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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03

• CAPA

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03

Parabéns por ter dado esse passo importante na sua preparação, meu amigo(a). Temos
TOTAL certeza de que este material vai te fazer ganhar muitas questões e garantir a sua
aprovação.

Você está tendo acesso agora à Rodada 03. As outras 03 rodadas serão
disponibilizadas na sua área de membros conforme o cronograma abaixo:

Material Data
Rodada 01 Disponível Imediatamente
Rodada 02 Disponível Imediatamente
Rodada 03 Disponível Imediatamente
Rodada 04 08/07
Rodada 05 13/07
Rodada 06 15/07

Nesse material focamos também nos temas mais simples e com mais DECOREBA, pois,
muitas vezes, os deixamos de lado e isso pode, infelizmente, custar inúmeras posições no
resultado final.

Lembre-se: uma boa revisão é o segredo da APROVAÇÃO.

Portanto, utilize o nosso material com todo o seu esforço, estudando e aprofundando cada
uma das dicas.

Se houver qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando suas dúvidas
para: atendimento@pensarconcursos.com

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ÍNDICE

LÍNGUA PORTUGUESA ..................................................................................................... 4


MATEMÁTICA/RLM .......................................................................................................... 14
DIREITO CONSTITUCIONAL ....................................................................................... 16
DIREITO ADMINISTRATIVO ....................................................................................... 29
DIREITO DO TRABALHO ............................................................................................... 41
DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO ................................................................ 56

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LÍNGUA PORTUGUESA

DICA 01
EMPREGO DO SINAL INDICATIVO DE CRASE
MACETE PARA A PROVA!
Para saber se a palavra possui crase ou não, substitua o que vem depois do artigo
“a” por um termo masculino. Se você precisar de “ao”, a palavra terá crase.

Ex.: Vou à escola


Vou ao colégio.
Chame a médica.
Chame o médico.
DICA 02
CRASE
Fusão de 2 vogais idênticas. A crase é representada pelo acento grave.
`= grave

Ex.: Luca é fiel à esposa Raquel.


Por que há crase? Note que “esposa” pede o ARTIGO “A” (a esposa) e “fiel” pede a
PREPOSIÇÃO “A” (quem é fiel, é fiel a algo ou a alguém). A junção desses dois “As”
gera a CRASE!

Ex.: Mari se referiu a você.


Por que NÃO há crase? Porque “você” é um pronome e não pede o artigo “a”. Apenas o
verbo “referir” pede a preposição “a” (quem se refere, se refere a algo ou a alguém).
Então, não há crase aqui.
Para formar a CRASE é necessário: PREPOSIÇÃO “A” + ARTIGO “A”

SEMPRE ocorre crase:

HORA EXATA Ex.: Jonas e Raquel irão ao cinema às 18:19.


EXCEÇÃO: Se vier uma preposição (desde,
após, entre...) antes da hora, NÃO haverá
crase.
Ex.: Partirão da festa após as 19:11.

“À MODA DE” Haverá crase mesmo quando “moda” vier de


forma ocultada na frase.
Ex.: Neymar fez um gol à (moda) Pelé.

EMPRESSÕES PREPOSITIVAS, Ex.: Correu às pressas.


CONJUNTIVAS e ADVERBIAIS
(à direita, às vezes, à tarde, à toa, à vista...)
FEMININAS
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DICA 03
CRASE FACULTATIVA

A crase será FACULTATIVA:


→ ANTES de nome próprio feminino.

Ex.: Refiro-me à Maria. / Refiro-me a Maria.


→ DEPOIS da preposição ATÉ.

Ex.: Podes me enviar o trabalho até as (às) 18:00.


→ ANTES de pronome possessivo feminino.

Ex.: Referiu-se a/à minha amiga.


CUIDADO!
com “dona”, “senhora” e “senhorita” → também é facultativa a crase.

TOME NOTA:
“Frango a passarinho” NÃO POSSUI CRASE! A crase apenas existe quando, ao se
falar de um prato, estiver subentendida a expressão “à moda”.

Ex.: frango à milanesa (frango à moda milanesa) → à moda da cozinha de Milão, na


Itália.
Ocorre que “a passarinho” significa “cortado como se fosse um passarinho”. Portanto, não
será utilizada a crase.
DICA 04
CRASE PROIBIDA

NUNCA ocorre crase (crase PROIBIDA):


→ ANTES de palavras masculinas.

Ex.: Escreveu a matéria no bloco de anotações a lápis.


→ ANTES de verbo.

Ex.: Começou a sorrir de alegria.


→ ANTES de pronomes (de modo geral).

Ex.: Supliquei a você que me contasse a verdade.


CUIDADO com os pronomes possessivo femininos, pois o uso da crase será
facultativo.
→ Cidades SEM ESPECIFICADORES.

Ex.: O avião retornou a Porto Seguro.


CUIDADO, pois com especificador, haverá crase: O avião retornou à bela Porto Seguro.
→ PALAVRAS REPETIDAS.

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Ex.: Fiquei frente a frente com a verdade.
→“A” ANTES de palavra no plural.

Ex.: Refiro-me a matérias de Direito Penal. (CORRETO)


Refiro-me às matérias de Direito Penal. (CORRETO)
→ No caso do “A” para hora NÃO determinada

Ex.: Chegaremos à festa daqui a quatro horas.


DICA 05
FLEXÃO NOMINAL

Pontos importantes sobre flexão nominal:

Substantivos terminados em “ão”:


1) Apenas é acrescentado o “s” ao final. Ex.: cidadão – cidadãos.
2) “Ão” → “ães”. Ex.: alemão – alemães.
3) “Ão” → “ões”. Ex.: doação – doações.

Substantivos que terminam em “al”, “ol”, “el” e “ul”:


Ex.: lençol – lençóis.
guarda-sol – guarda-sóis.

Substantivos terminados em “x”:


Ex.: O tórax – os tórax.
SÃO INVARIÁVEIS!

ATENÇÃO!

Pode ser “pegadinha” de prova:


Aldeão – aldeões, aldeãos e aldeães → (TODAS ESTÃO CORRETAS)
Guardião – guardiães e guardiões → (TODAS ESTÃO CORRETAS)

DICA 06
FLEXÃO VERBAL

MODO:

Modo indicativo – há certeza na fala.


Ex.: Eu vou comprar ingressos para o teatro.

Modo subjuntivo – há hipótese/suposição na fala.


Ex.: Se você falasse comigo, seria muito bom.
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Modo imperativo – há uma ordem/pedido.


Ex.: Vá tomar banho!

TEMPO:

Passado:
Pretérito perfeito: Ex.: Eu amei.
Pretérito imperfeito: Ex.: Eu amava.
Pretérito mais-que-perfeito: Ex.: Eu amara.
Presente: Ex.: Eu amo, tu amas, ele ama...

FUTURO:

Futuro do presente: Ex.: Eu amarei.


Futuro do pretérito: Ex.: Eu amaria.

PESSOA:

1ª pessoa: Eu e nós.
2ª pessoa: Tu e vós.
3ª pessoa: Ele e eles.

NÚMERO:

singular e plural.

VEJA COMO JÁ FOI COBRADO EM PROVA:

QUESTÃO
“Sou tudo o que fui, o que sou, o que serei.”
Assinale a opção em que todas as formas verbais que correspondem, respectivamente,
às sublinhadas no fragmento acima, estão corretas.
a) teve / tenho / terei.
b) fiz / faço / fazerei.
c) vi / vejo / virei.
d) houve / hei / haverei.
e) venho / vim / verei.
GABARITO: Alternativa D.

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DICA 07
COLOCAÇÃO PRONOMINAL - PRÓCLISE
É o uso do pronome oblíquo junto ao verbo.
Quando o pronome oblíquo é usado junto ao verbo, significa que ele está sendo usado
para SUBSTITUIR um substantivo.
Há regras para o uso do pronome oblíquo ANTES, NO MEIO ou DEPOIS do verbo. Isso
é colocação pronominal.

Próclise: Pronome ANTES DO VERBO.

A próclise é aplicada quando (alguns casos importantes):

O verbo estiver precedido de pronome relativo:

Ex.: Aquelas são as meninas que se jogaram na piscina.


OBS.: Veja que o “que” é um pronome relativo e está antes do verbo “jogar”.
Então, o “se” virá antes do verbo.

O verbo estiver precedido de advérbios:

Ex.: Nunca te amarei.


OBS.: Veja que o advérbio “nunca” puxa o “te”, o qual virá antes do verbo “amar”.

O verbo estiver precedido de conjunções subordinativas:

Ex.: Ele não quis o casaco, embora lhe agradasse.


OBS.: Veja que “embora” é uma conjunção subordinativa e, portanto, puxa o “lhe”, o
qual virá antes do verbo “agradar”.
DICA 08
PRÓCLISE

Outros casos de próclise:

É utilizada a próclise com o gerúndio precedido da preposição “em”:

Ex.: Em se tratando de doenças, a Diabetes é uma das piores.


OBS.: Veja que estaria errado “Em tratando-se...”. É um erro muito comum.

É utilizada a próclise em orações iniciadas por palavras interrogativas:

Ex.: Quem te fez a encomenda?

É utilizada a próclise em orações iniciadas por palavras exclamativas:

Ex.: Quanto se ofendem por pouca coisa!

É utilizada a próclise com pronomes indefinidos e demonstrativos:

Ex.: Tudo me incomoda nessa casa.

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OBS.: Veja que “tudo” é um pronome indefinido e puxa o “me”. Portanto, o “me” virá
antes do verbo “incomodar”.

Ex.: Isso me deixa contente.


OBS.: “Isso” é um pronome demonstrativo e, portanto, puxa o “me”, o qual Virá antes
do verbo “deixar”.
DICA 09
MESÓCLISE E ÊNCLISE

Mesóclise: Pronome no meio do verbo.

Casos de mesóclise:
→ Verbo flexionado no futuro do pretérito ou futuro do presente com o pronome
no meio do verbo.

Ex.: Far-lhe-ei uma ótima pergunta. (futuro do presente)

Ex.: Comemorar-se-ia a aprovação ao ar-livre se não chovesse. (futuro do pretérito)

Ênclise: Pronome depois do verbo.

Casos de ênclise:
→ O verbo iniciar a oração.

Ex.: Falaram-me que o teste será difícil.


→ Verbo no infinitivo impessoal regido da preposição “a”.

Ex.: As meninas passaram a amar-se.


→ Verbo no gerúndio.

Ex.: Fiquei chocado, lembrando-me dos incríveis acontecimentos.


→ Vírgula ou pontuação antes do verbo.

Ex.: Se passar em um concurso em Canoas/RS, mudo-me imediatamente.


DICA 10
COLOCAÇÃO PRONOMINAL - PROIBIÇÕES GERAIS

INICIAR ORAÇÃO COM PRONOME → Me dá um pedaço de bolo.


OBLÍQUO. (ERRADO)
→ Dá-me um pouco de água, pois estou
com sede. (CERTO, há ênclise)

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INSERIR PRONOME ÁTONO DEPOIS → Darei-te uma boneca que fala.


DE FUTURO E PARTICÍPIO. (ERRADO)
→ Dar-te-ei uma boneca que fala.
(CERTO, há mesóclise)
→ Tinha emprestado-lhe um anel de
ouro. (ERRADO)
→ Tinha lhe emprestado um anel de
ouro. (CERTO, há próclise)

DICA 11
COERÊNCIA
A coerência traz uma relação lógica entre as ideias, já que elas devem se
complementar. Então, é o resultado da não contradição entre as partes do texto.
O texto pode estar perfeitamente coeso, mas incoerente.

Princípio da não contradição: não pode haver no texto uma contradição. Ideias que
fiquem estranhas no texto.

Princípio de relevância: relevância entre as partes do texto. As partes do texto


devem se relacionar entre si. Então, na apresentação de ideias num texto, a coesão vai
ligar as partes e a coerência vai garantir que o conteúdo faça sentido no raciocínio lógico.
DICA 12
TIPOS DE COERÊNCIA

Coerência sintática: tem o condão de evitar a ambiguidade e garantir o uso


adequado dos conectivos. Os elementos da oração precisam estar na ordem correta
para entender a frase.

Coerência semântica: é o desenvolvimento lógico das ideias com a construção de


argumentos harmônicos e sem contradições.

Coerência temática: é a relação de concordância entre o enunciado e o texto.

Coerência pragmática: trabalha a sequência de fatos e relações de um texto, o qual


deve obedecer à coerência pragmática. Por exemplo, se você faz uma pergunta, a
sequência de fala esperada é uma resposta. Caso isso não ocorra, haverá uma
incoerência pragmática.

Coerência estilística: diz respeito à variedade linguística adequada e que deve


ser mantida no decorrer do texto. Por exemplo, você inicia uma redação com linguagem
culta e termina o texto com uma linguagem informal. Isso demonstra que sua redação
possui uma incoerência estilística.

Coerência genérica: adequação ao gênero textual. Quando a intenção é contar


uma história, o conto ou a crônica são opções cabíveis.

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DICA 13
MODOS VERBAIS - IMPERATIVO, SUBJUNTIVO E INDICATIVO

Imperativo: Indica um pedido, um conselho ou uma ordem.

Ex.: Vá para o seu quarto!; Repense melhor!


Subjuntivo: Indica uma possibilidade ou uma dúvida.

Ex.: Talvez Márcio jante esta noite.


Se eu morasse em São Paulo, eu seria feliz.

Indicativo: O modo indicativo expressa uma certeza ou uma realidade.

Ex.: Mônica sempre estuda no quarto.


Eu moro em Londrina.

QUESTÃO.
No trecho "Educai as crianças e não será preciso punir os homens.” (7° parágrafo), o
verbo destacado tem o sentido de:
A) conselho.
B) permissão.
C) decreto.
D) dúvida.
Gabarito: Letra A, pois o verbo tem o objetivo de aconselhar e está no modo
imperativo.

DICA 14
TEMPOS VERBAIS - TEMPOS DO INDICATIVO

Presente: indica um fato atual ou que acontece muito.

Ex.: Silvia lê no quarto todos os dias.

Pretérito Imperfeito: uma ação contínua que acontecia no passado, mas parou de
ocorrer.

Ex.: Ele brincava no pátio todos os dias.

Pretérito Perfeito: fato no passado que já foi concluído.

Ex.: Ele brincou no pátio ontem.

Pretérito-Mais-Que-Perfeito: fato ocorrido antes de outro fato já terminado.

Ex.: Mauro falara de suas profissões.


Futuro do Presente: uma ação que acontece num tempo após o momento atual.

Ex.: Marina comerá massa amanhã.


Futuro do Pretérito: fato futuro subordinado a um acontecimento anterior.
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Ex.: Se eu tivesse dinheiro, iria ao teatro.
DICA 15
TEMPOS DO SUBJUNTIVO

Presente do Subjuntivo: Indica um fato hipotético no presente.

Ex.: Minha mãe quer que eu seja arquiteta.

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo: Fato hipotético no passado.

Ex.: Seria melhor se eu esperasse menos de você.

Futuro do Subjuntivo: Fato que pode acontecer num momento futuro em relação ao
atual.

Ex.: Quando ela vier à loja, levará os vestidos mais ousados.

DICA 16
TEMPOS DO SUBJUNTIVO

Exemplo de tabela da conjugação do verbo “amar” no modo subjuntivo simples:

PRESENTE IMPERFEITO FUTURO

que eu ame se eu amasse quando eu amar


que tu ames se tu amasses quando tu amares
que ele ame se ele amasse quando ele amar
que nós amemos se nós amássemos quando nós amarmos
que vós ameis se vós amásseis quando vós amardes
que eles amem se eles amassem quando eles amarem

DICA 17
INFINITIVO

Infinitivo: dormir, correr, amar (ações potenciais). O infinitivo pode ser pessoal ou
impessoal:

INFINITIVO

PESSOAL IMPESSOAL

O infinitivo pessoal é flexionado, varia O infinitivo impessoal não se refere a


em número e pessoa. nenhuma pessoa, apenas manifesta a
ação e, por vezes, pode ter valor de
Ex.: Elas beberam muita cerveja. substantivo.
Ouvi eles cochicharem baixinho.
Ex.: Comer é a melhor coisa da vida.

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DICA 18
GERÚNDIO E PARTICÍPIO
Gerúndio: dormindo, correndo, amando (ações em curso).
Particípio: dormido, corrido, amado (ações passadas).

