente dos prazos de prescrição;
IV - na ordem decrescente dos montantes.
45
DECORAR A ORDEM:
2º: olhar em que o serviço público atuou mais diretamente em prol do contribuinte
– contribuição de melhoria > taxa > impostos. Não menciona empréstimo compulsório e
contribuição especial.
Em prova subjetiva pode adotar que os empréstimos compulsórios e contribuições seriam
pagos juntos com os impostos, pois maioria deles não são vinculados. Ou então pode
adotar que deve se observar a próxima regra.
3º: pagar o que prescreve primeiro (pagos pequenos de prescrição pagos antes dos
maiores).
4º: pagar os tributos de maior montante primeiro (paga os maiores débitos depois os
menores).
DICA 78
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: COMPENSAÇÃO
O contribuinte pode optar por receber, por meio de precatório ou por compensação, o
indébito tributário certificado por sentença declaratória transitada em julgado.
A compensação deve ser prevista em lei e deve possuir despacho do poder executivo
autorizando. Requisitos:
Existência de créditos líquidos quanto ao seu valor e certo quanto à sua existência;
46
Art. 170. CTN - A lei pode, nas condições e sob as garantias que estipular, ou cuja
estipulação em cada caso atribuir à autoridade administrativa, autorizar a compensação
de créditos tributários com créditos líquidos e certos, vencidos ou vincendos, do sujeito
passivo contra a Fazenda pública. Parágrafo único. Sendo vincendo o crédito do sujeito
passivo, a lei determinará, para os efeitos deste artigo, a apuração do seu montante, não
podendo, porém, cominar redução maior que a correspondente ao juro de 1% (um por
cento) ao mês pelo tempo a decorrer entre a data da compensação e a do vencimento.
DICA 79
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: TRANSAÇÃO
Art. 156. CTN - Extinguem o crédito tributário: III - a transação;
Art. 171. CTN - A lei pode facultar, nas condições que estabeleça, aos sujeitos ativo e
passivo da obrigação tributária celebrar transação que, mediante concessões mútuas,
importe em determinação de litígio e consequente extinção de crédito tributário. Parágrafo
único. A lei indicará a autoridade competente para autorizar a transação em cada caso.
Assim, para a realização da transação deveria existir lei autorizativa e a existência
de litígio pendente (judicial ou administrativo), com concessões mútuas.
Atualmente falta regulação para transação fiscal (PL 5082/09).
DICA 80
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO: REMISSÃO
Remissão: hipótese de extinção do crédito tributário: perdão da dívida pelo credor (art.
385, CC). Traduz-se na liberação graciosa (unilateral) da dívida pelo Fisco, e depende da
existência de lei específica para sua aplicação. No caso do ICMS faz se ainda necessária à
celebração de convênio (art. 150, parágrafo 6º). Remissão não gera direito adquirido.
Legislador deve observar balizas autorizativas circunstanciais previstas no artigo 172 do
CTN, ou seja, hipóteses em que será autorizada a remissão. Assim, com base nessas
circunstâncias o legislador fixará critérios objetivos para a remissão.
Art. 172. CTN - A lei pode autorizar a autoridade administrativa a conceder, por despacho
fundamentado, remissão total ou parcial do crédito tributário, atendendo:
I - à situação econômica do sujeito passivo;
47
Os motivos acima elencados fazem parte de rol não exaustivo, ou seja, lei específica
pode autorizar a concessão de remissão em outras hipóteses ali não previstas, desde que
razoável.
Remissão parcial: é possível. Seria o desconto que é dado pela Fazenda a determinado
crédito. Deve ser previsto em lei por ser hipótese de remissão parcial.
48
DICA 81
AGENTES PÚBLICOS - ESPÉCIES E CLASSIFICAÇÃO
ATENÇÃO!
DICA 83
CONCURSO PÚBLICO
Segundo dispõe o inciso II, do artigo 37, a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de
acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma previstas em lei,
ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
exoneração.
Exige-se concurso público para o provimento de cargos e empregos na administração
pública direta e indireta.
49
O cargo em comissão pode ser ocupado por qualquer pessoa e não depende de
concurso, pois é de livre nomeação e exoneração;
A função de confiança também não depende de concurso público, todavia, devem ser
exercidas apenas por servidores ocupantes de cargo efetivo;
Importante saber também que parte dos cargos em comissão devem ser preenchidos por
servidores de carreira, em percentual definido em lei;
Vamos à esquematização?
DICA 85
CONCURSO PÚBLICO
A exclusão do candidato que esteja respondendo a inquérito policial e ação penal não
transitada em julgado fere o princípio da presunção de inocência.
É constitucional a remarcação do teste de aptidão física de candidata que esteja grávida à
época de sua realização, independentemente da previsão expressa em edital do concurso
público.
Caso seja cobrado no concurso matéria não prevista no edital, é possível que incida
controle judicial nesse caso.
Em respeito ao princípio da legalidade, somente será possível sujeitar candidato a exame
psicotécnico quando houver previsão legal.
É obrigatório a previsão de vagas em concurso público para pessoas portadoras de
deficiência. A Lei 8.112/90 prevê que serão reservadas até 20% das vagas.
50
51
DICA 89
MANDATO ELETIVO
É permitido ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, assumir
cargo eletivo.
52
Após esse período, o servidor somente perderá o cargo nas seguintes hipóteses:
P Promoção
A Aposentadoria
R Readaptação
E Exoneração
D Demissão
F Falecimento
53
Volta do injustamente
Reintegração Derivado
demitido
DICA 94
RESUMO DE VACÂNCIA
VACÂNCIA DICA
Falecimento
54
Além disso, no Brasil é reconhecido pela CF/88 como um direito fundamental, porém,
devendo atender a sua função social:
Do mesmo modo, o Código Civil prevê em seu artigo 1.228 o direito de propriedade,
entretanto, também preconiza a possibilidade de desapropriação:
Art. 1.228 - O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito
de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1º O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades
econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e
o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas. (...)
§ 3º O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de DESAPROPRIAÇÃO, por
necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso
de perigo público iminente.
DICA 96
CONCEITO DE DESAPROPRIAÇÃO
Necessidade pública;
Utilidade pública; ou
Interesse social.
Compulsoriamente despeja alguém de um bem certo, normalmente adquirindo-o para si,
em caráter originário, mediante indenização prévia, justa e pagável em dinheiro, salvo no
caso de certos imóveis urbanos ou rurais, em que, por estarem em desacordo com a função
social legalmente caracterizada para eles, a indenização far-se-á em títulos da dívida
pública, resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas, preservado seu valor real.
55
Necessidade pública: tem por principal característica uma situação de urgência, cuja
melhor solução será a transferência de bens particulares para o domínio do Poder Público.
Interesse social: segundo Hely Lopes "o interesse social ocorre quando as
circunstâncias impõem a distribuição ou o condicionamento da propriedade para
seu melhor aproveitamento, utilização ou produtividade em benefício da
coletividade ou de categorias sociais merecedoras de amparo específico do Poder Público.
Esse interesse social justificativo de desapropriação está indicado na norma própria (Lei
4.132/62) e em dispositivos esparsos de outros diplomas legais. O que convém assinalar,
desde logo, é que os bens desapropriados por interesse social não se destinam à
Administração ou a seus delegados, mas sim à coletividade ou, mesmo, a certos
beneficiários que a lei credencia para recebê-los e utilizá-los convenientemente".
DICA 98
COMPETÊNCIAS
Interesse social para fins de reforma agrária: a competência para a sua declaração
é privativa da União ou por uma de suas entidades da Administração indireta, nos termos
do art. 184, CF/88.
56
Conceito: Trata-se de direito pessoal da Administração por meio do qual o Estado utiliza
bens móveis, imóveis e serviços particulares em situação de perigo público iminente. A
requisição poderá ser civil ou militar.