QUESTÃO.
No título do texto (“Festejando no precipício”), o uso do verbo no gerúndio:
A) caracteriza uma forma nominal e neutra.
B) tem a função de indicar uma ação prolongada.
C) reforça a ideia de progressividade no futuro.
D) configura-se como um usual vício de linguagem.
Gabarito: Alternativa B.

CUIDADO! Não confundir “gerúndio” com “gerundismo”, uma vez que o primeiro
tem a função de indicar uma ação prolongada no tempo, ao passo que o segundo é
vício de linguagem por falar constantemente no gerúndio.
DICA 19
INFINITIVO
Infinitivo: dormir, correr, amar (ações potenciais). O infinitivo pode ser pessoal ou
impessoal:

INFINITIVO PESSOAL INFINITIVO IMPESSOAL

O infinitivo pessoal é flexionado, varia O infinitivo impessoal não se refere a


em número e pessoa. nenhuma pessoa, apenas manifesta a
ação e, por vezes, pode ter valor de
substantivo.
Ex.: Elas comeram muito churrasco.
Ouvi eles cochicharem baixinho.
Ex.: Dormir é a melhor coisa da Vida.

DICA 20
GERÚNDIO E PARTICÍPIO
Gerúndio: dormindo, correndo, amando (ações em curso).
Particípio: dormido, corrido, amado (ações passadas). O particípio pode ser regular ou
irregular:

PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

Caracteriza-se pela terminação “ado” e Pode exercer o papel de adjetivo.


“ido”.
Ex.: Mari adora polentas fritas.
Ex.: João havia jantado no restaurante.
Todo o presente é aceito com muito amor.
Mari tinha sido batizada.

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MATEMÁTICA/RLM
DICA 21
PROPORÇÕES E DIVISÃO PROPORCIONAL

A razão entre os números A e B é a divisão de A por B ou razão entre A e B ou razão


de A para B ou A está para B ou A/B;

Ex.: Se a razão A/B vale 3, sendo B diferente de 0, então a razão de (2A−B) /2A vale:
A/B=3, A=3B, então → (2A-B) /2A=(2x3B-B) /(2x3B) =(5B) /(6B) = 5/6;
Proporção é a igualdade entre duas ou mais razões, sejam as razões A/B e C/D, a
proporção é dada pela igualdade (A/B) =(C/D);
Em uma proporção, o produto dos meios é igual ao produto dos extremos, ou seja, (A/B)
=(C/D) → (CxB)=(AxD).
𝑋 𝑋+7
Ex.: O valor de x na proporção 2 = 4
→ pode ser calculado da seguinte maneira:

→ 4x=2(x+7) → 4x=2x+14 → 2x=14 → x= 7;

A escala é um tipo específico de razão, trata-se da razão entre uma medida


representada em um desenho e a medida real do objeto que se representa → Escala =
Medida Representada/Medida Real.
DICA 22
PROPORÇÕES E DIVISÃO PROPORCIONAL
Uma grandeza A é diretamente proporcional às grandezas B, C e D quando
A/B=A/C=A/D=K, sendo K uma constante.

Ex.: Em uma pizzaria, a produção diária de pizzas é proporcional ao número de horas


trabalhadas pelos seus funcionários. Em um determinado dia, foram produzidas 80 pizzas
em 5 horas. Vamos calcular quantas pizzas foram produzidas em um dia em que os
funcionários trabalharam 7 horas:

Portanto, (80/5) = (nº pizza/7), logo nº pizza=7x80/5=7x16=112 pizzas em 7 horas.

Ex.: A sequência numérica (6, X, Y,12) é diretamente proporcional a sequência


(3,4,5,6). Vamos calcular o valor de X e Y → (6/3) =(x/4) =(y/5) = (12/6) =k→ k=2→
(x/4) =2→ x=8→ (y/5) =2→ y=10
Uma grandeza A é inversamente proporcional às grandezas B, C e D quando A/(1/B)
=A/(1/C) =A/(1/D) = K ou A x B x C x D=K;

Ex.: Vamos dividir o número 700 em partes inversamente proporcionais a 5, 10 e 20.


Portanto, (Ax5) =(Bx10) =(Cx20) =K e A+B+C=700, então A=K/5, B=K/10 e
(4𝐾+2𝐾+𝐾)
C=K/20→K/5+K/10+K/20=700→ 20
=700→7K=700x20→K=2.000, logo, A=400,
B=200 e C=100.
DICA 23
RAZÃO

FRAÇÃO obtida pela dois números INTEIROS (Z) e ESCRITA na forma A/B.
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Ex.: 2/5 ; -9/4 ; 50/67 ; -5/3

Temos duas razões importantes que são elas: escalas e densidade demográfica.

Escalas: Comparação entre comprimento do desenho(d) e comprimento REAL(R)


por D/R.

Ex.: 1:100 significa que 1 representa valor de desenho e 100 valor real.

Densidade Demográfica: razão entre número de habitantes (HAB) e área (A) da


região, onde teremos HAB/A.

Ex.: Um município paranaense ocupa a área de 100000 km2. De acordo com o censo
realizado, tem população aproximada de 50 000 habitantes. A densidade demográfica
desse município é obtida assim: 50000/100000 = 0,5 HAB/Km2
DICA2 24
PROPORÇÃO

Igualdade entre razões do tipo A/B = C/D.


Duas razões formam uma proporção quando o PRODUTO de MEIOS e EXTREMOS são
iguais.

Ex.: 4/10 = 6/15 onde teremos 10.6 = 4.15


Podemos aplicar PROPORÇÃO em divisão de LUCROS, BENS etc., para duas ou mais
pessoas. Chamaremos de REGRA DE SOCIEDADE.
DICA 25
DIVISÃO PROPORCIONAL

Aplicamos uma proporção para dividirmos um determinado total estabelecido.


É preciso obter uma constante de proporcionalidade (K) para separar o total
estabelecido.

Ex.: Um valor de R$ 3.600,00 dividido proporcionalmente entre 5, 7 e 3.


K = 3600/5+7+3 = 3600/15 = 240 (diretamente)
A divisão proporcional pode ser classificada como diretamente (proporcional) ou
inversamente.

Ex.: Dividir o número 72 em três partes inversamente proporcionais a 3, 4 e 12.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
DICA 26
DIREITOS SOCIAIS – GREVE
O direito de greve está previsto no art. 9º, da CF, quanto aos trabalhadores vinculados à
iniciativa privada.
É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a
oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das
necessidades inadiáveis da comunidade.
Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
DICA 27
DIREITOS SOCIAIS – GREVE
Na CF reconheceu-se o direito de greve para os servidores públicos, contudo não
houve regulamentação de tal direito (art. 37, VII, da CF). Ante a omissão estatal, o STF
ao julgar um Mandado de Injunção, reconheceu que fosse garantido o direito de greve a
todo servidor público, aplicando-se, no que couber, a Lei n. 7.783/89, que dispõe sobre
o exercício do direito de greve na iniciativa privada.
O STF se manifestou pela ilegalidade do exercício do direito de greve por policiais
civis, pois exercem funções relacionadas à manutenção da ordem pública.
Por fim, é vedado aos militares o exercício do direito de greve (art. 142, IV, da CF).
DICA 28
DIREITOS SOCIAIS
É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos órgãos
públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto de
discussão e deliberação.
Fique atento!
Nas empresas de mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de um
representante destes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o entendimento direto
com os empregadores.
DICA 29
NACIONALIDADE
Nacionalidade originária: resulta do nascimento. Trata-se de forma involuntária de
aquisição da nacionalidade. Os que recebem a nacionalidade por essa forma são
chamados “brasileiros natos”.
Nacionalidade derivada: resulta de um ato de vontade do indivíduo. Os que recebem a
nacionalidade derivada são chamados “brasileiros naturalizados”.
DICA 30
NACIONALIDADE - BRASILEIRO NATO
São brasileiros:
Natos:
Os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde
que estes não estejam a serviço de seu país;

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03
Os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
Os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente OU venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a
maioridade, pela nacionalidade brasileira;
DICA 31
NACIONALIDADE - BRASILEIRO NATURALIZADO

Naturalizados:
Os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, exigidas aos
originários de países de língua portuguesa apenas residência por 1 ano ininterrupto e
idoneidade moral;
Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na República Federativa do
Brasil há mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.
DICA 32
DOS PORTUGUÊSES
Tome nota!
Aos portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em
favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro, salvo os
casos previstos na Constituição.

- Residência Direitos inerentes


permanente no país ao brasileiro, salvo
PORTUGUESES os casos previstos
- Reciprocidade em na Constituição de
favor de brasileiros 1988

DICA 33
PERDA DA NACIONALIDADE DO BRASILEIRO
Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro que:
Tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em virtude de atividade
nociva ao interesse nacional;
Adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:
De reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira;
De imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao brasileiro residente em
estado estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício
de direitos civis;

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03
DICA 34
NACIONALIDADE: CARGOS PRIVATIVOS DE BRASILEIROS NATO
A Constituição Federal, em seu Art. 12, §2º, proíbe diferenciação entre brasileiros natos e
naturalizados. Contudo, alguns cargos públicos são privativos a brasileiros natos:
→ Presidente e Vice-Presidente da República;
→ Presidente da Câmara dos Deputados;
→ Presidente do Senado Federal;
→ Ministro do Supremo Tribunal Federal;
→ Carreira diplomática;
→ Oficial das Forças Armadas;

→ Ministro de Estado da Defesa.

ATENÇÃO!

Nota-se que o brasileiro naturalizado PODE ocupar o cargo de deputado ou senador, o


que não pode é ser presidente dessas Casas.

Os portugueses equiparados não podem ocupar cargos privativos de brasileiro nato, já


que eles recebem o tratamento de brasileiro naturalizado.
DICA 35
IDIOMA OFICIAL E SÍMBOLOS
A língua portuguesa é o idioma oficial da República Federativa do Brasil.

São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, o hino, as armas e o


selo nacionais.

Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter símbolos próprios.

Embora pareça simples, é possível que caia na prova. Por isso vamos esquematizar:

- Bandeira

- Hino
Símbolos
- Armas

- Selo nacionais

E, DF, M – símbolos próprios

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DICA 36
DIREITOS POLÍTICOS
São direitos que asseguram a soberania popular, através do alistamento eleitoral, o qual
garante o exercício da cidadania.

Direitos Políticos Negativos: traduzem os impedimentos e as causas de


inelegibilidade, sejam a impossibilidade de participar das eleições ou privação dos direitos
políticos.

Direitos Políticos Positivos: possibilidade das pessoas de votarem ou serem


votadas, traduzido no conhecido direito de sufrágio.

Soberania Popular: plebiscito é a consulta do povo em um momento prévio à


elaboração da lei, já o referendo é a consulta que ocorre após a elaboração de lei.
DICA 37
DIREITOS POLÍTICOS
Sobre o tema dos direitos políticos, tem sido cobrado em provas de concursos apenas a
literalidade dos dispositivos legais dos arts. 14 a 16, da CF.

DIREITO DE VOTAR

VOTO OBRIGATÓRIO VOTO FACULTATIVO VOTO PROIBIDO

Maiores de 18 anos e Maior de 16 anos e Menor de 16 anos;


menor de 70 anos. menor de 18 anos;

Maior de 70 anos; Militar conscrito

Analfabetos Estrangeiros

DICA 38
DIREITOS POLÍTICOS POSITIVOS
Os direitos políticos positivos permitem a participação do indivíduo no processo
eleitoral e na vida política do Estado.

Os direitos políticos positivos subdividem-se em:

Direito do sufrágio (é o direito de votar e ser votado);

Alistabilidade (capacidade eleitoral ativa – votar);

Elegibilidade (capacidade eleitoral passiva – ser votado);


O voto é a forma pela qual se exerce o sufrágio. Atualmente o sufrágio é universal,
ou seja, não há restrições quanto ao exercício do voto. Ao contrário do sufrágio restritivo,
que condicionava o voto, por exemplo, a características econômicas.

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A alistabilidade são as condições para o exercício do direito de voto, sendo
considerados inalistáveis os conscritos (quem está prestando o serviço militar
obrigatório) e os estrangeiros.
A elegibilidade corresponde a capacidade de ser votado, cujos requisitos estão
elencados no art. 14, §3º, da CF (leitura obrigatória).

ATENÇÃO!

Para as idades mínimas para concorrer a cargos eletivos:


35 anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;

30 anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal;

21 anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-


Prefeito e juiz de paz; e

18 anos para Vereador.

DICA 39
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS
Os direitos políticos negativos referem-se às inelegibilidades, condições específicas que
impedem o registro da candidatura.

A inelegibilidade pode ser absoluta ou relativa:

A Inelegibilidade absoluta se refere à condição da pessoa e aplica-se apenas para os


ANALFABETOS e INALISTÁVEIS (estrangeiros e conscritos).

A Inelegibilidade relativa está relacionada ao cargo ocupado.

São hipóteses:

Relacionada ao cargo de Chefe do Executivo (Presidente, Governador e Prefeito) –


apenas poderão ser reeleitos para um único período subsequente;

Relacionadas a outros cargos – aplica-se apenas para os cargos de Chefe do


Executivo, pois se quiserem concorrer a outros cargos eletivos, terão que se
desincompatibilizar 6 meses antes da eleição.

Relacionados a cargos não eletivos: os militares deverão cumprir os requisitos do


art. 14, §8º, da CF; aos juízes e membros do Ministério Público são vedadas a dedicação
a atividades político-partidárias.

Relacionadas ao parentesco – São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o


cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição (art. 14, §7º, da CF)

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03
Lei complementar poderá estabelecer outras hipóteses de inelegibilidade.
DICA 40
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – DESINCOMPATIBILIZAÇÃO
A desincompatibilização significa a condição para que os Chefes do Executivo
concorram a outros cargos eletivos.
“Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado
e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis
meses antes do pleito” (art. 14, §6º, da CF).
Suponha que o Governador do Estado A manifeste o interesse de não concorrer à
reeleição e queria disputar as próximas eleições para o cargo de Senador. Dessa forma,
para que o Governador posse concorrer a uma das vagas ao Senado, precisa renunciar
ao seu mandato como Governador até 6 meses antes do pleito (eleição).
Caso não renuncie o mandado, haverá uma causa de inelegibilidade relativa, que o
impedirá de disputar as eleições ao Senado Federal.
DICA 41
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – INELEGIBILIDADE EM RAZÃO DO
PARENTESCO
Essa espécie de inelegibilidade relativa, quanto ao parentesco, também somente se
aplica aos cargos de Chefe do Executivo.
Dispõe o art. 14, §7º, da CF que “São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o
cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por
adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao
pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.”
Suponha que o filho do Governador do estado A queira concorrer às próximas eleições
para o cargo de deputado estadual do estado A. Caso o Governador esteja exercendo o
seu mandato, o filho do Governador não poderá se candidatar ao cargo de deputado
estadual daquele mesmo estado.
Exceções:

Se o filho do governador do estado A se candidatar para deputado estadual ou


qualquer outro cargo em outro estado, não haverá inelegibilidade;

Se o filho do governador já exercia o cargo político de deputado estadual no estado A,


não haverá inelegibilidade se ele se candidatar à reeleição, mesmo que o governador seja
seu pai;

Por fim, se o Governador renunciar ao mandato 6 meses antes do pleito, o seu filho
poderá se candidatar a cargo eletivo no mesmo estado.
DICA 42
DIREITOS POLÍTICOS NEGATIVOS – MILITARES
Os militares conscritos são inalistáveis e, por consequência, são inelegíveis de forma
absoluta.

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03
Os militares alistáveis, que não estão conscritos, são elegíveis, atendidas as seguintes
condições:

Militar com menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;

Militar com mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior
e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
DICA 43
DIREITOS POLÍTICOS – PERDA E SUSPENSÃO
É vedada a cassação dos direitos políticos, contudo é possível a perda ou suspensão
(art. 15, da CF).

PERDA SUSPENSÃO

Cancelamento da naturalização por Incapacidade civil absoluta;


sentença transitada em julgado;

Recusa de cumprir obrigação a todos Condenação criminal transitada em


imposta ou prestação alternativa, nos julgado, enquanto durarem seus efeitos;
termos do art. 5º, VIII (neste caso, há
divergência da doutrina, mas a doutrina
majoritária de direito constitucional aponta
como PERDA).

Perda da nacionalidade brasileira em Improbidade administrativa, nos


virtude de aquisição de outra (construção termos do art. 37, § 4º.
da doutrina e jurisprudência).

DICA 44
PARTIDOS POLÍTICOS - DISPOSIÇÕES GERAIS
A Constituição Federal dispõe sobre os partidos políticos no art. 17. Vejamos algumas
das regras mais importantes:
Vigora o Princípio da Liberdade de Organização Partidária, pois é livre a criação,
fusão, incorporação e extinção de partidos políticos.
Essa liberdade, contudo, é mitigada. Devem ser respeitadas a soberania nacional, o
regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana.
Não confundir o Pluripartidarismo, com o Fundamento da República (art. 1º, da
CF) Pluralismo Político.
Além disso devem ser observados os seguintes preceitos:

caráter nacional;
proibição de recebimento de recursos financeiros estrangeiros;
prestação de contas à Justiça Eleitoral;

funcionamento parlamentar de acordo com a lei.


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vedação da utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
Os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito privado e a sua existência legal
ocorre com a inscrição do ato constitutivo no respectivo registro.
Na CF há disposição expressa de que os partidos políticos deverão REGISTRAR seus
estatutos no Tribunal Superior Eleitoral – TSE.

ATENÇÃO!

Os partidos políticos adquirem personalidade jurídica com a inscrição dos atos


constitutivos no registro de pessoas jurídicas. NÃO é o registro do estatuto no TSE
que dá personalidade jurídica aos partidos políticos.
O ato do TSE que analisa o pedido de registro partidário não tem caráter
jurisdicional, mas tem natureza meramente administrativa.

Dispõe ainda o art. 17, §5º, da CF - Ao eleito por partido que não preencher os requisitos
previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda
do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada
para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo
de rádio e de televisão.

JURISPRUDÊNCIA

INAPLICABILIDADE da regra de perda do mandato por infidelidade partidária


ao sistema eleitoral majoritário. As características do sistema proporcional, com
sua ênfase nos votos obtidos pelos partidos, tornam a fidelidade partidária importante
para garantir que as opções políticas feitas pelo eleitor no momento da eleição sejam
minimamente preservadas. Daí a legitimidade de se decretar a perda do mandato do
candidato que abandona a legenda pela qual se elegeu. O sistema majoritário,
adotado para a eleição de presidente, governador, prefeito e senador, tem
lógica e dinâmica diversas da do sistema proporcional. As características do sistema
majoritário, com sua ênfase na figura do candidato, fazem com que a perda do
mandato, no caso de mudança de partido, frustre a vontade do eleitor e vulnere a
soberania popular (CF, art. 1º, parágrafo único; e art. 14, caput). [ADI 5.081, rel.
min. Roberto Barroso, j. 27-5-2015, P, DJE de 19-8-2015.]

DICA 45
CLÁUSULA DE BARREIRA

Artigo 17, §3º - “Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso
gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que
alternativamente:

obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por
cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da
Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma
delas; ou

tiverem elegido pelo menos 15 (quinze) Deputados Federais distribuídos em pelo


menos um terço das unidades da Federação.”
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ATENÇÃO!

Essa rígida “cláusula de barreira”, contudo, somente será aplicada a partir das eleições
de 2030, prescrevendo a EC n. 97/2017 regras de transição.

CURIOSIDADE:
Na legislatura seguinte às eleições de 2018:

obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com
um mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas;
b) tiverem elegido pelo menos 9 Deputados Federais distribuídos em pelo menos
1/3 das unidades da Federação;

NA LEGISLATURA SEGUINTE ÀS ELEIÇÕES DE 2022:

obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% dos votos
válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com um
mínimo de 1% dos votos válidos em cada uma delas;
b) tiverem elegido pelo menos 11 Deputados Federais distribuídos em pelo menos
1/3 das unidades da Federação;

NA LEGISLATURA SEGUINTE ÀS ELEIÇÕES DE 2026:

obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% dos
votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das unidades da Federação, com
um mínimo de 1,5% dos votos válidos em cada uma delas;

tiverem elegido pelo menos 13 Deputados Federais distribuídos em pelo menos


1/3 das unidades da Federação.

Fique atento – Atualização: Igualdade de Gênero na Política (Emenda


Constitucional nº 117, de 2022)

→ Os partidos políticos devem aplicar no mínimo 5% dos recursos do fundo partidário


na criação e na manutenção de programas de promoção e difusão da participação
política das mulheres, de acordo com os interesses intrapartidários.

→ O montante do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e da parcela do fundo


partidário destinada a campanhas eleitorais, bem como o tempo de propaganda gratuita
no rádio e na televisão a ser distribuído pelos partidos às respectivas candidatas, deverão
ser de no mínimo 30%, proporcional ao número de candidatas, e a distribuição deverá
ser realizada conforme critérios definidos pelos respectivos órgãos de direção e pelas
normas estatutárias, considerados a autonomia e o interesse partidário.

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DICA 46
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

FORMAS DE GOVERNO

MONARQUIA REPÚBLICA

Principais características: Principais características:

Irresponsabilidade; Responsabilidade;

Hereditariedade; Eletividade;

Vitaliciedade. Temporariedade do mandato.

SISTEMA DE GOVERNO

PRESIDENCIALISMO PARLAMENTARISMO

Principais características: Principais características:

As funções de Chefe de Estado e Dois cargos distintos de Chefe de


Chefe de Governo se concentram em Estado e Chefe de Governo;
uma única pessoa;
Em regra, o Chefe de Governo
Mandato Fixo; (Primeiro-Ministro) não tem mandato fixo.

FORMAS DE ESTADO

ESTADO UNITÁRIO ESTADO FEDERAL

Principais características: Principais características:

Um centro de poder sobre toda a Mais de um centro de poder sobre a


população; população;

DICA 47
ORGANIZAÇÃO POLÍTICO - ADMINISTRATIVA
A República Federativa do Brasil compreende a União, Estados, DF e Municípios.
A CF adotou o que a doutrina denomina de Federalismo de 3º GRAU, pois além das
esferas Federal e Estadual, reconheceu os Municípios como integrantes da Federação.
A União, estados, DF e Municípios são autônomos, o que significa que são dotados de
autoadministração, auto-organização e autogoverno.

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Vejamos:

Auto-organização corresponde a capacidade de o estado se organizar conforme a


edição da Constituição estadual e das leis estaduais.

Autogoverno está configurado na existência dos três poderes: Poder Executivo


(Governador), Poder Legislativo (Assembleia Legislativa ou Câmara Legislativa no DF) e
Poder Judiciário (Justiça Estadual).

Autoadministração, que é o exercício de competências administrativas,


legislativas e tributárias. Corresponde ao desenvolvimento da auto-organização e do
autogoverno.
DICA 48
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS

A repartição de competências corresponde ao papel que cada ente federativo (União,


estados, DF e municípios) exercerá.

No Brasil foi utilizado o critério da predominância de interesses, para a repartição


das competências.
Em caso de interesse geral, a competência será da União. Os interesses regionais
são de competência dos Estados. Os municípios têm competência para matérias de
interesse local.

O Distrito Federal acumula as competências Estaduais e Municipais.


DICA 49
COMPETÊNCIAS

As competências podem ser divididas em:

Exclusiva: é atribuída a apenas um ente, mas não admite delegação.


Privativa: é atribuída a apenas um ente, mas admite delegação.

Comum: são as competências administrativas, é comum a todos os entes da


federação.

Concorrente: são competências legislativas, mais de um ente pode tratar do


assunto. Os municípios estão excluídos desta competência.
DICA 50
REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIA - COMPETÊNCIA EXCLUSIVA
As competências exclusivas são enumeradas no art. 21, da CF.

Essas competências, em sua maioria, têm relação com a República Federativa


do Brasil, Vejamos:

Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações


internacionais;

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Declarar a guerra e celebrar a paz;

Assegurar a defesa nacional;

Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem
pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;

Decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a intervenção federal;

Autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material bélico;

Emitir moeda;

Administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as operações de natureza


financeira, especialmente as de crédito, câmbio e capitalização, bem como as de
seguros e de previdência privada;

Elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordenação do território e de


desenvolvimento econômico e social;

Sobre a predominância do interesse, observam-se as seguintes competências:

Manter o serviço postal e o correio aéreo nacional;

Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de


telecomunicações;

Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão: radiodifusão


sonora, e de sons e imagens; os serviços e instalações de energia elétrica e o
aproveitamento energético dos cursos de água; a navegação aérea, aeroespacial e a
infraestrutura aeroportuária; os serviços de transporte ferroviário e aquaviário
entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado
ou Território; os serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de
passageiros; os portos marítimos, fluviais e lacustres;

Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos


Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios;

Organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polícia militar e o corpo de


bombeiros militar do Distrito Federal, bem como prestar assistência financeira ao
Distrito Federal para a execução de serviços públicos, por meio de fundo próprio;

Conceder anistia;

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Explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer


monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os
seguintes princípios e condições:

toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos
e mediante aprovação do Congresso Nacional;

sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização e a utilização de


radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrícolas e industriais;

sob regime de permissão, são autorizadas a produção, comercialização e utilização de


radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a duas horas;

a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;

FIQUE ATENTO!!
Atualização: Tratamento de dados pessoais (Emenda Constitucional nº 115, de
2022)
Segundo o art. 21, XXVI, da CF, compete exclusivamente a União organizar e fiscalizar a
proteção e o tratamento de dados pessoais, nos termos da lei.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
DICA 51
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
A Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990, trata-se do Regime Jurídico Único para os
servidores públicos federais da administração direta, autárquica e fundacional é uma
Lei Federal e, portanto, aplica-se exclusivamente à União. Logo, os Estados e
Municípios devem possuir leis próprias estabelecendo o regramento para os seus
servidores públicos;
As regras da Lei 8.112/1990 só alcançam os órgãos da administração direta, das
autarquias e das fundações públicas, não se aplicando às empresas públicas e às
sociedades de economia mista, cujos empregados públicos submetem-se às regras da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT);
Essa Lei é chamada de Estatuto dos Servidores Públicos, os chamados servidores
estatutários, pois sua relação profissional se dá por meio das regras previstas em um
estatuto que, no caso, é a Lei 8.112/1990;
Tal Lei é chamada de Estatuto dos Servidores Públicos da União (Regime Jurídico);
Sabe-se que o vínculo dos empregados públicos é contratual (Sociedade de
economia mista e empresa pública), e a relação entre os servidores públicos e o poder
público é legal;
DICA 52
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O servidor público não tem direito adquirido ao regime jurídico, o que,
consequentemente, significa que não há violação a direito, quando se altera a jornada
de trabalho anteriormente fixada por lei;
Art. 2º Para os efeitos desta Lei, servidor é a pessoa legalmente investida em cargo
público;
Logo, servidor é toda pessoa legalmente investida em cargo público;
Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na
estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor.
Os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros e são criados por lei, com
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento
em caráter efetivo ou em comissão;
Portanto, cargos públicos são providos em caráter efetivo ou em comissão(efecom);
DICA 53
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Dessa forma, tanto os servidores aprovados em concurso público (efetivos) quanto os
chamados servidores comissionados (em comissão) submetem-se às disposições do
Regime Estatutário (efecom);
Os militares se submetem ao Estatuto dos Militares, os ocupantes de emprego
público (Banco do Brasil, Petrobras, Caixa econômica Federal) seguem a Consolidação das
Leis Trabalhistas e os servidores temporários, que seguem legislação própria;
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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03
O concurso público poderá ser de provas ou de provas e títulos, podendo ser
realizado em duas etapas, conforme dispor a lei do respectivo plano de carreira;
O prazo de validade do concurso público será de até dois anos, podendo ser prorrogado
uma única vez, por igual período;
DICA 54
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público:
a nacionalidade brasileira;
o gozo dos direitos político;
a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
a idade mínima de dezoito anos;
aptidão física e mental;
§ 1º As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos
estabelecidos em lei;
Assim, não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade,
inscrição em concurso para cargo público;
Somente por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a
cargo público;
Devem ser reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso público para
pessoas portadoras de necessidades especiais;
DICA 55
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O provimento dos cargos públicos será feito mediante ato da autoridade competente
de cada Poder e a investidura em cargo público ocorrerá com a posse;
Art. 8º São formas de provimento de cargo público:
nomeação;
promoção;
readaptação;
reversão;
aproveitamento;
reintegração;
recondução.
As formas de provimento dividem-se em provimento originário e provimento derivado;
O provimento originário é o que se faz através da nomeação, constituindo o
preenchimento inicial do cargo sem que haja qualquer vínculo anterior com a
administração;
A nomeação é a única forma de provimento originário;
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DICA 56
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Todos os outros tipos de provimento, com exceção da nomeação, constituem
hipóteses de provimento derivado, pois pressupõem a existência de prévio vínculo com
a Administração. No provimento derivado, há uma modificação na situação de serviço
da pessoa provida, que já possuía um vínculo anterior com o poder público;
São formas de provimento derivado previstas na Lei 8.112/1990, a promoção, a
readaptação, a reversão, o aproveitamento, a reintegração e a recondução;

Ex.: A reintegração é forma de provimento derivado, prevista no art. 41, §2º, da


CF, em que o servidor estável é reintegrado ao serviço público em decorrência de
invalidação de sua demissão. Nesse caso, o servidor estável foi reintegrado ao
serviço público, ou seja, já existia uma prévia relação com o poder público, procedendo-
se apenas a invalidação de sua demissão, com consequente reintegração;

É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-


se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo
que não integra a carreira na qual anteriormente investido;
DICA 57
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Nomeação é a única forma de provimento originário admitida em nosso
ordenamento jurídico, podendo dar-se para provimento de cargo efetivo ou em comissão
(efecom);
A nomeação como forma de provimento originário independe de prévio vínculo com a
Administração e em regra, o nomeado não possui nenhum vínculo com o Poder Público
antes de sua nomeação;

Existirão situações em que a pessoa já ocupará algum cargo, de provimento efetivo ou em


comissão, mas isso não muda a natureza de provimento originário da nomeação.
Isso porque a nova nomeação não possui nenhuma relação com o vínculo anterior;
No caso de cargo efetivo, a nomeação dependerá de prévia aprovação em concurso
público de provas ou de provas e títulos;
Já quando for para provimento de cargo em comissão, não depende de aprovação em
concurso, uma vez que se trata de cargo de livre nomeação ou exoneração;
DICA 58
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O candidato aprovado em concurso público, dentro do número de vagas previstas no
edital, possui direito subjetivo à nomeação;
Promoção é forma de provimento derivado existente nos cargos organizados em
carreiras, em que é possível que o servidor ascenda sucessivamente aos cargos de
nível mais alto da carreira, por meio dos critérios de antiguidade e merecimento;
A promoção deve ocorrer dentro de uma mesma carreira;
Readaptação é forma de provimento derivado constante no art. 24 da Lei 8.112/90,
representando a investidura do servidor em cargo de atribuições e
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responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade
física ou mental verificada em inspeção médica;
Assim, na readaptação, o servidor público estava investido em determinado cargo, mas
posteriormente veio a sofrer alguma limitação em sua capacidade física ou
mental, devidamente verificada em inspeção médica. Nesse caso, o servidor será
investido em outro cargo, que possua compatibilidade com a sua limitação;
DICA 59
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
Reversão é forma de provimento derivado, constante no art. 25 da Lei 8.112/1990,
consistindo no retorno à atividade de servidor aposentado;

Existem duas modalidades de reversão no Estatuto dos Servidores da União:

reversão de ofício: quando junta médica oficial declarar que deixaram de existir os
motivos que levaram à aposentadoria por invalidez permanente;

reversão a pedido: aplicável ao servidor estável que se aposentou voluntariamente


e, daí, solicitou a reversão de sua aposentadoria;
Na reversão a pedido, ou seja, no interesse da administração, o servidor que se
aposentou voluntariamente faz o pedido para retornar à ativa, e depende dos
seguintes requisitos: o servidor deve solicitar a reversão, a aposentadoria tenha sido
voluntária, o servidor era estável quando estava na atividade, a aposentadoria tenha
ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação, desde que haja cargo vago e o
servidor tenha menos de 70 anos de idade.
No caso de reversão de ofício a decisão da administração é vinculada, já na reversão a
pedido a decisão é discricionária, ou seja, a administração pode ou não conceder
a reversão ao servidor público;
DICA 60
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O aproveitamento é forma de provimento derivado com previsão na Constituição
Federal (art. 41, §3º) e na Lei 8.112/1990 (arts. 30 a 32);
O art. 41, §3º da CF/88 estabelece que uma vez extinto o cargo ou declarada a sua
desnecessidade, o servidor estável que o ocupava o cargo ficará em disponibilidade,
com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado
aproveitamento em outro cargo;
O aproveitamento é o retorno à atividade do servidor que estava em disponibilidade,
devendo ocorrer em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado;
Sabe-se que para o servidor estável, se for extinto seu cargo público, ele não
poderá ser demitido, com isso a Constituição lhe assegura o direito à disponibilidade,
isto é, o direito a ficar sem exercer suas funções temporariamente, mantendo-se o
vínculo com a Administração e assegurando-lhe o direito a receber remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até que seja adequadamente aproveitado em outro
cargo;