É obrigatória a constatação do perigo público iminente, que coloque em risco a
coletividade. A situação de perigo não se restringe às ações humanas.
Requisição civil: visa a evitar danos à vida, à saúde e aos bens da coletividade.
57
ATENÇÃO!
Art. 5°, XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se
houver dano;
Art. 22, III – Compete privativamente à União legislar sobre (...) requisições civis e
militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra;
Lembrando que o Art. 1.228, § 3º, do Código Civil prevê que o proprietário pode ser privado
da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse
social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.
Ex.: Obras em estradas para alocação de máquinas de asfalto e outros; uso de escolas,
clubes e outros estabelecimentos privados por ocasião das eleições ou por alguma
necessidade pública (art. 136, II, da CRFB/88).
58
Atos legislativos
Natureza Direito ou
Direito real Direito pessoal
Jurídica pessoal administrativos
de caráter geral
Bens móveis,
Bens imóveis Interesses
Objeto imóveis e Bens imóveis
alheios públicos abstratos
serviços
Ato formal
Atos (necessidade
Acordo ou autoexecutórios de realização Leis de caráter
Instituição
decisão judicial (iminente perigo de obras e geral
público) serviços
públicos)
Prévia e Só se houver
Só se houver
Indenização condicionada (no prejuízo. É NÃO há
prejuízo
caso de prejuízo) posterior
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DICA 103
DA RESPONSABILIDADE PENAL DA PESSOA JURÍDICA EM DELITOS AMBIENTAIS
O art. 225, § 3º da Constituição Federal prevê que “as condutas e atividades consideradas
lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções
penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
A seu turno, o art. 3º da Lei 9605/98 prescreve que “as pessoas jurídicas serão
responsabilizadas administrativa, civil e penalmente conforme o disposto nesta Lei,
nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu representante legal ou
contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou benefício da sua entidade.
OBS.: Grande polêmica existente sobre este tema é acerca da possibilidade de
responsabilizar penalmente a pessoa jurídica sem imputar concurso com pessoas
físicas (representante legal, administrador ou executor).
O STJ já exigiu a necessidade da condenação a ambos (dupla imputação).
Atualmente, a jurisprudência dominante do STF e do STJ entendem pela possibilidade da
responsabilização penal somente da pessoa jurídica ainda que não identificada ou não
condenada a pessoa física (RE 548.181 e RMS 39.173/BA, respectivamente).
DICA 104
DAS PENAS APLICÁVEIS À PESSOA JURÍDICA
Conforme previsão do art. 32 da Lei 9.605/98, configura crime: praticar ato de abuso,
maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou
exóticos.
A pena desse crime é de detenção de 3 meses a 1 ano, e multa.
Incorre nas mesmas penas quem realiza experiência dolorosa ou cruel em animal vivo,
ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
60
ATENÇÃO!
causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos
habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
for cometido por quem deixar de adotar, quando assim o exigir a autoridade competente,
medidas de precaução em caso de risco de dano ambiental grave ou irreversível.
DICA 107
DOS FUNDAMENTOS E DOS OBJETIVOS DA POLÍTICA NACIONAL DE RECURSOS
HÍDRICOS
CUIDADO! É necessária muita atenção para não confundir os fundamentos e os
objetivos, as provas sempre buscam misturá-los a fim de trazer confusão aos candidatos.
61
a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;
a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do
Poder Público, dos usuários e das comunidades.
62
DICA 108
MOMENTO DA SUCESSÃO
A morte é o marco do fim da personalidade. Há uma universalidade de direitos atrelada
à personalidade de alguém que permanece na órbita jurídica: créditos, propriedade, posse,
entre outros. Contudo, a pessoa que dela era titular perdeu a aptidão de sê-lo. Dessa forma,
no exato momento do fim da personalidade, isto é, com o óbito, abre-se a sucessão
(art. 1.784, CC).
OBS: A sucessão em sentido estrito deve ser entendida como a transferência para
herdeiros, em um único momento, de toda a universalidade de direitos de que o falecido
era titular, ainda que os herdeiros desconheçam essa universalidade ou a sua condição
(princípio da saisine).
DICA 109
SUCESSÃO POR PARENTESCO
Herdam por parentesco os sucessores de sucessão legítima, ou seja, os herdeiros
necessários (descendentes, ascendentes e cônjuge). A eles deve ser separado, pelo
menos, metade do patrimônio do falecido. O art. 1.788, CC determina que haverá́ sucessão
legítima se: a pessoa morreu sem deixar testamento; se há bens não incluídos no
testamento; se há disposição testamentária inválida ou ineficaz.
TOME NOTA: São herdeiros facultativos os colaterais até o quarto grau. Pode ser
que estes não recebam nada, caso o falecido disponha de toda a sua herança via
testamento.
DICA 110
PARENTESCO
Parentesco é a relação que une determinado grupo de pessoas a ancestrais comuns (art.
1.593, CC). Pode ser por sangue (relação biológica), por lei (adoção, inseminação) e por
relação socioafetiva (reconhecida pela doutrina e jurisprudência).
Tipos de parentesco:
Parentesco Natural (consanguíneo): pessoas que possuem vínculo biológico, por
terem origem no mesmo tronco comum.
Parentesco por Afinidade: existente entre um cônjuge ou companheiro e os
parentes do outro cônjuge ou companheiro.
ATENÇÃO!
Marido e mulher não são parentes. A relação entre eles é de vínculo conjugal que
nasce com o casamento e dissolve-se pela morte de um dos cônjuges, pelo divórcio ou
pela anulação do matrimônio.
63
Parentesco em Linha Reta: são as pessoas que estão umas para com as outras na
relação de ascendentes e descendente (art. 1.591, CC).
Parentesco em Linha Colateral: são as pessoas, até o quarto (4º) grau, provenientes
de um só́ tronco, sem descenderem uma da outra (art. 1.592, CC).
Ex.: Irmãos.
OBS: Na linha reta não há limite de parentesco, mas na linha colateral o limite é até
o 4º grau.
DICA 112
VOCAÇÃO HEREDITÁRIA
Vocação hereditária é a convocação de pessoa com direito à herança, para que receba
o patrimônio deixado pelo falecido. A abertura da sucessão confere direito sucessório a
quem tenha vocação hereditária. Se o indivíduo quiser ter o direito, ele aceita. Se ele não
quiser, ele renúncia.
TOME NOTA: Para que ocorra a vocação hereditária, o legitimado a suceder tem que
sobreviver ao autor da herança. É o chamado princípio da coexistência segundo o qual
o legitimado a suceder tem que existir no momento em que a sucessão é aberta.
DICA 113
SUCESSÃO LEGÍTIMA
Na sucessão legítima, há uma ordem de convocação dos herdeiros prevista no art. 1.829,
CC. Os primeiros são os descendentes. Caso haja descendentes de graus distintos, os de
grau mais próximo preferem aos de grau mais remoto, resguardado o direito de quem
sucede por representação (art. 1.833, CC).
O concebido no momento da abertura da sucessão tem vocação hereditária (art. 1798,
CC). Ele é considerado um herdeiro, desde que ocorra o nascimento (expectativa de
direito).
DICA 114
ACEITAÇÃO DA HERANÇA
Embora o princípio da saisine determine a transferência da propriedade desde a morte
do titular, é preciso que haja uma manifestação de vontade no sentido de confirmar
aquela posição de herdeiro ou de legatário. Desde a abertura da sucessão até o ato de
aceitação, há um período denominado delação ou devolução da herança.
64
Expressa - ocorre quando por escrito o herdeiro declara sua vontade em receber a
herança, mediante declaração pública ou particular.