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DICA 61
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS - LEI 8.112/1990

Reintegração é forma de provimento derivado, constando no art. 41, §2º, da


Constituição Federal, e no art. 28 da Lei 8.112/1990, e ocorrerá quando for invalidada a
demissão, por decisão judicial ou administrativa, do servidor público estável;
Daí o servidor retornará ao cargo de origem, ou ao cargo decorrente de sua
transformação, devendo ser ressarcido de todas as vantagens a que teria direito;

Já no caso o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, até o seu
aproveitamento (Lei 8.112/1990, art. 28, §1º);
Além disso, encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao
cargo de origem, sem direito à indenização, ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda,
posto em disponibilidade;
DICA 62
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado,


existem duas hipóteses em que ocorre a recondução, ambas aplicáveis apenas ao servidor
estável;

Pela inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo, em que o servidor


estável obtém aprovação, por meio de concurso público, para outro cargo, no entanto,
quando em exercício no novo cargo, o servidor não consegue aprovação no estágio
probatório, motivo pelo qual não mais poderá permanecer neste cargo;

Pela reintegração do anterior ocupante do cargo, ou seja, invalidada por sentença


judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da
vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional
ao tempo de serviço;
DICA 63
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

Posse é a investidura no cargo público, e posse ocorre unicamente no caso da


nomeação;
É a partir da posse que se firma o vínculo funcional com a Administração, momento em
que o nomeado passará a servidor público. Assim, antes da posse, o candidato nomeado
não é servidor público nem possui vínculo jurídico funcional, condição que só ocorrerá no
ato da posse;
A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as
atribuições, os deveres, as responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado,
que não poderão ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os
atos de ofício previstos em lei;

O prazo para tomar posse é de 30 dias, improrrogáveis, contados da publicação


do ato de provimento (nomeação);

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O provimento se dá com a nomeação, e a investidura se dá com a posse (prono
inpo);

A posse pode ser realizada mediante procuração específica;


DICA 64
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS - LEI 8.112/1990

O exercício é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público ou função de


confiança;

O prazo para o início do exercício do servidor empossado é de 15 dias,


improrrogáveis, contados da data da posse, uma vez que já foi formalizado o vínculo
jurídico com a Administração, se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, será
ele exonerado;

A jornada de trabalho dos servidores será fixada em razão das atribuições pertinentes
aos respectivos cargos, respeitada a duração máxima do trabalho semanal de 40 horas e
observados os limites mínimo e máximo de 6 horas e 8 horas diárias, respectivamente;

Admite-se, porém, que leis especiais estabeleçam jornadas de trabalhos diferentes,


como ocorre, por exemplo, no regime de plantonistas;
DICA 65
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O estágio probatório representa o período de tempo em que a capacidade do
servidor será avaliada para o exercício do cargo;
Dispõe o art. 20 da Lei 8.112 que, ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo
de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório, durante o qual a sua aptidão e
capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, observados os
seguintes fatores:

a) assiduidade;

b) disciplina;

c) capacidade de iniciativa;

d) produtividade;

e) responsabilidade;
Estágio probatório e o ganho de Estabilidade são coisas distintas. O estágio probatório é
um período em que o servidor será avaliado quanto à aptidão para desempenhar
determinado cargo, enquanto a estabilidade é obtida, uma única vez, pelo servidor
público dentro de um mesmo ente federado, ou seja, o servidor torna-se estável no
serviço público dentro de um ente federado, e não em um cargo determinado;

O estágio probatório tem duração de 36 meses, e caso não seja aprovado no estágio,
o servidor será exonerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente
ocupado;

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DICA 66
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

A vacância corresponde às hipóteses em que o servidor desocupa o seu cargo,


tornando-o passível de preenchimento por outra pessoa;

São hipóteses de vacância: exoneração, demissão, promoção, readaptação,


aposentadoria, posse em outro cargo inacumulável e falecimento;

No caso da exoneração, da demissão e do falecimento, ocorre o rompimento


definitivo do vínculo do servidor com a Administração. Já na promoção, readaptação,
aposentadoria e posse em outro cargo inacumulável, ocorre a alteração do vínculo
ou faz-se surgir um novo;

Exoneração é a forma de vacância em que ocorre a dissolução do vínculo jurídico,


sem caráter punitivo, que encerra a relação funcional do servidor com a Administração, a
pedido ou de ofício;

Exoneração do servidor efetivo a pedido é quando o próprio servidor solicita a sua


exoneração, de ofício é quando a iniciativa decorre da própria Administração;
DICA 67
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
A Lei 8.112/1990 apresenta duas hipóteses de deslocamento: a remoção e a
redistribuição. Elas não são formas de provimento nem de vacância, pois representam
apenas a troca do local de lotação do servidor;
Remoção é o deslocamento do servidor público dentro do mesmo quadro de pessoal (Lei
8.112/1990, art. 36), ou seja, o servidor permanece no mesmo cargo, sem qualquer
modificação em seu vínculo funcional, podendo ocorrer com ou sem mudança de sede;

Existem 3 modalidades de remoção: de ofício (no interesse da Administração), a


pedido (a critério da Administração) e a pedido (para outra localidade,
independentemente do interesse da Administração);

No caso da remoção de ofício, deverá ser observado o interesse da Administração que,


em alguns casos, poderá independer da vontade do servidor;

Na remoção a pedido, a critério da Administração, o servidor solicita a remoção,


podendo o poder público concedê-la ou não;

Já na remoção a pedido, independentemente do interesse da Administração, que


deverá ser sempre para outra localidade, isto é, com mudança de sede;
DICA 68
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

A redistribuição, de acordo com o art. 37 da Lei 8.112/1990, é o deslocamento de


cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal,
para outro órgão ou entidade do mesmo Poder;

Não se trata também de provimento nem de vacância, mas tão somente de


deslocamento de cargo para outro órgão ou entidade do mesmo Poder;

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A diferença entre a remoção e a redistribuição é que, naquela, ocorre o
deslocamento do servidor, mantendo-se o quantitativo previsto do quadro de pessoal
inalterado;

E na redistribuição, ocorre o deslocamento do cargo, ou seja, o quadro de pessoal sofre


modificações;
DICA 69
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O art. 4º determina que é proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo as
situações expressamente previstas em lei;
O art. 40 denomina de vencimento a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo
público, com valor fixado em lei;
A remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias
permanentes estabelecidas em lei;
Enquanto o vencimento é a parcela básica do que recebe o servidor público pelo exercício
de suas atividades, a remuneração é a soma do vencimento com as vantagens pecuniárias
de caráter permanente;
Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes vantagens:
indenizações, gratificações e adicionais (gai);
DICA 70
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
As indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para qualquer efeito (art.
49, §1º). Já as gratificações e os adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento,
nos casos e condições indicados em lei;
As indenizações são pagas geralmente em caráter eventual, tendo por objeto a restituição
de despesas realizadas pelo servidor para exercer as suas atribuições;
São quatro as espécies de indenizações: Ajuda de custo, Diárias, Indenização de
transporte e Auxílio-moradia;

AJUDA DE CUSTO destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor


que, no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de
domicílio em caráter permanente;

DIÁRIAS para o servidor que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou


transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, fará jus a
passagens e diárias destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias
com pousada, alimentação e locomoção urbana;

INDENIZAÇÃO DE TRANSPORTE será concedida ao servidor que realizar despesas


com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços
externos, por força das atribuições próprias do cargo;

AUXÍLIO MORADIA trata-se do ressarcimento das despesas comprovadamente


realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem
administrado por empresa hoteleira, no prazo de 1 mês após a comprovação da despesa
pelo servidor.

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DICA 71
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
O art. 61 da Lei 8.112/1990 relaciona as retribuições, gratificações e adicionais que
podem ser pagas ao servidor, juntamente com o vencimento do cargo, devemos destacar
que a relação é exemplificativa, uma vez que o inc. VIII do art. 61 estabelece que podem
ser pagas outras retribuições, gratificações e adicionais relativas ao local ou à natureza do
trabalho;
Serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, gratificações e adicionais:

Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;

Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em função de direção, chefia ou


assessoramento, cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial é devida
retribuição pelo seu exercício;

Gratificação natalina;
Gratificação Natalina é o famoso 13º salário. Essa gratificação corresponde a 1/12 da
remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezembro, por mês de exercício no
respectivo ano;
DICA 72
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

É muito importante saber quais são as retribuições, gratificações e adicionais


deferidos aos servidores. Por isso, mencionamos aqui mais alguns:

adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

Assegura, aos servidores que trabalhem com habitualidade em locais insalubres ou


em contato permanente com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, um
adicional sobre o vencimento do cargo efetivo;

adicional pela prestação de serviço extraordinário;


O adicional pela prestação de serviço extraordinário é a famosa hora-extra e
trata-se de um acréscimo pecuniário recebido pelo servidor que exercer suas atribuições
além da carga-horária normal para o seu cargo;

adicional noturno;

O adicional noturno é devido ao servidor que exercer suas atividades em horário


compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte. Nesse caso, o valor-
hora devido ao servidor será acrescido em 25% em relação ao que lhe seria devido pelo
trabalho diurno. Além disso, computa-se cada hora como cinquenta e dois minutos e trinta
segundos;

adicional de férias;

O adicional de férias é um direito constitucional constante no art. 7º, XVII, da


Constituição Federal, encontrando-se previsto também na Lei 8.112/1990 em seu art. 76.
Esse adicional correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração do período das férias,
devendo ser pago ao servidor independentemente de solicitação;

gratificação por encargo de curso ou concurso;

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A gratificação por encargo de curso ou concurso, sendo devida ao servidor por
atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento, participar de banca
examinadora ou de comissão para exames orais, para análise curricular, para correção de
provas discursivas, participar da logística de preparação e de realização de concurso
público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e
avaliação de resultado, participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame
vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades;
DICA 73
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990
As férias têm duração de 30 dias anuais, que podem ser acumuladas, no caso de
necessidade do serviço, por até o máximo de 2 períodos, ressalvadas as hipóteses em que
haja legislação específica;
O 1º período aquisitivo de férias ocorre depois de 12 meses de efetivo exercício,
enquanto os demais períodos serão adquiridos anualmente a cada dia 1º de janeiro;
EX. Se um servidor entrar em exercício no dia 1º de agosto de 2014, ele completará os 12
meses de exercício no último dia do mês de julho de 2015, ganhando o direito ao primeiro
período de férias – relativas ao exercício de 2015. O 2º período aquisitivo ocorrerá em 1º
de janeiro de 2016 e assim sucessivamente – 1º/01/17, 1º/01/18;
O período de férias pode ser interrompido por motivo de calamidade pública,
comoção interna, convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do
serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade;
DICA 74
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

A licença será concedida ao servidor:


por motivo de doença em pessoa da família;

Poderá ser concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro,


dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas
expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia
médica oficial, pelo prazo de até 60 dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do
servidor e por até 90 dias, consecutivos ou não, sem remuneração;

por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;


Poderá ser concedida licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro
que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o
exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo, essa licença será por
prazo indeterminado e sem remuneração;

para o serviço militar;

Será concedida licença ao servidor convocado para o serviço militar, na forma e


condições previstas na legislação específica;

para atividade política;

A licença para atividade política, uma vez preenchidos os seus requisitos, a


administração pública está vinculada a concedê-la. Ela será concedida nas seguintes
condições, conforme o período em que se aplica: Sem remuneração, durante o período
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que mediar entre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo,
e a véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral e Com remuneração,
a partir do registro da candidatura e até o 10º dia seguinte ao da eleição;
para capacitação;
Essa licença poderá ser concedida, no interesse da Administração, para que o
servidor participe de curso de capacitação profissional, por um período de até 03 (três)
meses a cada 5 (cinco) anos de efetivo exercício. Nesse período, o servidor fará jus à sua
remuneração;

para tratar de interesses particulares;


A licença para tratar de interesses particulares poderá ser concedida, a critério da
Administração, ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em estágio
probatório, pelo prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração;

para desempenho de mandato classista;

É direito do servidor gozar da licença para o desempenho de mandato classista,


sem remuneração, para o desempenho de mandato em confederação, federação,
associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade
fiscalizadora da profissão;
DICA 75
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

Os afastamentos previstos na Lei 8.112/1990 são os seguintes:

Afastamento para servir em outro órgão ou entidade (art. 93);


O servidor pode ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal ou dos municípios, nas seguintes
hipóteses: para o exercício de cargo em comissão ou função de confiança e para os casos
previstos em leis específicas;

Afastamento para exercício de mandato eletivo (art. 94);


Nessa situação, o servidor foi eleito, passando a exercer o mandato eletivo;

Nesse sentido, ao servidor investido em mandato eletivo, aplicam-se as seguintes


disposições:
Tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar


pela sua remuneração;

Investido no mandato de vereador, e havendo compatibilidade de horário,


perceberá as vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo. Já
não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado
optar pela sua remuneração;

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DICA BÔNUS
REGIME DOS SERVIDORES PÚBLICOS FEDERAIS-LEI 8.112/1990

Na Lei n° 8.112/90, temos ainda os seguintes afastamentos:

Afastamento para estudo ou missão no exterior (arts. 95);

Tal afastamento é concedido de forma discricionária, assim, o servidor não poderá


ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da
República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal
Federal;

Afastamento para participação em programa de pós-graduação stricto sensu no


País;

Esse afastamento possui a finalidade bem clara de permitir que o servidor participe de
programa de pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado e pós-doutorado) em
instituição de ensino superior no país, desde que não exista compatibilidade de horários;

Sendo concedido o afastamento, o servidor perceberá a correspondente


remuneração do cargo e o período será contabilizado como de efetivo exercício do cargo;

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03
DIREITO DO TRABALHO
DICA 76
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO DIFERENÇA SUSPENSÃO E INTERRUPÇÃO DO
CONTRATO DE TRABALHO
A CLT – Consolidação das Leis do Trabalho em seu Título IV trata Do Contrato Individual
do Trabalho (arts. 442 a 510), dentro do qual se encontra o Capítulo IV que trata da
Suspensão e da Interrupção do Contrato de Trabalho (arts. 471 a 476-A).

SUSPENSÃO CONTRATUAL - Temos a suspensão do contrato, quando nos dias de


afastamento, o contrato de trabalho não surte nenhum de seus efeitos jurídicos: -
O período não conta como tempo de serviço, o empregado não recebe do empregador o
salário dos dias do afastamento como acorre, por exemplo, na Falta Injustificada
Descontada, no Auxílio Doença após 15 dias, na Greve Sem Recebimento de Salário e na
Licença Não Remunerada.

INTERRUPÇÃO CONTRATUAL - Temos a interrupção do contrato, quando nos dias de


afastamento, o contrato de trabalho surte algum efeito jurídico: - O período conta
como tempo de serviço como para FGTS ou férias, e/ou o empregado recebe do
empregador o salário dos dias do afastamento como acorre, por exemplo, na Falta
Justificada Não descontada, Auxílio doença primeiros 15 dias, Greve Com Recebimento de
Salário, Licença Remunerada.
DICA 77
RETORNO DO AFASTAMENTO – VANTAGENS DA CATEGORIA
Quando do retorno ao serviço, de acordo com o art. 471 da CLT, tem o empregado por
ocasião de sua volta, direito a todas as vantagens que tenham sido atribuídas à categoria
da empresa.

CLT - Art. 471 - Ao empregado afastado do emprego, são asseguradas, por ocasião de
sua volta, todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria
a que pertencia na empresa.

DICA 78
AFASTAMENTO - MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE
Tem o TST- Tribunal Superior do Trabalho editada a Súmula nº 440, com o entendimento
majoritário que assegura o direito à manutenção do plano de saúde ou de assistência
médica, oferecidos pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de
trabalho em virtude de Auxílio-doença ou Aposentadoria por invalidez.

TST – SÚMULA Nº 440

Auxílio-doença acidentário. Aposentadoria por invalidez. Suspensão do contrato de


trabalho. Reconhecimento do direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência
médica. (Res. nº 185/2012, DeJT 25.09.2012).

Assegura-se o direito à manutenção de plano de saúde ou de assistência médica oferecido


pela empresa ao empregado, não obstante suspenso o contrato de trabalho em virtude de
auxílio doença acidentário ou de aposentadoria por invalidez.
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DICA 79
GREVE SEM RECEBIMENTO DO SALÁRIO – SUSPENSÃO
No período de ausência do empregado por greve sem o recebimento do salário o
contrato de trabalho fica suspenso.
A greve é um direito assegurado pelo artigo 9º da Constituição Federal, que estabelece
que, compete aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e os
interesses que devam por meio dele defender.

Art. 9º, CRFB - É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores


decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio
dele defender.
Os parágrafos 1º e 2º do art. 9º da Constituição Federal estabelecem que, lei definirá
os serviços ou atividades essenciais, disporá sobre o atendimento das necessidades
inadiáveis da comunidade, devendo os abusos cometidos sujeitarem os responsáveis às
penas da lei.
§ 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento
das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.

Como se verifica o artigo 9º da Constituição Federal estabelece o direito à greve, contudo


nada menciona sobre os salários dos dias de paralisação/afastamento da empresa.
DICA 80
AFASTAMENTO - MANUTENÇÃO DO PLANO DE SAÚDE GREVE
CUIDADO COM A PEGADINHA!
Havendo acordo, convenção coletiva, laudo arbitral ou decisão da justiça do trabalho, é
estabelecida a matéria relativa à suspensão sem pagamento ou interrupção com
pagamento, dos salários dos dias em greve.
Em muitos casos, ficou estabelecido ou determinado como interrupção com pagamento do
salário, com a compensação posterior das horas dos dias de greve.

Independentemente dos posicionamentos contrários e favoráveis, relativamente à


matéria de suspensão e interrupção do contrato de trabalho, o que a define é o
pagamento ou não dos salários:

Afastamento em greve – SEM PAGAMENTO de salário é SUSPENSÃO do contrato


de trabalho.

Afastamento em greve – COM PAGAMENTO de salário é INTERRUPÇÃO do


contrato de trabalho.
DICA 81
LICENÇA NÃO REMUNERADA – SUSPENSÃO DO CONTRATO
No período de ausência do empregado por Licença Não Remunerada, SEM o
recebimento do salário, o contrato de trabalho fica suspenso.

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A licença não remunerada do trabalho é aquela em que o empregado solicita ao
empregador para se ausentar da empresa por motivos de ordem particular ou familiar,
sem que o contrato de trabalho seja rescindido.
Durante o período de licença não remunerada o contrato de trabalho fica suspenso
durante a ausência do empregado, voltando a vigorar quando de seu retorno.
OBS.: No período da licença não remunerada, em virtude da suspensão do
contrato, o empregado não tem direito ao salário, não tem recolhimento de INSS, não
tem FGTS, não tem contagem para tempo de serviço, férias, 13º salário.
Entende-se que não pode licença ser proposta pelo empregador ao empregado, a
solicitação cabe somente por parte do empregado, não existindo obrigatoriedade de
aceitação pelo empregador, que pode ou não concordar com o pedido.
O permissivo legal para que o empregador aceite o pedido de licença do empregado, se
encontra no art. 444 da CLT que estabelece as relações contratuais de trabalho podem
ser objeto de livre estipulação, desde respeitem as disposições de proteção ao trabalho,
normas coletivas e as decisões das autoridades competentes.
DICA 82
INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
Ocorre a interrupção do contrato, quando nos dias de afastamento, o contrato de
trabalho continua a vigorar, surte algum efeito jurídico.
Na interrupção o período conta como tempo de serviço como para FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço) ou férias, e/ou o empregado recebe do empregador o
salário dos dias do afastamento, como acorre por exemplo, na Falta Justificada Não
descontada, Auxílio doença primeiros 15 dias, Greve Com Recebimento de Salário, Licença
Remunerada.
Para que se configure em interrupção, o empregado deve ficar afastado por algum motivo
previsto em lei e ter direito ao recebimento do salário, configurando-se também em
interrupção, mesmo não tendo direito ao salário, todos os casos em que durante o
afastamento o contrato surtiu algum efeito, como por exemplo, a obrigatoriedade do
recolhimento do FGTS.
DICA 83
FGTS DURANTE A INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
Existindo a obrigatoriedade legal do recolhimento do FGTS durante o período de
afastamento, o período também se configura como interrupção, em virtude de o contrato
estar surtindo algum efeito.

De acordo com o estabelecido no art. 28 do Decreto nº 99.684 de 1990 que consolida


as normas regulamentares do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), é
obrigatório o recolhimento nos casos de interrupção do contrato de trabalho, tais como:

Prestação de serviço militar;

Licença para tratamento de saúde até 15 dias;

Licença por acidente do trabalho;

Licença gestante; e

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licença-paternidade.

Decreto 99.684/1990:
Art. 28. O depósito na conta vinculada do FGTS é obrigatório também nos casos de
interrupção do contrato de trabalho prevista em lei, tais como:
I - prestação de serviço militar;
II - licença para tratamento de saúde de até quinze dias;
III - licença por acidente de trabalho;
IV - licença à gestante; e
V - licença-paternidade.
Parágrafo único. Na hipótese deste artigo, a base de cálculo será revista sempre que
ocorrer aumento geral na empresa ou na categoria profissional a que pertencer o
trabalhador.
DICA 84
INTERRUPÇÃO DO CONTRATO

Temos a interrupção do contrato, por exemplo:


Ausência legal do empregado autorizada pelo art. 473 da CLT (falecimento de parentes,
casamento, nascimento de filho, doação de sangue, alistamento eleitoral, alistamento
militar, exame de vestibular, comparecimento em juízo).
→ Faltas Justificadas e Abonadas;

→ Quinze Primeiros dias Doença (licença para tratamento de saúde até 15 dias);

→ Todos os dias Acidente do Trabalho (licença por acidente do trabalho);

→ Dias em Férias;

→ DSRs - Descansos Semanais (domingos e feriados);

→ Licença Maternidade (licença gestante);

→ Aborto não criminoso;

→ Serviço Militar (prestação de serviço militar).

DICA 85
AUSÊNCIA LEGAL ART. 473 DA CLT – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
No período de ausência do empregado nos casos autorizados pelo art. 473 da CLT, com o
recebimento do salário, o contrato de trabalho fica interrompido.
Nos casos de ausência, autorizados pelo art. 473 da CLT, a interrupção do contrato tem
efeito somente no tocante a não prestação dos serviços. O empregado tem direito ao
salário, a contagem de tempo de serviço, FGTS, férias e 13º salário dos dias ou período de
afastamento.
Autoriza o art. 473 da CLT, a ausência do empregado sem prejuízo do salário.

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5 dias – nascimento de filho

1 dia - doação voluntária de sangue (um dia a cada doze meses)

1 dia - consultas de filho até 6 anos de idade

2 dias – alistamento eleitor

2 dias - falecimento do cônjuge, filho, pais, irmão (ou pessoa que, declarada em sua
carteira de trabalho e previdência social, viva sob sua dependência econômica)

2 dias - consultas de gravidez da esposa ou companheira

3 dias - seu casamento

Dias Prova - vestibular ensino superior

Tempo Necessário - comparecimento em juízo

Tempo Necessário - representação sindical em reunião internacional

Todo Período – cumprir exigência do serviço militar

DICA 86
FALTAS JUSTIFICADAS ABONADAS – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
No período de ausência do empregado durante a falta ao serviço, justificada e abonada
pelo empregador, com o pagamento do salário, o contrato de trabalho fica interrompido.
Além das ausências legais autorizadas por lei ou normas coletivas, a falta ao serviço, não
prevista como permitida, deve ser justificada pelo empregado ao seu empregador que
pode aboná-la ou não.
Abonar significa aceitar a justificativa da ausência, não descontando do salário, o que
leva o empregado a receber o dia da falta abonada.
Como na falta abonada o empregado recebe o salário pelo dia em que esteve afastado,
seu contrato de trabalho continuou tendo efeito, sendo considerado interrompido.
O artigo 131 da CLT estabelece que as faltas abonadas, devem ser computadas como
tempo de serviço na apuração das férias.

Art. 131, CLT - Não será considerada falta ao serviço, para os efeitos do artigo
anterior, a ausência do empregado: IV - justificada pela empresa, entendendo-se como
tal a que não tiver determinado o desconto do correspondente salário;

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DICA 87
AFASTAMENTO AUXÍLIO-DOENÇA - 15 PRIMEIROS DIAS - INTERRUPÇÃO DO
CONTRATO

Nos 15 primeiros dias de afastamento do empregado, em auxílio doença ou auxílio


acidente, o contrato de trabalho fica interrompido.

Nos 15 primeiros dias de afastamento de auxílio-doença ou acidente, a interrupção do


contrato tem efeito somente no tocante a não prestação dos serviços. O empregado
tem direito ao salário, a contagem de tempo de serviço, FGTS, férias e 13º salário dos
dias ou período de afastamento.
O pagamento dos 15 primeiros dias é de responsabilidade do empregador, por
determinação do parágrafo 3º do art. 60 da lei 8.213/91 (lei da previdência social).

Art. 60, Lei 8.213/91. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar
do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a
contar da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por
motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário
integral.
§ 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu
cargo o exame médico e o abono das faltas correspondentes ao período referido no §
3º, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social
quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.

DICA 88
AFASTAMENTO AUXÍLIO-ACIDENTE – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO

O período em que o empregado estiver afastado do trabalho por motivo de acidente


do trabalho, dos 15 primeiros dias e também do 16º dia em diante, o contrato de
trabalho fica interrompido.

O afastamento por até 15 dias, em virtude de doença, é interrupção do contrato,


devendo a empresa efetuar o pagamento do salário, nos termos do parágrafo 3º do art.
60 da lei da Previdência a de nº 8.213/91:

Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto
dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do
início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz.
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por
motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário
integral.

Se o empregado ficar afastado mais tempo, do 16º dia em diante, o pagamento é feito
pelo INSS, contudo continua o afastamento em auxílio-acidente, sendo interrupção do
contrato de trabalho.

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Considera-se todo o período como interrupção do contrato, por determinar o parágrafo
1º do art. 4º da CLT, que o período de afastamento em acidente do trabalho, entra
na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e estabilidade.

Art. 4º - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado esteja à


disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo disposição
especial expressamente consignada.
§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e
estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando
serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.

De acordo com o art. 86 da lei 8.213/91, o auxílio-acidente devido a partir do dia seguinte
à cessação do auxílio-doença, será concedido como indenização ao empregado segurado,
por sequelas que impliquem na redução da capacidade para o trabalho.

Art. 86, Lei 8.213/91. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao


segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer
natureza, resultarem sequelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho
que habitualmente exercia.
§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário-de-
benefício e será devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de
qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-
doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo
acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria.
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de
aposentadoria, observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do
recebimento do auxílio-acidente.
§ 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do
auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a
doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o
trabalho que habitualmente exercia.

DICA 89
DIAS EM FÉRIAS – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
O período em que o empregado estiver afastado do trabalho, em férias, o contrato de
trabalho fica interrompido.
Durante os dias de gozo das férias, o empregado recebe o seu pagamento a título de
férias e com o acréscimo de mais 1/3, como estabelecido pelo artigo 7º, inciso XVII da
Constituição Federal.

Constituição Federal - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:

gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário
normal;

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Temos no artigo 130 da CLT a determinação legal de que o período de férias será
computado para todos os efeitos, como tempo de serviço.

Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho,
o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de
serviço.

Como durante as férias existe o pagamento e o período de ausência é contado como de


tempo de serviço, o contrato de trabalho continuou a surtir efeito, sendo considerado
interrompido.
DICA 90
DSRS – DESCANSOS SEMANAIS REMUNERADOS – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
O período em que o empregado estiver afastado do trabalho em descanso semanal
(domingos), com o pagamento do salário, o contrato de trabalho fica interrompido.
O Descanso Semanal Remunerado tem previsão na lei nº 605/49 que estabelece o direito
de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos.
Lei 605/49 - Art. 1º Todo empregado tem direito ao repouso semanal remunerado de vinte
e quatro horas consecutivas, preferentemente aos domingos e, nos limites das exigências
técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição local.
O DSR – Descanso Semanal está previsto como sendo remunerado, tem o empregado o
direito a descansar as 24 horas e receber o dia do descanso.
Sendo remunerado o dia do DSR, recebe o empregado o pagamento pelo dia do descanso,
que também conta para tempo de serviço, tem efeito o contrato de trabalho, é
considerado interrompido.
Estabelece que o artigo 6º da Lei 605/49 que não tem direito a receber a remuneração do
descanso semanal remunerado (DSR) de 24 horas, o empregado que não tiver cumprido
durante a semana anterior integralmente sua jornada de trabalho.

Art. 6º - Não será devida a remuneração quando, sem motivo justificado, o empregado
não tiver trabalhado durante toda a semana anterior, cumprindo integralmente o seu
horário de trabalho.

Na maioria das empresas é estabelecido com o empregado um valor pelo salário mensal,
no qual já está incluída a remuneração dos domingos DSRS.
É o motivo pelo qual escutamos dizer que o empregado quando falta, perde o dia da falta
e o domingo, o salário mensal já está com o valor de todos os dias úteis e dos domingos.
Ao faltar não cumpriu toda a jornada semanal, não adquiriu o direito ao domingo da
semana da falta, tendo o desconto da falta e do domingo DSR.

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DICA 91
AFASTAMENTO LICENÇA MATERNIDADE – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO
O período em que a empregada estiver afastada do trabalho por motivo licença
maternidade, o contrato de trabalho fica interrompido.
De acordo com o inciso XVIII do artigo 7º da Constituição Federal, o período de licença
maternidade é de 120 dias corridos.

Constituição Federal - Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de
outros que visem à melhoria de sua condição social:

licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento e


vinte dias;
O Artigo 392 da CLT, também trata da licença maternidade, estabelecendo que o
afastamento pode ocorrer entre o 28º dia antes do parto e ocorrência deste.

Art. 392. A empregada gestante tem direito à licença-maternidade de 120 (cento e


vinte) dias, sem prejuízo do emprego e do salário.
§ 1º A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data
do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º (vigésimo oitavo)
dia antes do parto e ocorrência deste.
§ 2º Os períodos de repouso, antes e depois do parto, poderão ser aumentados de 2
(duas) semanas cada um, mediante atestado médico.
§ 3º Em caso de parto antecipado, a mulher terá direito aos 120 (cento e vinte) dias
previstos neste artigo.
§ 4º É garantido à empregada, durante a gravidez, sem prejuízo do salário e demais
direitos:
I - transferência de função, quando as condições de saúde o exigirem, assegurada a
retomada da função anteriormente exercida, logo após o retorno ao trabalho;
II - dispensa do horário de trabalho pelo tempo necessário para a realização de, no
mínimo, seis consultas médicas e demais exames complementares.

A licença maternidade de 180 dias já existe desde a lei 11.770/08 que criou o
Programa Empresa Cidadã. Pela referida lei as empresas que aderirem ao programa têm
incentivos fiscais, para conceder a licença maternidade de até 180 dias.
Estabelece o artigo 72 da Lei 8.213/91 (Lei da Previdência), que o salário-maternidade
consistirá de renda mensal igual a remuneração integral, estabelecendo seu
parágrafo 1º que, deve a empresa pagar a empregada para depois efetuar a compensação
com as contribuições previdenciárias a serem recolhidas.

Art. 72. O salário-maternidade para a segurada empregada ou trabalhadora avulsa


consistirá numa renda mensal igual a sua remuneração integral.
§ 1º Cabe à empresa pagar o salário-maternidade devido à respectiva empregada
gestante, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da
Constituição Federal, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha
de salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço.

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Como durante a licença maternidade existe o pagamento, o contrato de trabalho
continuou a surtir efeito, sendo considerado interrompido.
DICA 92
AFASTAMENTO ABORTO NÃO CRIMINOSO – INTERRUPÇÃO DO CONTRATO

O período em que a empregada estiver afastada do trabalho em repouso em virtude de


aborto não criminoso, o contrato de trabalho fica interrompido.
Aborto não criminoso é o aborto espontâneo, aquele que acontece de forma natural, sem
a ocorrência de ato criminoso praticado pela grávida.
Estabelece o art. 395 da CLT que em caso de aborto espontâneo (não criminoso),
comprovado por atestado médico oficial, o contrato de trabalho será interrompido, tendo
direito a mulher a um repouso remunerado de 2 semanas.