DICA 117
PERDÃO DO OFENDIDO
Pode o ofendido (autor da herança) conceder perdão ao indigno, desde que o faça de forma
expressa e em testamento ou documento autêntico (escritura pública ou escrito
particular com pelo menos 2 testemunhas) (art. 1.818, CC)
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
65
ATENÇÃO!
Ainda que não haja reabilitação expressa, se o ofendido contemplou o indigno em seu
testamento, após conhecer a causa de indignidade, o indigno poderá sucedê-lo no
limite da disposição testamentária. Ele pode, porém, ser excluído da sucessão
legítima, pois essa disposição do testamento não é considerada como reabilitação tácita.
DICA 118
DESERDAÇÃO
A deserdação tal qual a indignidade, é uma causa de exclusão do herdeiro. A diferença é
que, em razão do art. 1.961, CC, a deserdação somente se aplica em desfavor dos
herdeiros necessários que pratiquem atos de deserdação (arts. 1.692 e 1.693, CC).
Os efeitos da exclusão por indignidade também são os efeitos da deserdação.
IMPORTANTE: A deserdação apenas pode ser feita pelo autor da herança por meio
do testamento.
DICA 119
CONTAGEM DOS GRAUS DE PARENTESCO
Por Direito Próprio: sucede-se por direito próprio quando se é herdeiro da classe
chamada. Desse modo, o filho herda do pai por direito próprio.
Ex.: Pedro morre em 2015, sem cônjuge, tendo tido uma filha chamada Ana e um filho
chamado Antônio. Ocorre que Antônio morreu em 2013 (antes de seu pai Pedro). Nesse
caso ocorrerá o instituto da pré-morte e do direito de representação. Assim, os filhos vivos
que Antônio tiver deixado (os netos de Pedro) irão entrar na partilha, devendo receber a
cota-parte correspondente que Antônio teria direito (50%, dividido igualmente entre eles),
enquanto Ana, tia deles, receberá os outros 50%.
66
Ex.: João morre e seus três filhos vão herdar por direito próprio e por cabeça 33% do
patrimônio de João, por serem seus parentes mais próximos.
Por estirpe: herdam por estirpe os que sucedem em graus diversos por direito de
representação.
Ex.: João morre e tem um filho pré-morto que deixou (1.835, CC). Aqueles que
descendem por estirpe estão representando alguém.
Por linhas: a partilha por linhas só ocorre quando são chamados os ascendentes.
Ex.: João morre sem descendentes e cônjuge, seus pais igualmente já morreram, mas
a avó paterna está viva, e o avô e a avó materna também. Então caberá́ metade à avó
paterna e metade aos outros dois avôs maternos (§§ 1º e 2º do 1.836, CC).
DICA 122
HERANÇA LEGÍTIMA
O cálculo da legítima deve observar o abatimento das dívidas e do funeral do falecido (art.
1847, CC).
IMPORTANTE! Colação de bens são os bens doados a herdeiro necessário durante a
vida do falecido. Se não forem declarados como bens da parte disponível, por
testamento, devem ser colados ao patrimônio do espólio para serem partilhados (art.
2.006, CC).
DICA 123
DOAÇÃO
A doação pura é um ato de liberalidade. Já a doação remuneratória refere-se a um
contrato oneroso, de forma que não significa adiantamento da legítima (art. 2.011,
CC).
ATENÇÃO!
A doação feita a pessoa que não era herdeira necessária, ainda que se torne
posteriormente, não é considerada adiantamento de herança (art. 2.005, § único, CC).
67
Público: realizado por tabelião em livro notarial. Possui fé pública e publicidade. Tem que
ser escrito em português, pois é um documento oficial. São necessárias 2 (duas)
testemunhas. O deficiente visual ou analfabeto só poderá testar por meio do testamento
público.
DICA 126
CLÁUSULAS TESTAMENTÁRIAS
ATENTE-SE!! Não é permitido ao testador estabelecer cláusula de inalienabilidade,
impenhorabilidade, e de incomunicabilidade, sobre os bens da legítima, salvo se houver
justa causa, declarada no testamento (art. 1.848, CC).
68
Partilha Judicial: Feita quando não houver consenso entre herdeiros ou na existência
de herdeiro incapaz. Se os bens forem indivisíveis ou de difícil divisão, é possível realizar
uma alienação judicial, partilhando-se posteriormente os valores apurados (art. 2.019, CC).
DICA 129
HERANÇA JACENTE E VACANTE
Herança Jacente: é aquela cujos sucessores não são conhecidos ou que não foi aceita
pelas pessoas com direito à sucessão. A jacência constitui fase provisória e temporária, de
expectativa de aparecimento de herdeiros. Consiste num acervo de bens administrado por
um curador, sob fiscalização do juiz, até que se habilitem os herdeiros ou se declare a
vacância.
69
70
DICA 133
REMISSÃO E EXTINÇÃO
É um procedimento diferenciado para apuração dos atos infracionais.
Pode incluir, eventualmente, a aplicação de qualquer das medidas previstas em lei, exceto
a colocação em regime de semiliberdade e a internação.
A remissão pode ser pré-processual/ministerial, ofertada pelo Ministério Público e
homologada pelo magistrado, o adolescente e seu representante deverão consentir. Poderá
ser também processual ou judicial, ocorre quando o procedimento já tiver iniciado e a
remissão implicará na extinção ou suspensão do processo.
DICA 134
APURAÇÃO DE ATO INFRACIONAL – FASE POLICIAL
A apuração ocorre em três fases, a Policial, a de atuação do Ministério Público e a Judicial.
A fase policial se inicia com a apreensão do autor da infração, que será encaminhado para
a sede policial especializado. Se o mesmo for apreendido por decisão judicial, será desde
logo, encaminhado à autoridade judiciária.
O artigo 174 do ECA prevê que se comparecer qualquer dos pais ou responsável, o
adolescente será prontamente liberado pela autoridade policial, sob termo de
compromisso e responsabilidade de sua apresentação ao representante do Ministério
Público, no mesmo dia ou, sendo impossível, no primeiro dia útil imediato, exceto quando,
71
DICA 135
FASE DE ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO
A defesa e o Ministério Público intervirão, sob pena de nulidade do procedimento
judicial de execução de medida socioeducativa.
Se não forem localizados pais ou responsáveis, será nomeado curador especial para o
adolescente.
72
DICA 137
CRIMES PRATICADOS CONTRA CRIANÇA E ADOLESCENTE
73
DICA 138
PRÁTICAS ABUSIVAS
As práticas abusivas vedadas estão expressas no art. 39 do CDC, cujo rol é considerado
meramente exemplificativo. Vejamos as hipóteses de vedação:
DICA 139
PRÁTICAS ABUSIVAS
74
elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços. A respeito desse tema, após
a Lei 13.455/17 foi permitida expressamente a diferenciação de preços e serviços em
função de prazo (pagamentos a vista podem ser mais baratos) ou do instrumento
de pagamento utilizado (cheque, cartão ou dinheiro).
DICA 141
DEFESA DO CONSUMIDOR EM JUÍZO
75
Um exemplo trazido por Tartuce é de um grupo de alunos de uma escola quando discutem
a reformulação da grade curricular.
76
DICA 143
DOS FATOS IMPEDITIVOS/EXTINTIVOS DO DIREITO DE RECORRER
Trata-se de requisito negativo, ou seja, inexistir fato impeditivo ou extintivo do direito:
Renúncia: ocorre antes da interposição do recurso, motivo pelo qual é um fato extintivo
do direito de recorrer. Conforme art. 999 do CPC, A renúncia ao direito de recorrer
independe da aceitação da outra parte.
Apelação;
77
Agravo de Instrumento;
Agravo interno;
Embargos de Declaração;
Recurso Ordinário;
DICA 145
TÉCNICA DE AMPLIAÇÃO DO COLEGIADO
No CPC/15 não há mais previsão dos embargos infringente, porém passou a ser previsto o
chamado Julgamento Estendido.