Art. 395 - Em caso de aborto não criminoso, comprovado por atestado médico oficial, a
mulher terá um repouso remunerado de 2 (duas) semanas, ficando-lhe assegurado o
direito de retornar à função que ocupava antes de seu afastamento.

O Decreto nº 3.048/99 que aprovou o regulamento da previdência social, através do


parágrafo 5º de seu art. 395, estabelece as 2 semanas de repouso remunerado, como
salário-maternidade, determinando em seu art. 94 que a empresa efetue o pagamento e
efetue a compensação em seus recolhimentos previdenciários.

Decreto 3048/99 - Art. 93...§ 5º Em caso de aborto não criminoso, comprovado


mediante atestado médico, a segurada terá direito ao salário-maternidade
correspondente a duas semanas.

Decreto 3048/99 - Art. 94. O salário-maternidade para a segurada empregada


consiste numa renda mensal igual à sua remuneração integral e será pago pela
empresa, efetivando-se a compensação, observado o disposto no art. 248 da
Constituição, quando do recolhimento das contribuições incidentes sobre a folha de
salários e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física
que lhe preste serviço, devendo aplicar-se à renda mensal do benefício o disposto no
art. 198.

Tanto o artigo 395 da CLT, como o parágrafo 5º do art. 93 do Decreto 3048/99


estabelecem que a empregada, recebe as 2 semanas de ausência que estiver afastada
em decorrência de aborto não criminoso.
Como durante a ausência por repouso remunerado em virtude de aborto não criminoso
existe o pagamento, o contrato de trabalho continuou a surtir efeito, sendo considerado
interrompido.
DICA 93
AFASTAMENTO SERVIÇO MILITAR - INTERRUPÇÃO DO CONTRATO:
O período em que o empregado estiver afastado do trabalho para alistamento ou
convocação militar, o contrato de trabalho fica interrompido.
Considera-se todo o período como interrupção do contrato, por determinar o parágrafo 1º
do art. 4º da CLT, que os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho
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prestando serviço militar, entram na contagem de tempo de serviço, para efeito de
indenização e estabilidade.

Art. 4º, CLT - Considera-se como de serviço efetivo o período em que o empregado
esteja à disposição do empregador, aguardando ou executando ordens, salvo
disposição especial expressamente consignada.
§ 1º Computar-se-ão, na contagem de tempo de serviço, para efeito de indenização e
estabilidade, os períodos em que o empregado estiver afastado do trabalho prestando
serviço militar e por motivo de acidente do trabalho.

Os períodos de ausência do empregado, faltas e atrasos, para se apresentar no


alistamento e exames do serviço militar, de acordo com o art. 473 da CLT, não podem ser
descontados do empregado.
Determinação proibindo o desconto das faltas, que encontramos também no parágrafo
quarto do art. 60 da lei 4.375/1964, para todo convocado matriculado em órgão de
formação de reserva militar.
Faltas e atrasos legalmente justificados, são períodos de ausência que se caracterizam em
mera interrupção do contrato, tendo direito o empregado ao salário e a contagem do
tempo de serviço.

Art. 473, CLT - O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do
salário:
VI - no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar
referidas na letra "c" do art. 65 da Lei nº 4.375, de 17 de agosto de 1964 (Lei do
Serviço Militar).

Art. 60, § 4º, Lei nº 4.375/64 - Todo convocado matriculado em Órgão de Formação
de Reserva que seja obrigado a faltar a suas atividades civis, por força de exercício ou
manobras, ou reservista que seja chamado, para fins de exercício de apresentação das
reservas ou cerimônia cívica, do Dia do Reservista, terá suas faltas abonadas para
todos os efeitos.

DICA 94
ALTERAÇÃO RESCISÃO AFASTAMENTO SERVIÇO MILITAR
O período de ausência do empregado, por afastamento no serviço militar ou de outro
encargo público, de acordo com o art. 472 da CLT, não constitui motivo para alteração
ou rescisão do contrato de trabalho.
Art. 472 - O afastamento do empregado em virtude das exigências do serviço militar, ou
de outro encargo público, não constituirá motivo para alteração ou rescisão do contrato de
trabalho por parte do empregador.
Retornando ao emprego, de acordo com o art. 471 da CLT, tem o empregado por ocasião
de sua volta, direito a todas as vantagens que tenham sido atribuídas à categoria da
empresa.
Art. 471 - Ao empregado afastado do emprego, são asseguradas, por ocasião de sua volta,
todas as vantagens que, em sua ausência, tenham sido atribuídas à categoria a que
pertencia na empresa.
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RETORNO APÓS AFASTAMENTO SERVIÇO MILITAR
Estabelece a lei do serviço militar a nº 4.375 de 1964, que terão assegurado os
empregados, o retorno ao cargo ou emprego, dentro de 30 dias que se seguirem ao
licenciamento, ou término de curso, salvo se declararem, por ocasião da incorporação ou
matrícula, que não pretendem voltar ao emprego.

Art. 60, Lei nº 4.375/1964 – Os funcionários públicos federais, estaduais ou


municipais, bem como os empregados, operários ou trabalhadores, qualquer que seja a
natureza da entidade em que exerçam as suas atividades, quando incorporados ou
matriculados em Órgão de Formação de Reserva, por motivo de convocação para
prestação do Serviço Militar inicial estabelecido pelo art. 16, desde que para isso
forçados a abandonarem o cargo ou emprego, terão assegurado o retorno ao cargo ou
emprego respectivo, dentro dos 30 (trinta) dias que se seguirem ao licenciamento, ou
término de curso, salvo se declararem, por ocasião da incorporação ou matrícula, não
pretender a ele voltar.

Para garantir o empregado o retorno ao cargo que ocupava na empresa, estabelece o


parágrafo 1º do Art. 472 da CLT, que deverá notificar o empregador, por telegrama ou
carta registrada, no prazo de 30 dias contados da data de sua baixa ou término.

Art. 472, § 1º - Para que o empregado tenha direito a voltar a exercer o cargo do qual
se afastou em virtude de exigências do serviço militar ou de encargo público, é
indispensável que notifique o empregador dessa intenção, por telegrama ou carta
registrada, dentro do prazo máximo de 30 (trinta) dias, contados da data em que se
verificar a respectiva baixa ou a terminação do encargo a que estava obrigado.

DICA 95
CONTRATO PRAZO DETERMINADO – SERVIÇO MILITAR
Em se tratando de contrato de trabalho por prazo determinado, estabelece o parágrafo 2º
do art. 472 da CLT, que se acordarem as partes interessadas, o tempo do afastamento no
serviço militar não será computado.
Art. 472, § 2º - Nos contratos por prazo determinado, o tempo de afastamento, se assim
acordarem as partes interessadas, não será computado na contagem do prazo para a
respectiva terminação.
DICA 96
PRISÃO PREVENTIVA OU TEMPORÁRIA - SUSPENSÃO OU INTERRUPÇÃO

Prisão Preventiva ou Temporária - Suspensão ou Interrupção - No período de


ausência do empregado por Prisão Preventiva ou Prisão Temporária, não tem o empregado
direito ao salário.
Neste ponto o entendimento é unânime, durante o período de afastamento por Prisão
Preventiva ou Temporária, como não há prestação de serviços não existe a obrigação
do pagamento dos salários.

Não existe dispositivo legal que esclareça se o período de afastamento em prisão


preventiva ou temporária se trata de suspensão ou interrupção do contrato de trabalho.

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Os dispositivos encontrados na CLT, que mencionam a matéria, são relativos ao período
de férias e a rescisão por justa causa.
DICA 97
RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
A rescisão do contrato deve ser acompanhada do Termo de Rescisão do Contrato de
Trabalho (TRCT). Trata-se de um documento formal com todos os dados relativos à
contratação, devendo ter os dados pessoais do trabalhador e dados da empresa, além do
registro de todas as verbas e valores devidos na rescisão.
Nos contratos com mais de um ano, esse termo deveria ser homologado pelo sindicato
da categoria. Contudo, a reforma trabalhista (em vigor a partir de novembro de 2017)
alterou essa questão. Por isso, os contratos encerrados após esse prazo não precisarão ser
homologados em sindicato.
DICA 98
FORMAS DE RESCISÃO CONTRATUAL

Já a rescisão é o documento que formaliza o término do contrato e encerramento do


vínculo, que pode acontecer por diversos motivos, conforme previsão legal:

término do período contratual, nos contratos de experiência e por tempo determinado;

por iniciativa do empregado (pedido de demissão);

por iniciativa do empregado, com justa causa (rescisão indireta);

por iniciativa do empregador, sem justa causa;

por iniciativa do empregador, com justa causa;

por culpa recíproca;

de comum acordo (modalidade criada pela reforma trabalhista).


É importante ressaltar que essa demissão de comum acordo não se confunde com os
chamados “acordos de demissão”, considerados fraudes trabalhistas, em que o empregado
solicita que o empregador o demita, e, para isso, devolve o valor correspondente à multa
de 40% sobre o FGTS devida no momento da saída.
DICA 99
PRAZO PARA PAGAMENTO DA RESCISÃO CONTRATUAL
De acordo com o art. 477, §6º da CLT, o prazo para pagamento das verbas rescisórias
será de 10 dias, contados da data de motivação da demissão, quando não houver aviso
prévio, ou caso o trabalhador seja indenizado ou dispensado. Nos casos de cumprimento
do aviso prévio, esse pagamento deverá ser feito no dia útil imediato ao término do
contrato.
Estar atento a esses prazos é essencial, pois conforme determinado no art. 477, §8º, o
descumprimento dessa determinação dará o direito de o empregado receber do
empregador uma multa em valor equivalente ao seu salário, chamada de “multa do 477”.

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DICA 100
PONTOS IMPORTANTES SOBRE A RESCISÃO INDIRETA
A rescisão indireta também é chamada de despedimento indireto por alguns
doutrinadores, e ocorre a extinção do contrato de trabalho por iniciativa do empregado,
que terá o ônus de provar a justa causa que porventura tenha sido causada pelo
empregador, conforme o normatizado no art. 483 da CLT. Vamos ver o que tem nele:

Art. 483 - O empregado poderá considerar rescindido o contrato e pleitear a devida


indenização quando:
a) forem exigidos serviços superiores às suas forças, defesos por lei, contrários aos bons
costumes, ou alheios ao contrato;

DICA: DEFESO= PROIBIDO

b) for tratado pelo empregador ou por seus superiores hierárquicos com rigor excessivo;
c) correr perigo manifesto de mal considerável;
d) não cumprir o empregador as obrigações do contrato;
e) praticar o empregador ou seus prepostos, contra ele ou pessoas de sua família, ato
lesivo da honra e boa fama;
f) o empregador ou seus prepostos ofenderem-no fisicamente, salvo em caso de legítima
defesa, própria ou de outrem;
g) o empregador reduzir o seu trabalho, sendo este por peça ou tarefa, de forma a afetar
sensivelmente a importância dos salários.
DICA 101
A DEMISSÃO ESPONTÂNEA DO EMPREGADO COM MENOS DE UM ANO DE SERVIÇO
Neste caso, o empregado que tiver menos de 1 ano de serviço, e que peça demissão terá
direito apenas e tão somente ao saldo de salários, 13º salário proporcional (segundo os
termos da Súmula 157 do TST) e férias proporcionais acrescida do terço constitucional
(segundo os termos da Súmula 261 do TST). E mais: Este empregado não terá direito a
aviso prévio (ao contrário, deve dá-lo ao empregador), indenização e levantamento dos
depósitos do FGTS.
DICA 102
PONTOS IMPORTANTES SOBRE A RESCISÃO POR IMPROBIDADE
Antes de tudo, o que é a improbidade?
improbidade é um ato de desonestidade praticado pelo empregado contra o patrimônio do
empregador, ou de terceiros, relacionado com o trabalho, como por exemplo um furto, um
roubo, uma extorsão, entre outros. Importantíssimo salientar que para que seja
caracterizada a improbidade, a Justiça do Trabalho exige uma prova concreta, que seja
irrefutável, na medida em que implica comprometimento da honra e boa fama do
empregado e, até mesmo, de sua família.

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03
DICA 103
PONTOS IMPORTANTES SOBRE A RESCISÃO POR DESÍDIA
É a negligência do empregado para com o desempenho de suas funções no trabalho. Em
regra, só se configura pela reiteração de ações ou omissões que importem em desleixo ou
até mesmo em displicência. A jurisprudência tem exigido a aplicação didática de sanções
anteriores (advertência, suspensão) e somente constatada a existência de tais punições é
que o empregador poderá aplicar a pena capital. Exemplo: A falta de zelo do empregado
no desempenho de suas tarefas diárias.
DICA 104
PODE HAVER JUSTA CAUSA EM CASO ENVOLVENDO O APRENDIZ?
Sim, no caso do aprendiz que tem desempenho insuficiente ou não consegue adaptar-se
ao trabalho; que comete falta disciplinar grave; ou que tenha ausência injustificada à
escola que implique perda do ano letivo, conforme os termos normatizados no art. 433, I,
II e III da CLT.

Vamos ver este artigo fala:


Art. 433. O contrato de aprendizagem extinguir-se-á no seu termo ou quando o aprendiz
completar 24 (vinte e quatro) anos, ressalvada a hipótese prevista no § 5o do art. 428
desta Consolidação, ou ainda antecipadamente nas seguintes hipóteses:
I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo para o aprendiz com
deficiência quando desprovido de recursos de acessibilidade, de tecnologias assistivas e de
apoio necessário ao desempenho de suas atividades;
II – falta disciplinar grave;
III – ausência injustificada à escola que implique perda do ano letivo; ou (...)
DICA 105
PODE HAVER JUSTA CAUSA EM CASO ENVOLVENDO O EMPREGADO QUE SE
RECUSA, INJUSTIFICADAMENTE, A OBSERVAR AS INSTRUÇÕES E
PROCEDIMENTOS RELATIVOS À SEGURANÇA DO TRABALHO?
Sim, no caso do empregado que se recusa, de forma injustificada, a observar as
instruções e procedimentos relativos à segurança do trabalho ou a usar os equipamentos
de proteção individual fornecidos pelo empregador, conforme os termos do art. 158,
parágrafo único da CLT.

Art. 158 da CLT:


Parágrafo único - Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:
a) à observância das instruções expedidas pelo empregador na forma do item II do artigo
anterior;
b) ao uso dos equipamentos de proteção individual fornecidos pela empresa.

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DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO
DICA 106
HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL
Caso as partes cheguem a um acordo extrajudicial, não existe necessidade de sua
homologação pela Justiça do Trabalho. Nesse sentido é a OJ n. 34 da SDC/TST:

OJ Nº 34 da SDC/TST

ACORDO EXTRAJUDICIAL. HOMOLOGAÇÃO. JUSTIÇA DO TRABALHO.


PRESCINDIBILIDADE (INSERIDA EM 07.12.1998). É desnecessária a homologação, por
Tribunal Trabalhista, do acordo extrajudicialmente celebrado, sendo suficiente, para que
surta efeitos, sua formalização perante o Ministério do Trabalho (art. 614 da CLT e art.
7º, inciso XXVI, da Constituição Federal).

→ Importante: O juiz do trabalho não é obrigado a homologar o acordo, com base nos
chamados princípios da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas e da imperatividade da
lei trabalhista. Veja o que diz o Enunciado n. 110, da 2ª Jornada de Direito Material e
Processual do Trabalho:

Enunciado n. 110, da 2ª Jornada de Direito Material e Processual do


Trabalho

JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA. ACORDO EXTRAJUDICIAL. RECUSA À HOMOLOGAÇÃO. O


juiz pode recusar a homologação do acordo, nos termos propostos, em decisão
fundamentada.