Ocorre quando o acórdão de um julgamento não é unânime, é necessário convocar novos
julgadores e ampliar do colegiado e, somente após esse julgamento estendido, chegaremos
ao resultado final.
Conforme o art. 942 do CPC, “quando o resultado da apelação for não unânime, o
julgamento terá prosseguimento em sessão a ser designada com a presença de outros
julgadores, que serão convocados nos termos previamente definidos no regimento interno,
em número suficiente para garantir a possibilidade de inversão do resultado inicial,
assegurado às partes e a eventuais terceiros o direito de sustentar oralmente suas razões
perante os novos julgadores.”.
Sendo possível, o prosseguimento do julgamento acontecerá na mesma sessão,
colhendo-se os votos de outros julgadores que porventura componham o órgão colegiado.
Os julgadores que já tiverem votado poderão rever seus votos por ocasião do
prosseguimento do julgamento.
ação rescisória, quando o resultado for a rescisão da sentença, devendo, nesse caso,
seu prosseguimento ocorrer em órgão de maior composição previsto no regimento
interno;
78
da remessa necessária;
não unânime proferido, nos tribunais, pelo plenário ou pela corte especial
DICA 146
DO CABIMENTO E REQUISITOS DA APELAÇÃO
79
decidi-lo-á monocraticamente apenas nas hipóteses do art. 932, incisos III a V, quais
sejam:
se não for o caso de decisão monocrática, elaborará seu voto para julgamento do
recurso pelo órgão colegiado.
DICA 148
DO EFEITO SUSPENSIVO DA APELAÇÃO
80
DICA 149
DO EFEITO DEVOLUTIVO DA APELAÇÃO
81
O artigo acima permite que novas questões de fato sejam suscitadas em apelação,
ainda que não suscitadas no primeiro grau, desde que:
Fato superveniente;
Se a parte provar que deixou de fazê-lo por motivo de força maior.
DICA 152
DAS HIPÓTESES DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
tutelas provisórias;
mérito do processo;
exclusão de litisconsorte;
82
DICA 153
DA TAXATIVIDADE DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Existem situações que apesar de não previstas, necessitam de recurso de forma
imediata. Assim sendo, passou a entender o STJ que a taxatividade do rol do art. 1.015
do CPC deve ser mitigada.
O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de
agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do
julgamento da questão no recurso de apelação.
DICA 154
DOS REQUISITOS DO AGRAVO DE INSTRUMENTO
O art. 1.017 do CPC preconiza que a petição de agravo de instrumento será instruída:
83
Nesse caso, as peças devem ser juntadas no momento de protocolo da petição original.
Na falta da cópia de qualquer peça ou no caso de algum outro vício que comprometa a
admissibilidade do agravo de instrumento, deve o relator aplicar o disposto no art. 932,
parágrafo único (prazo de 5 dias para sanar).
Sendo eletrônicos os autos do processo, dispensam-se as peças tidas como obrigatórias,
facultando-se ao agravante anexar outros documentos que entender úteis para a
compreensão da controvérsia.
A disposição constante do art. 1.017, § 5º, do CPC/2015, que dispensa a juntada das
peças obrigatórias à formação do agravo de instrumento em se tratando de processo
eletrônico, exige, para sua aplicação, que os autos tramitem por meio digital tanto no
primeiro quanto no segundo grau de jurisdição.
DICA 156
PODERES DO RELATOR NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
84
En. 358, FPPC: A aplicação da multa prevista no art. 1.021, § 4º, exige manifesta
inadmissibilidade ou manifesta improcedência.
A multa do art. 1.021, § 4º, do CPC/2015 tem como destinatário a parte contrária e não
o Fundo de Aparelhamento do Poder Judiciário.
Não cabem embargos de declaração contra decisão de presidente do tribunal que não
admite recurso extraordinário.
85
suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício
ou a requerimento;
DICA 159
PROCEDIMENTO DO EMBARGOS DECLARATÓRIOS
86
A fim de evitar essa situação, a lei previu que a proposição de embargos declaratórios
manifestamente protelatórios enseja:
multa de até 2% do valor da causa atualizado;
reiteração (Embargos protelatórios + Embargos protelatórios):
ampliação da multa até 10% e depósito da multa como condição para outros recursos,
(exceto Fazenda Pública e justiça gratuita que pagarão ao final), além de vedação de novos
embargos declaratórios.
En. 361, FPPC: Na hipótese do art. 1.026, § 4º, não cabem embargos de declaração e,
caso opostos, não produzirão qualquer efeito.
87
Manifestamente
inadmissível ou
Agravo Interno De 1 a 5% do valor da causa
improcedente, por votação
unânime
Embargos Manifestamente
Até 2% do valor da causa
Declaratórios protelatórios
DICA 162
DO INCIDENTE DE ASSUNÇÃO DE COMPETÊNCIA
É admissível a assunção de competência quando o julgamento de recurso, de remessa
necessária ou de processo de competência originária envolver relevante questão de direito,
com grande repercussão social, sem repetição em múltiplos processos.
Ocorrendo a hipótese de assunção de competência, o relator proporá, de ofício ou a
requerimento da parte, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, que seja o recurso,
a remessa necessária ou o processo de competência originária julgado pelo órgão colegiado
que o regimento indicar.
O órgão colegiado julgará o recurso, a remessa necessária ou o processo de competência
originária se reconhecer interesse público na assunção de competência.
ATENTE-SE! O acórdão proferido em assunção de competência vinculará todos os
juízes e órgãos fracionários, exceto se houver revisão de tese.
Aplica-se o IAC quando ocorrer relevante questão de direito a respeito da qual seja
conveniente a prevenção ou a composição de divergência entre câmaras ou turmas do
tribunal.
88
Não cabe a instauração de IRDR se, quando a parte requereu o incidente, o Tribunal já
havia julgado o mérito do recurso e estava pendente agora apenas os embargos de
declaração contra a decisão.
89
OBS.: É possível que seja requerido ao STF, como garantia da segurança jurídica, para
que haja suspensão em nível nacional.
O incidente será julgado no prazo de 1 ano e terá preferência sobre os demais feitos,
ressalvados os que envolvam réu preso e os pedidos de habeas corpus.
DICA 164
DAS MEDIDAS EXECUTIVAS NA AÇÃO DE ALIMENTOS
No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de
decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará
intimar o executado pessoalmente para, em 3 dias, pagar o débito, provar que o fez ou
justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
90
Fraude contra credores (art. 158 do CC): decorre da prática de atos anteriores à
existência de citação contra o devedor. É proposta a chamada Ação Pauliana, a qual
visa anular os atos lesivos e, após a anulação, os bens passam a ser sujeitos à execução.
O interesse violado é de natureza privada.
Art. 828 do CPC: O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo
juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro
de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos apenhora, arresto ou indisponibilidade.
quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato de
constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor ação capaz
de reduzi-lo à insolvência;
nos demais casos expressos em lei.
DICA 166
DO INVENTÁRIO E PARTILHA
Havendo testamento ou interessado incapaz, proceder-se-á ao inventário judicial.
Caso todos sejam capazes e concordes, o inventário e a partilha poderão ser feitos por
escritura pública, a qual constituirá documento hábil para qualquer ato de registro, bem
como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras.
OBS.: O tabelião somente lavrará a escritura pública se todas as partes
interessadas estiverem assistidas por advogado ou por defensor público, cuja
qualificação e assinatura constarão do ato notarial.
O processo de inventário e de partilha de 2 meses, a contar da abertura da sucessão,
ultimando-se nos 12 meses subsequentes, podendo o juiz prorrogar esses prazos, de ofício
ou a requerimento de parte.
91
Prevê o art. 682 do CPC que: Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito
sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer
oposição contra ambos.
O opoente deduzirá o pedido em observação aos requisitos exigidos para propositura da
ação.
Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa de seus
respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 dias.
Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o
opoente.
Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará
simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença.
Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso
do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução
atende melhor ao princípio da duração razoável do processo.
Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta (oposição)
conhecerá em primeiro lugar.
92
DICA 168
RECUPERAÇÃO JUDICIAL - CONCEITO
A recuperação judicial é o instrumento jurídico apto à preservação da empresa e sua
função social que substituiu o processo de concordata. Até a promulgação da Lei
11.101/2005 havia o processo de concordata que ocorria de forma preventiva ou
suspensiva, respectivamente antes da propositura da falência ou no decorrer do processo
de falência. A concordata visava apenas a prorrogação de prazo para pagamento de
credores ou abatimento da dívida do empresário, ou de forma mista, requerendo abatimento
e prorrogação de prazo. A concordata visava afastar os atos drásticos da decretação de
falência, visando a manutenção da empresa, medidas essas que, entretanto, nem sempre
surtiam efeito, pois, por vezes não bastavam para garantir a manutenção da empresa e
acabavam por se transformarem em processos de falência com o encerramento da atividade
empresarial.
Recuperação da empresa, nos termos de Fabio Ulhoa Coelho, é uma faculdade aberta
pela lei exclusivamente aos devedores que se enquadram no conceito de empresário ou
sociedade empresária, que possibilita a reorganização das empresas exploradas pelo
devedor, com maior ou menor sacrifício dos credores, de acordo com plano aprovado ou
homologado judicialmente.
Por meio do plano de recuperação da empresa, o devedor pode postergar o vencimento
de obrigações, reduzir seu valor ou beneficiar-se de outros meios aptos a impedir a
instauração da execução concursal.
O devedor civil não tem nenhuma medida com esta extensão. Na melhor das hipóteses, a
lei prevê a possibilidade de suspensão da execução concursal se o devedor obtiver a
anuência de todos os credores. (CPC/1973, art. 783; CPC, art. 1.052)
DICA 169
PRINCÍPIO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE NO DIREITO EMPRESARIAL
A função social da propriedade interpretada no direito empresarial pode ser vislumbrada no
princípio mais importante do direito falimentar, que é o princípio da preservação da
empresa. A empresa que ainda tem possibilidade de se recuperar e manter os empregos,
gerando renda àquela região, desde que atendidos requisitos legais, pode lhe ser concedido
o favor legal que é a recuperação judicial, concedendo-lhe prazo e condições para prosseguir
suas atividades, tudo com a aprovação dos próprios credores que são consultados.
Vale destacar o art. 47, da L.F.: A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a
superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir:
93
cooperativa de crédito;
consórcio;
DICA 171
REQUISITOS PARA REQUERER A RECUPERAÇÃO JUDICIAL
Os requisitos para propor recuperação judicial estão previstos no art. 48 da LRE, e não
devem ser confundidos com os requisitos para a concessão do próprio pedido de
recuperação judicial, sendo apenas os requisitos iniciais para o processamento da própria
recuperação judicial.
São eles:
não ser falido e, se foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em
julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
não ter, há menos de 5 anos, obtido concessão de recuperação judicial com base
no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo;
não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador,
pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
94
95
usufruto da empresa;
administração compartilhada;
ATENÇÃO!
A Lei 14.112 de 2020 trouxe mais duas hipóteses de recuperação judicial, sendo
elas: conversão de dívida em capital social e venda integral da devedora, desde
que garantidas aos credores não submetidos ou não aderentes condições, no mínimo,
equivalentes àquelas que teriam na falência, hipótese em que será, para todos os fins,
considerada unidade produtiva isolada.
DICA 173
FALÊNCIA
Falência é um processo judicial cabível quando o patrimônio do devedor empresário é
insuficiente para satisfação de seu passivo, situação em que estará caracterizada a
insolvência. Nessa situação, as regras de execução individual se tornariam injustas, razão
pelo qual pode-se afirmar que a falência é um tipo de execução coletiva, também conhecida
como execução concursal.
Princípio fundamental na compreensão da falência é o par conditio creditorum, em que
deve ser dado tratamento parificado aos credores.
A falência é um processo aplicável apenas aos empresários ou sociedades empresárias,
sendo que, para outros tipos de devedores, como as sociedades civis não empresariais,
caberá o processo de concurso de credores, nos termos do art.1052 e seguintes do CPC.
96
ATENÇÃO!
NOVIDADE LEGISLATIVA.
A Lei 14.112/2020 modifica o art. 75 sobre os objetivos da falência informando que os
mesmos são:
I - preservar e a otimizar a utilização produtiva dos bens, dos ativos e dos recursos
produtivos, inclusive os intangíveis, da empresa;
II - permitir a liquidação célere das empresas inviáveis, com vistas à realocação eficiente
de recursos na economia; e
III - fomentar o empreendedorismo, inclusive por meio da viabilização do retorno célere
do empreendedor falido à atividade econômica.
§ 1º O processo de falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia
processual, sem prejuízo do contraditório, da ampla defesa e dos demais princípios
previstos na Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de Processo Civil).
§ 2º A falência é mecanismo de preservação de benefícios econômicos e sociais
decorrentes da atividade empresarial, por meio da liquidação imediata do devedor e da
rápida realocação útil de ativos na economia.
DICA 174
PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA
André Santa Cruz esclarece que o objetivo principal da falência é afastar o devedor de suas
atividades para preservar e otimizar a utilização produtiva dos bens, ativos e recursos
produtivos. Nesse aspecto, há dois princípios importantes: princípio da preservação da
empresa e princípio da maximização dos ativos, que significa que deverá haver o
máximo aproveitamento do ativo da empresa.
97
Ex.: procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou
fraudulento para realizar pagamentos.
Ex.: realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar
pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade
de seu ativo a terceiro, credor ou não;
os créditos gravados com direito real de garantia até o limite do valor do bem gravado;
98
DICA 177
CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS
III. aos créditos em dinheiro objeto de restituição, conforme previsto no art. 86 desta Lei;
VIII - às custas judiciais relativas às ações e às execuções em que a massa falida tenha
sido vencida;
99
DICA 178
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA – PECULATO
O crime de peculato é a subtração, apropriação ou desvio de bem ou valor da
Administração Pública fazendo uso da condição de funcionário público.
É preciso que o crime seja facilitado pelo fato do agente ser funcionário público, pois se esta
condição não for utilizada para o crime, o autor responderá por um crime contra o
patrimônio “comum”, como furto, roubo, apropriação indébita e etc.
OBS.: É importante a memorização de cada uma das espécies de peculato, pois a FGV,
em sua prova da OAB, pode trazer casos concretos para que o candidato aponte qual a
hipótese correta.
TIPOS DE PECULATO:
ATENÇÃO!
100
DICA 180
CONCUSSÃO
Espécie de concussão;
101
O vereador que solicita dinheiro para ser aprovada emenda parlamentar pratica o
crime.
DICA 183
PREVARICAÇÃO
Consiste em:
Prática de infração por outro funcionário, seja administrativa ou penal, mas que tenha
sido cometida em razão da função;
102
DICA 185
FUNCIONÁRIO PÚBLICO
Além disso, é importante saber que todos os crimes contra a administração pública
praticados por funcionário público terão a pena aumentada em 1/3 se:
103
Se a violência for contra coisa, como chutar uma viatura, poderá haver o crime de dano;
Se houver violência, poderá haver concurso material entre resistência e lesão corporal,
por exemplo;
DICA 188
DESOBEDIÊNCIA
O crime de desobediência se diferencia do crime de resistência, pois aqui há uma forma
passiva, pois não há violência ou grave ameaça;
RESISTÊNCIA DESOBEDIÊNCIA
DICA 189
DESACATO
O crime de desacato permanece vigente no ordenamento jurídico pátrio;
As ofensas devem ser proferidas na presença do funcionário público. Na sua ausência
poderá configurar o crime de injúria;
As ofensas devem se relacionar com o exercício da função.