DICA 107
DO PROCESSO DE JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO
EXTRAJUDICIAL
Os procedimentos para homologação de acordo extrajudicial são feitos da seguinte forma:
Começará por intermédio de uma petição conjunta, sendo obrigatória a representação das
partes por advogado, que não poderá ser comum, sendo facultativo ao trabalhador ser
assistido por advogado do sindicato de sua categoria. Lembrando que não existirá prejuízo
do prazo estabelecido no § 6º do art. 477 e não afasta a aplicação da multa prevista no §
8º do art. 477, ambos da CLT.
No campo laboral, na hipótese de acordo extrajudicial que tenha por objetivo o
pagamento de verbas rescisórias, não há a existência de renúncias recíprocas (concessões
mútuas) e objetos controvertidos (litígios), não tendo, portanto, um acordo. Entretanto,
se trata de imposição de condições meramente potestativas (sujeição de uma parte ao
puro arbítrio da outra, nos termos do art. 122 do CC), levando-se em consideração que o
trabalhador não adere por si mesmo ao acordo de pagamento parcial e parcelado da verba
alimentar, pois dentre as opções está o acordo ou o não recebimento das verbas ou o
recebimento em um processo custoso.

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DICA 108
CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
O processo judicial eletrônico tem algumas características que o distinguem do processo
judicial comum.

São elas as seguintes:

Ampla publicidade, pois os autos do processo eletrônico ficam disponíveis na rede


mundial de computadores, internet, qualquer pessoa, de qualquer lugar, poderá ver a
situação de um processo e ler seu conteúdo na íntegra (desde que não se trate de um
processo que tramite em segredo de justiça).

Velocidade, na medida em que o PJe encontra-se em plena sintonia com o princípio da


duração razoável do processo (CF, art. 5º, LXXVIII), com nítida economia de tempo com a
prática de atos processuais, como citações, intimações etc.

Comodidade, uma vez que a utilização da internet para o conhecimento e prática de


atos processuais implica maior comodidade para os usuários. Com efeito, os magistrados
poderão despachar em gabinetes virtuais sem necessidade de levar “os autos para casa”,
e os advogados não precisarão comparecer às Secretarias ou Cartórios para “fazer carga”
dos autos.
DICA 109
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
O procedimento sumaríssimo foi introduzido no processo do trabalho pela Lei n. 9.957/00,
que acrescentou à CLT os arts. 852-A a 852-I. Sendo assim, as ações de até 40 salários
mínimos devem seguir o rito sumaríssimo, conforme normatizado no art. 852-A da CLT,
exceto os entes de direito público, como União, Estados, Municípios, Autarquias e
fundações de direito público, que estão excluídos do procedimento.
→ Logo: O procedimento sumaríssimo só tem lugar nas ações trabalhistas individuais
(simples ou plúrimas), cujo valor da causa seja superior a 2 salários mínimos e inferior a
40 salários mínimos.
No procedimento sumaríssimo, todos os incidentes e exceções que possam interferir no
prosseguimento da audiência e do processo devem ser decididos de plano. As demais
questões serão decididas na sentença (CLT, art. 852-G).
→ E mais: Cada parte só pode trazer duas testemunhas, que deverão ser,
comprovadamente, convidadas pelo autor ou pelo réu.
DICA 110
INTERPOSIÇÃO DE EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO PROCEDIMENTO
SUMARÍSSIMO
O procedimento sumaríssimo admite a interposição de embargos declaratórios, inclusive
com efeito modificativo, quando, na sentença, houver omissão ou contradição (CLT, art.
897-A) e recurso ordinário (CLT, art. 895, I), todavia o cabimento de recurso de revista é
restritivo (CLT, art. 896, § 9º). Lembrando que tanto os embargos declaratórios e o
recurso de revista são recursos.

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03
DICA 111
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO
O Rito Ordinário, normatizado no art. 840 da CLT, e é usado quando o valor da causa
estiver acima de 40 salários mínimos vigente na data do ajuizamento. É o rito o mais
utilizado no processo do trabalho, já que permite um maior conhecimento do caso e é
usado para situações de maior complexidade. Diferente do que ocorre no Rito
Sumaríssimo, a Administração Pública Direta, a União, os Estados, os Municípios, as
fundações e as autarquias podem ser demandas no Rito Ordinário.

Lembrando sempre que a audiência no procedimento ordinário trabalhista passou a ser


dividida em 3 partes:

Audiência inaugural de conciliação: As partes devem comparecer acompanhadas ou não


de seus representantes, entre eles, os advogados.

Audiência de instrução: Também devem comparecer as partes, sob pena de confissão


quanto à matéria de fato, onde prestarão depoimentos. Não havendo conciliação mais
uma vez entre as partes, irá designar a data para a audiência de julgamento.

Audiência de julgamento: Na prática, trata-se mais de um prazo fixado pelo juiz para a
publicação da sentença, da qual as partes ficam, desde logo, intimadas.

IMPORTANTE

No procedimento sumaríssimo, haverá extinção do processo (arquivamento da


reclamação) e condenação ao autor ao pagamento das custas sobre o valor da causa);

No procedimento comum ordinário (ou sumário), haverá extinção do(s) pedido(os)


sem resolução do mérito, continuando a tramitação do processo em relação aos demais
pedidos.

DICA 112
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

É uma petição inicial, primeiro ato de um processo trabalhista. Se um dos requisitos


for descumprido, haverá o julgamento sem resolução do mérito, por inépcia da petição
inicial, conforme normatizado no art. 840, § 3º, da CLT. Um ponto de extrema
importância é que não há mais a necessidade da citação do artigo 319 do CPC de forma
subsidiária e supletiva para fundamentar a reclamação trabalhista, após a Reforma
Trabalhista.
Em outras palavras: Leu o enunciado e viu que não há momento processual anterior,
estaremos diante de uma Reclamação Trabalhista, ok?

Há requisitos para o ajuizamento da Reclamação trabalhista? Sim:

Indicação do juiz a que a petição é dirigida;

Qualificação das partes;

Nome da peça;

Breve síntese dos fatos;

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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03
Honorários;

Pedidos;

Valor da causa;

Data e assinatura do reclamante ou do seu advogado.


Há preliminares de mérito na Reclamação Trabalhista? Tem sim. Quando a parte for uma
pessoa idosa, pessoa com deficiência, pessoa portadora de doença grave ou quando a
demanda versar exclusivamente sobre o pagamento de salário ou se decorrer da falência
do empregador.

Súmulas importantes:

SÚMULA 734 DO STF:

Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado o ato judicial que se alega
tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.

SÚMULA Nº 368 DO STF:

Não há embargos infringentes no processo de reclamação.

SÚMULA Nº 263 DO TST:

PETIÇÃO INICIAL. INDEFERIMENTO. INSTRUÇÃO OBRIGATÓRIA DEFICIENTE


(atualizada em decorrência do CPC de 2015) – Res. 208/2016, DEJT divulgado em 22,
25 e 26-4-2016.
Salvo nas hipóteses do art. 330 do CPC de 2015 (art. 295 do CPC de 1973), o
indeferimento da petição inicial, por encontrar-se desacompanhada de documento
indispensável à propositura da ação ou não preencher outro requisito legal, somente é
cabível se, após intimada para suprir a irregularidade em 15 (quinze) dias, mediante
indicação precisa do que deve ser corrigido ou completado, a parte não o fizer (art. 321
do CPC de 2015).

DICA 113
EMENDA DA PETIÇÃO INICIAL
Errar é humano. A famosa frase é aplicada também ao direito processual do trabalho.
Quando o juiz trabalhista perceber que na petição inicial há falhas que são sanáveis, deve
ele intimar o autor para corrigir/complementar a petição inicial no prazo de 15 dias, e
sempre informando o que o autor deve emendar.

Cabe emenda da petição inicial no mandado de segurança para juntada de


documentos? Não, a Súmula 415 do TST é bastante específica quanto a isto:

SÚMULA 415 DO TST

Mandado de segurança. Petição inicial. Emenda. Prova pré-constituída. Documento


indispensável ou sua autenticação. CPC/1973, art. 284. CPC/2015, art. 321.
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Memorex TRT 9 – TJAA – Rodada 03
Inaplicabilidade. Lei 1.533/1951, art. 1º.
Exigindo o mandado de segurança prova documental pré-constituída, inaplicável o
CPC/2015, art. 321 - CPC/2015 (CPC/1973, art. 284 - CPC de 1973) quando verificada,
na petição inicial do mandamus, a ausência de documento indispensável ou de sua
autenticação. (ex-OJ 52 da SBDI-2 - inserida em 20/09/2000).

DICA 114
BENEFÍCIOS NA JUSTIÇA GRATUITA NA RECLAMAÇÃO TRABALHISTA
Você sabia que a justiça gratuita pode ser pedida na reclamação trabalhista? Isso
mesmo. O benefício da justiça gratuita está normatizado no art. 790, § 3º, da CLT, e
geralmente na questão haverá algo do tipo “o empregado está desempregado”.

Art. 790 CLT


§ 3°: É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho
de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça
gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário
igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não
estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou
de sua família.

DICA 115
AUDIÊNCIA – HORÁRIO

Uma temática muito importante no processo do trabalho é sobre os horários de


audiência. A audiência deve ser feita em dia úteis, das 8h às 18h, e não pode passar de 5
horas seguidas, exceto se for matéria for de urgência. Lembrando que tudo isto pode ser
constatado no art. 813 da CLT.

Veja como este assunto já foi cobrado em prova:

QUESTÃO SIMULADA.
Naruto é trabalhador e resolve ajuizar uma reclamação trabalhista em face de seu
empregador, Uchiha Itachi LTDA. Ocorre que o juiz diz que está sem tempo durante a
semana para fazer a audiência, pois está como palestrante em um congresso fora do
Estado. Sendo assim, afirma que fará a audiência em um domingo, que
concidentemente, também é feriado (07 de setembro). E mais: O juiz ainda comenta
que a audiência pode durar de 6 a 8 horas seguidas. Importante ressaltar que a
matéria a ser tratada na audiência não é de urgência. De acordo com o normatizado
em lei, o juiz:
a) Está equivocado, visto que as audiências podem ser feitas em dias uteis e também em
domingos e feriados, mas não podem durar mais de 3 horas seguidas.
b) Está equivocado, visto que as audiências podem ser feitas em dias uteis e também em
domingos e feriados, mas não podem durar mais de 2 horas seguidas.
c) Está correto, pois as audiências podem durar mais de 8 horas seguidas e também
podem ser feitas em domingos e feriados, além dos dias uteis.
d) Está equivocado, pois audiências só podem ser feitas em dias uteis e não podem
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passar de 5 horas seguidas, salvo em casos urgentes, o que não é o caso do
enunciado.
Resposta: Letra d.

DICA 116
AUDIÊNCIA UNA

É a audiência que em regra ocorre na Justiça do Trabalho, inclusive em casos de rito


sumaríssimo. Neste tipo de audiência ocorrem todos os atos, como a tentativa de
conciliação, apresentação da defesa, produção das provas, alegações finais entre outros.

Lembrando que este tipo de audiência é a regra, não exceção. Vejamos o que diz o
artigo seguinte:

Art. 849 da CLT: A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível,
por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua
continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação.

DICA 117
NÃO COMPARECIMENTO DO EMPREGADO À AUDIÊNCIA

Muitas vezes ocorre de o empregado faltar, não comparecer à audiência. Faltando o


empregado nesta referida audiência, há uma sanção prevista na CLT, que é o
arquivamento da ação. Agora se a falta for da reclamada (ré), haverá revelia e confissão
quanto a matéria de fato. E mais: A Reforma Trabalhista impôs que o reclamante faltoso
também terá de pagar as custas processuais, mesmo que ele seja beneficiário da justiça
gratuita, exceto se ele comprovar em um prazo de 15 dias faltou por algum motivo
legalmente justificável para tal falta.
→ E mais: Caso o empregado não possa ir audiência por algum motivo, ele poderá enviar
para esta audiência, com o intuito de representa-lo, o sindicato ou outro empregado que
pertença à mesma categoria que ele.
DICA 118
DEPÓSITO JUDICIAL TRABALHISTA
Os depósitos judiciais trabalhistas - para pagamentos, garantia de execução, recolhimento
de multas, entre outros, são efetuados obrigatoriamente por meio da Guia de Depósito
Judicial Trabalhista. A Guia de Depósito Judicial Trabalhista pode ser obtida diretamente
na Secretaria da Vara do Trabalho ou por meio do serviço de emissão disponível nos
portais das instituições financeiras depositárias.
DICA 119
PENHORA

A penhora se aplica tanto no cumprimento de título judicial quanto no processo de


execução de título extrajudicial. E mais: Para a nomeação de bens à penhora, o executado
(ou devedor) deverá, por força do normatizado no art. 882 da CLT observar a ordem do
art. 835 do CPC:

dinheiro, em espécie ou em depósito ou aplicação em instituição financeira;

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títulos da dívida pública da União, dos Estados e do Distrito Federal com cotação em
mercado;

títulos e valores mobiliários com cotação em mercado;

veículos de via terrestre;

bens imóveis;

bens móveis em geral;

semoventes;

navios e aeronaves;

ações e quotas de sociedades simples e empresárias;

percentual do faturamento de empresa devedora;

pedras e metais preciosos;

direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e venda e de alienação fiduciária


em garantia;

outros direitos.

É admissível a penhora sobre a renda mensal ou faturamento de empresa?


Sim, mas que seja limitada a percentual, que não comprometa o desenvolvimento regular
de suas atividades, desde que não haja outros bens penhoráveis ou, havendo outros bens,
eles sejam de difícil alienação ou insuficientes para satisfazer o crédito executado. Veja o
que diz a Orientação Jurisprudencial 93/TST-SDI-II:

OJ 93/TST-SDI-II

PENHORA SOBRE PARTE DA RENDA DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL.


POSSIBILIDADE. (alterada em decorrência do CPC de 2015) - Res. 220/2017, DEJT
divulgado em 21, 22 e 25.09.2017. Nos termos do art. 866 do CPC de 2015, é
admissível a penhora sobre a renda mensal ou faturamento de empresa, limitada a
percentual, que não comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades, desde
que não haja outros bens penhoráveis ou, havendo outros bens, eles sejam de difícil
alienação ou insuficientes para satisfazer o crédito executado.

DICA 120
TIPOS DE PENHORA
A penhora em dinheiro é prioritária, podendo o juiz, nas demais hipóteses, mudar a ordem
prevista no caput de acordo com as circunstâncias do caso concreto. E mais: O CPC prevê
que para fins de substituição da penhora, equiparam-se a dinheiro a fiança bancária e o
seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao do débito constante da inicial,
acrescido de 30%.
A carta de fiança bancária e o seguro garantia judicial, desde que em valor não inferior ao
do débito em execução, acrescido de 30%, equivalem a dinheiro para efeito da gradação
dos bens penhoráveis, estabelecida no art. 835 do CPC de 2015, segundo a Orientação
Jurisprudencial 59 da SBDI-2/TST, sendo tal matéria regulada pelo novel art. 882 da CLT.

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Já execução de crédito com garantia real, a penhora recai sobre a coisa dada em garantia,
e, se a coisa pertencer a terceiro garantidor, este também será intimado da penhora.
Fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora em
dinheiro do executado para garantir crédito exequendo? Não.

SÚMULA 417 TST

”I - Não fere direito líquido e certo do impetrante o ato judicial que determina penhora
em dinheiro do executado para garantir crédito exequendo, pois é prioritária e obedece
à gradação prevista no art. 835 do CPC de 2015 (art. 655 do CPC de 1973).”

DICA 121
PRAÇA E LEILÃO
Praça e leilão são espécies do gênero hasta pública. E mais: É importante salientar que
não existe diferença substancial entre a praça e o leilão. A única diferença, de fato, é
meramente formal, pois a praça é feita no átrio do edifício do fórum e é destinada aos
bens imóveis, enquanto o leilão ocorre no lugar onde estiverem os bens móveis, ou em
outro lugar designado pelo juiz.
Tanto a praça quanto o leilão estão submetidos ao princípio da publicidade dos atos
processuais, e, nos termos do art. 888 da CLT, há necessidade de edital, que será afixado
na sede do juízo e publicado em jornal da localidade (caso haja), com antecedência
mínima de 20 dias. Se o executado for revel e não tiver advogado constituído nos autos,
não constando dos autos seu endereço atual ou, ainda, não sendo ele encontrado no
endereço constante do processo, a intimação se faz por meio do próprio edital de leilão,
conforme os termos do art. 889, parágrafo único do CPC/15.