104
Oferecer ou prometer;
DICA 192
PUNIDOS COM DETENÇÃO
São punidos com DETENÇÃO os seguintes crimes contra a Administração Pública (todos
são infração de menor potencial ofensivo):
105
DICA 193
PUNIDOS COM RECLUSÃO
106
Peculato 2 a 12 anos
Concussão 2 a 12 anos
DICA 194
DENUNCIAÇÃO CALUNIOSA X COMUNICAÇÃO FALSA DE CRIME OU DE
CONTRAVENÇÃO
Denunciação Caluniosa
107
ATENÇÃO!
DICA 196
COAÇÃO NO CURSO DO PROCESSO
Contra autoridade, parte, ou qualquer outra pessoa que funciona ou é chamada a intervir;
108
Se não houver violência, a ação só se iniciar mediante queixa (ação penal privada);
Se for em processo penal (mesmo não iniciado) a pena será aplicada em dobro;
109
DICA 198
RECURSOS: RECURSOS DE OFÍCIO
Em regra, os recursos são voluntários.
Contudo, existem exceções em que o JUIZ deverá interpor de OFÍCIO (sem provocação)
o recurso:
DICA 199
CONCURSO DE AGENTES
Imagine que João e José foram condenados por homicídio, apenas João recorre e o recurso
é julgado PROCEDENTE e ele é considerado agora inocente. Esse resultado aproveita à José?
DEPENDE!
Se, por exemplo, a alegação de João envolver José (dizer que foi Pedro que matou a vítima),
o resultado do recurso o atingirá, ainda que não tenha apelado.
Art. 580: No caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por um dos
réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal,
aproveitará aos outros.
DICA 200
DECISÕES IRRECORRÍVEIS
DECORE as hipóteses de decisões irrecorríveis para eliminar alternativas:
Recebe a denúncia;
DICA 201
110
Incompetência do Juízo;
Referentes à fiança;
Anular o processo;
Incidente de falsidade.
ATENÇÃO!
HIPÓTESE NOVA:
Recusar HOMOLOGAÇÃO ao acordo de NÃO PERSECUÇÃO PENAL.
DICA 202
EFEITO SUSPENSIVO
É o efeito que suspende a decisão combatida até que seja julgado o recurso.
Perda de fiança;
DICA: Todas essas decisões têm resultados muito gravosos se executadas de imediato,
por isso é preciso esperar o julgamento do recurso.
DICA 203
PRINCÍPIO DA INDISPONIBILIDADE
Os recursos interpostos pelo ministério público são regidos pelo princípio da
indisponibilidade;
Assim, uma vez interposto o recurso, o Ministério Público dele não poderá desistir;
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
111
DICA 204
INTERPOSIÇÃO
O recurso pode ser interposto por petição ou por termo nos autos;
Se não souber assinar, será assinado por alguém a seu rogo (a seu pedido), na presença
de duas testemunhas;
O escrivão, depois de interposto o recurso, deve fazê-lo concluso ao juiz, até o dia
seguinte ao último do prazo, sob pena de SUSPENSÃO de 10 a 30 dias.
DICA 205
APELAÇÃO
A apelação será interposta em 5 dias e as razões apresentadas em 8 dias;
Ainda que se queira recorrer apenas de PARTE da decisão, não caberá RESE.
DICA 206
PROCEDIMENTO DA APELAÇÃO
112
DICA 207
RAZÕES DA APELAÇÃO
DICA 208
RECURSOS: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
C contradição
A ambiguidade
O obscuridade
O omissão
Contudo, o JECRIM ficou OCO desde 2015, pois tiraram a dúvida, sendo as hipóteses
agora:
O obscuridade
C contradição
O omissão
DICA 209
REVISÃO CRIMINAL
113
FIQUE ATENTO! Em caso de ser procedente a revisão criminal, o réu poderá ser
indenizado;
Se o réu tiver sido condenado pela justiça do Distrito Federal ou de Território, será paga
pela união, se tiver sido pela justiça estadual, pelo estado.
Se o erro ou injustiça tiver se dado por falha do réu, como confissão ou prova que
escondeu;
DICA 211
Por isso, após o recorrente interpor o recurso, os autos descerão para execução da
sentença;
DICA 212
CARTA TESTEMUNHÁVEL
É recurso relacionado a não recebimento de recurso;
É cabível da decisão que denega o recurso e daquela que admite, mas impede o seu
seguimento;
114
O escrivão ou secretário, em 5 dias (no caso de RESE) ou 60 dias (em caso de REx) fará
entrega da carta;
O escrivão que não der o recibo ou não entregar a carta será suspenso por 30 dias;
DICA 213
HABEAS CORPUS
O habeas corpus é ação constitucional destinada a defender o direito à locomoção;
Caberá HC:
Quando alguém estiver preso por mais tempo do que determina a lei;
Quando não for alguém admitido a prestar fiança, nos casos em que a lei a autoriza;
Empate na votação do HC
Se o HC for julgado por TRIBUNAL a decisão será tomada pela maioria dos votos;
115
Serão públicos;
Não admitem citação por edital, sendo a citação pessoal no Juizado ou por mandado;
Devem ser acompanhados por advogado ou defensor público (cuidado para não
confundir com o juizado cível, no qual a presença do advogado é, em regra, facultativa);
DICA 216
INSTITUTOS DESPENALIZADORES
Suspensão do processo;
Em regra, não haverá prisão em flagrante e nem se exigirá fiança nas infrações de menor
potencial ofensivo, salvo no caso de recusa do indiciado em assinar o TCO;
116
Crimes militares;
DICA 217
Não havendo a composição dos danos, poderá ser oferecida a representação para
seguimento do procedimento.
DICA 218
TRANSAÇÃO PENAL
Havendo representação nas ações condicionadas ou nas ações públicas;
TOME NOTA!
Autor condenado por sentença definitiva por CRIME a pena privativa de liberdade;
117
SUSPENSÃO DO PROCESSO
DICA BÔNUS
Caso ele não cumpra alguma das condições, a suspensão poderá ou deverá ser revogada;
Ser processado por outro CRIME durante o Ser processado por CONTRAVENÇÃO
período de suspensão; durante o período de suspensão;
Não reparar o dano SEM motivo justificável; Descumprir qualquer outra condição.
118
DICA 220
SITUAÇÕES QUE IMPEDEM A EQUIPARAÇÃO SALARIAL
O direito não é uma matéria exata, portanto, é bastante comum que haja situações de
exceções em várias áreas. No que diz respeito à equiparação salarial, há situações aonde
não é possível termos a equiparação salarial. Que tal vermos que situações são estas?
Art. 461. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo
empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual salário, sem
distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
§ 2o Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal
organizado em quadro de carreira ou adotar, por meio de norma interna da empresa ou
de negociação coletiva, plano de cargos e salários, dispensada qualquer forma de
homologação ou registro em órgão público.
Art. 461 da CLT: Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao
mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, corresponderá igual
salário, sem distinção de sexo, etnia, nacionalidade ou idade.
§ 4º - O trabalhador readaptado em nova função por motivo de deficiência física ou
mental atestada pelo órgão competente da Previdência Social não servirá de
paradigma para fins de equiparação salarial.
119
Art. 8º da CF/88: I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de
sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a
interferência e a intervenção na organização sindical;
Inclusive, uma decisão do TST decidiu que sindicato sem registro no MTE não tem direito a
repasses. Você pode conferir a decisão com detalhes maiores no site do TST, mais
precisamente falando, no processo RR - 172-88.2010.5.04.0701.
DICA 223
RESPONSABILIDADE PRÉ-CONTRATUAL
120
Que tal vermos as possibilidades de faltas graves (que ensejam dispensa por justa causa)
fora das listadas no art.482 da CLT:
Greves abusivas;
QUESTÃO SIMULADA.
José é um motorista profissional da empresa Ônibus Feliz e Contente LTDA, fazendo
trajetos interestaduais, nos estados da Região Sul do Brasil. Recentemente, a empresa
em questão solicitou que todos os seus motoristas profissionais fizessem um teste de
controle de drogas, mas José se recusou, pois faz uso de substâncias ilícitas, fato este
desconhecido pelo seu empregador. Diante da sua recusa a empresa o demitiu por
justa causa. Sabendo disto e do que dispõe nosso ordenamento jurídico, a atitude da
empresa em dispensar José foi:
a) Correta
b) Incorreta, já que está fora das possibilidades listadas no art.482 da CLT
c) Incorreta, pois a OIT veda este tipo de dispensa
d) Incorreta, pois motoristas profissionais podem se recusar a se submeter a teste e
programa de controle de drogas e de bebida alcoólica.
Gabarito: Letra a.
Comentário: Art. 235 – B, VII, e parágrafo único da CLT.
DICA 225
NOVIDADE LEGISLATIVA- LEI 14.289/2022
Uma novidade bastante recente: A normatização da Lei 14.289/2022. Esta lei traz a
disposição sobre a obrigatoriedade de preservação do sigilo sobre a condição de pessoa que
vive com infecção pelos vírus da imunodeficiência humana (HIV) e das hepatites crônicas
(HBV e HCV) e de pessoa com hanseníase e com tuberculose, nos casos que estabelece. Em
outras palavras: vedada a divulgação, pelos agentes públicos ou privados, de informações
que permitam a identificação da condição de pessoa que vive com infecção pelos vírus da
imunodeficiência humana (HIV) e das hepatites crônicas (HBV e HCV) e de pessoa com
hanseníase e com tuberculose, nos seguintes âmbitos:
serviços de saúde;
estabelecimentos de ensino;
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
121
administração pública;
segurança pública;
processos judiciais;
Lei 8.212 art. 25-A: “Equipara-se ao empregador rural pessoa física o consórcio
simplificado de produtores rurais, formado pela união de produtores rurais pessoas
físicas, que outorgar a um deles poderes para contratar, gerir e demitir trabalhadores
para prestação de serviços, exclusivamente, aos seus integrantes, mediante documento
registrado em cartório de títulos e documentos”.
DICA 227
INJEÇÕES NA FARMÁCIA: INSALUBRIDADE
Aplicar injeções em farmácia é atividade insalubre?
Sim, em uma decisão muito recente, o TST decidiu que a aplicação de injeções em
farmácia é considerada atividade insalubre, visto que a exposição rotineira a agentes
biológicos dá direito ao adicional de insalubridade. Inclusive, que o grau desta insalubridade
é médio. Também é importante que você saiba mesmo o profissional aqui tratado esteja
utilizando o EPI, ainda assim é devido o adicional de insalubridade.
DICA 228
DEMISSÃO POR WHATSAPP GERA DANO MORAL
Esta questão levanta certos debates, mas nosso objetivo é trazer aqui uma decisão
importante do TST sobre este assunto. Neste caso aqui tratado, o empregador, em período
anterior à pandemia de coronavírus, mandou para a empregada doméstica a seguinte
mensagem via aplicativo de mensagens: “Bom dia. Você está demitida. Devolva as chaves
e o cartão da minha casa. Receberá contato em breve para assinar documentos”.
122
Art. 511. ... § 3º Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados
que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional
especial ou em consequência de condições de vida singulares.
desenhistas técnicos;
artísticos;
industriais;
publicitários;
secretárias;
SÚMULA 60
SÚMULA 366
123
DICA 231
O PEDIDO DE DEMISSÃO ANTES DA DISTRIBUIÇÃO DOS LUCROS NÃO AFASTA
DIREITO À PARTICIPAÇÃO NOS LUCROS E RESULTADOS
Isso mesmo. Em uma decisão bastante recente, o TST decidiu que o pedido de demissão
feito em período anterior da distribuição dos lucros não afasta direito do empregado
demitido à participação nos lucros e resultados (PLR), pois o pagamento desta parcela não
é condicionado à vigência do contrato de trabalho.
DICA 232
MEDIAÇÃO PRÉ-PROCESSUAL
Foram normatizadas no ano 2016 no TST por intermédio do Ato TST.GP 168/2016, a
mediação e a conciliação pré-processual em dissídios coletivos visam evitar o ajuizamento
de dissídios. Isto quer dizer basicamente que para ter acesso ao apoio do juiz, não é preciso
ajuizar uma ação trabalhista.
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
Pensar Concursos.
124
Sabendo disto, é importante também que você saiba que não existe obrigatoriedade de
equiparação salarial em caso de terceirização. E quais são os requisitos para o
funcionamento da empresa de prestação de serviços a terceiros? São os seguintes:
OBS.: Uma empresa terceirizada poderá fazer a subcontratação outras empresas para
prestar serviços? Pode sim, o art. 4º-A, § 1º da Lei n. 6.019/74 permite a subcontratação
de outras empresas para prestar de serviços. E mais: A responsabilidade entre estas
empresas será subsidiária.
DICA 234
AUXÍLIO-INCLUSÃO
Este é um novo tipo de auxilio de teor previdenciário. A previsão legal dele está no
Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015). Vamos ver a
seguir:
Art. 94: “Terá direito a auxílio-inclusão, nos termos da lei, a pessoa com deficiência
moderada ou grave que:
125
DICA 235
FALTA DE PRIVACIDADE PODE GERAR DIREITO À INDENIZAÇÃO PARA O
EMPREGADO?
A privacidade é um direito muito básico no Estado Democrático de Direito em que vivemos,
pois ela gera a individualidade que todos precisam, todavia o que acontece quando o
empregador viola este direito do seu empregado? Recentemente o TST decidiu que um
frigorífico deverá indenizar um de seus empregados, pois este era obrigado a transitar em
roupas íntimas na troca das vestimentas na chamada barreira sanitária. Vale a pena
salientar aqui na visão do TST, este caso não é um mero aborrecimento, como a instância
que julgou anteriormente.
Violação de privacidade no ambiente laboral não é mero aborrecimento para o TST.
Também é muito importante destacar que a violação da privacidade atenta vários princípios
da nossa CF/88, dentre eles o da dignidade da pessoa humana.
DICA 236
TIPOS DE EPI’S
proteção dos membros inferiores: calçados para proteção, meia, perneira, calça;
126
ATENÇÃO!
Apesar deste caráter judicial, saiba que o MPT tem sim atuação na esfera extrajudicial
também.
o Procurador-Geral do Trabalho;
os Subprocuradores-Gerais do Trabalho;
os Procuradores do Trabalho.
IMPORTANTE: Nas ações civis públicas que não forem propostas pelo Ministério
Público, é obrigatória a intervenção dele como fiscal da lei, conforme normatizado no § 1º,
do artigo 5º, da Lei 7.347/85.
127
DICA 239
ABOLIÇÃO DO TRABALHO FORÇADO
128
DICA 240
PROVAS DIGITAIS NA JUSTIÇA DO TRABALHO
Podemos utilizar provas digitais na justiça trabalhista?
Sim, inclusive ela (a Justiça do Trabalho) é pioneira no uso deste tipo de provas, haja
vista que existe um programa da Justiça do Trabalho chamado Programa Provas Digitais.
Importante, ainda, salientar que a iniciativa do uso de provas digitais no meio jurídico
encontra seu respaldo nos artigos 369 e 370 do Código de Processo Civil, bem como também
artigo 765 da CLT.