Na fase de execução, é possível que, para satisfazer o direito do credor, os bens do


executado sejam alienados em leilão. Vejamos o que CPC diz:

"Art. 895. O interessado em adquirir o bem penhorado em prestações poderá


apresentar, por escrito:
I - até o início do primeiro leilão, proposta de aquisição do bem por valor não inferior
ao da avaliação;
II - até o início do segundo leilão, proposta de aquisição do bem por valor que não seja
considerado vil.
§ 1°A proposta conterá, em qualquer hipótese, oferta de pagamento de pelo menos
vinte e cinco por cento do valor do lance à vista e o restante parcelado em até 30
(trinta) meses, garantido por caução idônea, quando se tratar de móveis, e por
hipoteca do próprio bem, quando se tratar de imóveis.
§ 2° As propostas para aquisição em prestações indicarão o prazo, a modalidade, o
indexador de correção monetária e as condições de pagamento do saldo.
§ 3. º (VETADO).
§ 4° No caso de atraso no pagamento de qualquer das prestações, incidirá multa de
dez por cento sobre a soma da parcela inadimplida com as parcelas vincendas.
§ 5° O inadimplemento autoriza o exequente a pedir a resolução da arrematação ou
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promover, em face do arrematante, a execução do valor devido, devendo ambos os
pedidos ser formulados nos autos da execução em que se deu a arrematação.
§ 6° A apresentação da proposta prevista neste artigo não suspende o Leilão.
§ 7° A proposta de pagamento do lance à vista sempre prevalecerá sobre as propostas
de pagamento parcelado.
§ 8° Havendo mais de uma proposta de pagamento parcelado:
I - em diferentes condições, o juiz decidirá pela mais vantajosa, assim compreendida,
sempre, a de maior valor;
II- em iguais condições, o juiz decidirá pela formulada em primeiro lugar.
§ 9° No caso de arrematação a prazo, os pagamentos feitos pelo arrematante
pertencerão ao exequente até o limite de seu crédito, e os subsequentes, ao
executado".

Leilão obedece ao princípio da publicidade? Sim, já que art. 888 da CLT normatiza que a
arrematação dos bens deve ser anunciada por intermédio de um edital a ser afixado na
sede do juízo ou tribunal e publicado no jornal local, caso haja, com um tempo de
antecedência de 20 dias.
DICA 122
ARREMATAÇÃO
Arrematação é o ato processual que implica a transferência coercitiva dos bens
penhorados do devedor para um terceiro, isto é, outra pessoa física ou jurídica,
denominada de arrematante. Trata-se de uma venda do patrimônio do devedor realizada
pelo Estado, por intermédio de praça ou leilão, àquele que maior lanço (preço) oferecer. A
arrematação, em rigor, tem caráter dúplice. Para o devedor, constitui verdadeira
expropriação. Para o terceiro adquirente, caracteriza-se como modo de aquisição da
propriedade.
O arrematante deverá garantir o lance com o sinal correspondente a 20% do seu valor. Se
o arrematante, ou seu fiador, não pagar dentro de 24 horas o preço da arrematação,
perderá, em benefício da execução, o sinal de que trata o § 2º do art. 888 da CLT,
voltando à hasta pública os bens penhorados. Não havendo licitante, e não requerendo o
exequente a adjudicação dos bens penhorados, poderão estes ser vendidos por leiloeiro
nomeado pelo juiz ou presidente. Na data e hora especificadas no edital, o servidor
encarregado anuncia o pregão, declinando os bens a serem expropriados e chamando os
interessados a apresentar seus lances.
DICA 123
PENHORA EM MEIO ELETRÔNICO
A penhora de dinheiro e as averbações de penhoras de bens imóveis e móveis podem ser
feitas por meio eletrônico, porém desde que sejam obedecidas as normas de segurança
instituídas sob critérios uniformes pelo Conselho Nacional de Justiça ou Conselho Superior
da Justiça do Trabalho. É o que dispõe o art. 837 do CPC.

Informação importante: Em que momento ocorre a venda dos bens penhorados?

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A alienação dos bens penhorados durante a execução trabalhista só ocorre após o trânsito
em julgado do processo de execução, ou seja, após decisão final sobre o montante devido,
sem que haja qualquer recurso pendente de julgamento ou quando se tenha esgotado o
prazo para recorrer sem que qualquer das partes tenha se manifestado. A partir daí, o
depósito judicial é liberado para o pagamento da dívida ou o bem penhorado é levado a
leilão para ser convertido em dinheiro.
DICA 124
BENS IMPENHORÁVEIS

O art. 832 do CPC é perfeitamente aplicável ao processo do trabalho, e prescreve que


não estão sujeitos à execução os bens que a legislação considera impenhoráveis ou
inalienáveis. Logo, são impenhoráveis os seguintes bens, segundo o CPC:

os bens inalienáveis e os declarados, por ato voluntário, não sujeitos à execução;

os móveis, os pertences e as utilidades domésticas que guarnecem a residência do


executado, salvo os de elevado valor ou os que ultrapassem as necessidades comuns
correspondentes a um médio padrão de vida;

os vestuários, bem como os pertences de uso pessoal do executado, salvo se de


elevado valor;

os vencimentos, os subsídios, os soldos, os salários, as remunerações, os proventos de


aposentadoria, as pensões, os pecúlios e os montepios, bem como as quantias recebidas
por liberalidade de terceiro e destinadas ao sustento do devedor e de sua família, os
ganhos de trabalhador autônomo e os honorários de profissional liberal, ressalvado o §
2º;

os livros, as máquinas, as ferramentas, os utensílios, os instrumentos ou outros bens


móveis necessários ou úteis ao exercício da profissão do executado;

o seguro de vida;

os materiais necessários para obras em andamento, salvo se essas forem penhoradas;

a pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela família;

os recursos públicos recebidos por instituições privadas para aplicação compulsória em


educação, saúde ou assistência social;

a quantia depositada em caderneta de poupança, até o limite de 40 (quarenta) salários


mínimos;

os recursos públicos do fundo partidário recebidos por partido político, nos termos da
lei;

os créditos oriundos de alienação de unidades imobiliárias, sob regime de incorporação


imobiliária, vinculados à execução da obra.
Atualização recentíssima: A Terceira Turma do STJ entendeu que é impenhorável o imóvel
de empresa dado em caução em contrato de locação comercial, mas utilizado como
moradia por um dos sócios, conforme disposto no Informativo 735.

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DICA 125
ENTIDADES FILANTRÓPICAS E PENHORA
O § 6º do art. 884 da CLT normatiza que a “exigência da garantia ou penhora não se
aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria
dessas instituições”. Logo a nova regra tornou impenhoráveis os bens das entidades
filantrópicas que estiverem configuradas como executadas no processo do trabalho. Mas
para gozar desta prerrogativa é ônus da entidade filantrópica provar que tem o Certificado
de Entidades Beneficentes de Assistência Social – CEBAS, regularmente emitido pelo
órgão estatal competente.
E se ela não tiver CEBAS? Bom, caso não tenha o CEBAS, ou se tiver alguma fumaça de
fraude, poderá o juiz, em decisão fundamentada, determinar a penhora de bens da
entidade executada, além de ser factível a instauração do incidente de desconsideração da
personalidade jurídica para responsabilizar os diretores.
DICA 126
PENHORA DE CRÉDITOS DE NATUREZA ALIMENTÍCIA DE QUALQUER NATUREZA E
ALTOS RENDIMENTOS
A impenhorabilidade dos bens descritos no inciso IV do art. 833 do CPC não se aplica, nos
termos do § 2º do mesmo artigo, à hipótese de penhora para pagamento de prestação
alimentícia, independentemente de sua origem, bem como às importâncias excedentes a
50 salários mínimos mensais, devendo a constrição observar o disposto no art. 528, § 8º,
e no art. 529, § 3º, do mesmo Código.
Importante ainda ressaltar que o § 2º do art. 833 do CPC excepciona a regra da
impenhorabilidade dos salários, vencimentos, honorários, subsídios, proventos de
aposentadoria entre outros, para pagamento de qualquer prestação alimentícia, isto é,
independentemente de sua origem. Também podem ser penhoradas verbas de natureza
alimentícia de qualquer natureza para pagamento de prestação alimentícia
independentemente da origem, como só ocorre com os créditos trabalhistas ou
decorrentes de acidentes do trabalho.
DICA 127
BENS DE FAMÍLIA
A Lei n. 8.009/90 tornou IMPENHORÁVEIS os bens de família, isto é, o imóvel residencial
próprio do casal, ou da entidade familiar, abrangendo “o imóvel sobre o qual se assentam
a construção, as plantações, as benfeitorias de qualquer natureza e todos os
equipamentos, inclusive os de uso profissional, ou móveis que guarnecem a casa, desde
que quitados”.
Não cabem na regra da impenhorabilidade do bem de família os veículos de transporte, as
obras de arte e os adornos suntuosos. Caso o imóvel seja usado como residência da
família for apenas alugado, a impenhorabilidade alcança os bens móveis quitados que
guarneçam a residência, desde que sejam de propriedade do locatário (executado).

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DICA 128
PENHORA DE CRÉDITO DO EXECUTADO

O art. 855 do CPC afirma:

Quando recair em crédito do executado, enquanto não ocorrer a hipótese prevista no


art. 856, considerar-se-á feita a penhora pela intimação:

ao terceiro devedor para que não pague ao executado, seu credor;

ao executado, credor do terceiro, para que não pratique ato de disposição do crédito.
A penhora de crédito, representada por letra de câmbio, nota promissória, duplicata,
cheque ou outros títulos, far-se-á pela apreensão do documento, esteja ou não em poder
do devedor. Caso título não tenha sido apreendido, todavia o terceiro confessar a dívida,
será havido como depositário da importância.
O terceiro pode se exonerar da obrigação? Sim, o terceiro só se exonerará da obrigação
depositando em juízo a importância da dívida. Se o terceiro negar o débito em conluio
com o devedor, a quitação que este lhe der será normatizada como fraude de execução.
DICA 129
AVALIAÇÃO DOS BENS PENHORADOS
A CLT tem a previsão de que a avaliação dos bens penhorados “será feita por avaliador
escolhido de comum acordo pelas partes, que perceberá as custas arbitradas pelo juiz, ou
presidente do tribunal trabalhista, de conformidade com a tabela a ser expedida pelo
Tribunal Superior do Trabalho”, sendo certo que, de acordo com o seu § 1º, caso as
partes não acordarem quanto à designação de avaliador, será este designado livremente
pelo juiz ou presidente do tribunal, desde que não sejam “servidores da Justiça do
Trabalho”.

Desta forma, não se procederá à avaliação quando:

uma das partes aceitar a estimativa feita pela outra, caso em que a avaliação poderá
ser realizada quando houver fundada dúvida do juiz quanto ao real valor do bem;

se tratar de títulos ou de mercadorias que tenham cotação em bolsa, comprovada por


certidão ou publicação no órgão oficial;

se tratar de títulos da dívida pública, de ações de sociedades e de títulos de crédito


negociáveis em bolsa, cujo valor será o da cotação oficial do dia, comprovada por certidão
ou publicação no órgão oficial;

se tratar de veículos automotores ou de outros bens cujo preço médio de mercado


possa ser conhecido por meio de pesquisas realizadas por órgãos oficiais ou de anúncios
de venda divulgados em meios de comunicação, caso em que caberá a quem fizer a
nomeação o encargo de comprovar a cotação de mercado.
DICA 130
EMBARGOS À EXECUÇÃO TRABALHISTA
Na execução trabalhista, podem ser opostos não somente os embargos do executado ou à
penhora, como sugere o art. 884 e seu § 3º da CLT. Existe ainda a possibilidade, ainda,
dos embargos à arrematação e à adjudicação, bem como dos embargos de terceiro.
Podemos afirmar categoricamente que os embargos à execução são gênero que tem como
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espécies os embargos do executado, os embargos à penhora, os embargos à adjudicação,
à arrematação entre outros.
Para facilitar seu entendimento: De acordo com o normatizado no art. 884 da CLT, nas
execuções trabalhistas existe a possibilidade de oferecer embargos à execução. Nesse
caso, para que se ofereça os embargos, o executado deverá garantir a execução, em
outras palavras, ele deverá fazer a cobertura do valor da dívida, e que seja depositando o
valor ou por meio da penhora de seus bens.
→ Prazo: O quesito prazo é de suma importância para quem está estudando para
concursos públicos. Por causa do princípio da celeridade dos processos trabalhistas, o
prazo para que se ofereça os embargos é de cinco dias. E cuidado: Para a Fazenda Pública
esse prazo é de 30 dias. E mais: A contagem do prazo começa na data em que o devedor
tomou ciência da penhora ou do momento em que ele efetuou o depósito da quantia para
garantir o juízo. No caso específico da Fazenda Pública, o prazo começará com a citação.
DICA 131
EMBARGOS DE TERCEIRO

Apesar de não ter uma previsão legal na CLT, cabem embargos no direito processual
trabalhista, com sua base legal nos arts. 674 a 680 do CPC. Vamos ver uma parte
importante:

Art. 674, § 2°, do CPC:


o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua
meação;
o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da
alienação realizada em fraude à execução;
quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da
personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;
o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real
de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos Legais dos atos expropriatórios
respectivos.

A propósito: O recurso cabível em face da sentença proferida nos embargos de


terceiro na execução é o agravo de petição.
Quando falamos de embargos de terceiro, o juízo que tem a competência para fazer a
devida apreciação dos embargos de terceiro será o juízo que determinou a apreensão
do bem (Vara do Trabalho ou Tribunal Regional do Trabalho). E mais: Há distribuição
por dependência dos embargos de terceiro ao processo em que tramita a execução.

DICA 132
PENHORA DE CRÉDITO DO EXECUTADO
Além dos próprios bens do devedor, outros bens podem ser objeto de penhora, como os
seus créditos pendentes de recebimento de terceiros. Com efeito, o art. 855 do CPC
normatiza o seguinte:
Art. 855. Quando recair em crédito do executado, enquanto não ocorrer a hipótese
prevista no art. 856, considerar-se-á feita a penhora pela intimação:

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I – ao terceiro devedor para que não pague ao executado, seu credor;
II – ao executado, credor do terceiro, para que não pratique ato de disposição do crédito.
A penhora de crédito, representada por letra de câmbio, nota promissória, duplicata,
cheque ou outros títulos, e se faz pela apreensão do documento, esteja ou não em poder
do devedor.
DICA 133
PENHORA SOBRE SEMOVENTE
A nossa legislação permite que a penhora possa incidir sobre estabelecimento comercial,
industrial ou agrícola, bem como em semoventes, plantações ou edifício em construção.
Nesses casos, o juiz deverá nomear administrador, fixando-lhe dez dias de prazo para que
apresente plano de administração do que lhe foi confiado no art. 862 do CPC. Sobre a
penhora de renda ou faturamento da empresa, veja o que o TRT 9ª Região:

PENHORA SOBRE FATURAMENTO DA EMPRESA – PERCENTAGEM – POSSIBILIDADE –


FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA. É admissível a penhora sobre a renda mensal ou
faturamento de empresa, limitada a determinado percentual, desde que não
comprometa o desenvolvimento regular de suas atividades. Permitir a penhora sobre
percentual do faturamento da empresa não está a ferir a função social desta, antes, é
medida que viabiliza a manutenção do funcionamento da Reclamada, bem como
garante o recebimento do crédito de natureza alimentar pelo Exequente (TRT-9ª R.,
Proc. 8295-2001-7-9-0-7, Rel. Des. Luiz Celso Napp, DO 25-1-2011).

DICA 134
TRT: JUSTIÇA DO TRABALHO AUTORIZA PENHORA DE IMÓVEL QUE TERIA SIDO
DOADO A FILHAS DE DEVEDOR
Os julgadores da Décima Turma do TRT de Minas acolheram o recurso da credora da
dívida trabalhista para, modificando a decisão oriunda da Vara do Trabalho de Teófilo
Otoni, autorizar a penhora de imóvel doado pelos devedores às suas filhas. Foi constatado
que a doação não teve registro em cartório e a devedora permanecia na posse do imóvel.
Ao dar razão à trabalhadora, a relatora ressaltou que, no caso, além de não se tratar de
compra e venda, já que a doação ocorreu entre mãe e filhas, estas nem mesmo eram
possuidoras do imóvel, cuja posse permanecia com a própria executada. Além disso,
conforme verificado, o imóvel estava registrado no cartório competente em nome da
devedora, sem qualquer registro da doação.
DICA 135
PRINCÍPIOS DA EXECUÇÃO TRABALHISTA

São princípios da execução trabalhista:

Princípio do título Princípio da patrimonialidade

Princípio do resultado Princípio da utilidade

Princípio da onerosidade da execução Princípio da disponibilidade

Princípio da economia ou modo menos gravoso

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