Ex.: Litispendência, coisa julgada entre outros. Este efeito não caracteriza violação do
princípio reformatio in pejus.
DICA 242
APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA DA LEI DE EXECUÇÕES FISCAIS
Um ponto de suma importância para que você saiba é que, caso haja alguma omissão na
CLT, primeiramente deve-se ver se há normatização sobre o assunto no qual a CLT é omissa
na Lei de Execuções Fiscais, e se não houver tal normatização, aí sim aplicar o CPC.
Art. 899 da CLT: “Aos trâmites e incidentes do processo de execução são aplicáveis,
naquilo que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o processo dos
executivos fiscais para cobrança judicial da dívida ativa da Fazenda Pública Federal”.
DICA 243
SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL
A substituição processual também é chamada de legitimidade extraordinária ou
anômala, criando a devida possibilidade de um indivíduo vir a juízo, fazer a postulação em
nome próprio direito alheio, em autêntica transferência da titularidade do direito de ação.
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DICA 245
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE OU CONVERSIBILIDADE
O princípio da fungibilidade permite que o magistrado aceite um recurso quando o
correto seria aceitar outro, entretanto desde que haja dúvida na doutrina ou
jurisprudência sobre qual seria o correto a ser utilizado. É necessário que o recurso
interposto não seja um erro grosseiro, bem como obedecer ao prazo do recurso cabível.
Inclusive, em uma decisão muito importante, o TST decidiu não aplica princípio da
fungibilidade quando há erro grosseiro na escolha do recurso.
É importante que no caso de um recurso ter sido erroneamente interposto, é preciso
que não tenha havido má fé da parte que o interpôs.
DICA 246
PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, que
deverá ser nomeado pelo Presidente da República. Para que este seja destituído, por
Todos os direitos reservados. proibida cópia, plágio ou comercialização.
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fomentar a negociação coletiva como solução ideal para os conflitos coletivos de trabalho.
DICA 248
EFEITO SUSPENSIVO DOS RECURSOS
Não é regra no processo trabalhista, sendo a regra que seja de efeito devolutivo.
Havendo efeito suspensivo, aquela decisão não pode ser executada. Em outras palavras,
este efeito suspensivo impede que a decisão seja cumprida de imediato, adiando a eficácia
da decisão no juízo a quo. Veja o que a Súmula 414, I do TST:
DICA 249
TÍTULOS EXECUTIVOS TRABALHISTAS JUDICIAIS E EXTRAJUDICIAIS
JUDICIAIS: EXTRAJUDICIAIS:
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OBS.: Leilão obedece ao princípio da publicidade? Sim, já que art. 888 da CLT
normatiza que a arrematação dos bens deve ser anunciada por intermédio de um edital a
ser afixado na sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, caso haja, com um
tempo de antecedência de 20 dias.
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SÚMULA VINCULANTE 4
Salvo nos casos previstos na Constituição, o salário mínimo não pode ser usado como
indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de empregado, nem ser
substituído por decisão judicial.
SÚMULA VINCULANTE 22
A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de indenização por
danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por
empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de
mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n. 45/04.
SÚMULA VINCULANTE 25
É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito.
SÚMULA VINCULANTE 40
A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição Federal, só é
exigível dos filiados ao sindicato respectivo.
SÚMULA VINCULANTE 53
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SÚMULA VINCULANTE 53
A competência da Justiça do Trabalho prevista no art. 114, VIII, da Constituição Federal
alcança a execução de ofício das contribuições previdenciárias relativas ao objeto da
condenação constante das sentenças que proferir e acordos por ela homologados.
DICA 253
A LGPD PODE SER CITADA EM PROCESSOS TRABALHISTAS
Antes de tudo, a Lei Geral de Proteção de Dados já está vigente em nosso ordenamento
jurídico, e nada impede que uma questão da prova aborde a LGPD.
Será que ela pode estar presente no processo do trabalho? A resposta é sim. Em um
caso recente a LGPD foi usada para pedir acesso a folhas de ponto. A defesa argumentou
que o documento pertence à trabalhadora e, com base na norma, ela deve ter a posse e
ciência do seu conteúdo.
Ademais, em uma notícia recente, foi afirmado que a Lei Geral de Proteção de Dados foi
citada em 139 ações trabalhistas. Ou seja, este uso da lei tende a cada vez mais crescer.
Um caso muito importante foi de uma professora que, com base na LGPD, alegou que, por
conta das aulas online, estava tento violados os seus direitos trabalhistas e de
personalidade, pois o empregador pretende armazenar as videoaulas, mas sem observar o
dever de transparência e, por consequência, vários outros direitos previstos na LGPD.
DICA 254
EFEITO DEVOLUTIVO DOS RECURSOS
Como o próprio nome já deixa nítido, transfere do juízo a quo para o juízo ad quem a
matérias que foram impugnadas para que o juízo a quem modifique ou tenha uma nova
decisão sobre aquela matéria impugnada. Em outras palavras, transfere da vara para o TRT
ou do TRT para o TST as matérias que as partes não se conformam com a decisão ali
proferida.
Art. 899 da CLT: Os recursos serão interpostos por simples petição e terão efeito
meramente devolutivo, salvo as exceções previstas neste Título, permitida a execução
provisória até a penhora.
Quanto à sua extensão, o órgão ad quem só poderá julgar o que foi pedido, que foi objeto
do recurso.
Ex.: Uma pessoa recorre, em um Recurso Ordinário, pedindo adicional de insalubridade
e adicional noturno, e o órgão ad quem só poderá julgar o adicional de insalubridade e o
adicional noturno.
DICA 255
NÃO CABIMENTO DE MANDADO DE SEGURANÇA
O art. 5° da Lei 12.016/2009 estabelece que:
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Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição.
DICA 256
LIQUIDAÇÃO PÓS REFORMA TRABALHISTA
A liquidação é necessária para que os valores sejam especificados, como, por exemplo,
horas extras e FGTS, e esta especificação inclui também as contribuições previdenciárias.
Lembrando sempre que se uma das partes não concordar com os valores apresentados pela
outra, terá um prazo de 8 dias para questionar, o que se chama de impugnação de cálculos.
Se a diferença entre os valores apresentados pelo reclamante ou pelo reclamado for grande,
o juiz poderá entender a necessidade da nomeação de um perito.
DICA 257
PAGAMENTO NO PROCESSO TRABALHISTA
Se o processo for encerrado por intermédio de um acordo, o pagamento acontecerá nos
termos a serem homologados pelo magistrado.
Se não for por acordo, só acontecerá depois da sentença de execução, aonde o juiz fixará
o valor da dívida trabalhista. O pagamento se dará por meio de depósito em uma conta
judicial. Caso o devedor não possua dinheiro, a justiça tem uma série de convênios buscar
bens que possam garantir o pagamento, como por exemplo o Bacenjud.
DICA 258
TUTELA PROVISÓRIA NA AÇÃO CIVIL PÚBLICA
A Lei 7 .347 /1985, em seus arts. 4.º e 12, deu a possibilidade da parte propor uma ação
cautelar anteriormente à ação civil pública. Vejamos a seguir o que estes artigos dizem:
Art. 4°: Poderá ser ajuizada ação cautelar para os fins desta Lei, objetivando, inclusive,
evitar o dano ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem urbanística ou aos bens e
direitos de valor artísticos, estético, histórico, turístico e paisagístico.
Art. 12: Poderá o Juiz conceder mandado liminar, com ou sem justificação prévia, em
decisão sujeita a agravo".
DICA 259
PROGRAMA NACIONAL DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO
Nascido de uma iniciativa do TST e Conselho Superior da Justiça do Trabalho, em parceria
com diversas instituições públicas e privadas criaram o programa, com o intuito de prevenir
acidentes de trabalho.
Lembrando sempre que art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que ocorre
pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados
referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho".
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